sábado, 13 de dezembro de 2008

Recursos ambientais escassos e maltratados


Pesquisa do IBGE traça perfil dos município cerenses nas áreas do Meio Ambiente, Transporte e Urbanização. Situação preocupante dos municípios cearenses nas áreas de meio ambiente, transportes e urbanização.


Esta é a síntese diagnóstica do que pode ser deduzido da Pesquisa de Informações Básicas Municipais – MUNIC 2008/ Perfil dos Municípios Brasileiros 2008, divulgada ontem pelo IBGE/ Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. No Ceará, 97 prefeituras declararam sofrer com a escassez de recursos hídricos. Paradoxalmente, o assoreamento de corpos d’água existentes atinge 112 entre as 184 cidades do Estado, enquanto a poluição da água afeta 99 delas.


Ainda sobre meio ambiente, a pesquisa relatou que 177 municípios tiveram ocorrências impactantes nos últimos 24 meses. Desses, 43 (23,4%) tiveram alterações que afetaram as condições de vida da população. O índice é superior à média nacional, de 14%. Desmatamento e queimadas foram os problemas mais citados, por 142 e 141 prefeituras, respectivamente. A poluição do ar já afeta 45 cidades.


No Nordeste brasileiro, como um todo, a escassez hídrica afeta 52% dos municípios. Os impactos ambientais, de forma geral, prejudicam atividades econômicas como agricultura, pesca e pecuária em 43% dos municípios da região.A notícia boa, destacada pelo chefe da unidade estadual do IBGE, Francisco José Moreira Lopes, é que 62,5% dos municípios dispõem de conselhos municipais de meio ambiente, o quarto melhor índice do Brasil. Só que, apenas 12 desses conselhos têm as características de serem, ao mesmo tempo, consultivos, deliberativos, normativos, fiscalizadores, paritários e estarem ativos. Além disso, 60 prefeituras não reservam recursos para meio ambiente.


Reportagem do Caderno Regional do Jornal Diário do Nordeste de hoje, 13 de Dezembro de 2008. Fotografia de Melquiades Júnior. Direitos autorais preservados.

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