A mãe mais antiga da Terra, um peixe com cerca de 380 milhões de anos, foi descoberta no litoral noroeste da Austrália, ainda com seu embrião ligado pelo cordão umbilical, revelou a revista britânica ´Nature´.
O fóssil, batizado de Materpiscis attenborough, não é apenas o primeiro embrião fóssil encontrado com seu cordão umbilical, como também a criatura mais antiga a dar a luz.Este tipo de nascimento, no qual um peixe produz um filhote já formado (vivíparo) e não um ovo, se assemelha às atuais práticas de reprodução de algumas espécies, como os tubarões e as arraias, conforme estudo.´
A descoberta é claramente uma das mais extraordinárias jamais realizadas de um fóssil e modifica a compreensão sobre a evolução dos vertebrados´, indicou John Long, do Departamento de Ciências do Museu australiano Victoria e co-descobridor do espécie.Long e seus colegas Kate Trinajstic, Gavin Young e Tim Senden ficaram surpresos ao constatar este processo de reprodução em um peixe antigo, que fez retroceder em 200 milhões de anos a primeira prova de reprodução vivípara.´
Isso nos demonstra que a reprodução vivípara acontece ao mesmo tempo que a colocação dos ovos, e que estes mecanismos evoluíram em paralelo, ao invés de sucessivamente´, explica Kate Trinajstic.A descoberta do embrião e do cordão umbilical na ´mamãe peixe´ oferece o primeiro exemplo de fertilização interna, ou seja, de penetração sexual, conforme o estudo. O fóssil pertence a um grupo de vertebrados chamados placodermos, que habitaram os mares no período Devoniano.
quinta-feira, 29 de maio de 2008
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