A preservação dos fósseis na área do Geopark Araripe, com ações contra o possível contrabando do acervo, é um dos critérios relevantes para a renovação de chancela por parte Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), do projeto, depois de quatro anos de reconhecimento internacional. Único nas Américas, o Geopark passa por diversas frentes de atuação, no âmbito das ações a serem avaliadas nos próximos meses, por parte de uma comissão composta por membros da Rede Global do setor. Para um dos membros da Rede Global de Geoparks, Arthur Agostinho de Sá, que também é presidente do Geopark Arouca, em Portugal, a infraestrutura não terá tão grande peso na avaliação, quanto o envolvimento das comunidades e os projetos educacionais desenvolvidos na área caririense.
Arthur esteve em março no Cariri e conheceu mais a fundo os trabalhos que estão sendo desenvolvidos. Ele poderá ser um dos apontados pelo Conselho da Rede para fazer essa análise de renovação da chancela. Isso deverá ocorrer em agosto deste ano. Os integrantes serão definidos, segundo ele, na Conferência da Rede Global de Geoparks, prevista para este mês, na Malásia.Ele disse que não encontrou nada relacionado à venda de fósseis nos dias de março que esteve na região, e sim, um trabalho de conscientização que chamou sua atenção, bem como informações a respeito da legislação concernente ao setor nas próprias minas. "Ao chegar com um paleontólogo numa pedreira, trabalhadores vieram entregar fósseis recolhidos para o museu", observou. Isso é fruto de um trabalho de anos, conforme o paleontólogo Álamo Feitosa, diretor do Museu de Paleontologia de Santana do Cariri, que hoje tem funcionado muito bem no Estado do Ceará, onde há algum tempo não se tem registro de contrabando de peças.
No seu retorno à Europa, Arthur afirma que irá fazer um pequeno relatório sobre o que viu no Cariri. Ele destaca o Geopark Araripe como um projeto de relevância dentro da Rede Global. "A esta altura, em que tenho uma ideia completamente distinta e mais profunda, o que me parece é que o potencial do Geopark Araripe é enorme. Um local de relevância dentro da Rede Global de Geoparks".
O estudioso vê o projeto como estratégico por se tratar do único das Américas e referência para os que serão criados. Por isto ressalta a importância da renovação do selo. Tanto que em várias regiões do País e na América do Sul estão sendo projetados trabalhos de novos aspirantes. Ele cita, fora o Brasil, a Argentina. Ele não descarta a continuação do reconhecimento, em que serão avaliados vários pontos. O apoio político governamental é visto de forma positiva, além do envolvimento da equipe que ele considera extremamente competente por incorporar a lógica do que é um geopark. A visão política deve ser vista não dentro de um plano que vise interesses partidários, mas de projeto para as gerações futuras.
Outro aspecto ressaltado por Arthur é a própria estrutura já existente, com uma sede atual, que ele considera de bom nível, além do lançamento da obra de uma sede própria, no Crato, já planejada para atender às necessidades do projeto.A decisão a ser tomada agora em abril, na Malásia, definirá a comissão e o calendário de visita da equipe, a ser acompanhada pela Comissão Gestora do Geopark, da Universidade Regional do Cariri (Urca). O Geopark passou a ser um projeto de governo. Só este ano começaram a ser liberados os recursos para início das obras de infraestrutura. Um plano emergencial é feito para atender às principais exigências.
No Cariri, Arthur se reuniu com a Comissão Gestora, representantes de instituições, o Reitor da Urca, Plácido Cidade Nuvens, e apresentou suas impressões e também sugeriu pontos que podem ser trabalhados de forma imediata. Veio como um membro visitante da Rede, a convite do Ministério da Integração e Governo do Ceará.
Até o momento, o trabalho desenvolvido no território, o que ele chama de "mais valias", costuma ter avaliação positiva. Ele não descarta a possibilidade de reconhecimento e renovação do selo. "Existe uma equipe muito empenhada. Houve pequenos atrasos em alguns medidas. Aquilo que é visível pode não ser o que a comissão de avaliação possa considerar", diz.
Fonte: Caderno Regional/ Diário do Nordeste
Arthur esteve em março no Cariri e conheceu mais a fundo os trabalhos que estão sendo desenvolvidos. Ele poderá ser um dos apontados pelo Conselho da Rede para fazer essa análise de renovação da chancela. Isso deverá ocorrer em agosto deste ano. Os integrantes serão definidos, segundo ele, na Conferência da Rede Global de Geoparks, prevista para este mês, na Malásia.Ele disse que não encontrou nada relacionado à venda de fósseis nos dias de março que esteve na região, e sim, um trabalho de conscientização que chamou sua atenção, bem como informações a respeito da legislação concernente ao setor nas próprias minas. "Ao chegar com um paleontólogo numa pedreira, trabalhadores vieram entregar fósseis recolhidos para o museu", observou. Isso é fruto de um trabalho de anos, conforme o paleontólogo Álamo Feitosa, diretor do Museu de Paleontologia de Santana do Cariri, que hoje tem funcionado muito bem no Estado do Ceará, onde há algum tempo não se tem registro de contrabando de peças.
No seu retorno à Europa, Arthur afirma que irá fazer um pequeno relatório sobre o que viu no Cariri. Ele destaca o Geopark Araripe como um projeto de relevância dentro da Rede Global. "A esta altura, em que tenho uma ideia completamente distinta e mais profunda, o que me parece é que o potencial do Geopark Araripe é enorme. Um local de relevância dentro da Rede Global de Geoparks".
O estudioso vê o projeto como estratégico por se tratar do único das Américas e referência para os que serão criados. Por isto ressalta a importância da renovação do selo. Tanto que em várias regiões do País e na América do Sul estão sendo projetados trabalhos de novos aspirantes. Ele cita, fora o Brasil, a Argentina. Ele não descarta a continuação do reconhecimento, em que serão avaliados vários pontos. O apoio político governamental é visto de forma positiva, além do envolvimento da equipe que ele considera extremamente competente por incorporar a lógica do que é um geopark. A visão política deve ser vista não dentro de um plano que vise interesses partidários, mas de projeto para as gerações futuras.
Outro aspecto ressaltado por Arthur é a própria estrutura já existente, com uma sede atual, que ele considera de bom nível, além do lançamento da obra de uma sede própria, no Crato, já planejada para atender às necessidades do projeto.A decisão a ser tomada agora em abril, na Malásia, definirá a comissão e o calendário de visita da equipe, a ser acompanhada pela Comissão Gestora do Geopark, da Universidade Regional do Cariri (Urca). O Geopark passou a ser um projeto de governo. Só este ano começaram a ser liberados os recursos para início das obras de infraestrutura. Um plano emergencial é feito para atender às principais exigências.
No Cariri, Arthur se reuniu com a Comissão Gestora, representantes de instituições, o Reitor da Urca, Plácido Cidade Nuvens, e apresentou suas impressões e também sugeriu pontos que podem ser trabalhados de forma imediata. Veio como um membro visitante da Rede, a convite do Ministério da Integração e Governo do Ceará.
Até o momento, o trabalho desenvolvido no território, o que ele chama de "mais valias", costuma ter avaliação positiva. Ele não descarta a possibilidade de reconhecimento e renovação do selo. "Existe uma equipe muito empenhada. Houve pequenos atrasos em alguns medidas. Aquilo que é visível pode não ser o que a comissão de avaliação possa considerar", diz.
Fonte: Caderno Regional/ Diário do Nordeste
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