Editorial do Diário do Nordeste em 30/04/2008
A promulgação da Proposta de Emenda Constitucional (PEC), pela Mesa Diretora da Assembléia Legislativa, permitindo a criação de novas regiões metropolitanas no Ceará, autoriza a elaboração de projeto de lei complementar, pelo Executivo, instituindo a Região Metropolitana do Cariri. Essa iniciativa exigirá a ampliação dos estudos técnicos para definir sua abrangência.
A idéia não deixa de ser um avanço, especialmente se forem respeitadas, como manda a legislação, as afinidades geoambientais, espaciais e socioculturais. Na prática, a integração preconizada já existe, principalmente na esfera socioeconômica, tendo Juazeiro do Norte como pólo aglutinador dos negócios do Cariri.
Maior mercado consumidor da região, com 250 mil habitantes, Juazeiro do Norte chegou nos anos 60 a dispor de um comércio atacadista bem próximo ao de Campina Grande, na Paraíba, abastecendo municípios do Ceará, Piauí, Pernambuco e da própria Paraíba. De outra parte, o comércio varejista atendia as demandas das cidades no seu entorno. As vicissitudes econômicas, especialmente o processo inflacionário e a escassez de crédito para capital de giro, provocaram o desmantelamento da forte cadeia atacadista, na qual se destacavam os distribuidores de miudezas, gêneros alimentícios, tecidos, ferragens e combustíveis.
Também a produção artesanal de ourivesaria sofreu sério abalo, provocando o fechamento de mais de 50 pequenas fábricas de alianças, brincos, anéis e braceletes. Este ciclo econômico foi substituído pela expansão desordenada do comércio ambulante, espalhado pelo centro vital de Juazeiro do Norte - a Rua São Pedro -, fazendo desaparecer sua feira aos sábados. Para compensar a queda no setor do comércio, Juazeiro ganhou inúmeras indústrias, descentralizadas pelas rodovias que ligam a cidade ao Crato e a Barbalha. A produção industrial impulsionou sua economia.
O Crato, por sua vez, situado a dez quilômetros de Juazeiro, sempre primou pelo varejo de qualidade, além de suas características de cidade cultural por excelência. Centro introdutor da educação universitária no interior, lá foi implantada, em 1960, uma Faculdade de Filosofia, embrião da Universidade Regional do Cariri.
Barbalha, também distante dez quilômetros, viu a economia agroindustrial da cana-de-açúcar tomar outro impulso com a instalação de três indústrias essenciais: uma de açúcar, outra de cimento Portland e uma terceira, de cerâmica. A crise econômica das últimas décadas só permitiu a consolidação da indústria de cimento. Barbalha se impôs como pólo de saúde por excelência.
Excluídos esses três, os demais municípios, dentre os 33 do sul do Ceará, registram crescimento aquém de suas potencialidades. Por isso, a região carece de um plano de desenvolvimento para consolidar a região metropolitana programada, capaz de espalhar benefícios gerais por todas suas cidades. A experiência do Plano Asimov, na década de 60, demonstrou como o planejamento regional transforma as áreas onde as riquezas estão latentes.
Nota Complementar do blog http://geoparkararipe.blogspot.com/:
O Plano Asimov foi realizado, na década de 60, através de um convenio de cooperação técnica entre a UCLA/ Universidade da California e UFC/ Universidade Federal do Ceará e resultou em uma série de diretrizes de ação , muitas das quais aplicadas com exito na região. No Plano estavam contidas as recomendações de consolidação da URCA/ Universidade Regional do Cariri, de consolidação de um sistema viário estrutural compartilhado pelos tres polos principais e de incentivo à industrialização regional. Com elaboração do PROURB/ CE - Projeto de Desenvolvimento Urbano e Gestão de Recursos Hídricos do Estado do Ceará, com recursos de fomento e financiamento do BIRD/ Banco Mundial foram compostos os PDR/ Planos de Desenvolvimento Regional das Regiões Estratégicas do Estado do Ceará e definidos os Termos de Referencia do PDR CARIRI, que por sua vez orientaram a feitura do Plano de Ação Regional da Bacia do Araripe - Araripe Action Regional Plan - um capítulo especial do Application Dossier for Nomination Araripe Geopark, State of Ceará, Brazil, de forma a melhor informar a UNESCO sobre o que existia quanto a diretrizes regionais de desenvolvimento.
Vale a pena conferir.
quinta-feira, 30 de abril de 2009
quarta-feira, 29 de abril de 2009
Estudos Preliminares: Programa Cidades do Ceará
Como base da conceituação do Programa Cidades do Ceará/ BIRD, se adotou um dentre outros, os estudos de referencia realizados por equipe de pesquisadores da Universidade Ben Gurion -
Raphael Bar-El, Arie Shachar, Dafna Schwartz e David Bentolila: "Reduzindo a probreza através do desenvolvimento economico do Interior do Ceará", lançado por Edições IPLANCE/ 2002 e relançado posteriormente por Edições SDLR/ 2004.
Raphael Bar-El, Arie Shachar, Dafna Schwartz e David Bentolila: "Reduzindo a probreza através do desenvolvimento economico do Interior do Ceará", lançado por Edições IPLANCE/ 2002 e relançado posteriormente por Edições SDLR/ 2004.
Programa Cidades do Ceará
O Programa Cidades do Ceará, em desenvolvimento e realização pelo Governo do Estado do Ceará, através da Secretaria das Cidades, com fomento e financiamento do BIRD/Banco Internacional de Recursos para o Desenvolvimento Cariri Central, instituição mais conhecida com a denominação de Banco Mundial/ Wordl Bank tem como área de intervenção piloto os municípios de Juazeiro do Norte, Crato, Barbalha com extensões à Caririaçu, Farias Brito, Jardim, Missão Velha, Nova Olinda e Santana do Cariri.
O Programa foi concebido com extensão PROURB/ Projeto de Desenvolvimento Urbano e Gestão de Recursos Hídricos a partir da realização dos PDR/ Planos de Desenvolvimento Regionais do Estado do Ceará para as principais regiões estratégicas do Ceará - Baixo Jaguaribe, Maciço de Baturité, Vale do Acaraú, Ibiapaba e Vale do Coreaú, Vale do Salgado e Cariri - através da coordenação da SDLR/ Secretaria do Desenvolvimento Local e Regional, com apoio da cooperação internacional da Universidade Ben Gurion/ Israel, a partir de 2003/ 2004, sendo aprovado por Conselho do Banco Mundial ainda em 2004 e em seguida pela SEAIN/ Senado Federal.
O Programa foi concebido com extensão PROURB/ Projeto de Desenvolvimento Urbano e Gestão de Recursos Hídricos a partir da realização dos PDR/ Planos de Desenvolvimento Regionais do Estado do Ceará para as principais regiões estratégicas do Ceará - Baixo Jaguaribe, Maciço de Baturité, Vale do Acaraú, Ibiapaba e Vale do Coreaú, Vale do Salgado e Cariri - através da coordenação da SDLR/ Secretaria do Desenvolvimento Local e Regional, com apoio da cooperação internacional da Universidade Ben Gurion/ Israel, a partir de 2003/ 2004, sendo aprovado por Conselho do Banco Mundial ainda em 2004 e em seguida pela SEAIN/ Senado Federal.
Cariri discute fortalecimento do Turismo ²
Durante o evento, foram realizadas palestras de consultores nacionais da área do turismo e de gestores públicos convidados e promovido um debate sobre as experiências locais. Entre os palestrantes estiveram o Coordenador Geral do Programa de Desenvolvimento do Turismo (Prodetur) Nacional, Daniel Vieira Pires.
A coordenadora do Projeto Cidades do Ceará (Cariri Central), Emanuela Monteiro, afirmou que o objetivo do evento foi mobilizar e sensibilizar os empresários e a sociedade em geral para a importância do turismo como alternativa sustentável para o desenvolvimento sócio-econômico e ambiental do Cariri.O turismo na região do Cariri é um dos eixos econômicos que serão fortalecidos pela ação do Projeto Cidades do Ceará no Cariri, durante os próximos cinco anos.
A coordenadora do Projeto Cidades do Ceará (Cariri Central), Emanuela Monteiro, afirmou que o objetivo do evento foi mobilizar e sensibilizar os empresários e a sociedade em geral para a importância do turismo como alternativa sustentável para o desenvolvimento sócio-econômico e ambiental do Cariri.O turismo na região do Cariri é um dos eixos econômicos que serão fortalecidos pela ação do Projeto Cidades do Ceará no Cariri, durante os próximos cinco anos.
Cariri discute fortalecimento do Turismo
Repensar o Cariri no sentido do seu desenvolvimento econômico, por meio de potencialidades como o turismo e a economia local. Com essa perspectiva, durante dois dias, técnicos do Governo do Estado e representantes e estudiosos de diversas entidades desses setores estiveram reunidos em Juazeiro, na sede do Palácio da Microempresa, durante o Seminário “Turismo e Desenvolvimento Econômico: Perspectivas para o Cariri”.
Na ocasião, vários projetos foram apresentados pelo Secretário das Cidades, Joaquim Cartaxo, direcionados para a melhoria da infra-estrutura local, já que o evento faz parte do trabalho desenvolvido por meio da pasta.A representante do Banco Mundial, Mônica Amorim, esteve presente ao evento e disse que os investimentos internacionais deverão acontecer na região a partir de setembro. Serão investidos US$ 66 milhões, juntamente com o Governo do Estado, direcionados a vários equipamentos, inclusive na estruturação do turismo, tendo como carro-chefe o projeto Geopark Araripe. O projeto, conforme os organizadores, se configura como uma alternativa estratégica que antecede a implementação do Projeto Cidades do Ceará na região.
Os debates têm a finalidade de mobilizar e sensibilizar os atores locais. Os dois eixos escolhidos pela secretaria no âmbito do desenvolvimento local foram o setor calçadista e o turismo, que está direcionado a muitas vertentes, a exemplo do religioso, mas focado no desenvolvimento sustentável.Segundo o secretário Joaquim Cartaxo, o seminário traz a oportunidade de se pensar o turismo do ponto de vista do desenvolvimento econômico. Destaca a proposta do governo de promover o desenvolvimento no Interior, desconcentrando da Região Metropolitana de Fortaleza. Ele acredita que a criação da Região Metropolitana do Cariri fortalecerá ainda mais esse processo de desenvolvimento. “Na verdade será apenas a institucionalização do que já existe de fato. O Cariri está privilegiado porque foi eleito como prioridade”, diz.
O secretário destaca a aprovação dos US$ 66 milhões para investimentos na região e os investimentos previstos na área da infra-estrutura. O secretário Adjunto do Turismo, Osterne Feitosa, destaca o potencial do turismo no Cariri e afirma ser extremamente complexo. “O projeto direcionado a esse setor é uma especialização do que a riqueza local já produziu”, diz.
Matéria da Jornalista Elizangela Santos, no Caderno Regional do Diário do Nordeste. Vale a pena conferir.
Na ocasião, vários projetos foram apresentados pelo Secretário das Cidades, Joaquim Cartaxo, direcionados para a melhoria da infra-estrutura local, já que o evento faz parte do trabalho desenvolvido por meio da pasta.A representante do Banco Mundial, Mônica Amorim, esteve presente ao evento e disse que os investimentos internacionais deverão acontecer na região a partir de setembro. Serão investidos US$ 66 milhões, juntamente com o Governo do Estado, direcionados a vários equipamentos, inclusive na estruturação do turismo, tendo como carro-chefe o projeto Geopark Araripe. O projeto, conforme os organizadores, se configura como uma alternativa estratégica que antecede a implementação do Projeto Cidades do Ceará na região.
Os debates têm a finalidade de mobilizar e sensibilizar os atores locais. Os dois eixos escolhidos pela secretaria no âmbito do desenvolvimento local foram o setor calçadista e o turismo, que está direcionado a muitas vertentes, a exemplo do religioso, mas focado no desenvolvimento sustentável.Segundo o secretário Joaquim Cartaxo, o seminário traz a oportunidade de se pensar o turismo do ponto de vista do desenvolvimento econômico. Destaca a proposta do governo de promover o desenvolvimento no Interior, desconcentrando da Região Metropolitana de Fortaleza. Ele acredita que a criação da Região Metropolitana do Cariri fortalecerá ainda mais esse processo de desenvolvimento. “Na verdade será apenas a institucionalização do que já existe de fato. O Cariri está privilegiado porque foi eleito como prioridade”, diz.
