domingo, 31 de maio de 2009
Árvores fossilizadas são descobertas no Cariri
As escavações para a construção da Ferrovia Transnordestina, que desenterraram sítios de fósseis entre Missão Velha, Abaiara e Brejo Santo, e, mais recentemente, o estudo dos nove Geotopes, que fazem parte do Geopark Araripe, reacenderam as pesquisas em torno das árvores fossilizadas do Cariri. Estas reservas paleontológicas, com cerca de 145 milhões de anos, foram colocadas em segundo plano pelos pesquisadores, fascinados com os peixes e pterossauros fossilizados, que só têm 110 milhões de anos.
Usinas termelétricas mais poluentes, rejeitadas no Sudeste, são programadas para o Nordeste
EcoDEBATE informa
A Região Nordeste vai receber, nos próximos cinco anos, uma capacidade de geração de energia superior ao complexo do Rio Madeira, em Rondônia, e vai se tornar exportadora de energia para o resto do País. A diferença é que as usinas nordestinas serão movidas a óleo ou carvão, mais poluentes e que não encontram mais aval no Sudeste, devido ao rigor dos órgãos ambientais. Pelo menos 40 projetos, com potência total de 7,9 mil megawatts estão projetados para a região.
A quantidade de termelétricas é alvo de críticas da própria Empresa de Pesquisa Energética (EPE), estatal responsável pelo planejamento do setor. Em evento na semana passada, o presidente da EPE, Maurício Tolmasquim, disse que o crescimento da energia térmica é fruto de uma visão “estranha” dos órgãos ambientais, que privilegiam usinas poluidoras em detrimento de hidrelétricas. “Em nome do meio ambiente, nunca se fez tão mal ao meio ambiente”, criticou. Matéria de Nicola Pamplona, no O Estado de S.Paulo, 06/04/2009.
Na prática, essa energia suja está sendo deslocada para o Nordeste porque não é mais aceita no Sul e Sudeste, os maiores consumidores de eletricidade do País. Estados e prefeituras nordestinos, por sua vez, aceitam os projetos em busca de investimentos e empregos. “Numa região onde a busca por empregos é incessante, qualquer novo projeto é importantíssimo”, diz Paulo Machado, prefeito de Senhor do Bonfim, na Bahia, que deve receber uma das novas usinas.
A Bahia, por sinal, é o Estado com maior número de projetos: 16. Boa parte deles está localizada em Camaçari, próximos à Refinaria Landulpho Alves, da Petrobrás, e do complexo petroquímico da Braskem. As maiores usinas previstas, porém, estão no Ceará (térmica a carvão da MPX, com 700 MW) e no Rio Grande do Norte (usina a óleo Macaíba, de 400 MW). Todas as térmicas projetadas pela EPE têm previsão de início das operações entre 2010 e 2013.
Para o professor da Coordenação de Programas de Pós-Graduação em Engenharia (Coppe) da UFRJ e secretário executivo do Fórum Brasileiro de Mudanças Climáticas, Luiz Pinguel li Rosa, o grande número de projetos termelétricos vai na contramão do esforço para reduzir as emissões de gases do efeito estufa. A EPE calcula que, com mais térmicas na matriz energética brasileira, o sistema elétrico estará emitindo 39 milhões de toneladas de gás carbônico equivalente em 2017.
Especialistas concordam que hoje é mais fácil licenciar uma térmica a combustíveis fósseis no Nordeste do que nas regiões Sul e Sudeste. “O licenciamento de térmicas é estadual e, por isso, mais fácil de ser obtido. Há Estados que garantem até beneficio fiscal para os empreendimentos”, comenta o professor Nivaldo de Castro, do Grupo de Estudos do Setor Elétrico do Instituto de Economia da UFRJ (Gesel).
Do ponto de vista das emissões, o impacto local pode ser minimizado pela instalação de filtros, mas há grande preocupação com o impacto global causado pelas emissões de CO². Outro problema levantado por especialistas está na saturação da infraestrutura viária dos municípios, uma vez que o abastecimento de combustíveis para uma usina demanda pesado tráfego de caminhões.
Castro lembra ainda que a proliferação de térmicas no Nordeste cria a necessidade de reforço nas linhas de transmissão que fazem a interligação entre as regiões brasileiras. “Essas usinas não vão gerar o tempo inteiro. Então, essa nova rede de transmissão deve ficar ociosa boa parte do ano”, diz o especialista, prevendo impactos na tarifa de energia de todos os brasileiros.
Alheias a essas discussões, as prefeituras esperam benefícios com a instalação dos projetos. “Esse tipo de empreendimento melhora a matriz energética do município e atrai outros investimentos, gerando empregos e desenvolvimento para a região”, diz a secretária de meio ambiente de Cabo de Santo Agostinho (PE), Berenice de Andrade Lima. A cidade já tem duas térmicas a óleo operando e mais cinco em projeto.
O Prefeito de Senhor do Bonfim diz que a usina projetada vai gerar entre 15 e 20 empregos. Ele admite que previa um número maior de empregos, mas mesmo assim comemora o empreendimento, que diz ser capaz de atrair empresas para o novo pólo industrial do município. “Pode ser um embrião de novos investimentos.”
A quantidade de termelétricas é alvo de críticas da própria Empresa de Pesquisa Energética (EPE), estatal responsável pelo planejamento do setor. Em evento na semana passada, o presidente da EPE, Maurício Tolmasquim, disse que o crescimento da energia térmica é fruto de uma visão “estranha” dos órgãos ambientais, que privilegiam usinas poluidoras em detrimento de hidrelétricas. “Em nome do meio ambiente, nunca se fez tão mal ao meio ambiente”, criticou. Matéria de Nicola Pamplona, no O Estado de S.Paulo, 06/04/2009.
Na prática, essa energia suja está sendo deslocada para o Nordeste porque não é mais aceita no Sul e Sudeste, os maiores consumidores de eletricidade do País. Estados e prefeituras nordestinos, por sua vez, aceitam os projetos em busca de investimentos e empregos. “Numa região onde a busca por empregos é incessante, qualquer novo projeto é importantíssimo”, diz Paulo Machado, prefeito de Senhor do Bonfim, na Bahia, que deve receber uma das novas usinas.
A Bahia, por sinal, é o Estado com maior número de projetos: 16. Boa parte deles está localizada em Camaçari, próximos à Refinaria Landulpho Alves, da Petrobrás, e do complexo petroquímico da Braskem. As maiores usinas previstas, porém, estão no Ceará (térmica a carvão da MPX, com 700 MW) e no Rio Grande do Norte (usina a óleo Macaíba, de 400 MW). Todas as térmicas projetadas pela EPE têm previsão de início das operações entre 2010 e 2013.
Para o professor da Coordenação de Programas de Pós-Graduação em Engenharia (Coppe) da UFRJ e secretário executivo do Fórum Brasileiro de Mudanças Climáticas, Luiz Pinguel li Rosa, o grande número de projetos termelétricos vai na contramão do esforço para reduzir as emissões de gases do efeito estufa. A EPE calcula que, com mais térmicas na matriz energética brasileira, o sistema elétrico estará emitindo 39 milhões de toneladas de gás carbônico equivalente em 2017.
Especialistas concordam que hoje é mais fácil licenciar uma térmica a combustíveis fósseis no Nordeste do que nas regiões Sul e Sudeste. “O licenciamento de térmicas é estadual e, por isso, mais fácil de ser obtido. Há Estados que garantem até beneficio fiscal para os empreendimentos”, comenta o professor Nivaldo de Castro, do Grupo de Estudos do Setor Elétrico do Instituto de Economia da UFRJ (Gesel).
Do ponto de vista das emissões, o impacto local pode ser minimizado pela instalação de filtros, mas há grande preocupação com o impacto global causado pelas emissões de CO². Outro problema levantado por especialistas está na saturação da infraestrutura viária dos municípios, uma vez que o abastecimento de combustíveis para uma usina demanda pesado tráfego de caminhões.
Castro lembra ainda que a proliferação de térmicas no Nordeste cria a necessidade de reforço nas linhas de transmissão que fazem a interligação entre as regiões brasileiras. “Essas usinas não vão gerar o tempo inteiro. Então, essa nova rede de transmissão deve ficar ociosa boa parte do ano”, diz o especialista, prevendo impactos na tarifa de energia de todos os brasileiros.
Alheias a essas discussões, as prefeituras esperam benefícios com a instalação dos projetos. “Esse tipo de empreendimento melhora a matriz energética do município e atrai outros investimentos, gerando empregos e desenvolvimento para a região”, diz a secretária de meio ambiente de Cabo de Santo Agostinho (PE), Berenice de Andrade Lima. A cidade já tem duas térmicas a óleo operando e mais cinco em projeto.
O Prefeito de Senhor do Bonfim diz que a usina projetada vai gerar entre 15 e 20 empregos. Ele admite que previa um número maior de empregos, mas mesmo assim comemora o empreendimento, que diz ser capaz de atrair empresas para o novo pólo industrial do município. “Pode ser um embrião de novos investimentos.”
sexta-feira, 29 de maio de 2009
Documento inédito comprova habilitação do Padre Cícero
O processo pela reabilitação do Padre Cícero, que tramita no Vaticano, terá novo documento anexado. Três anos depois da entrega ao Vaticano do pedido de reabilitação do Padre Cícero Romão Batista, a Congregação para a Doutrina da Fé — a quem cabe analisar os documentos apresentados — mantém-se em silêncio sobre o processo. O bispo da Diocese do Crato, dom Fernando Panico, que se encontra na Itália, em viagem particular, não tem nenhuma informação sobre a tramitação do processo. Porém, em meio ao silêncio do Vaticano, uma novidade ressurge. O padre Francisco Roserlândio de Souza, coordenador do Departamento Histórico Diocesano Padre Antônio Gomes de Araújo, apresenta um documento inédito, de grande relevância, que será anexado ao processo no Vaticano.
Matéria do Jornalista Antonio Vicelmo, para o jornal Diário do Nordeste.
Matéria do Jornalista Antonio Vicelmo, para o jornal Diário do Nordeste.
quinta-feira, 28 de maio de 2009
Forum de Turismo do Cariri
Políticas para a cultura foram debatidas na manhã de ontem, no Fórum de Turismo e Cultura do Cariri, durante reunião no auditório da Faculdade de Medicina, em Barbalha. O evento marcou o início da programação do II Congresso Cearense de Folclore e I Seminário Sobre Cultura, Religiosidade e Festas Populares do Cariri, aberto oficialmente na noite de ontem, no município, com apresentações culturais e palestras.
As experiencias internacionais nos ensinam
Apesar de constar como uma importante fonte de renda para parques nacionais, o turismo quase nunca supera os gastos mensais de uma unidade, salvo raras exceções. Esses recursos extras podem sair, por exemplo, de pagamentos por serviços ambientais ou pela permissão de fiações elétricas dentro das áreas. “O sistema vai além do turismo, é também repositório de bancos genéticos, capaz de gerar produtos farmacêuticos etc”, explica Menezes, para depois dizer que parques como o da Tijuca ou Iguaçu têm potencial para arcar com seus custos mensais sem precisar de injeções de externas capital.
Mas há casos em que o turismo faz a diferença, no exterior, é claro. Na África do Sul, a atividade sustenta 80% de todas as contas de uma unidade de conservação. Só o Kruger Park, um dos mais conhecidos, é capaz de se manter e também ajudar outras zonas protegidas no entorno. “É o efeito guarda-chuva, que poderia ser usado aqui no Brasil também”, diz Mourão. Já no Quênia, um exemplo de zelo com a natureza, os visitantes zeram os custos das áreas protegidas. Realidade bem distante, por exemplo, do Parque Nacional dos Veadeiros (GO). Lá, os vinte mil turistas anuais geram cerca de 60 mil reais em receita. Os custos estimados para a manutenção da área são mais de dez vezes superiores.
