Excelentes observações do Jornalista Egídio Serpa, em sua coluna diária no Jornal DIARIO DO NORDESTE, na data de hoje, 07/ 02/ 2008, sobre o que acontece na Serra de Guaramuranga, no Maciço de Baturité, por conta da especulação imobiliária desenfreada e predatória, nas "barbas da SEMACE". Vale a pena conferir.
"A Semace e o CRIME AMBIENTAL. Este é um espaço dedicado aos negócios. Mas o melhor dos negócio é o autosustentável — ou ambientalmente correto. Na Serra de Guaramiranga, um pedaço de mata atlântica que resiste à ação predadora do homem, os maus negócios invadiram o verde e estão derrubando a floresta.
Constroem-se, ao arrepio da Lei e sem qualquer ação inibidora da Superintendência Estadual do Meio Ambiente (Semace), vários condomínios residenciais, um dos quais, entre Guaramiranga e Forquilha, está a levantar um muro de pedra — que esconderá o empreendimento da visão de curiosos e de amantes da natureza — e uma estrada de acesso.
Entre Guaramiranga e Baturité, outro acinte: com trator, derrubaram-se várias árvores para a abertura de um acesso rodoviário que ziguezagueia a montanha até chegar, centenas de metros acima, ao local onde se erguerá mais uma residência de um novo rico fortalezense.
No carnaval, a Semace, que exibiu em Guaramiranga sua frota de novas caminhonetes, nada fez para impedir que desordeiros oriundos de Fortaleza, ricos ou não, agredissem a natureza com dezenas de colunas de som móveis. Esses equipamentos, ligados a todo volume e tocando o pior dos trios elétricos e das falsas bandas de forró, espantaram pássaros e assustaram animais domésticos. Um crime ambiental! Por clara omissão, o diretor da Semace em Guaramiranga deveria ser demitido".
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