O secretário destaca a aprovação dos US$ 66 milhões para investimentos na região e os investimentos previstos na área da infra-estrutura. O secretário Adjunto do Turismo, Osterne Feitosa, destaca o potencial do turismo no Cariri e afirma ser extremamente complexo. “O projeto direcionado a esse setor é uma especialização do que a riqueza local já produziu”, diz.
Matéria da Jornalista Elizangela Santos, no Caderno Regional do Diário do Nordeste. Vale a pena conferir.
segunda-feira, 27 de abril de 2009
Governo e aliados atacam o Meio Ambiente ³
O curioso é que, enquanto se ouviam os relatos da escabrosa armação anti-ambiental e anti-climática do governo e do Congresso, do suspeito e conivente silêncio da oposição, secretários de vários estados amazônicos mostravam as iniciativas estaduais de elaboração de políticas climáticas, combate ao desmatamento e busca de uma economia regional sustentável. Fora o governo de Rondônia, onde a desgovernança ambiental e florestal é total, os outros tinham algo positivo a mostrar.
O secretário de Meio Ambiente de Mato Grosso, Luiz Henrique Daldegan não destoou. Defendeu políticas firmes de controle do desmatamento, que o Brasil lidere em Copenhague o processo de inclusão das florestas no acordo climático e mostrou uma série de iniciativas que podem mudar o quadro de desmatamento no estado. Ele me garantiu que tudo o que disse tem o apoio do governador Blairo Maggi, também muito ativo na discussão com o o grupo de estados liderados pela Califórnia, de políticas comuns de mitigação das emissões de gases de efeito estufa. Maggi tem participado ativamente do Fórum dos Governadores da Amazônia, que quer assumir a liderança na formulação de uma política para a Amazônia sustentável.
Vou me abster de tentar compreender e explicar o reacionarismo ambiental do Governo Federal. Só me assaltam à mente explicações impublicáveis. Quanto ao Congresso, não há mistério algum. Sob o olhar complacente dos ambientalistas da base governista e com o silêncio cúmplice dos partidos de oposição, os ruralistas tomaram todos os postos-chave para controlar as decisões ambientais no Poder Legislativo. É precisar deixar claro que entre os ativistas da reação anti-ambiental há tucanos e demos. O silêncio não é, portanto, unânime. Há conivência ativa do PSDB e do DEM, também.
O governo brasileiro decidiu marchar aceleradamente na contra-mão, investindo no retrocesso. A bancada ruralista está aproveitando essa atitude palaciana e vê nela a indicação da fraqueza da área ambiental. Essa circunstância define, inegavelmente, o momento para um ataque maciço contra os fundamentos da política ambiental e a perspectiva de avanço.
Da mesma matéria do ecojornal O ECO http://www.oeco.com.br/ . De autoria do Professor Sergio Abranches, Mestre em Sociologia pela UnB, PhD em Ciência Política pela Universidade de Cornell e Professor Visitante do Instituto Coppead de Administração, UFRJ. . Reproduzida unicamente para divulgação.
O secretário de Meio Ambiente de Mato Grosso, Luiz Henrique Daldegan não destoou. Defendeu políticas firmes de controle do desmatamento, que o Brasil lidere em Copenhague o processo de inclusão das florestas no acordo climático e mostrou uma série de iniciativas que podem mudar o quadro de desmatamento no estado. Ele me garantiu que tudo o que disse tem o apoio do governador Blairo Maggi, também muito ativo na discussão com o o grupo de estados liderados pela Califórnia, de políticas comuns de mitigação das emissões de gases de efeito estufa. Maggi tem participado ativamente do Fórum dos Governadores da Amazônia, que quer assumir a liderança na formulação de uma política para a Amazônia sustentável.
Vou me abster de tentar compreender e explicar o reacionarismo ambiental do Governo Federal. Só me assaltam à mente explicações impublicáveis. Quanto ao Congresso, não há mistério algum. Sob o olhar complacente dos ambientalistas da base governista e com o silêncio cúmplice dos partidos de oposição, os ruralistas tomaram todos os postos-chave para controlar as decisões ambientais no Poder Legislativo. É precisar deixar claro que entre os ativistas da reação anti-ambiental há tucanos e demos. O silêncio não é, portanto, unânime. Há conivência ativa do PSDB e do DEM, também.
O governo brasileiro decidiu marchar aceleradamente na contra-mão, investindo no retrocesso. A bancada ruralista está aproveitando essa atitude palaciana e vê nela a indicação da fraqueza da área ambiental. Essa circunstância define, inegavelmente, o momento para um ataque maciço contra os fundamentos da política ambiental e a perspectiva de avanço.
Da mesma matéria do ecojornal O ECO http://www.oeco.com.br/ . De autoria do Professor Sergio Abranches, Mestre em Sociologia pela UnB, PhD em Ciência Política pela Universidade de Cornell e Professor Visitante do Instituto Coppead de Administração, UFRJ. . Reproduzida unicamente para divulgação.
Governo e aliados atacam o Meio Ambiente ²
No arsenal do ataque à política ambiental chamam atenção 18 Projetos de Decreto Legislativo que pretendem sustar ou anular, medidas administrativas de proteção do meio ambiente e de criação de terras indígenas, tomadas pelos ministérios do Meio Ambiente e da Justiça. Destaca-se, também, o projeto de lei de autoria da senadora Kátia Abreu, presidente dos ruralistas, oops, da Confederação Nacional da Agricultura, que pretende anular o Decreto 6.321/2007, peça importante do Plano de Combate ao Desmatamento da Amazônia, que cassou as autorizações de desmatamento nos municípios mais críticos da região; determinou o recadastramento das propriedades rurais nesses municípios junto ao INCRA; barrou o acesso ao crédito bancário para as atividades econômicas realizadas em imóvel rural em desacordo com a legislação ambiental; definiu a co-responsabilidade da cadeia de comercialização que transaciona com produtos oriundos de áreas embargadas pelos órgãos ambientais.
O próprio governo federal enviou ao Congresso Nacional Medidas Provisórias que contrariam os esforços para proteger a Amazônia. A MP 422/2008, ampliou o limite de 400 para 1500 hectares das terras públicas que podem ser repassadas para o domínio privado sem licitação. A MP 458/2009 que, a pretexto de promover a ordenação fundiária da Amazônia, consagrou o fato consumado para premiar a grilagem de terras públicas. No mesmo ato, privatizou 67 milhões de hectares, território equivalente à soma dos estados de Minas Gerais e boa parte de Santa Catarina, permitindo que sejam desmatados, no mínimo, 13 milhões de hectares, que equivalem aos 20% permitidos pela lei. É certo que o desmatamento será maior, porque a MP estimula a ação ilegal e predatória. A MP 450/2008, aprovada quinta-feira na Câmara, em seu artigo 17, cria uma nova categoria de usinas hidráulicas, entre 30 e 50 MW, que terão rito sumário de autorização e “sem as características de pequenas centrais hidrelétricas”, isto é, sem limites para o tamanho da área alagada. Emenda à MP 452/2008, do Deputado José Guimarães, do PT, articulada com o Planalto, fixa um prazo máximo de 60 dias para que a autoridade ambiental, como o Ibama, emita o licenciamento ambiental, ao final do qual, a licença se torna automática. Ela altera a Política Nacional do Meio Ambiente (Lei No 6.938/81), restringindo fortemente a necessária análise dos impactos ambientais e a definição de medidas mitigadoras e compensatórias em obras na malha rodoviária federal.
O Ministro Mangabeira Unger tem procurado governadores, para apresentar propostas de mudanças na legislação ambiental com o objetivo de flexibilizar o processo de licenciamento. Entre elas constam a criação de um regime especial de licenciamento das obras do PAC na Amazônia, que teriam que ser licenciadas no prazo máximo de 3 meses. O argumento é que os interesses associados ao PAC superam o interesse em proteger a Amazônia, sua biodiversidade, seus serviços ambientais e suas comunidades tradicionais. Outra proposta seria a de eliminar da análise dos impactos dos empreendimentos os problemas sociais que eles causam, restringindo o exame apenas aos aspectos físicos, químicos e biológicos envolvidos. Dessa forma, as obras seriam licenciadas sem ter que resolver, por exemplo, a situação das famílias afetadas por uma hidrelétrica.
Há grande decepção entre os ambientalistas com a participação ativa do presidente Lula nessa investida contra a Amazônia e o meio ambiente. É ele quem tem o poder de assinar as MPs, ainda que o centro de onde saem as determinações seja o Gabinete Civil da Presidência da República, leia-se a ministra-candidata Dilma Roussef. Circulou pela reunião informação de que, no episódio da emenda contrabandeada na MP do Fundo Soberano, que libera de licenciamento ambiental qualquer estrada que se construa sobre até uma trilha de chão, a assessoria jurídica da Casa Civil se manifestou contrariamente, por sua evidente inconstitucionalidade. Mas foi forçada, por “determinação superior”, a aceitar a inclusão do artigo.
A ex-ministra Marina Silva, interrogada sobre o que estava acontecendo, mostrou visível constrangimento em comentar atitudes do governo a que serviu e por cujo partido é senadora pelo Acre. Disse apenas que não está entendendo o que está acontecendo, mas reconhece que há, mesmo, risco de um grave retrocesso no campo ambiental e que várias iniciativas em exame no momento pelo Congresso podem “desconstituir o arcabouço jurídico-institucional da política ambiental brasileira”.
Da mesma matéria do ecojornal O ECO http://www.oeco.com.br/ . De autoria do Professor Sergio Abranches, Mestre em Sociologia pela UnB, PhD em Ciência Política pela Universidade de Cornell e Professor Visitante do Instituto Coppead de Administração, UFRJ. . Reproduzida unicamente para divulgação.
O próprio governo federal enviou ao Congresso Nacional Medidas Provisórias que contrariam os esforços para proteger a Amazônia. A MP 422/2008, ampliou o limite de 400 para 1500 hectares das terras públicas que podem ser repassadas para o domínio privado sem licitação. A MP 458/2009 que, a pretexto de promover a ordenação fundiária da Amazônia, consagrou o fato consumado para premiar a grilagem de terras públicas. No mesmo ato, privatizou 67 milhões de hectares, território equivalente à soma dos estados de Minas Gerais e boa parte de Santa Catarina, permitindo que sejam desmatados, no mínimo, 13 milhões de hectares, que equivalem aos 20% permitidos pela lei. É certo que o desmatamento será maior, porque a MP estimula a ação ilegal e predatória. A MP 450/2008, aprovada quinta-feira na Câmara, em seu artigo 17, cria uma nova categoria de usinas hidráulicas, entre 30 e 50 MW, que terão rito sumário de autorização e “sem as características de pequenas centrais hidrelétricas”, isto é, sem limites para o tamanho da área alagada. Emenda à MP 452/2008, do Deputado José Guimarães, do PT, articulada com o Planalto, fixa um prazo máximo de 60 dias para que a autoridade ambiental, como o Ibama, emita o licenciamento ambiental, ao final do qual, a licença se torna automática. Ela altera a Política Nacional do Meio Ambiente (Lei No 6.938/81), restringindo fortemente a necessária análise dos impactos ambientais e a definição de medidas mitigadoras e compensatórias em obras na malha rodoviária federal.
O Ministro Mangabeira Unger tem procurado governadores, para apresentar propostas de mudanças na legislação ambiental com o objetivo de flexibilizar o processo de licenciamento. Entre elas constam a criação de um regime especial de licenciamento das obras do PAC na Amazônia, que teriam que ser licenciadas no prazo máximo de 3 meses. O argumento é que os interesses associados ao PAC superam o interesse em proteger a Amazônia, sua biodiversidade, seus serviços ambientais e suas comunidades tradicionais. Outra proposta seria a de eliminar da análise dos impactos dos empreendimentos os problemas sociais que eles causam, restringindo o exame apenas aos aspectos físicos, químicos e biológicos envolvidos. Dessa forma, as obras seriam licenciadas sem ter que resolver, por exemplo, a situação das famílias afetadas por uma hidrelétrica.
Há grande decepção entre os ambientalistas com a participação ativa do presidente Lula nessa investida contra a Amazônia e o meio ambiente. É ele quem tem o poder de assinar as MPs, ainda que o centro de onde saem as determinações seja o Gabinete Civil da Presidência da República, leia-se a ministra-candidata Dilma Roussef. Circulou pela reunião informação de que, no episódio da emenda contrabandeada na MP do Fundo Soberano, que libera de licenciamento ambiental qualquer estrada que se construa sobre até uma trilha de chão, a assessoria jurídica da Casa Civil se manifestou contrariamente, por sua evidente inconstitucionalidade. Mas foi forçada, por “determinação superior”, a aceitar a inclusão do artigo.