O parque mais antigo do país, em Itatiaia, também recebe turistas em número menor do que poderia, apesar das boas condições. Por isso, Daniel Toffoli, membro da Câmara Técnica de Montanhismo e Ecoturismo da unidade, lidera a reabertura de travessias e trilhas desde 2006 para os esportistas. “Na década de 1960, o governo militar fechou todos os abrigos de montanha do Parque da Serra dos Órgãos (RJ).
Em Itatiaia, eles começaram a ser abandonados a partir da década de 40 e o volume de visitas caiu muito, com curva acentuada nos últimos vinte anos. Agora, conseguimos reabrir vários caminhos e criamos regras de segurança. Graças a isso e à revitalização do centro de visitantes, o turismo cresceu 20% desde 2007”, conta. Como se vê, é possível tornar as áreas naturais um destino para muitos mais brasileiros. Belezas cênicas e contato direto com a natureza selvagem há de sobra. O que falta é infra-estrutura dentro e no entorno das unidades, assim como técnicos e guias especializados, obrigatórios apenas em casos ou para públicos específicos. Além, é claro, de boas doses de propaganda.
O resumo da história fica por conta de Brett Myrdall, diretor do Parque Nacional da Montanha da Mesa, o mais famoso da África do Sul. “Eu sou primeiramente um operador turístico. Se for bem sucedido nesta operação, tenho os recursos e o apoio político necessários para conseguir manter a biodiversidade no meu parque. O resto é ilusão”.
Ótima reportagem do Jornalista Felipe Lobo, no Jornal O ECO. Vale a pena conferir.
Mas há casos em que o turismo faz a diferença, no exterior, é claro. Na África do Sul, a atividade sustenta 80% de todas as contas de uma unidade de conservação. Só o Kruger Park, um dos mais conhecidos, é capaz de se manter e também ajudar outras zonas protegidas no entorno. “É o efeito guarda-chuva, que poderia ser usado aqui no Brasil também”, diz Mourão. Já no Quênia, um exemplo de zelo com a natureza, os visitantes zeram os custos das áreas protegidas. Realidade bem distante, por exemplo, do Parque Nacional dos Veadeiros (GO). Lá, os vinte mil turistas anuais geram cerca de 60 mil reais em receita. Os custos estimados para a manutenção da área são mais de dez vezes superiores.
O parque mais antigo do país, em Itatiaia, também recebe turistas em número menor do que poderia, apesar das boas condições. Por isso, Daniel Toffoli, membro da Câmara Técnica de Montanhismo e Ecoturismo da unidade, lidera a reabertura de travessias e trilhas desde 2006 para os esportistas. “Na década de 1960, o governo militar fechou todos os abrigos de montanha do Parque da Serra dos Órgãos (RJ).
Em Itatiaia, eles começaram a ser abandonados a partir da década de 40 e o volume de visitas caiu muito, com curva acentuada nos últimos vinte anos. Agora, conseguimos reabrir vários caminhos e criamos regras de segurança. Graças a isso e à revitalização do centro de visitantes, o turismo cresceu 20% desde 2007”, conta. Como se vê, é possível tornar as áreas naturais um destino para muitos mais brasileiros. Belezas cênicas e contato direto com a natureza selvagem há de sobra. O que falta é infra-estrutura dentro e no entorno das unidades, assim como técnicos e guias especializados, obrigatórios apenas em casos ou para públicos específicos. Além, é claro, de boas doses de propaganda.
O resumo da história fica por conta de Brett Myrdall, diretor do Parque Nacional da Montanha da Mesa, o mais famoso da África do Sul. “Eu sou primeiramente um operador turístico. Se for bem sucedido nesta operação, tenho os recursos e o apoio político necessários para conseguir manter a biodiversidade no meu parque. O resto é ilusão”.
Ótima reportagem do Jornalista Felipe Lobo, no Jornal O ECO. Vale a pena conferir.
Exemplos de Parques Nacionais
Mais de 70% das visitas a parques nacionais no Brasil se limitam a apenas dois deles: Iguaçu (PR), onde estão as belas cataratas compartidas com a Argentina, e Tijuca (RJ), sede do famoso Corcovado. Mesmo assim, a maioria das pessoas que chega à imponente estátua do Cristo Redentor sequer sabe que ela está dentro de uma unidade de conservação. “Iguaçu só está preparado para visitas de massa. Quem vai até lá vê apenas um vigésimo do parque. Já o da Tijuca ainda perde muito porque não tem política estruturada de cobrança e tampouco diversificação de serviços. E não é culpa do atual diretor (Ricardo Calmon), que é um cara ótimo”, afirma Pedro da Cunha e Menezes.
Para ele, a solução só virá quando existirem diferentes níveis de parque e graduações para seus chefes: quais cursos ele possui; o que deve fazer para subir na instituição e; principalmente, se existirá continuidade de políticas de governo após o outro. “O próprio Instituto Chico Mendes erra quando diz que Iguaçu tem mais visita do que Tijuca. Ele só computa quem paga para ver o Corcovado, não observa os outros dois milhões que vão para o outro lado”, conclui. Nenhum deles, porém, consegue viver apenas do turismo.
Que o diga então o Parque Nacional de Brasília, movimentado graças a duas piscinas de água mineral em seu interior. E, assim como ocorre na Tijuca, quase ninguém sabe que elas estão inseridas em uma área protegida. Além disso, ao longo de seus trinta mil hectares, apenas duas pequenas trilhas (uma, na verdade, em trechos de estrada de terra) foram abertas para a observação de aves ou para caminhadas.
Em Aparados da Serra, na divisa entre Santa Catarina e Rio Grande do Sul, a Abeta criou o Grupo de Prevenção Aparados da Serra (Grupas). A principal meta da equipe, que conta com cerca de trinta voluntários, é prevenir acidentes relacionados ao Ecoturismo e Turismo de Aventura no parque. Segundo Raquel Müller, trata-se de uma boa ferramenta para fomentar o ingresso de brasileiros e estrangeiros. “Nós podemos fazer diagnósticos e ajudar no planejamento dentro de unidades de conservação”, destaca.
Da mesma reportagem. Vale a pena conferir.
Para ele, a solução só virá quando existirem diferentes níveis de parque e graduações para seus chefes: quais cursos ele possui; o que deve fazer para subir na instituição e; principalmente, se existirá continuidade de políticas de governo após o outro. “O próprio Instituto Chico Mendes erra quando diz que Iguaçu tem mais visita do que Tijuca. Ele só computa quem paga para ver o Corcovado, não observa os outros dois milhões que vão para o outro lado”, conclui. Nenhum deles, porém, consegue viver apenas do turismo.
Que o diga então o Parque Nacional de Brasília, movimentado graças a duas piscinas de água mineral em seu interior. E, assim como ocorre na Tijuca, quase ninguém sabe que elas estão inseridas em uma área protegida. Além disso, ao longo de seus trinta mil hectares, apenas duas pequenas trilhas (uma, na verdade, em trechos de estrada de terra) foram abertas para a observação de aves ou para caminhadas.
Em Aparados da Serra, na divisa entre Santa Catarina e Rio Grande do Sul, a Abeta criou o Grupo de Prevenção Aparados da Serra (Grupas). A principal meta da equipe, que conta com cerca de trinta voluntários, é prevenir acidentes relacionados ao Ecoturismo e Turismo de Aventura no parque. Segundo Raquel Müller, trata-se de uma boa ferramenta para fomentar o ingresso de brasileiros e estrangeiros. “Nós podemos fazer diagnósticos e ajudar no planejamento dentro de unidades de conservação”, destaca.
Da mesma reportagem. Vale a pena conferir.
Obstáculos ao Turismo de Natureza
"Turismo não é algo tangível, mas que se faz junto com o cliente. É preciso levá-lo até a área protegida. O Parque Nacional da Serra da Capivara (PI), por exemplo, é muito bem estruturado e lindo, mas poucos brasileiros foram lá. O acesso é muito difícil, deve-se pegar um vôo até Petrolina (PE) e, depois, andar cinco horas de carro em péssimas estradas no meio da Caatinga”, diz. A dificuldade para chegar às unidades de conservação assusta os viajantes, tanto brasileiros quanto estrangeiros, mas não é a única culpada.
Pedro da Cunha e Menezes, colunista d’O Eco e ex-diretor do Parque Nacional da Tijuca, acredita que a falta de um modelo de criação de grandes trilhas, bem sinalizadas e mantidas, e opções de lazer gratuito aliado aos desportos também é um grande vilão dos passeios em áreas naturais no país. Mourão e Menezes concordam, porém, que estradas bem construídas e trilhas amplas não garantem o sucesso do turismo em parques nacionais. Antes disso, o pilar de sustentação dos visitantes precisa estar de pé: profissionais bem treinados para a administração e guias capazes de dominar os preceitos ecológicos dentro de cada unidade de conservação.
“Temos uma grande carência de guias naturalistas, aqueles que sabem observar a natureza. Eles precisam, por exemplo, saber como surgiu o cânion da Chapada Diamantina, entender sobre geografia da paisagem”, afirma Mourão.
A Associação Brasileira das Empresas de Ecoturismo e Turismo de Aventura (Abeta) tem opinião semelhante. Para Raquel Müller, coordenadora de Qualificação da entidade, é necessário que um plano de gestão da segurança seja elaborado em todas as unidades de conservação. “Ele deve envolver perigos e risco, e todos os gestores precisam ser bem treinados para acompanhar o trabalho de forma mais efetiva possível”, explica. Uma das alternativas para alcançar este objetivo é estabelecer contratos com empresas terceirizadas.
Da mesma reportagem. Vale a pena conferir.
Pedro da Cunha e Menezes, colunista d’O Eco e ex-diretor do Parque Nacional da Tijuca, acredita que a falta de um modelo de criação de grandes trilhas, bem sinalizadas e mantidas, e opções de lazer gratuito aliado aos desportos também é um grande vilão dos passeios em áreas naturais no país. Mourão e Menezes concordam, porém, que estradas bem construídas e trilhas amplas não garantem o sucesso do turismo em parques nacionais. Antes disso, o pilar de sustentação dos visitantes precisa estar de pé: profissionais bem treinados para a administração e guias capazes de dominar os preceitos ecológicos dentro de cada unidade de conservação.
“Temos uma grande carência de guias naturalistas, aqueles que sabem observar a natureza. Eles precisam, por exemplo, saber como surgiu o cânion da Chapada Diamantina, entender sobre geografia da paisagem”, afirma Mourão.
A Associação Brasileira das Empresas de Ecoturismo e Turismo de Aventura (Abeta) tem opinião semelhante. Para Raquel Müller, coordenadora de Qualificação da entidade, é necessário que um plano de gestão da segurança seja elaborado em todas as unidades de conservação. “Ele deve envolver perigos e risco, e todos os gestores precisam ser bem treinados para acompanhar o trabalho de forma mais efetiva possível”, explica. Uma das alternativas para alcançar este objetivo é estabelecer contratos com empresas terceirizadas.
Da mesma reportagem. Vale a pena conferir.
Arrume as malas e vá para a mata
Quando o calendário indica que um feriado prolongado ou recesso de final de ano baterão à porta, muitos brasileiros não pensam duas vezes: é o momento de arrumar as malas e partir rumo a um destino turístico. Na maioria dos casos, as praias país são os pontos de parada escolhidos e, como resultado, há engarrafamentos, acúmulo de lixo e poluição sonora. Enquanto isso, cerca de vinte milhões de hectares teoricamente bem preservados por parques nacionais permanecem com números de visitantes aquém do esperado. Ou pior, muito abaixo de seu potencial.
De acordo com o Sistema Nacional de Unidades de Conservação, lei que definiu as categorias de áreas protegidas no Brasil, “o Parque Nacional tem como objetivo básico a preservação de ecossistemas naturais de grande relevância ecológica e beleza cênica, possibilitando a realização de pesquisas científicas e o desenvolvimento de atividade de educação e de turismo ecológico”.
