segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

Descaso com o patrimonio

O Geopark Araripe é composto por uma rede de monumentos naturais, selecionados por conter os registros mais relevantes da formação geológica da região, essenciais para a compreensão da evolução do planeta. Sua missão principal é preservar esses patrimônios naturais e divulgar a história da Terra por seus registros geo-paleontológicos, missão esta que ainda carece de muitos investimentos.

Dos nove geotopes — Exu, Arajara, Santana, Ipubi, Nova Olinda, Batateira, Missão Velha, Devoniano e Granito — três ficam no município de Santana do Cariri, considerado capital paleontológica do Brasil e que também abriga o Museu Paleontológico da Universidade Regional do Cariri (Urca); outros dois ficam em Missão Velha e os demais, em Nova Olinda, Crato, Barbalha e Juazeiro do Norte.

Quando a reportagem do Diário do Nordeste esteve na região, com o objetivo de fazer o caderno especial, publicado em outubro de 2007, alguns destes locais já apresentavam sinais de abandono e depredação. Mas, o tempo passou e, sem ações concretas, os problemas se agravaram.Só para citar algumas situações: o processo de favelização, na Colina do Horto, em Juazeiro do Norte, avança sobre o geotope Granito; os marcos, na cachoeira de Missão Velha, que identificam o geotope Devoniano, foram integralmente depredados. Por fim, ambientalistas não conseguem cochilar sem que uma nova agressão à nascente e entorno do Rio Batateira, no Crato, ponha aquele ecossistema em risco.

Esse abandono, além de ameaçar a integridade desses patrimônios naturais, afugenta potenciais turistas, que não vêm atrativos ou segurança para permanecerem naqueles locais e afugenta também os investimentos que a região atrai, em função, principalmente, do turismo e da pesquisa relacionada à Paleontologia, Geologia, Arqueologia e outros.

Um comentário:

Anônimo disse...

É impressionante o quanto demora sair essa estruturação física do Geopark, não entendo o porque? Chega de propagandas, palestras, encontros e eventos sobre a divulgação do Geopark Araripe, acho que todos já estão cansados disso. O momento é de "arregassar as mangas e mãos a obra", se é que realmente o projeto vai sair do papel.