A ex-ministra Marina Silva, interrogada sobre o que estava acontecendo, mostrou visível constrangimento em comentar atitudes do governo a que serviu e por cujo partido é senadora pelo Acre. Disse apenas que não está entendendo o que está acontecendo, mas reconhece que há, mesmo, risco de um grave retrocesso no campo ambiental e que várias iniciativas em exame no momento pelo Congresso podem “desconstituir o arcabouço jurídico-institucional da política ambiental brasileira”.
Da mesma matéria do ecojornal O ECO http://www.oeco.com.br/ . De autoria do Professor Sergio Abranches, Mestre em Sociologia pela UnB, PhD em Ciência Política pela Universidade de Cornell e Professor Visitante do Instituto Coppead de Administração, UFRJ. . Reproduzida unicamente para divulgação.
Governo e aliados atacam o Meio Ambiente
Reunião do Fórum Amazônia Sustentável, em 17 de abril, próximo passado acabou se tornando uma oportunidade para que autoridades e lideranças ligadas ao meio ambiente fizessem um alerta à sociedade sobre ação concertada do Governo Federal e de congressistas para desmontar a frágil estrutura de regulação ambiental do país. Várias medidas provisórias, inúmeros decretos legislativos e projetos de lei, atacam por vários lados toda a arquitetura da política ambiental ainda em construção. Há, claramente, um sentido político de urgência do Planalto, em campanha ostensiva, que precisa acelerar obras de alto risco ambiental e quer se livrar do licenciamento. Urgência que faz algumas vozes levantarem a suspeita de que se trata da necessidade de ter instrumentos de financiamento de campanha.
Mas mesmo entre simpatizantes e aliados do governo Lula, há enorme desconforto com as decisões que atropelam as regras mais elementares de precaução ambiental e da política de controle do desmatamento, sem falar no plano de mudança climática. Na reunião do Fórum, à qual estavam presentes ativistas do PT, diversas ONGs, muitas próximas ao governo, autoridades estaduais da Amazônia, representantes de movimentos sociais e empresários, os alertas sobre os riscos dessa atitude tiveram muita repercussão e não se ouviu uma única palavra em defesa do Governo Federal ou do Congresso, nem qualquer justificativa. Ao contrário, formou-se consenso de que é preciso manifestar publicamente o desconforto e inconformidade com esse ataque concertado, que só interessa aos ruralistas mais radicais, aos guzeiros, à pecuária extensiva, aos carvoeiros e aos setores de alto carbono.
Deu no ecojornal http://www.oeco.com.br/. Vale a pena conferir. De autoria do Professor Sergio Abranches, Mestre em Sociologia pela UnB, PhD em Ciência Política pela Universidade de Cornell e Professor Visitante do Instituto Coppead de Administração, UFRJ. . Reproduzida unicamente para divulgação.
Mas mesmo entre simpatizantes e aliados do governo Lula, há enorme desconforto com as decisões que atropelam as regras mais elementares de precaução ambiental e da política de controle do desmatamento, sem falar no plano de mudança climática. Na reunião do Fórum, à qual estavam presentes ativistas do PT, diversas ONGs, muitas próximas ao governo, autoridades estaduais da Amazônia, representantes de movimentos sociais e empresários, os alertas sobre os riscos dessa atitude tiveram muita repercussão e não se ouviu uma única palavra em defesa do Governo Federal ou do Congresso, nem qualquer justificativa. Ao contrário, formou-se consenso de que é preciso manifestar publicamente o desconforto e inconformidade com esse ataque concertado, que só interessa aos ruralistas mais radicais, aos guzeiros, à pecuária extensiva, aos carvoeiros e aos setores de alto carbono.
Deu no ecojornal http://www.oeco.com.br/. Vale a pena conferir. De autoria do Professor Sergio Abranches, Mestre em Sociologia pela UnB, PhD em Ciência Política pela Universidade de Cornell e Professor Visitante do Instituto Coppead de Administração, UFRJ. . Reproduzida unicamente para divulgação.
domingo, 26 de abril de 2009
Colóquios sobre a Paisagem: Geopark Araripe
A Laboratório da Paisagem da UNIFOR/ Universidade de Fortaleza, sob Coordenação da Professora Fernanda Rocha, realizará em breve, em meados de Maio/ 2009, próximo vindouro, a 3a Edição dos Colóquios sobre a Paisagem, tendo como tema o Projeto GEOPARK ARARIPE, empreendido como uma ação do Governo do Estado, através da Secretaria da Ciencia e Tecnologia e URCA/ Universidade Regional do Cariri; Secretaria das Cidades e Secretaria do Turismo.
Vista aérea do Geotope Devoniano/ Canyon de Missão Velha, um dos nove geotopes do Geopark Araripe. Arquivo de Imagens Ibi Tupi. Fotografia Daniel Roman. Direitos autorais reservados.
sábado, 25 de abril de 2009
Suporte à futura Região Metropolitana do Cariri
O Projeto Cidades do Ceará que ora se desenvolve com fomento e financiamento do BIRD/ Banco Mundial, em sua componente fortalecimento institucional, apoia a criação da RMC/ Região Metropolitana do Cariri formada pelos municípios de Juazeiro, Barbalha e Crato, bem como pelos municípios que lhes são limítrofes: Santana do Cariri, Nova Olinda, Farias Brito, Caririaçu, Missão Velha e Jardim, com o objetivo de constituir uma circunstância cultural e socioeconômica capaz de compartilhar com Fortaleza a atração de população, equipamentos, serviços e investimentos públicos e privados.
sexta-feira, 24 de abril de 2009
Cariri apoia a formação da Região Metropolitana
Para os prefeitos das cidades que farão parte da Região Metropolitana do Cariri, a união será para o desenvolvimento, que representa a formalização do que já existe na prática, possibilitando um processo de reorganização e atuação em conjunto em prol do desenvolvimento.
É dessa forma que os principais líderes políticos da região do Cariri vêem a criação da Região Metropolitana, que passará a ser a segunda do Estado, depois da Capital, e a primeira do Interior. Isso só depende agora do Governo do Estado enviar à Assembléia Legislativa mensagem de lei complementar.
Esse processo deverá acontecer entre o fim de abril e começo de maio, segundo o líder do Governo na Assembléia, o deputado estadual Nelson Martins.Com a aprovação e posterior publicação no Diário Oficial, fica criada a região, por meio de lei complementar, e o Conselho Deliberativo da Região Metropolitana do Cariri, que está inserido dentro do projeto, para que sejam discutidas ações em conjunto. Para o deputado, essa proposta representa, em primeiro lugar, o reconhecimento do desenvolvimento econômico, social e político do Cariri.
Segundo o parlamentar, também se coloca em foco o processo de descentralização de recursos da Capital do Estado para o Interior. “Isso representará de forma concreta a descentralização do desenvolvimento, que sempre esteve muito concentrado em Fortaleza”, diz.
Outro ponto importante, segundo o parlamentar, é a facilidade na vinda de recursos para a região. Ele cita como exemplo o Ministério das Cidades, que possui recursos que são destinados apenas a regiões metropolitanas. Isso na área de saneamento, transporte, abastecimento. “Na verdade, vem facilitar a negociação de verbas”, afirma.
Para o deputado, é importante destacar a atuação do conselho, que irá ter representações dos municípios inseridos, como é o caso de Crato, Juazeiro do Norte e Barbalha. Como exemplo, os projetos, já com uma feição regional em andamento, são citados pelo parlamentar. O Hospital Regional do Cariri é um deles, que terá uma administração pautada pelo conselho, além de outros como o aterro consorciado, já em andamento na região.
Potenciais da região que naturalmente mostram a sua condição de elevação à Região Metropolitana são citados pelo parlamentar, como a agricultura. “A produção do Cariri é muito grande, bem representativa em nível de Estado”. Outro destaque apontado é a movimentação do Aeroporto Orlando Bezerra de Menezes, em Juazeiro, que este ano, conforme a administração do equipamento, irá superar os 200 mil passageiros, além do turismo religioso. A criação da Região Metropolitana do Cariri só vem justificar na prática o que já acontece com uma região que tem experimentado passos importantes em busca do desenvolvimento em vários setores.
O Prefeito de Crato, Samuel Araripe, diz que a criação da Região Metropolitana do Cariri fará com que as três principais cidades da região não atuem mais de forma isolada, possibilitando, assim, avanços importantes. “Isso facilita angariar recursos para projetos comuns, como o Hospital Regional, IML e Aterro Sanitário”, afirma.
Reportagem do Caderno Regional do Jornal Diário do Nordeste de hoje.
É dessa forma que os principais líderes políticos da região do Cariri vêem a criação da Região Metropolitana, que passará a ser a segunda do Estado, depois da Capital, e a primeira do Interior. Isso só depende agora do Governo do Estado enviar à Assembléia Legislativa mensagem de lei complementar.
Esse processo deverá acontecer entre o fim de abril e começo de maio, segundo o líder do Governo na Assembléia, o deputado estadual Nelson Martins.Com a aprovação e posterior publicação no Diário Oficial, fica criada a região, por meio de lei complementar, e o Conselho Deliberativo da Região Metropolitana do Cariri, que está inserido dentro do projeto, para que sejam discutidas ações em conjunto. Para o deputado, essa proposta representa, em primeiro lugar, o reconhecimento do desenvolvimento econômico, social e político do Cariri.
Segundo o parlamentar, também se coloca em foco o processo de descentralização de recursos da Capital do Estado para o Interior. “Isso representará de forma concreta a descentralização do desenvolvimento, que sempre esteve muito concentrado em Fortaleza”, diz.
Outro ponto importante, segundo o parlamentar, é a facilidade na vinda de recursos para a região. Ele cita como exemplo o Ministério das Cidades, que possui recursos que são destinados apenas a regiões metropolitanas. Isso na área de saneamento, transporte, abastecimento. “Na verdade, vem facilitar a negociação de verbas”, afirma.
Para o deputado, é importante destacar a atuação do conselho, que irá ter representações dos municípios inseridos, como é o caso de Crato, Juazeiro do Norte e Barbalha. Como exemplo, os projetos, já com uma feição regional em andamento, são citados pelo parlamentar. O Hospital Regional do Cariri é um deles, que terá uma administração pautada pelo conselho, além de outros como o aterro consorciado, já em andamento na região.
Potenciais da região que naturalmente mostram a sua condição de elevação à Região Metropolitana são citados pelo parlamentar, como a agricultura. “A produção do Cariri é muito grande, bem representativa em nível de Estado”. Outro destaque apontado é a movimentação do Aeroporto Orlando Bezerra de Menezes, em Juazeiro, que este ano, conforme a administração do equipamento, irá superar os 200 mil passageiros, além do turismo religioso. A criação da Região Metropolitana do Cariri só vem justificar na prática o que já acontece com uma região que tem experimentado passos importantes em busca do desenvolvimento em vários setores.
O Prefeito de Crato, Samuel Araripe, diz que a criação da Região Metropolitana do Cariri fará com que as três principais cidades da região não atuem mais de forma isolada, possibilitando, assim, avanços importantes. “Isso facilita angariar recursos para projetos comuns, como o Hospital Regional, IML e Aterro Sanitário”, afirma.
Reportagem do Caderno Regional do Jornal Diário do Nordeste de hoje.
Museu Histórico do Crato é interditado
Museu Histórico do Crato é interditado por conta de desabamento do parte do teto, por conta das intensas chuvas que banham a região neste mes de abril. O Prefeito do Crato Samuel Araripe reuniu-se com o Diretor da instituição George Macário para definir providencias de resconstrução e requalificação da edificação.
quinta-feira, 23 de abril de 2009
Chuva no Cariri causa cheia no Rio Salgado
As últimas chuvas caídas na região do Cariri provocaram a cheia do Rio Salgado, que é um dos principais afluentes do Açude Castanhão. As águas transformaram a paisagem do sertão, que na maioria dos meses permanece árido e seco. A vegetação agora está verde e a lavoura de milho e feijão assegurada. A elevação do nível das águas, nesta cidade, atrai moradores e jovens que enfrentam o desafio de saltar do arco da Ponte Piquet Carneiro, numa altura de 12 metros.
