No Brasil, 84% da matriz energética originam-se da hidreletricidade; nos Estados Unidos, locomotiva da economia mundial, 44% da mesma matriz são gerados pelo carvão mineral. Ao contrário da norte-americana, a matriz brasileira, do ponto de vista ambiental, é limpa graças ao aproveitamento de seus recursos hídricos. Mas, agora, por pressão política de ONGs ambientalistas nacionais e estrangeiras, de organizações indígenas, de entidades religiosas e de partidos políticos, será quase impossível a construção de novas grandes barragens, principalmente na Amazônia. As que já estão autorizadas, como a de Belo Monte, por exemplo, utilizarão o modelo do “fio dágua”. Ou seja, elas não acumularão gigantescos volumes de água, mas o suficiente para mover o conjunto de seus geradores. Em linguagem rasteira: se o rio baixar por falta de chuva, a usina deixará de gerar energia. O licenciamento ambiental de projetos de geração de energia elétrica – mesmo o das alternativas, como a eólica – tem-se tornado difícil, sendo hoje um dos gargalos com que se defrontam o Governo e a iniciativa privada. Cientistas e autoridades de mais de 100 países que se reúnem em Fortaleza na II ICID, tomaram conhecimento de que o Ceará, sozinho, tem potencial de geração de mais de 50 mil MW de energia eólica. E ficaram sabendo que, por mil e uma causas, incluindo essa licença, só gera 0,5% disso.
Fonte: Coluna do Egidio Serpa/ Diário do Nordeste
quarta-feira, 18 de agosto de 2010
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