Ao que parece, o governo ainda não conseguiu criar as condições necessárias para que esta última função se torne realidade.Hoje, o país conta com 65 parques nacionais. Mas nem todos podem receber turistas, apesar do que exige a legislação. “Estudos revelam que menos de 30% estão abertos às visitas”, explica Roberto Mourão, fundador e presidente do Instituto EcoBrasil. É o caso, por exemplo, do Parque Nacional das Araucárias, criado em 2006 durante solenidade no Paraná para proteger ecossistemas ameaçados em Santa Catarina e que sequer tem um plano de manejo elaborado.
O principal impasse, no entanto, é que mesmo os parques bem montados sofrem com a baixa freqüência de turistas, inclusive na alta temporada. Os motivos relacionados por especialistas são muitos, mas podem ser reduzidos a um: falta de estrutura. As dificuldades, explica Mourão, começam com as dimensões continentais do Brasil.
Ótima reportagem do Jornalista Felipe Lobo para o ecojornal O ECO,, com fotografia de Álvaro Barros. Acesse http://www.oeco.com.br/reportagens/37-reportagens/21749-arrume-as-malas-va-para-a-mata
terça-feira, 26 de maio de 2009
Barbalha se enfeita para a Festa de Santo Antonio
Este município começa a ter em suas ruas cores e tons da mais tradicional festa do Estado alusiva ao Padroeiro Santo Antônio. Até o dia 30, a decoração será realizada por toda a cidade, onde estão sendo montados quatro palcos, incluindo o maior deles, no Parque da Cidade. Os shows, em grande parte, serão gratuitos, já que nos anos anteriores essa parte da festa era terceirizada.
Cerca de 50 grupos de tradição popular serão mobilizados para a abertura, com missa na Igreja Matriz de Santo Antônio, e cortejos durante o dia por toda a cidade, além do pau da bandeira, no dia 31 de maio, primeiro dia da festa. O município espera, no primeiro dia da festa, uma movimentação de mais de 300 mil pessoas.São mais de 30 pessoas entre costureiros, decoradores, auxiliares de serviços. O investimento na decoração este ano é de R$ 96 mil.
A idéia, para minimizar os gastos e atuar de forma ecologicamente correta, foi aproveitar ao máximo o material, com a reciclagem. Uma das coordenadoras da ornamentação da cidade é Maria de Fátima de Sá Barreto Ribeiro. O cipó, segundo ela, é um dos adereços usados, proporcionando um trabalho mais natural. Cerca de dez bonecos são recuperados para serem levados às ruas.Boa parte da cidade já recebeu as tradicionais bandeirolas coloridas. De frente à Igreja do Rosário, no Centro, um teto de bandeirolas. No local, será montado um dos palcos do evento, além do Marco Zero, Praça da Estação e dentro do Parque. Entre as atrações este ano, estarão presentes músicos como Geraldo Azevedo, que marcará presença na abertura, Joãozinho do Exu, Luiz Fidélis e Forró Kaquiado. Músicos com Dorgival Dantas, Chico Pessoa, Flávio Leandro também farão shows durante a programação.
O Secretário de Cultura de Barbalha, Dorivan Amaro dos Santos, afirma que este ano houve uma ampliação dos espaços ornamentados, de cinco para 15 ruas da cidade, incluindo os bairros como o Bela Vista. Outra novidade para este ano é a instalação da cidade cenográfica, retratando os prédios antigos de Barbalha, dentro do Parque da Cidade. Também serão montadas tendas de artesãos, para comercialização do produto dentro do parque, além de comidas típicas. A tenda Brasilis será um espaço, uma parceria entre Sesc e Prefeitura, para apresentações de artistas no local.
Reportagem da Jornalista Elizangela Santos para o Caderno Regional do Diário do Nordeste. Vale a pena conferir. Vale a pena também conferir a festa.
Cerca de 50 grupos de tradição popular serão mobilizados para a abertura, com missa na Igreja Matriz de Santo Antônio, e cortejos durante o dia por toda a cidade, além do pau da bandeira, no dia 31 de maio, primeiro dia da festa. O município espera, no primeiro dia da festa, uma movimentação de mais de 300 mil pessoas.São mais de 30 pessoas entre costureiros, decoradores, auxiliares de serviços. O investimento na decoração este ano é de R$ 96 mil.
A idéia, para minimizar os gastos e atuar de forma ecologicamente correta, foi aproveitar ao máximo o material, com a reciclagem. Uma das coordenadoras da ornamentação da cidade é Maria de Fátima de Sá Barreto Ribeiro. O cipó, segundo ela, é um dos adereços usados, proporcionando um trabalho mais natural. Cerca de dez bonecos são recuperados para serem levados às ruas.Boa parte da cidade já recebeu as tradicionais bandeirolas coloridas. De frente à Igreja do Rosário, no Centro, um teto de bandeirolas. No local, será montado um dos palcos do evento, além do Marco Zero, Praça da Estação e dentro do Parque. Entre as atrações este ano, estarão presentes músicos como Geraldo Azevedo, que marcará presença na abertura, Joãozinho do Exu, Luiz Fidélis e Forró Kaquiado. Músicos com Dorgival Dantas, Chico Pessoa, Flávio Leandro também farão shows durante a programação.
O Secretário de Cultura de Barbalha, Dorivan Amaro dos Santos, afirma que este ano houve uma ampliação dos espaços ornamentados, de cinco para 15 ruas da cidade, incluindo os bairros como o Bela Vista. Outra novidade para este ano é a instalação da cidade cenográfica, retratando os prédios antigos de Barbalha, dentro do Parque da Cidade. Também serão montadas tendas de artesãos, para comercialização do produto dentro do parque, além de comidas típicas. A tenda Brasilis será um espaço, uma parceria entre Sesc e Prefeitura, para apresentações de artistas no local.
Reportagem da Jornalista Elizangela Santos para o Caderno Regional do Diário do Nordeste. Vale a pena conferir. Vale a pena também conferir a festa.
segunda-feira, 25 de maio de 2009
Exposição itinerante nos Inhamuns
Como parte das atividades da 7ª Semana Nacional de Museus, a Fundação Bernardo Feitosa e o Museu Regional dos Inhamuns realizam, até o dia 29 de maio, a exposição itinerante “Testemunhos da Paleontologia e Arqueologia nos Inhamuns”. A inauguração ocorreu na manhã da última sexta-feira (dia 22), no Auditório Lili Feitosa, do Liceu de Tauá.
Além deste, os municípios de Parambu e Quiterianópolis também vão receber a exposição de arqueologia e paleontologia.De acordo com Fátima Feitosa, da Fundação Bernardo Feitosa, serão exibidos peças de arqueologia e fragmentos de animais pré-históricos, que comprovam ter havido uma megafauna (existência de animais de grande porte) na região dos Inhamuns há milhões de anos.
Uma equipe da fundação vai orientar a visitação e tirar dúvidas do público sobre as peças exibidas nesses locais.“Os museus têm uma função importante de divulgar e ser instrumento de educação, permitindo o desenvolvimento do senso crítico dos visitantes e a promoção da cidadania. Nesse sentido, é importante fazer com que esse patrimônio, que é de todos, chegue até públicos que desconhecem a existência desses artefatos ou não poderiam se deslocar até onde eles estão”, explica Fátima Feitosa.
Dentre os destaques, estão pontas de lança e material lítico como o almofariz, objeto rústico de pedra utilizado pelos índios Jucás para pilar alimentos. Já na parte de arqueologia, serão mostrados fragmentos de ossos de preguiça gigante, mastodonte (ancestral do elefante), toxodonte (ancestral do rinoceronte) e tatu gigante, além de fragmentos de unha de um tigre-dente-de-sabre.
Matéria do jornal Diário do Nordeste. Vale a pena conferir.
Além deste, os municípios de Parambu e Quiterianópolis também vão receber a exposição de arqueologia e paleontologia.De acordo com Fátima Feitosa, da Fundação Bernardo Feitosa, serão exibidos peças de arqueologia e fragmentos de animais pré-históricos, que comprovam ter havido uma megafauna (existência de animais de grande porte) na região dos Inhamuns há milhões de anos.
Uma equipe da fundação vai orientar a visitação e tirar dúvidas do público sobre as peças exibidas nesses locais.“Os museus têm uma função importante de divulgar e ser instrumento de educação, permitindo o desenvolvimento do senso crítico dos visitantes e a promoção da cidadania. Nesse sentido, é importante fazer com que esse patrimônio, que é de todos, chegue até públicos que desconhecem a existência desses artefatos ou não poderiam se deslocar até onde eles estão”, explica Fátima Feitosa.
Dentre os destaques, estão pontas de lança e material lítico como o almofariz, objeto rústico de pedra utilizado pelos índios Jucás para pilar alimentos. Já na parte de arqueologia, serão mostrados fragmentos de ossos de preguiça gigante, mastodonte (ancestral do elefante), toxodonte (ancestral do rinoceronte) e tatu gigante, além de fragmentos de unha de um tigre-dente-de-sabre.
Matéria do jornal Diário do Nordeste. Vale a pena conferir.
Ferreira Gullar: quem tem medo da CPI da PETROBRAS
O poeta Ferreira Gullar escreveu neste domingo sobre a CPI da Petrobras e a reação do governo em sepultar essa história. Confira:“Ao saber que a oposição pretendia criar uma CPI no Senado para apurar denúncias de irregularidades ocorridas na Petrobras, Lula saiu-se com esta: “Isso é, no mínimo, antipatriótico”. E seu ministro das Comunicações, logo logo: “A oposição subestima o orgulho que a população tem da Petrobras”.
Mas quem constatou aquelas irregularidades foram o Tribunal de Contas da União, a Receita Federal e a Polícia Federal. Serão, os três, inimigos da pátria e do povo? Apurar irregularidades numa empresa da importância da Petrobras é zelar por ela e pelos direitos de seus acionistas.
Mas algo, nesta CPI, assusta o governo. Se não há nada de grave a apurar na administração da empresa, por que tanto medo? As tentativas de desmoralizar a CPI, antes que comece a funcionar, chegam a ponto do ministro Paulo Bernardo afirmar, sem nenhum respeito à inteligência alheia, que o objetivo do PSDB é desmoralizar a Petrobras, para em 2010, chegando ao poder, privatizá-la. O mesmo argumento fajuto com que derrotaram o Alckmin, em 2006. Debaixo desse pirão, tem carne.”
Deu na Folha de São Paulo(Folha Ilustrada) e em diversos blogs, ontem.
Mas quem constatou aquelas irregularidades foram o Tribunal de Contas da União, a Receita Federal e a Polícia Federal. Serão, os três, inimigos da pátria e do povo? Apurar irregularidades numa empresa da importância da Petrobras é zelar por ela e pelos direitos de seus acionistas.
Mas algo, nesta CPI, assusta o governo. Se não há nada de grave a apurar na administração da empresa, por que tanto medo? As tentativas de desmoralizar a CPI, antes que comece a funcionar, chegam a ponto do ministro Paulo Bernardo afirmar, sem nenhum respeito à inteligência alheia, que o objetivo do PSDB é desmoralizar a Petrobras, para em 2010, chegando ao poder, privatizá-la. O mesmo argumento fajuto com que derrotaram o Alckmin, em 2006. Debaixo desse pirão, tem carne.”
Deu na Folha de São Paulo(Folha Ilustrada) e em diversos blogs, ontem.
domingo, 24 de maio de 2009
Obras portuárias ameaçam ecosistema da Babitonga ²
O estuário já sofre com a poluição por esgotos e outros resíduos lançados pelos municípios que o circundam, especialmente por Joinville, cidade mais industrializada de Santa Catarina. Graças ao federal PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), outras seis obras portuárias são projetadas para a Baía da Babitonga.