Desde o fim de semana passado é intenso o fluxo de moradores no entorno da Ponte Piquet Carneiro, na CE-282, que dá acesso à cidade. Por enquanto, não há risco de alagamento de bairros, mas a preocupação continua no Perímetro Irrigado Icó – Lima Campos, nas agrovilas Gama, GH, Pedrinhas, NH2 e NH3, onde vivem cerca de 300 famílias. O Conjunto Pedrinhas, durante a cheia do ano passado, sofreu inundação, desalojando dezenas de famílias de suas casas. Fica nas margens do Rio Salgado e o dique de proteção foi rompido, mas apenas recuperado parcialmente pelo Dnocs.
Matéria do Caderno Regional do Diário do Nordeste. Vale a pena conferir.
Desde o fim de semana passado é intenso o fluxo de moradores no entorno da Ponte Piquet Carneiro, na CE-282, que dá acesso à cidade. Por enquanto, não há risco de alagamento de bairros, mas a preocupação continua no Perímetro Irrigado Icó – Lima Campos, nas agrovilas Gama, GH, Pedrinhas, NH2 e NH3, onde vivem cerca de 300 famílias. O Conjunto Pedrinhas, durante a cheia do ano passado, sofreu inundação, desalojando dezenas de famílias de suas casas. Fica nas margens do Rio Salgado e o dique de proteção foi rompido, mas apenas recuperado parcialmente pelo Dnocs.
Matéria do Caderno Regional do Diário do Nordeste. Vale a pena conferir.
quarta-feira, 22 de abril de 2009
Forquilha sangra após 13 anos
Depois de 13 anos, um dos principais açudes da Bacia do Acaraú sangrou. O Forquilha, situado em cidade do mesmo nome, distante 210Km de Fortaleza, tem capacidade de armazenar cerca de 51 milhões de metros cúbicos. Ele chegou à sua cota máxima por volta das 7 horas da manhã desse domingo, 19.
O Forquilha é considerado o quinto maior açude da região Norte do Estado e a notícia da sua sangria reuniu um grande número de curiosos. Populares da região permaneceram no local até o início da noite, comemorando esse espetáculo da natureza com fogos e músicas. O Açude Forquilha sangrou com uma lâmina de dois centímetros, que permaneceu inalterada por todo o dia.
Reportagem do Jornalista Wilson Gomes e fotografia de Wellington Macedo. Publicado pelo Diário do Nordeste, de hoje. Direitos autorais preservados.
terça-feira, 21 de abril de 2009
Caatinga é um bioma ameaçado
De origem indígena, a palavra Caatinga significa ´mata branca´ ou ´floresta branca´, pelo fato da vegetação ostentar um aspecto esbranquiçado ou mesmo prateado, em virtude da perda das folhas durante o período de estiagem. Bioma único no planeta, a Caatinga é um conjunto de ecossistemas que ocupa 11% do território nacional (844.453 quilômetros quadrados) , numa área que abrange parte do Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Bahia e o norte de Minas Gerais. Na Caatinga também pode ser encontrada uma grande diversidade de espécies, com 932 tipos de plantas, 148 mamíferos e 510 aves. A degradação ambiental e a falta de um convívio sustentável colocam o bioma em risco de desertificação.
Da mesma matéria especial do Caderno Regional do Diário do Nordeste elaborada pela Jornalista Caroline Viana. Vale a pena conferir.
Da mesma matéria especial do Caderno Regional do Diário do Nordeste elaborada pela Jornalista Caroline Viana. Vale a pena conferir.
Semana da Caatinga
Consta ainda da programação a distribuição de mil mudas de plantas nativas da região, palestras e assinatura de convênio entre o Conpam e a Prefeitura Municipal de General Sampaio de doação de equipamentos a serem usados pelas brigadas em caso de incêndios, naquela cidade. Em Crateús, além da distribuição e plantio de mudas nas escolas e no 40º Batalhão da Infantaria e do curso de multiplicadores em Educação Ambiental, haverá também a reunião do Pacto Ambiental dos Inhamuns e Sertão de Crateús, seguida da palestra e exposição “O Surpreendente Mundo da Caatinga”.
A semana será encerrada, no dia 28 de abril, no Dia Nacional da Caatinga, na Assembléia Legislativa do Ceará. A solenidade será aberta com a apresentação dos sanfoneiros Ítalo e Renno. Em seguida, a presidente do Conpam fará exposição sobre o Projeto Mata Branca e entregará a Medalha Ambientalista Joaquim Feitosa, instituída pelo decreto governamental de nº 27.781, de 26 de abril de 2005, a um agricultor escolhido pelo Comitê Estadual da Reserva da Biosfera da Caatinga que tenha uma experiência bem sucedida com o convívio sustentável do bioma.Haverá também homenagem aos idealizadores do Projeto Pingo D’Água, lançado no município de Quixeramobim, que este ano completa uma década em execução.
Durante o encerramento da Semana, também será apresentada, pela procuradora do Patrimônio e Meio Ambiente do Estado, Lúcia Teixeira, mensagem de lei para a criação do Sistema Estadual de Unidades de Conservação (Seuc). O objetivo do sistema é promover a gestão e a fiscalização integradas das reservas federais, estaduais, municipais e particulares existentes no Ceará.De acordo com Tereza Farias, outra meta importante para a conservação da Caatinga será o aumento do percentual de áreas tanto de proteção integral quanto de uso sustentável no Estado. A expectativa é que projetos como Mata Branca e outras iniciativas nos municípios elevem a extensão dessas áreas em 8% num prazo de cinco anos.
Matéria especial do Caderno Regional do Diário do Nordeste. Vale a pena conferir.
A semana será encerrada, no dia 28 de abril, no Dia Nacional da Caatinga, na Assembléia Legislativa do Ceará. A solenidade será aberta com a apresentação dos sanfoneiros Ítalo e Renno. Em seguida, a presidente do Conpam fará exposição sobre o Projeto Mata Branca e entregará a Medalha Ambientalista Joaquim Feitosa, instituída pelo decreto governamental de nº 27.781, de 26 de abril de 2005, a um agricultor escolhido pelo Comitê Estadual da Reserva da Biosfera da Caatinga que tenha uma experiência bem sucedida com o convívio sustentável do bioma.Haverá também homenagem aos idealizadores do Projeto Pingo D’Água, lançado no município de Quixeramobim, que este ano completa uma década em execução.
Durante o encerramento da Semana, também será apresentada, pela procuradora do Patrimônio e Meio Ambiente do Estado, Lúcia Teixeira, mensagem de lei para a criação do Sistema Estadual de Unidades de Conservação (Seuc). O objetivo do sistema é promover a gestão e a fiscalização integradas das reservas federais, estaduais, municipais e particulares existentes no Ceará.De acordo com Tereza Farias, outra meta importante para a conservação da Caatinga será o aumento do percentual de áreas tanto de proteção integral quanto de uso sustentável no Estado. A expectativa é que projetos como Mata Branca e outras iniciativas nos municípios elevem a extensão dessas áreas em 8% num prazo de cinco anos.
Matéria especial do Caderno Regional do Diário do Nordeste. Vale a pena conferir.
Aumento de áreas de proteção da Caatinga
Promover a convivência sustentável e a preservação de um bioma único no mundo, mas constantemente ameaçado pelo risco de desertificação. Esta é a meta da Semana Estadual da Caatinga, que acontece entre os dias 22 e 28 de abril. O evento é uma parceria entre o Conselho de Políticas e Gestão do Meio Ambiente (Conpam), a Assembléia Legislativa do Estado e o Comitê Estadual da Reserva da Biosfera da Caatinga.
A programação prevê eventos na Capital e em cinco municípios: Tauá (dia 22), Quixeramobim (dia 23), Crateús (dia 24), General Sampaio (dia 25) e Sobral (dia 27). O final do evento, que ocorre no Dia Estadual da Caatinga, o plenário da Assembléia Legislativa do Ceará receberá palestras e exposições, além de ser promovida a entrega da Medalha Ambientalista Joaquim Feitosa.
Segundo a presidente do Conpam, Tereza Farias, o diferencial da edição deste ano é a participação de entidades governamentais e da sociedade civil de todo o Estado. “Esperamos que este encontro sirva para que, em parceria com a sociedade civil, possamos implementar políticas públicas descentralizadas e incentivar a proteção do bioma”.
Na próxima quarta-feira, será inaugurado em Tauá o escritório do Projeto Mata Branca, que dará suporte ao trabalho desenvolvido por técnicos do governo e sociedade civil. O projeto vai atuar inicialmente em seis municípios da Região dos Inhamuns, onde se busca junto ao homem do campo a convivência sustentável com o semi-árido e a criação de Reservas Particulares do Patrimônio Natural.
Matéria especial do Caderno Regional do Diário do Nordeste sobre a Semana da Caatinga.
A programação prevê eventos na Capital e em cinco municípios: Tauá (dia 22), Quixeramobim (dia 23), Crateús (dia 24), General Sampaio (dia 25) e Sobral (dia 27). O final do evento, que ocorre no Dia Estadual da Caatinga, o plenário da Assembléia Legislativa do Ceará receberá palestras e exposições, além de ser promovida a entrega da Medalha Ambientalista Joaquim Feitosa.
Segundo a presidente do Conpam, Tereza Farias, o diferencial da edição deste ano é a participação de entidades governamentais e da sociedade civil de todo o Estado. “Esperamos que este encontro sirva para que, em parceria com a sociedade civil, possamos implementar políticas públicas descentralizadas e incentivar a proteção do bioma”.
Na próxima quarta-feira, será inaugurado em Tauá o escritório do Projeto Mata Branca, que dará suporte ao trabalho desenvolvido por técnicos do governo e sociedade civil. O projeto vai atuar inicialmente em seis municípios da Região dos Inhamuns, onde se busca junto ao homem do campo a convivência sustentável com o semi-árido e a criação de Reservas Particulares do Patrimônio Natural.
Matéria especial do Caderno Regional do Diário do Nordeste sobre a Semana da Caatinga.
segunda-feira, 20 de abril de 2009
Lobby tenta inviabilizar UNILAB
O jornal O Povo de Fortaleza publicou em 18 de abril de 2009 matéria sobre tentativa de inviabilização da Universidade da Integração Luso-Afro-Brasileira - UNILAB por deputados da Região Sudeste liderados por Lobbe Neto, do PSDB de São Paulo, na Comissão de Educação da Câmara de Deputados, em Brasília. A UNILAB é um projeto de importância fundamental para o desenvolvimento do Maciço de Baturité e de todo o Ceará. Em nosso sítio www.olharaprendiz.com.br transcrevemos na íntegra a matéria de Giselle Dutra, em O Povo.
Governo e aliados atacam o Meio Ambiente
Reunião do Fórum Amazônia Sustentável, na última sexta-feira, 17 de abril, acabou se tornando uma oportunidade para que autoridades e lideranças ligadas ao meio ambiente fizessem um alerta à sociedade sobre ação concertada do Governo Federal e de congressistas para desmontar a frágil estrutura de regulação ambiental do país. Várias medidas provisórias, inúmeros decretos legislativos e projetos de lei, atacam por vários lados toda a arquitetura da política ambiental ainda em construção. Há, claramente, um sentido político de urgência do Planalto, em campanha ostensiva, que precisa acelerar obras de alto risco ambiental e quer se livrar do licenciamento. Urgência que faz algumas vozes levantarem a suspeita de que se trata da necessidade de ter instrumentos de financiamento de campanha.
Mas mesmo entre simpatizantes e aliados do governo Lula, há enorme desconforto com as decisões que atropelam as regras mais elementares de precaução ambiental e da política de controle do desmatamento, sem falar no plano de mudança climática. Na reunião do Fórum, à qual estavam presentes ativistas do PT, diversas ONGs, muitas próximas ao governo, autoridades estaduais da Amazônia, representantes de movimentos sociais e empresários, os alertas sobre os riscos dessa atitude tiveram muita repercussão e não se ouviu uma única palavra em defesa do Governo Federal ou do Congresso, nem qualquer justificativa. Ao contrário, formou-se consenso de que é preciso manifestar publicamente o desconforto e inconformidade com esse ataque concertado, que só interessa aos ruralistas mais radicais, aos guzeiros, à pecuária extensiva, aos carvoeiros e aos setores de alto carbono.
