Desde o seu início, o Programa de Incentivo às RPPNs da Mata Atlântica focou os corredores de biodiversidade – Corredor da Serra do Mar, Central da Mata Atlântica, do Nordeste e Ecorregião Florestas com Araucária - como alvo inicial de investimentos. Eles são uma estratégia de conservação utilizada para a proteção da biodiversidade em diferentes escalas, mas com enfoque regional, buscando o manejo integrado da rede de unidades de conservação, contribuindo para manter ou incrementar a conectividade da paisagem.
As estimativas indicam que, se adequadamente manejados, esses corredores podem, coletivamente, proteger 75% das espécies ameaçadas da Mata Atlântica. As RPPNs são importantes para proteger o entorno de unidades públicas como parques e reservas biológicas, reduzindo a pressão externa e contribuindo para a conservação de inúmeras espécies ameaçadas de extinção da Mata Atlântica como o mico-leão-da-cara-dourada (Leontopithecus chrysomelas) e o papagaio-chauá (Amazona rhodocoryta), entre outras.
Dessa maneira, é fundamental a participação dos proprietários de terra na proteção do nosso patrimônio natural.Pensando nisso, foi lançado em 2003 o Programa de Incentivo às RPPNs da Mata Atlântica, com recursos do CEPF (Fundo de Parceria para Ecossistemas Críticos) e do Bradesco Cartões, para apoiar projetos de criação e gestão de RPPNs nos Corredores da Serra do Mar e Corredor Central da Mata Atlântica. Os projetos são apoiados por meio de editais lançados periodicamente e esta foi a primeira linha de financiamento no Brasil a atuar diretamente em projetos de proprietários de reservas (pessoa física), com o mínimo de burocracia.
Em 2006, a parceria foi estendida à The Nature Conservancy (TNC) e passou a contar também com patrocínio do Bradesco Capitalização, o que permitiu que o Programa ampliasse sua área de atuação para o Corredor do Nordeste e a Ecorregião Floresta com Araucária, além do lançamento de uma nova linha de financiamento de projetos por meio de Demanda Espontânea.
domingo, 25 de janeiro de 2009
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