Elas incluem a ampliação do Porto de São Francisco do Sul, no município de mesmo nome e operando desde os anos 1950, além da construção de outros terminais. Os empreendimentos dependem de dragagem de canais, da remoção de rochas e de outras intervenções diretas no estuário para permitir a aproximação de navios de grande porte.
As obras são defendidas com unhas e dentes pelos governos federal e catarinense, por empresários do ramo portuário, exportadoras, sindicatos de estivadores, clubes de iatismo e outras entidades. Mas além dos benefícios para esses, não podem ser desprezados os impactos para outros setores e para a vida marinha. Ainda mais por um país que pretende ter acesso a mercados internacionais cada vez mais exigentes sobre questões ambientais.
As obras são defendidas com unhas e dentes pelos governos federal e catarinense, por empresários do ramo portuário, exportadoras, sindicatos de estivadores, clubes de iatismo e outras entidades. Mas além dos benefícios para esses, não podem ser desprezados os impactos para outros setores e para a vida marinha. Ainda mais por um país que pretende ter acesso a mercados internacionais cada vez mais exigentes sobre questões ambientais.
Obras portuárias ameaçam ecosistema da Babitonga
Está nas mãos da Justiça a continuidade das consultas públicas para a criação da reserva de fauna da Babitonga, no litoral norte de Santa Catarina. As pedras no caminho da proteção daquela área, vital para a sobrevivência de espécies ameaçadas de animais marinhos, do turismo e da pesca artesanal, também são a total contrariedade do governo estadual e de empresários, interessados na ampliação ou construção de portos, e também de associações de pescadores, temendo erroneamente que suas atividades sejam interrompidas.
A proposta para se definir algum tipo de proteção à principal área de manguezais do Sul do país tomou forma há pouco mais de três anos, quando uma série de pesquisas apontou que populações de duas espécies de golfinhos dependem daquele estuário para sobreviver. O pouco conhecido boto-cinza (Sotalia guianensis) e a toninha (Pontoporia blainvillei) usam aquelas águas para se alimentar e reproduzir. Meros, robalos, caranguejos-uçá e várias outras espécies também vivem ali.
Com tanta riqueza em vida marinha, aproveitada pelo turismo e pescadores artesanais, veio o projeto para criação de uma reserva com pouco mais de 70 mil hectares e abraçando pequenas parcelas de seis municípios, como São Francisco do Sul, Joinville, Araquari e Barra do Sul, e grande parte do estuário do Rio Palmital, formado por mais de duas dezenas de ilhas e ilhotas. Confira mapa abaixo. Se for mesmo confirmada uma reserva federal de fauna, será a segunda do país.
Em 2006, foi criada no Rio Grande do Norte a Reserva de Fauna Costeira de Tibau do Sul.Os planos conservacionistas chegaram primeiro aos escaninhos do Ibama, mas, com a divisão do órgão, o processo tramita agora no Instituto Chico Mendes. A falta de um levantamento socioeconômico quanto aos efeitos da área protegida na região deixou uma brecha para ações judiciais. E elas vieram, encaminhadas por associações de pescadores. Assim, a criação da reserva aguarda um parecer do Tribunal Regional Federal em Porto Alegre (RS). Logo após uma decisão, os trâmites serão retomados, com mais uma audiência pública, ao menos. Esse, todavia, não é o maior problema para a conservação da Baía de Babitonga.
Obras do PAC no Ceará 98,7% atrasadas
Das 694 obras exclusivas para o Estado, nove foram concluídas. Ou seja, apenas 1,3% das ações saiu do papelLançado há dois anos, o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) ainda não ganhou impulso no Ceará.
Conforme o relatório do Comitê Gestor do PAC, até dezembro último, das 694 obras exclusivas previstas para o Estado — somando R$ 3,49 bilhões, apenas nove foram concluídas. Ou seja, somente 1,3% das ações conseguiram sair do papel. A boa notícia é que, mesmo pequeno, este percentual sinaliza que o Estado já recebeu investimentos de R$ 1,578 bilhão.
As 694 obras não englobam as sete iniciativas de caráter regional que beneficiam o Ceará e outros estados nordestinos — como a Transnordestina e a transposição do São Francisco. Vale lembrar que os projetos denominados regionais também não foram finalizados.O PAC prevê R$ 44,6 bilhões para Ceará — incluindo projetos regionais.
Deste montante, R$ 21,6 bilhões devem ser alocados até o próximo ano, restando, portanto, R$ 23 bilhões para aplicação pós-2010. Subdividido em eixos de infra-estrutura — Logística, Energética e Social-Urbana — o programa ganha ainda mais importância do cenário da crise econômica, que arrefeceu os investimentos privados. Cabe ao governo, portanto, manter o ritmo de investimentos públicos, a fim de assegurar que o País continue na rota de crescimento, além de garantir empregos e benefícios sociais.
No tocante ao Ceará, ainda segundo dados do balanço do Comitê Gestor, de março, o eixo de atuação mais avançado é o de infra-estrutura Energética. São 27 projetos exclusivos — sendo oito concluídos, no valor de R$ 7,49 milhões, a serem alocados até 2010.
Conforme o relatório do Comitê Gestor do PAC, até dezembro último, das 694 obras exclusivas previstas para o Estado — somando R$ 3,49 bilhões, apenas nove foram concluídas. Ou seja, somente 1,3% das ações conseguiram sair do papel. A boa notícia é que, mesmo pequeno, este percentual sinaliza que o Estado já recebeu investimentos de R$ 1,578 bilhão.
As 694 obras não englobam as sete iniciativas de caráter regional que beneficiam o Ceará e outros estados nordestinos — como a Transnordestina e a transposição do São Francisco. Vale lembrar que os projetos denominados regionais também não foram finalizados.O PAC prevê R$ 44,6 bilhões para Ceará — incluindo projetos regionais.
Deste montante, R$ 21,6 bilhões devem ser alocados até o próximo ano, restando, portanto, R$ 23 bilhões para aplicação pós-2010. Subdividido em eixos de infra-estrutura — Logística, Energética e Social-Urbana — o programa ganha ainda mais importância do cenário da crise econômica, que arrefeceu os investimentos privados. Cabe ao governo, portanto, manter o ritmo de investimentos públicos, a fim de assegurar que o País continue na rota de crescimento, além de garantir empregos e benefícios sociais.
No tocante ao Ceará, ainda segundo dados do balanço do Comitê Gestor, de março, o eixo de atuação mais avançado é o de infra-estrutura Energética. São 27 projetos exclusivos — sendo oito concluídos, no valor de R$ 7,49 milhões, a serem alocados até 2010.
sábado, 23 de maio de 2009
Recursos Federais: infraestrutura será prioridade
Dos R$ 1,2 bilhão anunciados pelo Governo Federal para combater a Gripe Influenza A (H1N1), a seca e as enchentes em todo o Brasil, R$ 80 milhões devem vir para a Ceará para a reconstrução de cenários de desastre provocados pelas fortes chuvas que caem no Estado. De acordo com o coordenador da Defesa Civil Estadual, coronel João Vasconcelos, o órgão vai efetuar um levantamento minucioso dos danos causados pelas chuvas e elaborar um plano de trabalho a ser entregue ao Ministério de Integração Nacional, responsável pela liberação dos recursos.
Segundo ele, a prioridade será a utilização do dinheiro para obras de infra-estrutura, como reconstrução de casas, estradas, pontes, bueiros e passagens molhadas, já que grande parte destas foram destruídas pela força da água. A expectativa é que obras possam ser iniciadas assim que a quadra chuvosa termine.O recurso será destinado aos municípios que decretaram situação de emergência por conta das chuvas.
Até o fechamento desta edição, o boletim da Defesa Civil do último dia 21 indicava que 42 municípios cearenses encontravam-se nessa situação. Enquanto isso, até o fim da manhã de ontem, a Defesa Civil ainda não havia consolidado o número de mortos, já que entre as vítimas contabilizadas pelo boletim havia casos de imprudência e acidentes. O órgão aguarda dados da Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social
Reportagem do Diário do Nordeste, de hoje.
Segundo ele, a prioridade será a utilização do dinheiro para obras de infra-estrutura, como reconstrução de casas, estradas, pontes, bueiros e passagens molhadas, já que grande parte destas foram destruídas pela força da água. A expectativa é que obras possam ser iniciadas assim que a quadra chuvosa termine.O recurso será destinado aos municípios que decretaram situação de emergência por conta das chuvas.
Até o fechamento desta edição, o boletim da Defesa Civil do último dia 21 indicava que 42 municípios cearenses encontravam-se nessa situação. Enquanto isso, até o fim da manhã de ontem, a Defesa Civil ainda não havia consolidado o número de mortos, já que entre as vítimas contabilizadas pelo boletim havia casos de imprudência e acidentes. O órgão aguarda dados da Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social
Reportagem do Diário do Nordeste, de hoje.
quarta-feira, 20 de maio de 2009
Parques Nacionais na verdadeira pindaíba
Parques nacionais e outras unidades de conservação geridas pelo governo federal estão mesmo na pindaíba. Por exemplo, o escritório das estações ecológicas Caracaraí e Niquiá, além do parque nacional do Viruá, todos em Roraima, está há seis meses sem telefone. O mesmo ocorre com a reserva extrativista Tracuateua, no Pará. Deve ser ótima a sensação de isolamento proporcionada pela situação.
Outro episódio exemplar: antes de seu fechamento, o Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros, em Goiás, viu seu chefe arregaçar as manga e cobrar pessoalmente os ingressos para entrada de turistas. O imbroglio infinito e mal feito da divisão do Ibama, que pariu o Instituto Chico Mendes, atrasou a licitação para esse tipo de serviço terceirizado na unidade de conservação.
Deu no excelente http://www.oeco.com.br/ na Seção Salada Verde. Vale a pena conferir.
Outro episódio exemplar: antes de seu fechamento, o Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros, em Goiás, viu seu chefe arregaçar as manga e cobrar pessoalmente os ingressos para entrada de turistas. O imbroglio infinito e mal feito da divisão do Ibama, que pariu o Instituto Chico Mendes, atrasou a licitação para esse tipo de serviço terceirizado na unidade de conservação.
Deu no excelente http://www.oeco.com.br/ na Seção Salada Verde. Vale a pena conferir.
Críticas ao Ministro Carlos Minc
Na sua coluna semanal, a Senadora Marina Silva dá outra alfinetada em Carlos Minc. Agora menos alinhada ao PT, ela critica duramente a aprovação da malfadada MP458, aquela que propõe entregar terras de mão-beijada a posseiros em nome da "regularização fundiária" na Amazônia. Minc, pelo contrário, disse que a medida é coisa fina e que sua aprovação foi boa para o Meio Ambiente.
Arte Popular no MAUC, em Fortaleza
Numa única sala, manifestações da arte popular nordestina. A proposta é do Museu de Arte da Universidade Federal do Ceará (Mauc) e reúne um acervo que ultrapassa 800 peças. A exposição foi aberta ontem e vai se transformar em sala permanente de Cultura Popular. Segundo o diretor do Museu, Pedro Eimar, a coleta teve início três anos antes da inauguração do Mauc, há mais de 50 anos.
“A princípio, tivemos apoio de Floriano Teixeira e Lívio Xavier, já nos anos 60 contamos com Heloísa Juaçaba, sempre regidos por Martins Filho”, revela.O conjunto de imagens compreende estampas xilográficas impressas a partir de matrizes pertencentes às coleções do Museu de xilogravura, com destaque para artistas de Juazeiro do Norte, e obras da escultura popular em cerâmica, notadamente da região de Caruaru (PE), e madeira, como é o caso de Chico Santeiro e Mestre Noza.
