Os projetos têm orientação do IPHAN/ Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional e receberão recursos de acordo com as demandas apresentadas. O PAC/ Programa de Aceleração do Crescimento das Cidades Históricas tem R$ 150 milhões para serem distribuídos entre 140 municípios em todo o Brasil a cada ano. As obras são de requalificação e infraestrutura urbana, financiamento para recuperação de imóveis privados, gestão e educação patrimonial, incluindo o patrimônio imaterial, dentre outras.
Ontem, na sede do IPHAN/ Ceará, o Presidente Luiz Fernando de Almeida se reuniu para discutir a política nacional com representantes das cidades candidatas, que apresentaram experiências e demandas. Segundo o presidente, a articulação entre os poderes municipais, estaduais e federal em programas de quatro anos, com recursos de vários ministérios, faz parte de um sistema novo.
Em Sobral, na Zona Norte, o centro histórico está passando por obras de saneamento básico, pavimentação, regularização das fachadas comerciais e recuperação da Igreja da Sé. A área é o foco do projeto que será entregue ao Iphan. Segundo o prefeito Leônidas Cristino, as prioridades são a internalização da fiação elétrica e a padronização das calçadas. Na Região do Cariri, Barbalha tem um plano de restauração de 42 casarões históricos, qualificação da Festa do Pau da Bandeira e dos penitentes como patrimônio imaterial e ainda a construção de um museu, segundo o Prefeito José Leite Gonçalves.
O Superintendente do IPHAN/Ceará, Prof. Clodoveu Arruda, avalia que essa política cooperativa tem benefícios sociais amplos: “O foco é a preservação e o desenvolvimento social e econômico, com o objetivo de melhorar a qualidade de vida das pessoas e reforçar a identificação do cidadão com a cidade”.
E - Mais
- Cidades históricas são municípios com sítios e conjuntos urbanos tombados ou em processo de tombamento pelo Iphan, e ainda aqueles que têm lugares registrados ou em processo de registro como Patrimônio Cultural do Brasil.
- Os planos dos municípios devem considerar a dinâmica urbana no seu todo e incluir o entorno dos bens protegidos.
- Os planos seguem o calendário: em agosto, foi feito o diagnóstico local e a definição dos objetivos; em setembro, serão propostas ações e prioridades. Os projetos serão entregues ao Iphan para avaliação e pactuação em 16 de novembro deste ano.
Matéria da Jornalista Roberta Felix em Especial para O POVO mailto:POVOrobertafelix@opovo.com.br
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