segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Entenda o fenômeno La Niña

A região sul do Rio Grande do Sul e toda a zona de fronteira com o Uruguai estão sofrendo com a falta de chuva devido ao fenômeno climático La Niña (veja Box explicativo). Os efeitos da estiagem, sentidos desde agosto de 2010, estão se agravando durante este verão e causando prejuízos que já somam R$ 30 milhões. Essa situação fez com que a Defesa Civil decretasse estado de emergência para 13 cidades do RS: Candiota, Pedras Altas, Herval, Hulha Negra, Cerrito, Santana do Livramento, Lavras do Sul, Pedro Osório, Bagé, Pinheiro Machado, Aceguá, Piratini e Dom Pedrito.

A La Niña representa um fenômeno oceânico-atmosférico que se caracteriza por um esfriamento anormal nas águas superficiais do Oceano Pacífico Tropical, na porção da costa oeste da América do Sul. Esse esfriamento das águas está relacionado à intensificação dos ventos alísios (que ocorrem entre os trópicos e o Equador), os quais se movimentam de sudeste para noroeste no Hemisfério Sul.

A força dos alísios “empurra” as camadas superficiais de água do Pacífico para oeste, permitindo com que as águas profundas, mais frias, subam até a superfície (fenômeno denominado de ressurgência). Assim, o lado oeste do Pacífico recebe as águas superficiais quentes, que facilitam a evaporação e causam chuvas na região da Indonésia e Austrália, por exemplo. Já o lado leste do oceano torna-se mais frio que o normal, dificultando a evaporação de água e, assim, a formação de nuvens para chuva. As conseqüências da La Niña na América do Sul são sentidas no Rio Grande do Sul, que sofre com a escassez de precipitação.

Fonte: Portal O ECO

Um comentário:

  1. Muito bom seu blog. Já o acompanho a algum tempo. Parabéns.

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