Segundo Eimar, o conjunto de imagens se caracteriza pela ligação com a questão da identidade nacional, advinda principalmente desde o movimento modernista. “É uma exposição importante no contexto do século XXI em que cada vez a contemporaneidade vem sendo questionada”, ressalta.Na xilogravura, o acervo compreende pioneiros da arte até os mais recentes, como José Lourenço. Além dele, o público poderá conferir Mestre Noza, Waldêredo, Damásio Paula, Antônio Batista, Lino e Stênio Diniz. O diretor do Museu destaca o apoio de nomes como os do professor e pesquisador Gilmar de Carvalho, através da doação de estampas e matrizes de xilogravuras e também de cerâmica popular.
Ao todo, a exposição apresenta 400 imagens de xilogravura, reimpressas para a ocasião da reabertura. Já as esculturas em madeira e cerâmica ultrapassam 300 obras e trazem a criação de mestres nordestinos como Chico Santeiro, Mestre Vitalino, José Caboclo, Manuel Eudócio e Maria do Barro Cru.
Reportagem do Jornal Diário do Nordeste. Vale a pena conferir.
“A princípio, tivemos apoio de Floriano Teixeira e Lívio Xavier, já nos anos 60 contamos com Heloísa Juaçaba, sempre regidos por Martins Filho”, revela.O conjunto de imagens compreende estampas xilográficas impressas a partir de matrizes pertencentes às coleções do Museu de xilogravura, com destaque para artistas de Juazeiro do Norte, e obras da escultura popular em cerâmica, notadamente da região de Caruaru (PE), e madeira, como é o caso de Chico Santeiro e Mestre Noza.
Segundo Eimar, o conjunto de imagens se caracteriza pela ligação com a questão da identidade nacional, advinda principalmente desde o movimento modernista. “É uma exposição importante no contexto do século XXI em que cada vez a contemporaneidade vem sendo questionada”, ressalta.Na xilogravura, o acervo compreende pioneiros da arte até os mais recentes, como José Lourenço. Além dele, o público poderá conferir Mestre Noza, Waldêredo, Damásio Paula, Antônio Batista, Lino e Stênio Diniz. O diretor do Museu destaca o apoio de nomes como os do professor e pesquisador Gilmar de Carvalho, através da doação de estampas e matrizes de xilogravuras e também de cerâmica popular.
Ao todo, a exposição apresenta 400 imagens de xilogravura, reimpressas para a ocasião da reabertura. Já as esculturas em madeira e cerâmica ultrapassam 300 obras e trazem a criação de mestres nordestinos como Chico Santeiro, Mestre Vitalino, José Caboclo, Manuel Eudócio e Maria do Barro Cru.
Reportagem do Jornal Diário do Nordeste. Vale a pena conferir.
segunda-feira, 18 de maio de 2009
Reiniciados os Levantamentos e Estudos Técnico Científicos do Geopark Araripe
Reiniciados os Levantamentos e Estudos Técnico Científicos do Geopark Araripe, no Cariri. Uma primeira missão de prospecção está sendo realizada para documentação prévia de imagens e seleção de sítios de investigação, pela equipe Ibi Tupi.
Imagem de correderias no Rio da Batateira, acima da Cachoeira de mesma denominação, no bairro do Lameiro, na sede urbana do Crato, por mais incrível que isto possa parecer. Arquivo de imagens Ibi Tupi. Fotografia de José Sales. Direitos autorais reservados.
Barbalha se prepara para a Festa de Santo Antonio
Barbalha ultima preparativos para a Festa de Santo Antonio. Toda a cidade já está embandeirada, nas ruas principais, no Largo da Matriz e no Largo da Igreja de Santo Antonio. O pau da bandeira já foi retirado da mata do Sitio São Joaquim, no sopé da Chapada do Araripe.
Arquivo de Imagens Ibi Tupi. Fotografia de José Sales.
domingo, 17 de maio de 2009
Meio Ambiente: perguntas que o Presidente Lula não responde
O Brasil é o quarto maior emissor de gases que aumentam a temperatura do planeta e alteram o clima da Terra, mas o presidente Lula e a Ministra Dilma Roussef, que de fato mandam no governo, desprezam o tema. Lula apenas repete que as alterações no clima foram causadas pelos países ricos e que eles é que devem encontrar uma solução. Dilma é uma prega o crescimento econômico pelo crescimento econômico. E só.
Duas regiões no Brasil sofrerão mais com as alterações no clima. No semiárido, uma das regiões mais pobres do País, onde já faltam todas estruturas de atendimento à população, aumentará ainda mais a escassez de água. Os pobres, mais uma vez, serão os mais atingidos. E boa parte da floresta amazônica vai se transformar em savana. Isso alterará o regime de formação das chuvas que saem de lá e vão se precipitar no cone sul da América do Sul, onde irrigam as regiões onde é produzida a maior parte dos alimentos que consumimos no Brasil e que exportamos. Ou seja, diminuirá a produção de comida.
Pergunta 01
Por que o governo não desenvolve uma política consistente de enfrentamento das mudanças no clima?
O Brasil liderou o debate sobre as responsabilidades comuns porém diferenciadas sobre as emissões históricas. Embora ainda mantenha capacidade de influir nas negociações internacionais, passou a se omitir desde que aumentaram as taxas do crescimento econômico baseado na derrubada e queimada de florestas. Em dezembro, acontece a 15ª Conferência das Partes da Convenção do Clima em Copenhagen. Barak Obama, Nicolas Sarkozy, Angela Merkel e Gordon Brown tentarão protagonizar o evento, que vai definir as ações contra as mudanças climáticas na segunda fase do Protocolo de Quioto, a partir de 2012. Está aberta janela de oportunidade política para o Brasil assumir a esta da principal questão do século 21.
Pergunta o2
Por que Lula não chefia pessoalmente a representação do Brasil à CoP15 e se projeta como líder mundial?
Parte considerável das emissões de gases poluentes se origina da queima de combustíveis fósseis. A Petrobras avalia que o pré-sal pode ter até 50 bilhões de barris, que demandarão 160 bilhões de dólares para serem explorados. Colocada no mercado, parcela considerável desse petróleo será queimada e vai agravar ainda mais a mudança no clima.
Pergunta 03
O governo considera não explorar o pré-sal e, em vez disso, investir tudo na viabilidade das energias do vento e do sol, como o fez nos anos 1970 para desenvolver o álcool combustível?
Em agosto de 2008, BNDES, Banco do Brasil, Banco do Nordeste, Banco da Amazônia e Caixa Econômica Federal assinaram protocolo de intenções se comprometendo a adotar critérios sociais e ambientais antes de conceder seus empréstimos. Mas os bancos continuam a financiar atividades que causam a destruição das florestas, desconsiderando até que pesam suspeitas de fraude e incompetência na emissão de licenças ambientais em estados campeões de desmatamento, como Pará, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Goiás. O BNDES chegou a propor ao Banco Central uma linha de crédito para financiar a modernização do sistema ambiental desses estados, reconhecendo que as licenças em que se baseia para conceder seus vultosos e subsidiados empréstimos são frágeis, para dizer o mínimo.
Pergunta 04
Por que o próprio governo não para, agora mesmo, de fornecer o dinheiro que desmata e emite os gases que causam as mudanças no clima?
Matéria do Jornalista Carlos Tautz. Publicado no Blog do Noblat http://oglobo.globo.com/pais/noblat/
Duas regiões no Brasil sofrerão mais com as alterações no clima. No semiárido, uma das regiões mais pobres do País, onde já faltam todas estruturas de atendimento à população, aumentará ainda mais a escassez de água. Os pobres, mais uma vez, serão os mais atingidos. E boa parte da floresta amazônica vai se transformar em savana. Isso alterará o regime de formação das chuvas que saem de lá e vão se precipitar no cone sul da América do Sul, onde irrigam as regiões onde é produzida a maior parte dos alimentos que consumimos no Brasil e que exportamos. Ou seja, diminuirá a produção de comida.
Pergunta 01
Por que o governo não desenvolve uma política consistente de enfrentamento das mudanças no clima?
O Brasil liderou o debate sobre as responsabilidades comuns porém diferenciadas sobre as emissões históricas. Embora ainda mantenha capacidade de influir nas negociações internacionais, passou a se omitir desde que aumentaram as taxas do crescimento econômico baseado na derrubada e queimada de florestas. Em dezembro, acontece a 15ª Conferência das Partes da Convenção do Clima em Copenhagen. Barak Obama, Nicolas Sarkozy, Angela Merkel e Gordon Brown tentarão protagonizar o evento, que vai definir as ações contra as mudanças climáticas na segunda fase do Protocolo de Quioto, a partir de 2012. Está aberta janela de oportunidade política para o Brasil assumir a esta da principal questão do século 21.
Pergunta o2
Por que Lula não chefia pessoalmente a representação do Brasil à CoP15 e se projeta como líder mundial?
Parte considerável das emissões de gases poluentes se origina da queima de combustíveis fósseis. A Petrobras avalia que o pré-sal pode ter até 50 bilhões de barris, que demandarão 160 bilhões de dólares para serem explorados. Colocada no mercado, parcela considerável desse petróleo será queimada e vai agravar ainda mais a mudança no clima.
Pergunta 03
O governo considera não explorar o pré-sal e, em vez disso, investir tudo na viabilidade das energias do vento e do sol, como o fez nos anos 1970 para desenvolver o álcool combustível?
Em agosto de 2008, BNDES, Banco do Brasil, Banco do Nordeste, Banco da Amazônia e Caixa Econômica Federal assinaram protocolo de intenções se comprometendo a adotar critérios sociais e ambientais antes de conceder seus empréstimos. Mas os bancos continuam a financiar atividades que causam a destruição das florestas, desconsiderando até que pesam suspeitas de fraude e incompetência na emissão de licenças ambientais em estados campeões de desmatamento, como Pará, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Goiás. O BNDES chegou a propor ao Banco Central uma linha de crédito para financiar a modernização do sistema ambiental desses estados, reconhecendo que as licenças em que se baseia para conceder seus vultosos e subsidiados empréstimos são frágeis, para dizer o mínimo.
Pergunta 04
Por que o próprio governo não para, agora mesmo, de fornecer o dinheiro que desmata e emite os gases que causam as mudanças no clima?
Matéria do Jornalista Carlos Tautz. Publicado no Blog do Noblat http://oglobo.globo.com/pais/noblat/
Sertão central: Cedro agoniza em Quixadá
A última sangria do açude Cedro completa 20 anos. O reservatório, tombado pelo Iphan, tem mais de 100 anos e, em toda a sua história, transbordou somente em seis oportunidades.
O reservatório mais antigo do Ceará continua agonizando em Quixadá, no Sertão Central. O açude Cedro, inaugurado há mais de um século, começou o ano acumulando menos de 5% de sua capacidade e, atualmente, está com 17%. Segundo a Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh), é “crítico” o nível de armazenamento.
As estatísticas do Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs) detalham que o manancial, com capacidade para 126 milhões de metros cúbicos, não ultrapassa 40% de seu volume total desde o início da década passada. A história do açude, porém, também conta dias de fartura. O Cedro, há 20 anos, começava a derramar suas águas pela última vez.
As secas castigavam a região no fim do século XIX. O Império, em 1880, determinou a elaboração de estudos para a construção de açudes. Nove anos depois começavam as obras do Cedro. Os trabalhos, acompanhados por longos períodos de estiagem, tinham caráter emergencial.
A conclusão aconteceu em 1906. O Cedro, passado mais de um século, continua sendo um dos 20 maiores reservatórios do Ceará. Mas a imponência da obra, tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), contrasta com o passado e o presente de baixa acumulação. O açude já chegou a ficar completamente seco e, conforme o Dnocs, transbordou somente seis vezes em toda a história. O último sangramento começou em 12 de maio de 1989.
Reportagem especial do Jornal O POVO.
O reservatório mais antigo do Ceará continua agonizando em Quixadá, no Sertão Central. O açude Cedro, inaugurado há mais de um século, começou o ano acumulando menos de 5% de sua capacidade e, atualmente, está com 17%. Segundo a Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh), é “crítico” o nível de armazenamento.