No arsenal do ataque à política ambiental chamam atenção 18 Projetos de Decreto Legislativo que pretendem sustar ou anular, medidas administrativas de proteção do meio ambiente e de criação de terras indígenas, tomadas pelos ministérios do Meio Ambiente e da Justiça. Destaca-se, também, o projeto de lei de autoria da senadora Kátia Abreu, presidente dos ruralistas, oops, da Confederação Nacional da Agricultura, que pretende anular o Decreto 6.321/2007, peça importante do Plano de Combate ao Desmatamento da Amazônia, que cassou as autorizações de desmatamento nos municípios mais críticos da região; determinou o recadastramento das propriedades rurais nesses municípios junto ao INCRA; barrou o acesso ao crédito bancário para as atividades econômicas realizadas em imóvel rural em desacordo com a legislação ambiental; definiu a co-responsabilidade da cadeia de comercialização que transaciona com produtos oriundos de áreas embargadas pelos órgãos ambientais.
O próprio governo federal enviou ao Congresso Nacional Medidas Provisórias que contrariam os esforços para proteger a Amazônia. A MP 422/2008, ampliou o limite de 400 para 1500 hectares das terras públicas que podem ser repassadas para o domínio privado sem licitação. A MP 458/2009 que, a pretexto de promover a ordenação fundiária da Amazônia, consagrou o fato consumado para premiar a grilagem de terras públicas. No mesmo ato, privatizou 67 milhões de hectares, território equivalente à soma dos estados de Minas Gerais e boa parte de Santa Catarina, permitindo que sejam desmatados, no mínimo, 13 milhões de hectares, que equivalem aos 20% permitidos pela lei. É certo que o desmatamento será maior, porque a MP estimula a ação ilegal e predatória.
A MP 450/2008, aprovada quinta-feira na Câmara, em seu artigo 17, cria uma nova categoria de usinas hidráulicas, entre 30 e 50 MW, que terão rito sumário de autorização e “sem as características de pequenas centrais hidrelétricas”, isto é, sem limites para o tamanho da área alagada. Emenda à MP 452/2008, do Deputado José Guimarães, do PT, articulada com o Planalto, fixa um prazo máximo de 60 dias para que a autoridade ambiental, como o Ibama, emita o licenciamento ambiental, ao final do qual, a licença se torna automática. Ela altera a Política Nacional do Meio Ambiente (Lei No 6.938/81), restringindo fortemente a necessária análise dos impactos ambientais e a definição de medidas mitigadoras e compensatórias em obras na malha rodoviária federal.
Matéria do Jornalista Sergio Abranches no jornal eletronico http://www.oeco.com.br/ Reprodução unicamente para divulgação.
Mas mesmo entre simpatizantes e aliados do governo Lula, há enorme desconforto com as decisões que atropelam as regras mais elementares de precaução ambiental e da política de controle do desmatamento, sem falar no plano de mudança climática. Na reunião do Fórum, à qual estavam presentes ativistas do PT, diversas ONGs, muitas próximas ao governo, autoridades estaduais da Amazônia, representantes de movimentos sociais e empresários, os alertas sobre os riscos dessa atitude tiveram muita repercussão e não se ouviu uma única palavra em defesa do Governo Federal ou do Congresso, nem qualquer justificativa. Ao contrário, formou-se consenso de que é preciso manifestar publicamente o desconforto e inconformidade com esse ataque concertado, que só interessa aos ruralistas mais radicais, aos guzeiros, à pecuária extensiva, aos carvoeiros e aos setores de alto carbono.
No arsenal do ataque à política ambiental chamam atenção 18 Projetos de Decreto Legislativo que pretendem sustar ou anular, medidas administrativas de proteção do meio ambiente e de criação de terras indígenas, tomadas pelos ministérios do Meio Ambiente e da Justiça. Destaca-se, também, o projeto de lei de autoria da senadora Kátia Abreu, presidente dos ruralistas, oops, da Confederação Nacional da Agricultura, que pretende anular o Decreto 6.321/2007, peça importante do Plano de Combate ao Desmatamento da Amazônia, que cassou as autorizações de desmatamento nos municípios mais críticos da região; determinou o recadastramento das propriedades rurais nesses municípios junto ao INCRA; barrou o acesso ao crédito bancário para as atividades econômicas realizadas em imóvel rural em desacordo com a legislação ambiental; definiu a co-responsabilidade da cadeia de comercialização que transaciona com produtos oriundos de áreas embargadas pelos órgãos ambientais.
O próprio governo federal enviou ao Congresso Nacional Medidas Provisórias que contrariam os esforços para proteger a Amazônia. A MP 422/2008, ampliou o limite de 400 para 1500 hectares das terras públicas que podem ser repassadas para o domínio privado sem licitação. A MP 458/2009 que, a pretexto de promover a ordenação fundiária da Amazônia, consagrou o fato consumado para premiar a grilagem de terras públicas. No mesmo ato, privatizou 67 milhões de hectares, território equivalente à soma dos estados de Minas Gerais e boa parte de Santa Catarina, permitindo que sejam desmatados, no mínimo, 13 milhões de hectares, que equivalem aos 20% permitidos pela lei. É certo que o desmatamento será maior, porque a MP estimula a ação ilegal e predatória.
A MP 450/2008, aprovada quinta-feira na Câmara, em seu artigo 17, cria uma nova categoria de usinas hidráulicas, entre 30 e 50 MW, que terão rito sumário de autorização e “sem as características de pequenas centrais hidrelétricas”, isto é, sem limites para o tamanho da área alagada. Emenda à MP 452/2008, do Deputado José Guimarães, do PT, articulada com o Planalto, fixa um prazo máximo de 60 dias para que a autoridade ambiental, como o Ibama, emita o licenciamento ambiental, ao final do qual, a licença se torna automática. Ela altera a Política Nacional do Meio Ambiente (Lei No 6.938/81), restringindo fortemente a necessária análise dos impactos ambientais e a definição de medidas mitigadoras e compensatórias em obras na malha rodoviária federal.
Matéria do Jornalista Sergio Abranches no jornal eletronico http://www.oeco.com.br/ Reprodução unicamente para divulgação.
domingo, 19 de abril de 2009
Grupos chegaram pelo Rio Amazonas
Quanto à origem dos primeiros habitantes da região do Cariri, uma hipótese afirma que, por meio de uma tortuosa e demorada migração, alguns grupos indígenas desceram pela margem do Rio Amazonas e subiram pelo Tocantins. Detidos pelas águas do Rio São Francisco, ocuparam a vasta área ao seu lado, onde se estruturou uma nação Tapuia, que chegou ao sul cearense nos séculos IX e X da era cristã.
No vale, os índios encontraram terra úmida e fértil o bastante para melhorar a sua alimentação com uma maior diversidade de raízes, frutos, caças, pescados e grãos.Além disso, suas modestas residências eram construídas com palha de palmeira, à sombra das quais usavam utensílios artesanais como cabaças, coités e cuias. Usavam também o badoque, o pilão de socar, a arupemba, a esteira de palha, a rede de dormir, bem como os artigos em cerâmica (cachimbos, panelas, potes). O angu, o cuscuz, a tapioca, a puba, o beiju e muitas outras receitas culinárias vieram deles.
Apesar de ser uma terra de farturas e de portentos, sua história revela a tragédia do processo civilizatório sertanejo no destino de um povo — os Cariri (Kariri ou Quiriri) — que se fundiu na carne e na alma dos seus inimigos: fazendeiros, criadores de gados, agricultores e vaqueiros oriundos de Sergipe, de Pernambuco e também da Bahia.De acordo com o cineasta e pesquisador Rosemberg Cariry, alocados na Missão do Miranda, os remanescentes das tribos Cariri guardaram codificados, na intuição e na memória, a evocação da vizinha Lagoa Encantada como lugar mítico das suas origens.
Para eles, todo o vale do Cariri era um mar subterrâneo. Debaixo da terra dormia a Serpente d’Água, cujo imenso caudal era represado pela “Pedra da Batateiras”, ao sopé da Chapada do Araripe. Precisamente, onde hoje está situada a Matriz do Crato, erigida sob a invocação de N.S. do Belo Amor, era a cama da baleia (na simbologia cristã: o peixe que guia a arca nas águas do dilúvio).
Os pajés Cariri profetizavam que a “Pedra da Batateiras” iria rolar, todo o vale do Cariri seria inundado e as águas, em fúria, devorariam os homens maus, que tinham roubado a terra e também escravizado os índios. Quando as águas baixassem, a terra voltaria a ser fértil e livre e os Cariri voltariam para repovoar o “Paraíso” .
Com as memórias e narrativas reunidas, os “caboclos” tentavam estruturar uma verdade sagrada para manter a coesão do grupo e melhor defender as terras de fertilidade, o lugar de fluição, o espaço mítico. Porém, a presença dos conquistadores excitou longas guerras e gerou mudanças lamentáveis. Pouco a pouco, a representação dos índios foi menosprezada pelos historiadores.
De matéria com a mesma designação elaborada pelo Jornalista Antono Vicelmo para o Caderno Regional do Diário do Nordeste, nesta data quando se comemora o Dia do Indio. Reproduzido unicamente para divulgação. Direitso autorais reservados.
De matéria com a mesma designação elaborada pelo Jornalista Antono Vicelmo para o Caderno Regional do Diário do Nordeste, nesta data quando se comemora o Dia do Indio. Reproduzido unicamente para divulgação. Direitso autorais reservados.
Dia do Índio
Hoje, data em que é comemorado o Dia do Índio, uma etnia na região do Cariri ainda mantém seus costumes. “A minha avó foi pegada a ‘dente de cachorro’ no pé da serra do Crato”. A afirmação de Raimundo Aniceto, líder da Banda Cabaçal “Irmãos Aniceto”, é uma das mais fortes lembranças da presença dos índios Cariri na região. As origens dos integrantes da banda são confirmadas por historiadores, entre os quais, Pablo Assumpção Barros Costa, autor do livro “Aniceto, Quando os Índios Dançam”.
“Mais do que isso: o biotipo, as danças, trejeitos, lendas, crendices, usos e costumes dos nossos ancestrais estão presentes no dia-a-dia dos caririenses”, diz a arqueóloga Roseane Limaverde, diretora da Fundação Casa Grande Memorial Homem Cariri, uma Organização Não Governamental, que estuda a origem do Homem Cariri. Roseane garante que a música e a coreografia da Banda Cabaçal têm raízes nos costumes indígenas.
Na verdade, a história oficial pouco fala sobre os Cariri. A Igreja da Sé, por exemplo, no Crato, foi construída sobre um cemitério indígena, em um desrespeito contra um direito de todas as sociedades humanas: a prerrogativa de enterrar, com dignidade, seus entes queridos.Hoje, quando se comemora o Dia do Índio, os pesquisadores correm atrás do prejuízo histórico. Os últimos remanescentes dos índios Cariri foram localizados no Sítio Poço Danta, a 25 quilômetros da cidade. A comunidade Cariri é formada por 50 famílias que mantém hábitos semelhantes aos de seus ancestrais.
Eles vivem da pesca tradicional no Açude Thomás Osterne e da agricultura de subsistência, sendo que o milho continua como base da alimentação. Produzem também objetos de cipó (cestos, balaios), utensílios de barro (potes, panelas) e remédios tradicionais utilizados em seu dia-a-dia. Muitos deles, derivados da imburana, da quinaquina, do alecrim, da malva-corama, da erva cidreira, entre outras espécies.
A Fundação Casa Grande ainda não fez nenhum estudo sobre esta provável comunidade indígena. A diretora Roseane Limaverde, que tem um trabalho sobre os índios do Cariri, disse que ainda não teve oportunidade de conhecer a comunidade, no entanto, lembra que a Fundação Casa Grande encontrou inscrições rupestres em Santa Fé, o que indica, segundo ela, a presença de índios naquela região.
Reportagem do Jornalista Antonio Vicelmo para o Caderno Regional do Diário do Nordeste, data de hoje, quando se comemora o Dia do Indio. Vale a pena conferir. Reprodução unicamente para divulgação.
“Mais do que isso: o biotipo, as danças, trejeitos, lendas, crendices, usos e costumes dos nossos ancestrais estão presentes no dia-a-dia dos caririenses”, diz a arqueóloga Roseane Limaverde, diretora da Fundação Casa Grande Memorial Homem Cariri, uma Organização Não Governamental, que estuda a origem do Homem Cariri. Roseane garante que a música e a coreografia da Banda Cabaçal têm raízes nos costumes indígenas.
