Os manifestantes interromperam a rodovia colocando três carretas ao lado do desvio. Em menos de meia hora já se formava uma fila veículos, a maioria caminhões, de mais de três quilômetros. Antes a BR-116 foi parcialmente interrompida por uma carreta carregada de veículos, procedente de Fortaleza, que enganchou numa barreira, ao tentar se desviar de um lamaçal. O caminhão-cegonha foi arrastado por dois tratores.
Sem providências
Durante a manifestação, as lideranças ocuparam um sistema de som para protestar contra a falta de providências das autoridades. O deputado Wellington Landim, líder do bloco parlamentar PSB-PT-PMDB na Assembleia Legislativa, colocou a culpa no Ministério dos Transportes e no Departamento Nacional de Infraestrutura e Transportes (Dnit) que, apesar dos apelos da Assembleia Legislativa, não mandaram nenhum representante para inspecionar as obras nos trechos.
O parlamentar explicou que a Construtora Delta, que estava construindo as pontes e pavimentando parte da rodovia, deixou o canteiro de obras no mês de setembro por falta de pagamento. "Já houve vários acidentes e, com as últimas chuvas, está quase impossível trafegar pela BR-116 no trecho entre Milagres e Brejo Santo. Agora, existe o risco de assalto", advertiu o parlamentar.
Aquele trecho é a porta de entrada do Ceará. Os motoristas, ao reclamarem da falta de conservação da estrada, dizem que a parte cearense é a mais danificada. Por ali passam, diariamente, dezenas de estudantes universitários e comerciantes em direção a Juazeiro e Crato. Landim advertiu que a decisão deixou vários trechos sem qualquer sinalização, o que põe em risco a vida de motoristas e pedestres, principalmente durante a noite.
Fonte: Caderno Regional/ Diário do Nordeste
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