As estatísticas do Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs) detalham que o manancial, com capacidade para 126 milhões de metros cúbicos, não ultrapassa 40% de seu volume total desde o início da década passada. A história do açude, porém, também conta dias de fartura. O Cedro, há 20 anos, começava a derramar suas águas pela última vez.
As secas castigavam a região no fim do século XIX. O Império, em 1880, determinou a elaboração de estudos para a construção de açudes. Nove anos depois começavam as obras do Cedro. Os trabalhos, acompanhados por longos períodos de estiagem, tinham caráter emergencial.
A conclusão aconteceu em 1906. O Cedro, passado mais de um século, continua sendo um dos 20 maiores reservatórios do Ceará. Mas a imponência da obra, tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), contrasta com o passado e o presente de baixa acumulação. O açude já chegou a ficar completamente seco e, conforme o Dnocs, transbordou somente seis vezes em toda a história. O último sangramento começou em 12 de maio de 1989.
Reportagem especial do Jornal O POVO.
117 açudes estão com capacidade máxima no Estado do Ceará
Sobe o número de açudes que sangraram no Estado com as últimas chuvas. Agora, dos 131 reservatórios, 117 atingiram 100% de sua capacidade. No Açude Castanhão, o nível da água subiu para 97,8%. Os dados são do último balanço feito pela Companhia de Gestão de Recursos Hídricos do Ceará (Cogerh), divulgado na manhã deste sábado, 16.
Há possibilidade que o número aumente, já que, segundo a Cogerh, mais seis açudes estão com capacidade superior a 90% de armazenamento de água. Segundo dados da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme), de ontem para hoje choveu em 54 municípios cearenses. Granja, no Litoral Norte, foi a cidade onde choveu mais forte (79 milímetros).
Há possibilidade que o número aumente, já que, segundo a Cogerh, mais seis açudes estão com capacidade superior a 90% de armazenamento de água. Segundo dados da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme), de ontem para hoje choveu em 54 municípios cearenses. Granja, no Litoral Norte, foi a cidade onde choveu mais forte (79 milímetros).
sábado, 16 de maio de 2009
Juazeiro: pontos turísticos serão requalificados
A requalificação dos principais pontos de visitação dos fiéis do Padre Cícero poderá ser iniciada a partir do segundo semestre deste ano, com o Projeto Roteiro da Fé. Uma consulta pública foi realizada na manhã de ontem, no Memorial Padre Cícero, além de apresentação do projeto pelo Secretário das Cidades, Joaquim Cartaxo.
Ave Augusto Pontes
Fortaleza se despediu ontem de Augusto Pontes, filósofo, compositor, publicitário, ex-secretário de Cultura do Estado. Acima de tudo, um grande agitador cultural, capaz de costurar em torno de si artistas das personalidades mais distintas, atraídos pela inteligência inquieta e pela sempre-ironia que o fizeram guru de várias gerações.
"Quando a mesa cresce, a cultura desaparece". A frase ecoa desde os tempos de Bar do Anísio, na Beira-mar da Fortaleza dos anos 60. Em tom espirituoso, bem à cearense, integra a extensa lista de tiradas de um intelectual que sempre cuidou de unir as letras à boemia. Paradoxalmente, em desacordo com a própria assertiva, os muitos amigos que na manhã de ontem se despediram de Francisco Augusto Pontes tinham em comum a lembrança de uma pessoa absolutamente gregária.
Capaz de apaziguar interesses divergentes e egos inflados, reunindo à mesma mesa - ou na mesma produção cultural - artistas de diferentes linguagens, propostas, universos. Todos envoltos pela inteligência provocativa, mas também acolhedora, do guru da geração do Pessoal do Ceará. E de outras que a sucederam.
Extenso conjunto de matérias do Caderno 3 do Diário do Nordeste, feitas pelo Jornalista Dalwton Moura. Fotografia de André Lima, do Arquivo DN. Direito autorais preservados.
sexta-feira, 15 de maio de 2009
As aplicações medicinais da Copaíba
A copaíba (Copaifera sp), ou copaibeira, é uma árvore de grande porte da família Leguminosae encontrada em todo o Brasil. Os habitantes da floresta a procuram como local de tocaia para pequenos animais silvestres que se alimentam de seus frutos. A árvore, também chamada de pau d´óleo, é facilmente encontrada na mata devido ao forte aroma de sua casca.
Os índios a utilizavam, principalmente, como cicatrizante no umbigo de recém-nascidos para evitar o ´mal-dos-sete-dias´. Os guerreiros, quando voltavam de suas lutas, untavam o corpo com o óleo da copaíba e se deitavam sobre esteiras suspensas e aquecidas para curar eventuais ferimentos.
Tudo indica que o uso deste óleo veio da observação do comportamento de certos animais que, quando feridos, esfregavam-se nos troncos das copaibeiras. Conforme a tradição e uso pelos povos ribeirinhos da Amazônia, o óleo de copaiba é eficiente em queimaduras, feridas, micoses, urticárias, cicatrização, furúnculos, inflamações, má digestão, intestino preso. Age sobre as vias respiratórias e urinárias e é um poderoso antisséptico.
Os índios a utilizavam, principalmente, como cicatrizante no umbigo de recém-nascidos para evitar o ´mal-dos-sete-dias´. Os guerreiros, quando voltavam de suas lutas, untavam o corpo com o óleo da copaíba e se deitavam sobre esteiras suspensas e aquecidas para curar eventuais ferimentos.
Tudo indica que o uso deste óleo veio da observação do comportamento de certos animais que, quando feridos, esfregavam-se nos troncos das copaibeiras. Conforme a tradição e uso pelos povos ribeirinhos da Amazônia, o óleo de copaiba é eficiente em queimaduras, feridas, micoses, urticárias, cicatrização, furúnculos, inflamações, má digestão, intestino preso. Age sobre as vias respiratórias e urinárias e é um poderoso antisséptico.
Festa de Santo Antonio da Barbalha
Será cortado hoje o pau que servirá de mastro para a bandeira de Santo Antônio, padroeiro de Barbalha. Pela primeira vez, será utilizada uma copaíba, ou pau d’óleo, conhecido no sertão como “pau dóia”, uma árvore nativa que fornece um óleo com poder medicinal. Tradicionalmente, era utilizada uma aroeira.
De acordo com o Instituto Brasileiro de Meio Ambiente Recursos Naturais Renováveis (Ibama), a copaíba não está na relação das espécies em extinção ou proibidas de corte.Ao contrário dos anos anteriores, não houve polêmica em torno do corte do pau da bandeira. As negociações para a escolha da árvore começaram no mês de fevereiro entre a Prefeitura de Barbalha, o Ministério Público Federal e o Instituto Chico Mendes, que assinaram um Termo de Ajuste de Conduta (TAC), regulamentando a utilização da árvore.Entre as exigências colocadas pelos órgãos ambientais está a reserva de uma área para reflorestamento.
O pau da bandeira de 32 capelas de Barbalha será itinerante, isto é, um único pau será utilizado como mastro da bandeira das festas religiosas do município. Outra exigência é o acompanhamento do Instituto Chico Mendes na escolha e no corte do pau.Este ano, a única dificuldade é o acesso ao sítio São Joaquim, de onde será retirada a copaíba. O “Capitão do Pau”, Rildo Teles, que comanda o corte e o carregamento do mastro, adverte que, em consequência das chuvas, a estrada não oferece condições de tráfego para carros pequenos.
O ritual começa hoje, às 7 horas, com os cortadores do pau, rezando um “Pai Nosso” em frente à Igreja Matriz de Santo Antônio. Em seguida, eles serão transportados de caminhão para o sítio São Joaquim, no sopé da serra do Araripe, a sete quilômetros da cidade. Ali, à beira de um dos riachos, começa a festa popular. Cortadores e curiosos se confraternizam na sombra das árvores, em torno de churrascos e bebidas.
O corte do mastro é antecedido de uma oração. Depois de cortada, a árvore é transportada para fora da mata e colocada na “cama”, local onde o tronco permanece secando até o dia da abertura da festa, dia 31 de maio.A árvore é levada nos ombros dos devotos de Santo Antônio, do sítio São Joaquim até a Igreja Matriz, onde é erguida sob os aplausos da multidão.Aberta oficialmente, a festa prossegue até o dia 13, data oficial de comemoração do padroeiro, com novenas, quermesses e shows com artistas regionais e nacionais. Durante as festividades em Barbalha, ocorrerá, simultaneamente, o II Congresso Cearense de Folclore e I Seminário sobre Cultura, Religiosidade e Festas Populares, abordando o tema “Festa Popular no Âmbito Privilegiado da Tradição”.
Reportagem e fotografia de Antonio Vicelmo para o Caderno Regional do Diário do Nordeste.
quarta-feira, 13 de maio de 2009
Excedente hídrico
O Açude Castanhão está liberando mil metros cúbicos de água por segundo de quatro comportas para a calha do rio Jaguaribe, que suporta essa vazão como limite. No entanto, a chuva aliada ao escoamento de águas, vindas dos pequenos açudes que transbordaram ou aumentaram, gera o excedente hídrico no rio, que não suporta tanta água para além da que é recebida do Castanhão.
Este, o maior açude do Ceará, estava ao meio dia de ontem com 96,5 de sua capacidade, na cota 105,43 — a 57 centímetros de sangria. A Ilha de Santa Terezinha, em Limoeiro, é uma das mais castigadas, pois fica exatamente entre os rios Jaguaribe e Banabuiú, que estão, literalmente, encontrando-se, e a comunidade, de ilhada, pode passar a ficar totalmente alagada.Na mesma cidade, o Açude Paulo do Monte, no bairro Antônio Holanda, deixou a população atemorizada. Suas barreiras de terra apresentavam rachaduras, causadas pelo acúmulo excessivo de água — um bueiro entupido piorava a situação, mas tratores utilizados pela Secretaria de Infra-Estrutura e Desenvolvimento já conseguiram atenuar o problema.
Este, o maior açude do Ceará, estava ao meio dia de ontem com 96,5 de sua capacidade, na cota 105,43 — a 57 centímetros de sangria. A Ilha de Santa Terezinha, em Limoeiro, é uma das mais castigadas, pois fica exatamente entre os rios Jaguaribe e Banabuiú, que estão, literalmente, encontrando-se, e a comunidade, de ilhada, pode passar a ficar totalmente alagada.Na mesma cidade, o Açude Paulo do Monte, no bairro Antônio Holanda, deixou a população atemorizada. Suas barreiras de terra apresentavam rachaduras, causadas pelo acúmulo excessivo de água — um bueiro entupido piorava a situação, mas tratores utilizados pela Secretaria de Infra-Estrutura e Desenvolvimento já conseguiram atenuar o problema.
Parte do Eixão será destruída para amenizar inundações
Equipes da Cogerh e do Dnocs procuram alternativas para aliviar o transtorno das cidades atingidas pelas enchentes. Para tanto, uma parte do Canal da Integração deverá ser destruída, em Morada Nova, para escoar a água que invadiu a cidade no início desta semana.
O fato foi causado, em parte, pelo arrombamento de 21 pequenos açudes — a maioria construções irregulares e sem fiscalização — que pressionaram o açude Curral Velho e o rio Banabuiú. Em Limoeiro e Jaguaruana, mais pessoas deixaram as casas na manhã de ontem e as campanhas para doação de alimentos foram intensificadas na região.
É um efeito dominó. Um pequeno açude enche, não aguenta tanta água, arromba, cai em outros açudes e, destes, as águas seguem para os rios. Tem sido assim em todas as regiões do Ceará que sofrem alagamentos. O problema é que a falta de estrutura dessas construções compromete o plano de operação de açudes como Castanhão e Banabuiú, que controlam a vazão de suas águas.
O fato foi causado, em parte, pelo arrombamento de 21 pequenos açudes — a maioria construções irregulares e sem fiscalização — que pressionaram o açude Curral Velho e o rio Banabuiú. Em Limoeiro e Jaguaruana, mais pessoas deixaram as casas na manhã de ontem e as campanhas para doação de alimentos foram intensificadas na região.
