A fogueira de São João no Interior do Estado continua a ser um dos grandes símbolos das festas do mês de junho. No Cariri, é comum, antes dos dias 23 e 24, as pessoas irem juntando os gravetos e toras de madeira para acender o fogo. De acordo com a Mestra da Cultura Zulene Galdino, de Crato, para alguns as fogueiras evocam a religiosidade. Mas a tradição, para outros, vem sendo esquecida.
A programação junina no Cariri tem se ampliado a cada ano. O São João urbanizado, promovido em grandes parques, a exemplo de Crato e Juazeiro, que têm estendido as comemorações por vários dias, têm atraído grande público. O novo formato da festa faz com que manifestações mais tradicionais percam a força.
Mas há o contexto cultural, que ela segue na mesma linha, com a quadrilha que organiza para crianças e adolescentes. As roupas estão prontas, o boi, tudo no quartinho de casa esperando a molecada, para colorir a noite junina. De frente a sua pequena casa, no bairro Novo Horizonte, as bandeirolas tremulam ao forte vento destes tempos de fim de inverno no Cariri. A frieza, mais tarde, recebe o calor da fogueirinha. O bolo de puba, a batata doce assada na fogueira servem de recordação. Mas não deixam de chegar à mesa mais tarde.
Matéria de Elizangela Santos para o caderno Regional do Diário do Nordeste.
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