Na verdade, a história oficial pouco fala sobre os Cariri. A Igreja da Sé, por exemplo, no Crato, foi construída sobre um cemitério indígena, em um desrespeito contra um direito de todas as sociedades humanas: a prerrogativa de enterrar, com dignidade, seus entes queridos.Hoje, quando se comemora o Dia do Índio, os pesquisadores correm atrás do prejuízo histórico. Os últimos remanescentes dos índios Cariri foram localizados no Sítio Poço Danta, a 25 quilômetros da cidade. A comunidade Cariri é formada por 50 famílias que mantém hábitos semelhantes aos de seus ancestrais.
Eles vivem da pesca tradicional no Açude Thomás Osterne e da agricultura de subsistência, sendo que o milho continua como base da alimentação. Produzem também objetos de cipó (cestos, balaios), utensílios de barro (potes, panelas) e remédios tradicionais utilizados em seu dia-a-dia. Muitos deles, derivados da imburana, da quinaquina, do alecrim, da malva-corama, da erva cidreira, entre outras espécies.
A Fundação Casa Grande ainda não fez nenhum estudo sobre esta provável comunidade indígena. A diretora Roseane Limaverde, que tem um trabalho sobre os índios do Cariri, disse que ainda não teve oportunidade de conhecer a comunidade, no entanto, lembra que a Fundação Casa Grande encontrou inscrições rupestres em Santa Fé, o que indica, segundo ela, a presença de índios naquela região.
Reportagem do Jornalista Antonio Vicelmo para o Caderno Regional do Diário do Nordeste, data de hoje, quando se comemora o Dia do Indio. Vale a pena conferir. Reprodução unicamente para divulgação.
Sede do IAB/CE contribuirá para a renovação do Centro de Fortaleza
Para o espaço, está prevista além da própria sede social, salão de exposições e bilbioteca, a instalação de um restaurante aberto ao público, um jardim para eventos e um auditório. Mais um passo em direção à desejada revitalização do Centro da cidade foi dado ontem pela manhã.
É que a nova sede do Instituto dos Arquitetos do Brasil - Departamento do Ceará, localizada no cruzamento das ruas Dr. João Moreira com Floriano Peixoto, em uma edificação histórica de quase 150 anos, integralmente restaurada com recursos da Lei Rouanet, já está pronta para receber novos usos.
Um café da manhã com a presença do Presidente do Instituto, Antônio Custódio dos Santos Neto, e da Comissão de Abertura da Nova Sede, coordenada por José Sales, celebrou o momento de apresentação das instalações, que também vão abrigar também o Museu da Indústria do Ceará, que será implantado pelo Convenio SESI/ FIEC.
“Queremos que que esse prédio tenha vida e participe do dia-a-dia do Centro. Já estamos montando um calendário com cursos, debates e discussões sobre a cidade”, explica o Presidente Custório. Entre as ações, está prevista a abertura de um restaurante aberto ao público e um jardim para eventos, além de um auditório grande, com capacidade para 250 pessoas, e um menor, que comporta 85. A idéia é integrar o espaço a outros equipamentos culturais da cidade, como o TJA e o Dragão do Mar.
Segundo o Presidente Custódio, ainda se planeja incentivar as visitas guiadas à Arquitetura do Centro, em parceria com o Instituto do Ceará. Também existirá uma biblioteca aberta ao público, com acervo sobre a história da cidade, também compõe o rol de iniciativas planejadas para o local. A inauguração oficial do prédio deve acontecer dia 25 de junho. No momento, ainda faltam ser concluídos o jardim e a instalação do mobiliário dos espaços internos.
Quando o assunto é arquitetura, também não falta planejamento. “Também temos o desejo de revitalizar o Fórum Adolfo Herbster, que faz uma discussão sobre os problemas urbanos, fazer a reedição dos 20 anos de participação do Ceará no prêmio de arquitetura “Ópera Prima”, participar da Rede de Equipamentos Culturais do Centro de Fortaleza - Theatro José de Alencar, Casa José Lourenço, Centro Dragão do Mar de Arte e Cultural, Centro Cultural BNB, CC Severiano Ribeiro/ SESC, Museu do Ceará, SESC Praia de Iracema - prevê José Sales, da Comissão de Abertura da Nova Sede IAB/CE.
Sobre a integração do edifício ao Plano Habitacional para Reabilitação da Área Central de Fortaleza, que terá seu segundo fórum no dia 29, na CDL, Antônio Custódio reconhece que somente é possível habitar a área se houver equipamentos, no bairro, para atrair as pessoas novamente. “Necessitamos, por exemplo, que as Secretarias do Estado e Município, como a de Cultura, por exemplo, voltem a ter sede aqui”, reivindica.
O intuito do IAB/CE ao voltar a se instalar no Centro Histórico, é contribuir firmemente para impulsionar o entorno do Passeio Público e Rua Dr. João Moreira, com a restauração de edifícios vizinhos, como a Associação Comercial, requalificar o conjunto Cadeia Pública/ Encentur e a reabertura do Teatro Carlos Camara, além da instalação do CC Banco do Brasil na Estação João Felipe, Museu Nacional Antonio Bandeira/ CC Caixa Economica e a criação do Museu da Cidade de Fortaleza na própria Fortaleza de Nossa Senhora da Assunção, projeto original de Silva Paulet, dos anos 20 do Século XIX. A cidade precisa destes equipamentos referenciais.
Deu no Jornal Diário do Nordeste, edição de hoje. Reprodução unicamente para divulgação. Vale a pena conferir.
É que a nova sede do Instituto dos Arquitetos do Brasil - Departamento do Ceará, localizada no cruzamento das ruas Dr. João Moreira com Floriano Peixoto, em uma edificação histórica de quase 150 anos, integralmente restaurada com recursos da Lei Rouanet, já está pronta para receber novos usos.
Um café da manhã com a presença do Presidente do Instituto, Antônio Custódio dos Santos Neto, e da Comissão de Abertura da Nova Sede, coordenada por José Sales, celebrou o momento de apresentação das instalações, que também vão abrigar também o Museu da Indústria do Ceará, que será implantado pelo Convenio SESI/ FIEC.
“Queremos que que esse prédio tenha vida e participe do dia-a-dia do Centro. Já estamos montando um calendário com cursos, debates e discussões sobre a cidade”, explica o Presidente Custório. Entre as ações, está prevista a abertura de um restaurante aberto ao público e um jardim para eventos, além de um auditório grande, com capacidade para 250 pessoas, e um menor, que comporta 85. A idéia é integrar o espaço a outros equipamentos culturais da cidade, como o TJA e o Dragão do Mar.
Segundo o Presidente Custódio, ainda se planeja incentivar as visitas guiadas à Arquitetura do Centro, em parceria com o Instituto do Ceará. Também existirá uma biblioteca aberta ao público, com acervo sobre a história da cidade, também compõe o rol de iniciativas planejadas para o local. A inauguração oficial do prédio deve acontecer dia 25 de junho. No momento, ainda faltam ser concluídos o jardim e a instalação do mobiliário dos espaços internos.
Quando o assunto é arquitetura, também não falta planejamento. “Também temos o desejo de revitalizar o Fórum Adolfo Herbster, que faz uma discussão sobre os problemas urbanos, fazer a reedição dos 20 anos de participação do Ceará no prêmio de arquitetura “Ópera Prima”, participar da Rede de Equipamentos Culturais do Centro de Fortaleza - Theatro José de Alencar, Casa José Lourenço, Centro Dragão do Mar de Arte e Cultural, Centro Cultural BNB, CC Severiano Ribeiro/ SESC, Museu do Ceará, SESC Praia de Iracema - prevê José Sales, da Comissão de Abertura da Nova Sede IAB/CE.
Sobre a integração do edifício ao Plano Habitacional para Reabilitação da Área Central de Fortaleza, que terá seu segundo fórum no dia 29, na CDL, Antônio Custódio reconhece que somente é possível habitar a área se houver equipamentos, no bairro, para atrair as pessoas novamente. “Necessitamos, por exemplo, que as Secretarias do Estado e Município, como a de Cultura, por exemplo, voltem a ter sede aqui”, reivindica.
O intuito do IAB/CE ao voltar a se instalar no Centro Histórico, é contribuir firmemente para impulsionar o entorno do Passeio Público e Rua Dr. João Moreira, com a restauração de edifícios vizinhos, como a Associação Comercial, requalificar o conjunto Cadeia Pública/ Encentur e a reabertura do Teatro Carlos Camara, além da instalação do CC Banco do Brasil na Estação João Felipe, Museu Nacional Antonio Bandeira/ CC Caixa Economica e a criação do Museu da Cidade de Fortaleza na própria Fortaleza de Nossa Senhora da Assunção, projeto original de Silva Paulet, dos anos 20 do Século XIX. A cidade precisa destes equipamentos referenciais.
Deu no Jornal Diário do Nordeste, edição de hoje. Reprodução unicamente para divulgação. Vale a pena conferir.
sábado, 18 de abril de 2009
Entidades ambientalistas protestam contra proposta do Deputado José Nobre Guimarães
As organizações abaixo assinadas manifestam-se totalmente contrárias à tentativa de extinguir o licenciamento ambiental para pavimentação de estradas abertas conforme previsto no projeto de Lei de Conversão da Medida Provisória 452/2008 aprovado ontem (14/04) pela Câmara dos Deputados. A proposta pretende burlar a Constituição Federal, uma vez que é notório que o impacto maior ocorre após a pavimentação.
Do mesmo modo consideramos inaceitável o asfaltamento da BR 319, obra sem viabilidade ou justificativa comprovadas, desconectada de qualquer projeto de desenvolvimento regional. A prioridade dada a essa estrada pelo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) atende interesses outros que não a ligação entre duas capitais do norte do país. O asfaltamento da BR 319 servirá apenas para abrir a região mais remota e preservada da Amazônia à ocupação desordenada, além de deteriorar, via forte pressão migratória, a qualidade de vida da cidade de Manaus.
A pavimentação de estradas é o maior vetor de desmatamentos na Amazônia. Historicamente 75% dos desmatamentos da região ocorreram ao longo das rodovias pavimentadas, como ocorreu na Belém-Brasília (BR 010), na Cuiabá-Porto Velho (BR 364) e no trecho matogrossense da Cuiabá-Santarém (BR 163) .
O simples anúncio do asfaltamento já é suficiente para estimular odesmatamento e a grilagem, como ocorreu na BR 163, apontada como modelo deimplementaçao de infraestrutura viária na Amazônia, mas, ainda assim, uma das regiões onde o desmatamento mais cresceu nos últimos anos. Essas iniciativas ameaçam a sustentabilidade da região e põem em risco as metas de redução de desmatamento assumidas pelo governo brasileiro no Plano Nacional de Mudanças Climáticas.
Amigos da Terra - Amazônia Brasileira
Conservação Internacional
Greenpeace
Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (IPAM)
Instituto Centro de Vida (ICV)
Instituto do Homem e do Meio Ambiente da Amazônia (IMAZON)
Instituto Socioambiental (ISA)
The Nature Conservancy (TNC)
WWF Brasil
Do mesmo modo consideramos inaceitável o asfaltamento da BR 319, obra sem viabilidade ou justificativa comprovadas, desconectada de qualquer projeto de desenvolvimento regional. A prioridade dada a essa estrada pelo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) atende interesses outros que não a ligação entre duas capitais do norte do país. O asfaltamento da BR 319 servirá apenas para abrir a região mais remota e preservada da Amazônia à ocupação desordenada, além de deteriorar, via forte pressão migratória, a qualidade de vida da cidade de Manaus.
A pavimentação de estradas é o maior vetor de desmatamentos na Amazônia. Historicamente 75% dos desmatamentos da região ocorreram ao longo das rodovias pavimentadas, como ocorreu na Belém-Brasília (BR 010), na Cuiabá-Porto Velho (BR 364) e no trecho matogrossense da Cuiabá-Santarém (BR 163) .
O simples anúncio do asfaltamento já é suficiente para estimular odesmatamento e a grilagem, como ocorreu na BR 163, apontada como modelo deimplementaçao de infraestrutura viária na Amazônia, mas, ainda assim, uma das regiões onde o desmatamento mais cresceu nos últimos anos. Essas iniciativas ameaçam a sustentabilidade da região e põem em risco as metas de redução de desmatamento assumidas pelo governo brasileiro no Plano Nacional de Mudanças Climáticas.