É um efeito dominó. Um pequeno açude enche, não aguenta tanta água, arromba, cai em outros açudes e, destes, as águas seguem para os rios. Tem sido assim em todas as regiões do Ceará que sofrem alagamentos. O problema é que a falta de estrutura dessas construções compromete o plano de operação de açudes como Castanhão e Banabuiú, que controlam a vazão de suas águas.
domingo, 10 de maio de 2009
Geopark Araripe: Cachoeira de Missão Velha
Imagem da Cachoeira de Missão Velha/ Geotope Devoniano/ Geopark Araripe, localizada no município de mesma denominação, no Cariri, no Sul do Estado do Ceará, após um chuva tropical torrencial, no meio da tarde de ontem, 09 de Maio de 2009. Fotografia de Daniel Roman. Arquivo de Imagens Ibi Tupi. Direitos autorais reservados.
Crescimento desordenado das cidades agrava a situação na época das chuvas
"As cheias deste ano são mais fortes do que as do ano passado", afirma o coronel João Vasconcelos Sousa, comandante do Corpo de Bombeiros e da Defesa Civil do Estado que pretende fazer com que o órgão trabalhe mais na prevenção. "Além da natureza, favorecem à situação: desordem urbana e falta de monitoramento de açudes".
A que o senhor atribui estes desastres, além das chuvas? (O POVO)
"Ao crescimento de forma desordenada das cidades. É proposta da Defesa Civil trabalhar muito forte esta parte preventiva. Uma das maneiras é apresentar projetos de prevenção aos municípios com relação às secas e às enchentes. Devido ao crescimento desordenado, as pessoas procuram estes locais de risco. Da noite para o dia, o poder público se vê com uma porção de pessoas morando numa área de risco. É necessário uma negociação para retirar essas pessoas, sendo o processo demorado. Lamentavelmente, os rios têm uma época em que secam, noutras, enchem. As pessoas não observam os riscos e nem buscam informações sobre os locais. Também as pessoas quando chegam a esta situação não estão preocupadas com isso, querem a sua casinha. Acho que o homem deve saber conviver com a natureza com bom senso. Mas, infelizmente, ele faz sua casa em locais de risco".Reportagem do Diário do Nordeste, de hoje, da Jornalista Iracema Sales. Vale a pena conferir.
A que o senhor atribui estes desastres, além das chuvas? (O POVO)
"Ao crescimento de forma desordenada das cidades. É proposta da Defesa Civil trabalhar muito forte esta parte preventiva. Uma das maneiras é apresentar projetos de prevenção aos municípios com relação às secas e às enchentes. Devido ao crescimento desordenado, as pessoas procuram estes locais de risco. Da noite para o dia, o poder público se vê com uma porção de pessoas morando numa área de risco. É necessário uma negociação para retirar essas pessoas, sendo o processo demorado. Lamentavelmente, os rios têm uma época em que secam, noutras, enchem. As pessoas não observam os riscos e nem buscam informações sobre os locais. Também as pessoas quando chegam a esta situação não estão preocupadas com isso, querem a sua casinha. Acho que o homem deve saber conviver com a natureza com bom senso. Mas, infelizmente, ele faz sua casa em locais de risco".Reportagem do Diário do Nordeste, de hoje, da Jornalista Iracema Sales. Vale a pena conferir.
sexta-feira, 8 de maio de 2009
Audiencia Pró Parque Rachel de Queiroz ²
Foi realizada ontem, no Auditório do Colégio Santa Izabel, a Audiência Pública Pró Parque Rachel de Queiroz, encaminhada pela Vereadora Eliana Gomes/PC do B, que consolidou o início de uma nova trajetória reinvidicatória deste Parque que poderá resgatar a carencia de espaços públicos de lazer e fruição da natureza da Zona Oeste de Fortaleza.
Além da inteira lotação do Auditório do Colégio Santa Izabel, para tomar conhecimento desta proposta apresentada de requalificação ambiental urbana de extensas áreas da Zona Oeste de Fortaleza, mais uma vez apresentada pelo representante da equipe autora do projeto, o Professor/ Arquiteto José Sales/ UFC, foi registrada ainda presença de dois Vereadores municipais, a própria Eliana Gomes/ PC do B e Carlos Sidou, um Deputado Estadual Nelson Martins/ PT, este representando a Assembléia Legislativa, além também representantes da Prefeitura Municipal, como a Secretária Executiva Regional I Ana Lúcia, Samuel Braga do Núcleo de Edicação Ambiental da SEMAM e Arquiteto José Tarcísio Prata do Núcleo de Meio Ambiente da SER III e da maior parte dos movimentos sociais e entidades que atuam na Zona Oeste de Fortaleza.
Imagem ilustrativa das intervenções propostas para Setor 7 do Parque Rachel de Queiroz, que requalificaria toda área de proteção do encontro dos Riachos Alagadiço e Cachoerinha que ocorre no limite do Campus PICI/ UFC com Avenida Mister Hull e a abriria ao pleno usufruto público. O Parque é composto de 15 setores que se distribuem em 21 bairros da Zona Oeste de Fortaleza e perfaz um total de áreas da ordem de 254 hectares ou 254.000 m². Na sua vizinhança imediata moram mais de meio milhão de pessoas.
Além da inteira lotação do Auditório do Colégio Santa Izabel, para tomar conhecimento desta proposta apresentada de requalificação ambiental urbana de extensas áreas da Zona Oeste de Fortaleza, mais uma vez apresentada pelo representante da equipe autora do projeto, o Professor/ Arquiteto José Sales/ UFC, foi registrada ainda presença de dois Vereadores municipais, a própria Eliana Gomes/ PC do B e Carlos Sidou, um Deputado Estadual Nelson Martins/ PT, este representando a Assembléia Legislativa, além também representantes da Prefeitura Municipal, como a Secretária Executiva Regional I Ana Lúcia, Samuel Braga do Núcleo de Edicação Ambiental da SEMAM e Arquiteto José Tarcísio Prata do Núcleo de Meio Ambiente da SER III e da maior parte dos movimentos sociais e entidades que atuam na Zona Oeste de Fortaleza.
Imagem ilustrativa das intervenções propostas para Setor 7 do Parque Rachel de Queiroz, que requalificaria toda área de proteção do encontro dos Riachos Alagadiço e Cachoerinha que ocorre no limite do Campus PICI/ UFC com Avenida Mister Hull e a abriria ao pleno usufruto público. O Parque é composto de 15 setores que se distribuem em 21 bairros da Zona Oeste de Fortaleza e perfaz um total de áreas da ordem de 254 hectares ou 254.000 m². Na sua vizinhança imediata moram mais de meio milhão de pessoas.
quinta-feira, 7 de maio de 2009
Em Fortaleza, audiencia pública Pró Parque Rachel de Queiroz
A Câmara Municipal de Fortaleza, realiza hoje, 07 de Maio de 2008, uma audiencia pública para debater a questão do PARQUE RACHEL DE QUEIROZ. A mesma se dará no Colégio Santa Izabel, na confluencia das Avenidas Mister Hull e Parsifal Barroso.
O Movimento Pró Parque RACHEL DE QUEIROZ, surgiu para reinvindicar transformação das áreas de proteção e preservação ambiental dos recursos hídricos do Riachos Alagadiço e Cachoeirinha em um grande parque público para o atendimento a demanda de mais de meio milhão de habitantes de Fortaleza que vivem neste entorno.
O Movimento Pró Parque RACHEL DE QUEIROZ, surgiu para reinvindicar transformação das áreas de proteção e preservação ambiental dos recursos hídricos do Riachos Alagadiço e Cachoeirinha em um grande parque público para o atendimento a demanda de mais de meio milhão de habitantes de Fortaleza que vivem neste entorno.
A proposta do Parque Rachel de Queiroz envolve a recuperação ambiental urbana das subbacias do Riacho Alagadiços desde o Açude João Lopes e complementarmente do Riacho Cachoeirinha, desde o Açude Santo Anastácio, até o Rio Maranguapinho, em um extensão aproximada de 12,5 quilometros, através de mais de 20 bairros da Zona Oeste de Fortaleza, consolidando uma intervenção de recuperação deste contexto hídrico, das situações lindeiras e reservas de vegetação ainda existentes, da ordem de 254 hectares, distruídos em 15 setores urbanos, para usufruto da população ali residente.
A mesma foi composta, sob a coordenação do Professor/ Arquiteto José Sales/ DAUUFC, por solicitação e contratação da SEMAM/ Secretaria do Meio Ambiente e Controle Urbano, da Prefeitura Municipal de Fortaleza, ainda em 2002 e, mesmo que este ideário já estivesse em discussão desde 1995 em diversos fóruns e audiencias públicas. E muito embora a mesma tivesse sido inteiramente desenvolvida, nunca foi consolidada, durante todos estes anos, nem em uma se suas menores partes. Em algum momento desta trajetória a mesma foi apresentada a Ministra Marina Silva do Ministério do Meio Ambiente, sendo considerada modelar, ao convalidar diretrizes de recuperação ambiental urbana para intervenção em áreas de grande densidade demográfica e ocupação.
Imagem da Sede do Sítio PICI de Daniel Queiroz, pai da Escritora Rachel de Queiroz, localizada no Bairro do Henrique Jorge, onde se consolidaria uma das partes do Parque. Arquivo de Imagens Ibi Tupi.
terça-feira, 5 de maio de 2009
Calamidade e omissão
O planejamento preventivo e as ações de socorro realizados pelo Estado do Ceará e as Prefeituras Municipais foram insuficientes para evitar os estragos provocados pelas fortes chuvas deste ano. Segundo a Defesa Civil Estadual, as precipitações muito acima do previsto e a falta de resposta dos municípios são os principais fatores da situação. Em 52 municípios, o número de pessoas atingidas pelas enchentes já ultrapassa os 100 mil, seja por conta da destruição de moradias, do isolamento diante de falta de condições de tráfego das estradas, dos prejuízos materiais e da perda de vidas.
Extensa e densa reportagem do Diário do Nordeste, de hoje. Vale a pensa conferir.
Extensa e densa reportagem do Diário do Nordeste, de hoje. Vale a pensa conferir.
segunda-feira, 4 de maio de 2009
Reiniciados os Estudos Técnicos Científicos do Geopark Araripe
A Secretaria das Cidades vai dar esta semana o pontapé inicial para que se reiniciem os Reiniciados os Levantamentos e Estudos Técnicos Científicos dos Geotopes do Geopark Araripe. Foi definida um nova equipe de consultores que incorporará professores pesquisadores da própria URCA. O reinício se dará com novos registros de imagens das situações em Estudo.
domingo, 3 de maio de 2009
Espetáculo da Natureza: chuvas no interior
Nuvens se aglomeram, sobre o Rio Jaguaribe para iniciar mais uma chuva. Fenômeno da natureza garante um visual ímpar para moradores e turistas. O tempo nebuloso contrasta com a paisagem bucólica do sertão, em que a mata ganha o verde, vida e muda de cenário. Os moradores de Jaguaribara, mesmo de longe, conseguem identificar de onde vem e para onde vai a chuva, que garante a alegria do agricultor do sertão cearense.
Matéria especial do Caderno Regional do Diário do Nordeste. Fotografia de Melquiades Junior. Direitos autorais preservados. Vale a pena conferir.
sábado, 2 de maio de 2009
O Oeste Metropolitano de Fortaleza na luta por qualidade de vida
A Região Metropolitana de Fortaleza do lado Oeste, historicamente registra há vários séculos a existência indígena, começando possivelmente pela Tribo Anace que habita no Litoral Oeste cearense, de Caucaia a São Gonçalo do Amarante. Buscar esta memória é tentar entender o racismo ambiental predominante no poder público e se os índios do lado Oeste ainda amedrontam os “homens brancos” da Aldeota que desprezam uma parte das Cidades de Fortaleza e Caucaia.
