quinta-feira, 2 de julho de 2009

Patativa do Assaré é homenageado

Patativa do Assaré será lembrado em uma festa de confraternização da família do poeta na margem do Açude Canoas, no dia 8 de julho. A iniciativa é da Universidade Patativa do Assaré uma entidade cultural que, de acordo com o seu coordenador, Francisco Palácio Leite, tem como objetivo melhorar a qualidade dos serviços públicos e privados prestados aos cidadãos, com a formação de parcerias, contratos e convênios para capacitação de professores do Ensino Fundamental, concurso público, realização de eventos e também cursos profissionalizantes. No Crato, a programação será aberta dia 5, às 19h, com uma missa celebrada pelo padre Raimundo Elias, que vai fundamentar a homilia dele no poema de Patativa: “Nordestino sim, nordestinado não”, na quadra da Igreja de São Francisco, bairro Pinto Madeira.

Antônio Gonçalves da Silva, o Patativa do Assaré, nasceu em cinco de março de 1909 na Serra de Santana, a 18km de Assaré, e morreu no dia 8 de julho de 2002, com 93 anos, deixando como legado mais de dez livros de poesias publicados, títulos honoríficos, dentre os quais a Sereia de Ouro, Doutor Honoris Causa da Universidade Estadual do Ceará (Uece) e Universidade Regional do Cariri (Urca) e Cidadão Cearense, medalhas e prêmios e reconhecimento como o maior poeta popular do Nordeste.

O poeta continua sendo homenageado. “Só quem não sabe quem é Patativa do Assaré é a Academia Brasileira de Letras (ABL)”, disse o cantor e compositor Raimundo Fagner depois de cantar “Festa da natureza” e “Vaca Estrela e Boi Fubá” na tribuna do Plenário do Senado Federal, durante a sessão em homenagem ao centenário de nascimento de Patativa, realizada no mês passado.Além de ter a sua obra estudada na Universidade Sorbonne, da França, Patativa é agora objeto de uma tese de mestrado a ser transformada em livro, patrocinada pela Universidade Nottingham, da Inglaterra. A iniciativa é da professora e pesquisadora, formada em Letras, pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, Laiz Rubinger Chen, que esteve, esta semana, no Cariri, fazendo entrevistas com pessoas que conviveram com Patativa e conhecendo a Serra de Santana.

“Foi um amor à primeira vista. Mais do que um amor, uma paixão avassaladora que mexeu com meus sentimentos”, disse, esclarecendo que, na Faculdade de Letras não ouviu falar sobre ele. Ao decidir fazer um trabalho sobre cultura popular, descobriu a obra de Patativa que, para ela, é a maior expressão da cultura popular.

Texto de Antonio Vicelmo para o caderno Regional do Diário do Nordeste. Vale a pena conferir.

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