Amigos da Terra - Amazônia Brasileira
Conservação Internacional
Greenpeace
Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (IPAM)
Instituto Centro de Vida (ICV)
Instituto do Homem e do Meio Ambiente da Amazônia (IMAZON)
Instituto Socioambiental (ISA)
The Nature Conservancy (TNC)
WWF Brasil
IAB/CE faz pré abertura de sua sede no "cuore" de Fortaleza
O Instituto dos Arquitetos do Brasil, Departamento do Ceará, vai apresentar neste sábado, a partir das 09:00 hs, durante café da manhã, sua nova sede para a imprensa. O local ganhou novo auditório, biblioteca, restaurante, jardim de eventos. A nova sede está situada no Centro de Fortaleza, no cruzamento das ruas Doutor João Moreira e Floriano Peixoto, em frente ao Passeio Publico.O IAB quer assim se engajar de fato ao processo de requalificação do Centro, em uma edificação que faz parte da história urbana de Fortaleza.
O local abrigou originalmente a antiga Sociedade da União Cearense, o Hotel do Norte e os Correios Gerais, além de outras instituições no decorrer dos quase 150 anos.A entidade promete ser mais um elo da cadeia da rede de equipamentos culturais do Centro - Theatro José de Alencar, Centro Cultural Dragão do Mar de Arte e Cultura, Casa José Lourenço, CC BNB Fortaleza, Museu do Ceará, CC Severiano Porto/ SESC, SESC/ Praia de Iracema e outros.
O local abrigou originalmente a antiga Sociedade da União Cearense, o Hotel do Norte e os Correios Gerais, além de outras instituições no decorrer dos quase 150 anos.A entidade promete ser mais um elo da cadeia da rede de equipamentos culturais do Centro - Theatro José de Alencar, Centro Cultural Dragão do Mar de Arte e Cultura, Casa José Lourenço, CC BNB Fortaleza, Museu do Ceará, CC Severiano Porto/ SESC, SESC/ Praia de Iracema e outros.
sexta-feira, 17 de abril de 2009
Falta de Planejamento: Calçadão da Praia de Iracema ainda não inaugurado e já destruído
Em reforma há mais de um ano e obras quase finalziadas há menos de dois meses, um trecho do calçadão da Praia de Iracema terá de ser reconstruído. Segundo a coordenadora do projeto de requalificação da área, a Arquiteta Lia Parente, a nova obra estará pronta em três meses. O piso será adaptado para suportar o movimento de veículos pesados.
O problema surgiu depois que o calçamento colocado recentemente sofreu estragos em função da passagem de caminhões que carregam material para shows e outros eventos públicos que vêm ocorrendo no local. É o que dizem trabalhadores e frequentadores do local. Foram verificados rachaduras, quebras e pequenos desníveis no início desta semana, após o show musical que comemorou o aniversário de Fortaleza no último domingo, dia 12.
O trecho a ser refeito fica localizado entre as ruas Ildefonso Albano e Arariús, próximo à Caixa D’água dos Peixinhos. “O piso atual será retirado e, em seu lugar, será construída uma estrutura de concreto armado coberto por piso industrial, como o acesso já existente na Rua Rui Barbosa (ao lado do aterro)”, informou Lia Parente. As pedras e as lajotas quebradas estão sendo repostas no decorrer da obra e alguns danos já foram reparados.
A rampa de acesso para cadeirantes no trecho está sendo reformada, em decorrência dos estragos deixados pelos caminhões de equipamentos que subiram por ali, de acordo com o relato do taxista Raimundo Ribeiro. Segundo ele, pelo menos dois caminhões usaram a rampa e outros passaram pela rua lateral. Raimundo disse que chegou a ligar seis vezes para a AMC/ Autarquia Municipal de Trânsito, Serviços Públicos e de Cidadania (AMC), para denunciar a presença dos veículos no calçadão na sexta-feira, 10. “Eles disseram que estavam mandando uma equipe, mas ninguém veio”, afirmou.
A AMC informou, por meio de sua assessoria, que não encontrou registro de qualquer notificação do caso, na data referida, nem pedido de autorização formal para o estacionamento. Sem autorização da Autarquia, a presença dos caminhões ali era irregular. O taxista, que trabalha no local há quatro anos, relata que, sempre que ocorrem shows, a situação se repete.
Matéria em destaque no Jornal O POVO desta data da Jornalista Roberta Félix. Vale a pena conferir.
O problema surgiu depois que o calçamento colocado recentemente sofreu estragos em função da passagem de caminhões que carregam material para shows e outros eventos públicos que vêm ocorrendo no local. É o que dizem trabalhadores e frequentadores do local. Foram verificados rachaduras, quebras e pequenos desníveis no início desta semana, após o show musical que comemorou o aniversário de Fortaleza no último domingo, dia 12.
O trecho a ser refeito fica localizado entre as ruas Ildefonso Albano e Arariús, próximo à Caixa D’água dos Peixinhos. “O piso atual será retirado e, em seu lugar, será construída uma estrutura de concreto armado coberto por piso industrial, como o acesso já existente na Rua Rui Barbosa (ao lado do aterro)”, informou Lia Parente. As pedras e as lajotas quebradas estão sendo repostas no decorrer da obra e alguns danos já foram reparados.
A rampa de acesso para cadeirantes no trecho está sendo reformada, em decorrência dos estragos deixados pelos caminhões de equipamentos que subiram por ali, de acordo com o relato do taxista Raimundo Ribeiro. Segundo ele, pelo menos dois caminhões usaram a rampa e outros passaram pela rua lateral. Raimundo disse que chegou a ligar seis vezes para a AMC/ Autarquia Municipal de Trânsito, Serviços Públicos e de Cidadania (AMC), para denunciar a presença dos veículos no calçadão na sexta-feira, 10. “Eles disseram que estavam mandando uma equipe, mas ninguém veio”, afirmou.
A AMC informou, por meio de sua assessoria, que não encontrou registro de qualquer notificação do caso, na data referida, nem pedido de autorização formal para o estacionamento. Sem autorização da Autarquia, a presença dos caminhões ali era irregular. O taxista, que trabalha no local há quatro anos, relata que, sempre que ocorrem shows, a situação se repete.
Matéria em destaque no Jornal O POVO desta data da Jornalista Roberta Félix. Vale a pena conferir.
IAB/CE faz pré abertura de sua sede no "cuore" de Fortaleza
Caros amigos
O IAB/ Instituto dos Arquitetos do Brasil/ Departamento do Ceará fará amanhã um pré - abertura de sua nova Sede aos veículos de comunicação da imprensa local. Neste Sábado, 18 de Abril de 2009, às 9:00hs, estaremos de portas abertas, com café da manhã-encontro, para mostrar a todos nosso novo contexto de trabalho - Sede Social/ Auditório/ Biblioteca/ Restaurante/ Jardim de Eventos -em pleno "cuore" da cidade de Fortaleza de Nossa Senhora de Assunção.
Queremos mostrar à toda a nossa população que iremos nos instalar no Centro de Fortaleza, no cruzamento das Ruas Dr. João Moreira e Floriano Peixoto, em frente ao Passeio Publico, contribuindo para a trajetória de sua requalificação, em uma belissima edificação que faz parte da própria História de Fortaeza, que abrigou originalmente a antiga Sociedade da União Cearense, o Hotel do Norte e os Correios Gerais, além de outras instituições,no decorrer dos quase cento e cinquenta anos de existencia.
Um risco original que teve a contribuição do nosso primeiro urbanista, o Engenheiro Militar Adolfo Herbster, que aqui entre nós, aportou na década do Século XIX e realizou nossos primeiros Planos Urbanísticos.
Nossa pretensão, dentre outras,é ser mais um elo da cadeia da Rede de Equipamentos Culturais do Centro de Fortaleza - Theatro José de Alencar, Centro Cultural Dragão do Mar de Arte e Cultura, Casa José Lourenço, CC BNB Fortaleza, Museu do Ceará, CC Severiano Porto/ SESC, SESC/ Praia de Iracema e outros. Aguardamos a presença de todos.
Cordialmente Arquiteto José Sales
Da Comissão da Nova Sede do IAB/CE
O IAB/ Instituto dos Arquitetos do Brasil/ Departamento do Ceará fará amanhã um pré - abertura de sua nova Sede aos veículos de comunicação da imprensa local. Neste Sábado, 18 de Abril de 2009, às 9:00hs, estaremos de portas abertas, com café da manhã-encontro, para mostrar a todos nosso novo contexto de trabalho - Sede Social/ Auditório/ Biblioteca/ Restaurante/ Jardim de Eventos -em pleno "cuore" da cidade de Fortaleza de Nossa Senhora de Assunção.
Queremos mostrar à toda a nossa população que iremos nos instalar no Centro de Fortaleza, no cruzamento das Ruas Dr. João Moreira e Floriano Peixoto, em frente ao Passeio Publico, contribuindo para a trajetória de sua requalificação, em uma belissima edificação que faz parte da própria História de Fortaeza, que abrigou originalmente a antiga Sociedade da União Cearense, o Hotel do Norte e os Correios Gerais, além de outras instituições,no decorrer dos quase cento e cinquenta anos de existencia.
Um risco original que teve a contribuição do nosso primeiro urbanista, o Engenheiro Militar Adolfo Herbster, que aqui entre nós, aportou na década do Século XIX e realizou nossos primeiros Planos Urbanísticos.
Nossa pretensão, dentre outras,é ser mais um elo da cadeia da Rede de Equipamentos Culturais do Centro de Fortaleza - Theatro José de Alencar, Centro Cultural Dragão do Mar de Arte e Cultura, Casa José Lourenço, CC BNB Fortaleza, Museu do Ceará, CC Severiano Porto/ SESC, SESC/ Praia de Iracema e outros. Aguardamos a presença de todos.
Cordialmente Arquiteto José Sales
Da Comissão da Nova Sede do IAB/CE
Brasil joga Legislação Ambiental no lixo
O Diretor do Greenpeace Marcelo Furtado disse ontem (16) que a mudança na regra para licenciamento ambiental de rodovias, aprovada nesta semana pela Câmara dos Deputados, “sinaliza a intenção do governo de jogar a legislação ambiental brasileira na lata de lixo” e denuncia interesses políticos por trás de obras de infra-estrutura do governo.
Segundo Furtado, com a medida provisória, que dispensa licença prévia para asfaltamento e duplicação de rodovias já abertas, o governo sinaliza que o meio ambiente interfere no desenvolvimento e mostra que “o discurso da sustentabilidade é uma grande mentira”. Para ele, a mudança na norma beneficia obras do PAC/ Programa de Aceleração do Crescimento, em especial, a BR-369, que liga a cidade de Manaus (AM) a Porto Velho (RO).“Sabemos que a medida passou por conta da BR-369, que está, atualmentes em péssimas condições.
O governo tem, com a obra, o interesse de pavimentar a candidatura da Ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff na Amazônia”, disse no Fórum Econômico na América Latina, no Rio de Janeiro. Além de dispensar o licenciamento, o texto encaminhado para o Senado estabelece prazo de 60 dias para que o IBAMA/ Instituto Brasileiro de Recursos Naturais Renováveis autorize o início das obras que já contam com a licença prévia. Caso o prazo expire, o empreendimento pode começar sem autorização do órgão ambiental.
“Isso faz com que a faca fique no pescoço de uma área do governo, o IBAMA, que já está totalmente desaparelhada, sem pessoal e infra-estrutura adequados”, alertou. O diretor do Greenpeace disse também que a “história da Amazônia” mostra que as rodovias não são adequadas para a região e sugere alternativas como ferrovias e hidrovias. “Todo mundo sabe que rodovia na Amazônia é igual a destruição”, completou.
Anteontem (15), em evento na ANA/ Agência Nacional de Águas, o Ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, disse que tentou “advertir” os deputados sobre os exageros da medida, que segundo ele, nos termos em que foi aprovada, “é inconstitucional”. Minc disse que espera que o Senado faça correções no texto."
Agência Brasil
Segundo Furtado, com a medida provisória, que dispensa licença prévia para asfaltamento e duplicação de rodovias já abertas, o governo sinaliza que o meio ambiente interfere no desenvolvimento e mostra que “o discurso da sustentabilidade é uma grande mentira”. Para ele, a mudança na norma beneficia obras do PAC/ Programa de Aceleração do Crescimento, em especial, a BR-369, que liga a cidade de Manaus (AM) a Porto Velho (RO).“Sabemos que a medida passou por conta da BR-369, que está, atualmentes em péssimas condições.
O governo tem, com a obra, o interesse de pavimentar a candidatura da Ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff na Amazônia”, disse no Fórum Econômico na América Latina, no Rio de Janeiro. Além de dispensar o licenciamento, o texto encaminhado para o Senado estabelece prazo de 60 dias para que o IBAMA/ Instituto Brasileiro de Recursos Naturais Renováveis autorize o início das obras que já contam com a licença prévia. Caso o prazo expire, o empreendimento pode começar sem autorização do órgão ambiental.