É interessante registrar que no lado Oeste fica localizada uma das paisagens mais bela da natureza, que são os mangues do Rio Ceará e do Rio Maranguapinho, além do encontro com o mar na Barra do Ceará entre dunas, praias belíssimas, riachos e lagoas. É também no Oeste de Fortaleza, estendendo a Caucaia que concentra em espaços urbanos, grande massa de trabalhares e trabalhadoras oriundas da migração rural, por ausência de políticas públicas de convivência com o semiárido e da acumulação capitalista das riquezas produzidas, das extraídas da natureza, das novas tecnologias e do mercado financeiro.
Entre estes migrantes do Oeste, se misturam as raças brancas, pardas e etnias indígena, negra e quilombola. São povos “sobrantes” no mercado capitalista. Na sua grande maioria com pouca instrução educacional e capacitação profissional, razão pela qual sofrerem descriminação racial, ambiental e padecerem de cuidados e comprometimento dos governos com as políticas públicas que lhes dê qualidade de vida. E por falar em qualidade de vida, essa população urbana do Oeste, não encontra nem mesmo espaços para cuidar da saúde por meio de caminhadas, esporte e lazer.
Tanto em Fortaleza, quanto em Caucaia as caminhadas são feitas nas calçadas das avenidas entre a fumaça de gás carbono dos carros e o risco de acidentes. Mas não basta apenas lamentar, constatar, é necessário lutar, mesmo sabendo que a humanidade é assim, uns acomodam-se esperando o manjar cair do céu, ou simplesmente acreditam que os poderosos irão resolver tudo e outros reagem como fez o povo de Deus, através de Abraão, inspirado em Javé e foram à luta em busca de espaço para viver com dignidade.
Assim também faz o povo do Oeste de Fortaleza que junto à Câmara Municipal de Fortaleza realizará uma Audiência Pública dia 7 de maio de 2009, no Colégio Santa Isabel às 14:00 horas, para cobrar a construção do Parque Rachel de Queiros e em Caucaia haverá a I Conferência Municipal da Igualdade Racial que acontecerá dia 5 de maio de 2009, no Salão Paroquial. E assim o oeste metropolitano se manifesta por qualidade e plagiando dizemos: A luta continua, porque povo unido, jamais será vencido, por isso humanidade uni-vos.
Postado por Leonardo Sampaio/ Educador
É interessante registrar que no lado Oeste fica localizada uma das paisagens mais bela da natureza, que são os mangues do Rio Ceará e do Rio Maranguapinho, além do encontro com o mar na Barra do Ceará entre dunas, praias belíssimas, riachos e lagoas. É também no Oeste de Fortaleza, estendendo a Caucaia que concentra em espaços urbanos, grande massa de trabalhares e trabalhadoras oriundas da migração rural, por ausência de políticas públicas de convivência com o semiárido e da acumulação capitalista das riquezas produzidas, das extraídas da natureza, das novas tecnologias e do mercado financeiro.
Entre estes migrantes do Oeste, se misturam as raças brancas, pardas e etnias indígena, negra e quilombola. São povos “sobrantes” no mercado capitalista. Na sua grande maioria com pouca instrução educacional e capacitação profissional, razão pela qual sofrerem descriminação racial, ambiental e padecerem de cuidados e comprometimento dos governos com as políticas públicas que lhes dê qualidade de vida. E por falar em qualidade de vida, essa população urbana do Oeste, não encontra nem mesmo espaços para cuidar da saúde por meio de caminhadas, esporte e lazer.
Tanto em Fortaleza, quanto em Caucaia as caminhadas são feitas nas calçadas das avenidas entre a fumaça de gás carbono dos carros e o risco de acidentes. Mas não basta apenas lamentar, constatar, é necessário lutar, mesmo sabendo que a humanidade é assim, uns acomodam-se esperando o manjar cair do céu, ou simplesmente acreditam que os poderosos irão resolver tudo e outros reagem como fez o povo de Deus, através de Abraão, inspirado em Javé e foram à luta em busca de espaço para viver com dignidade.
Assim também faz o povo do Oeste de Fortaleza que junto à Câmara Municipal de Fortaleza realizará uma Audiência Pública dia 7 de maio de 2009, no Colégio Santa Isabel às 14:00 horas, para cobrar a construção do Parque Rachel de Queiros e em Caucaia haverá a I Conferência Municipal da Igualdade Racial que acontecerá dia 5 de maio de 2009, no Salão Paroquial. E assim o oeste metropolitano se manifesta por qualidade e plagiando dizemos: A luta continua, porque povo unido, jamais será vencido, por isso humanidade uni-vos.
Postado por Leonardo Sampaio/ Educador
sexta-feira, 1 de maio de 2009
Piora as situações das estradas do Cariri
Piorou a situação da estrada Crato-Barbalha, via Arajara, CE-293 e CE-386, que apresenta desmoronamentos em pelos menos quatro pontos. Com as chuvas desta semana, a rodovia foi interrompida para carros grandes à altura do sítio Romualdo, acerca de 10 quilômetros do Crato. Os ônibus que transportam estudantes estão fazendo baldeação.
Os alunos são obrigados a mudar de transportes, algumas vezes, debaixo de chuva.Uma das alternativas apresentadas pelo Departamento de Edificações e Rodovias (DER) foi a colocação de placas com sinais de perigo. A revolta da população é maior porque faz mais de três anos que a rodovia apresenta problemas. Até o momento, não foi aberta licitação para reconstrução da rodovia que, além de interligar o povoado de Arajara com Crato e Barbalha, dá acesso também ao Arajara Park, principal balneário do Cariri.
Outra estrada interrompida foi a CE-060, que liga Barbalha a Jardim, por cima da Serra do Araripe. As chuvas abriram um grande buraco nas proximidades do local onde, na segunda-feira, motoristas de vans e camionetes interditaram a estrada, por mais de quatro horas, queimando pneus no leito da rodovia.Uma equipe do DER restabeleceu o trânsito de veículos, mas os motoristas continuam reclamando do péssimo estado de conservação do acesso para a cidade de Jardim.
Reportagem do Jornalista Antonio Vicelmo para o Caderno Regional do Jornal Diário do Nordeste. Vale a pena conferir.
Os alunos são obrigados a mudar de transportes, algumas vezes, debaixo de chuva.Uma das alternativas apresentadas pelo Departamento de Edificações e Rodovias (DER) foi a colocação de placas com sinais de perigo. A revolta da população é maior porque faz mais de três anos que a rodovia apresenta problemas. Até o momento, não foi aberta licitação para reconstrução da rodovia que, além de interligar o povoado de Arajara com Crato e Barbalha, dá acesso também ao Arajara Park, principal balneário do Cariri.
Outra estrada interrompida foi a CE-060, que liga Barbalha a Jardim, por cima da Serra do Araripe. As chuvas abriram um grande buraco nas proximidades do local onde, na segunda-feira, motoristas de vans e camionetes interditaram a estrada, por mais de quatro horas, queimando pneus no leito da rodovia.Uma equipe do DER restabeleceu o trânsito de veículos, mas os motoristas continuam reclamando do péssimo estado de conservação do acesso para a cidade de Jardim.
Reportagem do Jornalista Antonio Vicelmo para o Caderno Regional do Jornal Diário do Nordeste. Vale a pena conferir.
Monólitos de Quixadá são tema de conferencia
Os aspectos geológicos e geomorfológicos deste município, conhecido mundialmente pelos imensos e exóticos inselbergs que complementam sua geografia foram tema de palestra no campus do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia (IFCE), situado no Km 5 da Estrada do Açude do Cedro. A conferência teve como público principal os alunos do curso de Edificações da instituição, mas a comunidade local também foi convidada do evento.
O geólogo José Edilson Dias Cavalcante foi o palestrante. Ele é membro da Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais (CPRM), empresa pública vinculada ao Ministério de Minas e Energia. A CPRM foi criada em 1969 com o objetivo de organizar e sistematizar o conhecimento geológico do território brasileiro. A partir de 2004 o Serviço Geológico do Brasil, como a Companhia é mais conhecida, passou a atuar institucionalmente nas áreas ambiental, hidrogeológica e de riscos geológicos.
Os minerais e rochas, a história geológica da Terra com ênfase na geologia local, os recursos minerais da região, a paisagem sertaneja do Ceará e a constituição geológica dos monólitos foram alguns dos temas abordados. Além da palestra, também houve uma aula de campo, com visita ao Açude do Cedro, ao Santuário da Rainha do Sertão e ao Resort Pedra dos Ventos. A proposta partiu do coordenador do curso de Edificações, Helder Caldas.
A abordagem surge em meio à polêmica da construção da unidade de ensino da Universidade Federal do Ceará (UFC) nesta cidade. A obra está embargada pela Superintendência Estadual do Meio Ambiente (Semace). O complexo está previsto para ser erguido a poucos metros da via de acesso à principal atração turística da cidade, o açude do Cedro e a Pedra da Galinha Choca. As formações rochosas no entorno do Cedro integram uma das unidades de conservação dos monólitos de Quixadá, tombados como patrimônio histórico da humanidade.
Além da UFC, a construção da sede definitiva do IFCE de Quixadá também está paralisada. A decisão partiu do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). Houve necessidade de analise prospectiva arqueológica no canteiro, ao lado do prédio da extinta Empresa de Pesquisa Agropecuária do Ceará (Epace), onde o Instituto funciona provisoriamente. Uma empresa especializada foi contratada para realização dos estudos. Serão apresentados em breve ao Iphan, segundo informou a diretora administrativa do campus, Julieta Landim. O Centro de formação tecnológica deveria estar concluído até o fim de julho próximo.
Matéria especial do Jornalista Alex Pimentel publicada no Caderno Regional do Diário do Nordeste, de hoje.
O geólogo José Edilson Dias Cavalcante foi o palestrante. Ele é membro da Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais (CPRM), empresa pública vinculada ao Ministério de Minas e Energia. A CPRM foi criada em 1969 com o objetivo de organizar e sistematizar o conhecimento geológico do território brasileiro. A partir de 2004 o Serviço Geológico do Brasil, como a Companhia é mais conhecida, passou a atuar institucionalmente nas áreas ambiental, hidrogeológica e de riscos geológicos.
Os minerais e rochas, a história geológica da Terra com ênfase na geologia local, os recursos minerais da região, a paisagem sertaneja do Ceará e a constituição geológica dos monólitos foram alguns dos temas abordados. Além da palestra, também houve uma aula de campo, com visita ao Açude do Cedro, ao Santuário da Rainha do Sertão e ao Resort Pedra dos Ventos. A proposta partiu do coordenador do curso de Edificações, Helder Caldas.
A abordagem surge em meio à polêmica da construção da unidade de ensino da Universidade Federal do Ceará (UFC) nesta cidade. A obra está embargada pela Superintendência Estadual do Meio Ambiente (Semace). O complexo está previsto para ser erguido a poucos metros da via de acesso à principal atração turística da cidade, o açude do Cedro e a Pedra da Galinha Choca. As formações rochosas no entorno do Cedro integram uma das unidades de conservação dos monólitos de Quixadá, tombados como patrimônio histórico da humanidade.
Além da UFC, a construção da sede definitiva do IFCE de Quixadá também está paralisada. A decisão partiu do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). Houve necessidade de analise prospectiva arqueológica no canteiro, ao lado do prédio da extinta Empresa de Pesquisa Agropecuária do Ceará (Epace), onde o Instituto funciona provisoriamente. Uma empresa especializada foi contratada para realização dos estudos. Serão apresentados em breve ao Iphan, segundo informou a diretora administrativa do campus, Julieta Landim. O Centro de formação tecnológica deveria estar concluído até o fim de julho próximo.
Matéria especial do Jornalista Alex Pimentel publicada no Caderno Regional do Diário do Nordeste, de hoje.