As queimadas no sopé da Serra do Araripe, todos sabem que são os responsáveis e as providências nunca existem, a não ser o trabalho heróico do Corpo de Bombeiros. A atual queimada é no Sítio Nuanda, que arde desde domingo. A anterior foi no Sítio Fundão. A próxima onde será?
Que providências serão efetivamente tomadas pelo IBAMA e Instituto Chico Mendes, pelo Governo do Estado do Ceará e CONPAM e, pela Prefeitura do Município do Crato, através da Secretaria do Meio Ambiente e Controle Urbano, já que esta área é praticamente dentro da zona urbana do Crato? Qual a posição do Ministério Público Estadual e a da Promotoria do Meio Ambiente? Qual a posição do Ministério Público Federal? Qual o posicionamento dos representantes dos partidos políticos quanto a isto? São dois séculos e meio de uma prática predatória que hoje é considerada crime ambiental federal.
Um modelo inadequado de apropriação do território, que invariavelmente, todos os anos, promove queimadas e brocagem, através de uma rotina unica de predação descontrolada que além de comprometer a sobrevivencia de todo o ecossistema do Araripe, incide sobre a situação de permamencia da proposta do GEOPARK ARARIPE.
A região no lugar de lutar para consolidar este rico e incomensurável patrimonio ambiental e a conquista do credenciamento UNESCO, que nos insere no contexto do patrimonio de referência mundial, fecha os olhos para a mais esta ação imprudente e inconsequente, fruto do egoísmo de alguns. Visibilizar e denunciar este desacerto é muito pouco: os responsáveis precisam ser cobrados judicialmente.
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