domingo, 8 de abril de 2012

Londres: a capital olímpica vive em festa


Como a Paris dos anos 1920, imortalizada pelo escritor americano ernest hemingway, Londres é hoje uma festa. diferente, mas uma festa. a capital britânica talvez seja a única cidade do mundo onde um espírito inovador e irrequieto convive, sem traumas, com as tradições, preservadas por seus 8 milhões de habitantes. no palco da Olimpíada de 2012, it’s time to party!

A dualidade de Londres é constatável, a todo instante, na própria paisagem londrina. Ela combina pubs quase milenares com night clubs cujas noites parecem saídas dos séculos XXII ou XXIII. Hoje, nos horários de rush, os típicos ônibus vermelhos de dois andares circulam em versões mais modernas e dividem as ruas de mãos invertidas com milhares de ciclistas a caminho do trabalho. Londres está, aos poucos, se tornando uma cidade de bikes.

A arquitetura é outra medida desse dualismo londrino. Os ponteiros gigantes do relógio Big Ben, talvez o principal ícone da cidade, agora ficam a poucas dezenas de metros da London Eye, a monumental roda-gigante construída para as celebrações da chegada do segundo milênio. Em Londres, monumentos históricos, como a Abadia de Westminster – onde estão sepultados alguns dos mais notáveis ingleses – ou a Torre de Londres – ex-prisão transformada num museu que exibe as joias da coroa britânica –, convivem sem constrangimento com cenários futuristas. Alguns deles são a exótica galeria de arte Tate Modern, um arranha-céu cônico que os locais jocosamente batizaram de The Cucumber (O Pepino), e parte das obras do recém-concluído Parque Olímpico, palco principal dos Jogos de 2012 (de 27 de julho a 12 de agosto). Um dos maiores exemplos do visual moderno que invadiu Londres nos últimos 20 anos, o parque aquático da Olimpíada é uma ousada e sinuosa estrutura metálica, assinada pela arquiteta iraquiana, radicada no Reino Unido, Zaha Hadid. No bairro de Southwark, próximo ao Tâmisa, surge o prédio mais alto da União Europeia, o Shard, com sua forma de pirâmide desenhada pelo arquiteto italiano Renzo Piano.

A cidade também guarda inumeráveis resquícios do império britânico. Durante seu auge, entre os séculos XVII e XIX, a cidade foi, disparado, a capital do mundo. Os ingleses costumam dizer que seu império era tão grande que nele o Sol jamais se punha, pois ele sempre brilhava em algum território britânico. Para Londres afluíam à época os bens mais valiosos, as mercadorias mais sofisticadas e boa parte do dinheiro do mundo. Com o desmanche do império, hoje a cidade é lar de moradores vindos de praticamente todos os países ou territórios que o integravam.

Londres abriga imigrantes provenientes de cerca de 130 países. Mais de 300 idiomas são falados nos limites da cidade. O simples desembarque no aeroporto de Heathrow atesta essa diversidade: turbantes sikhs, sáris indianos, burcas islâmicas e trajes caribenhos misturam-se em seus saguões e filas numa profusão colorida. Essa talvez seja a grande marca humana londrina: o cosmopolitismo, a grande variedade de culturas presentes no dia a dia da cidade. Além de seu lendário metrô. O sistema, o mais antigo do mundo, inaugurado no século XIX, tem 400 quilômetros de linhas (o de São Paulo tem 74 quilômetros) e um tráfego de quase 3 milhões de passageiros por dia. Admirado pelos turistas, o metrô londrino ficou décadas sem grandes investimentos. Mas um ambicioso programa de renovação aos poucos coloca o sistema devidamente no século XXI.

Difícil, portanto, falar de uma única Londres. Há a dos monumentos históricos. Há a dos pubs. Dos castelos e palácios. Dos museus. Dos parques. Dos musicais. Do alto consumo. Das lojas de departamentos. Nas indicações a seguir, ÉPOCA traz as melhores opções em diversão nas diferentes peças do inigualável
mosaico urbano londrino.

Fonte: Revista Epoca

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