“Isso faz com que a faca fique no pescoço de uma área do governo, o IBAMA, que já está totalmente desaparelhada, sem pessoal e infra-estrutura adequados”, alertou. O diretor do Greenpeace disse também que a “história da Amazônia” mostra que as rodovias não são adequadas para a região e sugere alternativas como ferrovias e hidrovias. “Todo mundo sabe que rodovia na Amazônia é igual a destruição”, completou.
Anteontem (15), em evento na ANA/ Agência Nacional de Águas, o Ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, disse que tentou “advertir” os deputados sobre os exageros da medida, que segundo ele, nos termos em que foi aprovada, “é inconstitucional”. Minc disse que espera que o Senado faça correções no texto."
Agência Brasil
quinta-feira, 16 de abril de 2009
Fundação Casa Grande se torna referencia nacional
A Fundação Casa Grande – Memorial do Homem Kariri passa a ser referência nacional em Educação Patrimonial, dentro das políticas públicas desenvolvidas pelo IPHAN/ Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, do Ministério da Cultura. Hoje, em Nova Olinda, a entidade recebe técnicos do Instituto, no intuito de conhecerem “in loco” todo o projeto, como foi concebido e as diretrizes de trabalho da instituição. Eles permanecerão até o domingo realizando estudos na Fundação, criada há 16 anos.
“O trabalho da Fundação Casa Grande foi considerado, pela equipe de gerência de Educação Patrimonial IPHAN, como um exemplo dos mais representativos de um trabalho educativo, no qual a valorização e a preservação do Patrimônio Cultural é a base para inclusão da cidadania, objeto fundamental das ações educativas levadas a efeito pelo IPHAN”, diz o gerente de Projetos e Educação Patrimonial, João Tadeu Gonçalves, em carta enviada ao presidente da Fundação, Alemberg Quindins. Ele estará na equipe que virá desenvolver trabalho de pesquisa na Fundação.
O IPHAN tem buscado, por meio da Coordenação Geral de Promoção, identificar as boas práticas no desenvolvimento de ações educativas, no intuito de balizar a proposta de uma política nacional no âmbito da instituição para a área de Educação Patrimonial. Em consequência desse trabalho, objetiva-se criar a Casa do Patrimônio, nos Estados do Brasil, com a finalidade não só de levar o sentido de fiscalizar, mas realizar um trabalho de conscientização social para a preservação do patrimônio.E é na Fundação que os técnicos encontrarão, na prática, toda uma desenvoltura de crianças e adolescentes, educados dentro de um processo de preservação da memória local, do patrimônio material e imaterial.
A Fundação Casa Grande – Memorial do Homem Kariri, para quem teve a oportunidade de ter acesso há mais de uma década, viu crianças e adolescentes dentro de um projeto de formação educacional. Alguns deles continuam e fazem um trabalho administrativo, dentro da mesma lógica, e dessa forma se desenvolveram, foram multiplicadores de um conhecimento e continuam sendo agentes participativos de um projeto em construção.
Matéria de hoje do jornal Diário do Nordeste realizada pela jornalista Eliazangela Santos.
“O trabalho da Fundação Casa Grande foi considerado, pela equipe de gerência de Educação Patrimonial IPHAN, como um exemplo dos mais representativos de um trabalho educativo, no qual a valorização e a preservação do Patrimônio Cultural é a base para inclusão da cidadania, objeto fundamental das ações educativas levadas a efeito pelo IPHAN”, diz o gerente de Projetos e Educação Patrimonial, João Tadeu Gonçalves, em carta enviada ao presidente da Fundação, Alemberg Quindins. Ele estará na equipe que virá desenvolver trabalho de pesquisa na Fundação.
O IPHAN tem buscado, por meio da Coordenação Geral de Promoção, identificar as boas práticas no desenvolvimento de ações educativas, no intuito de balizar a proposta de uma política nacional no âmbito da instituição para a área de Educação Patrimonial. Em consequência desse trabalho, objetiva-se criar a Casa do Patrimônio, nos Estados do Brasil, com a finalidade não só de levar o sentido de fiscalizar, mas realizar um trabalho de conscientização social para a preservação do patrimônio.E é na Fundação que os técnicos encontrarão, na prática, toda uma desenvoltura de crianças e adolescentes, educados dentro de um processo de preservação da memória local, do patrimônio material e imaterial.
A Fundação Casa Grande – Memorial do Homem Kariri, para quem teve a oportunidade de ter acesso há mais de uma década, viu crianças e adolescentes dentro de um projeto de formação educacional. Alguns deles continuam e fazem um trabalho administrativo, dentro da mesma lógica, e dessa forma se desenvolveram, foram multiplicadores de um conhecimento e continuam sendo agentes participativos de um projeto em construção.
Matéria de hoje do jornal Diário do Nordeste realizada pela jornalista Eliazangela Santos.
quarta-feira, 15 de abril de 2009
Comportas do Açude Castanhão serão abertas
Depois que voltou a chover na região jaguaribana e, principalmente, também no Cariri, aumentam as possibilidades de abertura das comportas do maior açude do Ceará. O Castanhão está com 80,1% da capacidade e responde por quase um terço do que pode ser armazenado em todo o Ceará, que já é o Estado do Nordeste com a maior capacidade de água, conforme o relatório de Conjuntura dos Recursos Hídricos no Brasil, feito pela Agência Nacional das Águas (ANA). Até a tarde de ontem havia 39 açudes sangrando no Ceará. Os 130 reservatórios monitorados no Estado estão com 78,2% da capacidade.
Matéria do Jornal Diário do Nordeste. Fotografia de Melquíades Jr. Direitos autorais preservados.
terça-feira, 14 de abril de 2009
Liceu do Ceará debate Fortaleza
Tudo pronto para o I Seminário Fortaleza - Ontem e Hoje, uma promoção que mobilizará alunos do Colégio Liceu do Ceará, a partir desta terça-feira. O evento integra-se à festa dos 283 anos da cidade e surge como mais uma contribuição ao debate por uma cidade justa e mais humana. O programa já está definido, segundo o professor Auriberto Cavalcante, coordenador-geral.
DIA 14
08:00 hs - Abertura
08:20 hs - Palestra/Debate "Fortaleza - Ontem e Hoje" por José Sales, arquiteto/ urbanista e professor da UFC; e Paulo Tadeu, jornalista, folclorista e professor UECE
DIA 14
14:00 hs - Palestra/Debate "O Passeio Público e sua Importância Histórica", com Zelito Magalhães, jornalista, historiador e escritor
15:00 hs - Palestra/ Debate "Fortaleza - Ontem e Hoje" com Miguel Ângelo de Azevedo, o Nirez. 16:00 hs - Palestra/Debate " A Política Cultural de Fortaleza" com representante da Secretaria de Cultura de Fortaleza e Auriberto Cavalcante, professor, jornalista, poeta e coordenador do Grupo Chocalho; e escritores convidados.
DIA 15
08:00 hs- Palestra/Debate "O Trânsito em Fortaleza" com Carlos Henrque, diretor de trânsito da Autarquia Municipal de Trânsito e Cidadania de ortaleza (AMC).
14:00 hs - Palestra/Debate "Uma Visão jornalistica - Fortaleza, Ontem e Hoje com Eliomar de Lima, jornalista, professor e radialista e convidados.
DIA 16
08:00 hs - Palestra-Debate "A Educação em Fortaleza", por representantes das Secretarias da Educação do Município e do Estado, professores, estudantes e Sindicato Apeoc
14:00 hs - Palestra-Debate "A Segurança Pública em Fortaleza" por representante da SSPDS, professores, estudantes e convidados.
Colégio Liceu do Ceará (85) 9142-3195 e (85)3101- 2262
auribertocavalcante@ig.com.br
DIA 14
08:00 hs - Abertura
08:20 hs - Palestra/Debate "Fortaleza - Ontem e Hoje" por José Sales, arquiteto/ urbanista e professor da UFC; e Paulo Tadeu, jornalista, folclorista e professor UECE
DIA 14
14:00 hs - Palestra/Debate "O Passeio Público e sua Importância Histórica", com Zelito Magalhães, jornalista, historiador e escritor
15:00 hs - Palestra/ Debate "Fortaleza - Ontem e Hoje" com Miguel Ângelo de Azevedo, o Nirez. 16:00 hs - Palestra/Debate " A Política Cultural de Fortaleza" com representante da Secretaria de Cultura de Fortaleza e Auriberto Cavalcante, professor, jornalista, poeta e coordenador do Grupo Chocalho; e escritores convidados.
DIA 15
08:00 hs- Palestra/Debate "O Trânsito em Fortaleza" com Carlos Henrque, diretor de trânsito da Autarquia Municipal de Trânsito e Cidadania de ortaleza (AMC).
14:00 hs - Palestra/Debate "Uma Visão jornalistica - Fortaleza, Ontem e Hoje com Eliomar de Lima, jornalista, professor e radialista e convidados.
DIA 16
08:00 hs - Palestra-Debate "A Educação em Fortaleza", por representantes das Secretarias da Educação do Município e do Estado, professores, estudantes e Sindicato Apeoc
14:00 hs - Palestra-Debate "A Segurança Pública em Fortaleza" por representante da SSPDS, professores, estudantes e convidados.
Colégio Liceu do Ceará (85) 9142-3195 e (85)3101- 2262
auribertocavalcante@ig.com.br
domingo, 12 de abril de 2009
O "verde oficial"do PV do Ceará
O assunto já foi tocado neste Blog recentemente. Falo da situação do Partido Verde no Ceará, que virou costela do poder - estadual e municipal. Neste domingo, recebo artigo do professor e arquiteto José Sales sobre essa questão. Confira:O MOVIMENTO AMBIENTALISTA E O "VERDE OFICIAL"
O movimento ambientalista no Ceará surgiu, como forma organizada,em meados de década de 70, com o início da luta pela preservação do Rio Cocó, este nosso mais importante rio urbano. Sua primeira grande vitória foi a criação do Parque Adahil Barreto, em 1977, no lugar onde deveria ser construída sede administrativa do Banco do Nordeste.
Mais à frente ainda vinculado a temática de preservação do Cocó, o mesmo foi organizado com a denominação de “SOS Cocó” que reuniu várias organizações da sociedade civil e entidades profissionais, até que em fins da década 80, o Governo do Estado anunciou a criação do Parque Ecológico do Cocó, que ainda hoje não existe de fato, pois carece de regulamentação legal específica.
A partir do início da década de 90 as diretrizes e estratégias deste movimento ficam mais claras, em parte como reflexo do ocorria em várias outras partes do nosso país e do mundo e em outra parte como contraponto local ao crescimento urbano predatória, sem uma modelagem de planejamento adequado. Surgem novas organizações civis, grupos de pesquisa ligados às Universidades e algumas entidades profissionais passam a ser inteiramente dedicadas à questão da proteção e preservação do ambiente natural.
O grande divisor de águas é o encontro internacional Rio Eco 92, organizado pelas Nações Unidas, a partir do qual a temática ambiental passa a uma agenda obrigatória de Humanidade.No contexto urbano, se definem roteiros especificos à cada realidade e inclui em destaque a vertente de proteção de reservas naturais, preservação dos espaços públicos de parques e praças como bens comuns necessários à qualidade da vida humana nas cidades e regulação de uso de uso e ocupação em áreas com fragilidade ambiental e preservação da paisagem. Cá entre nós, as nossas praias urbanas ou não, as dunas, os nosso significativos manguezais e as serras úmidas, passaram a ser encaradas como ativos ambientais a ser protegidos, status que nunca foi muito respeitado “strito sensu”.
E só mais recentemente surge entre nós o Partido Verde, desfraldando a bandeira da organização do movimento ambientalista como tal em buscar de sua representatividade política, muito embora esta tendencia exista, no Brasil, desde início da década de 90, nos nossos maiores centros: São Paulo, com a luta pela proteção dos remanescentes de Mata Atlantica, localizados na Serra do Mar e no Rio de Janeiro, desfraldando também a bandeira de proteção da paisagem.
No Ceará, entretanto, esta roteirização está restrita à região metropolitana e a pouquissimas cidades do interior do Estado. E em nosso caso, o PV ainda não disse a que veio. As grandes bandeiras da luta do movimento ambientalista tais como a proteção e preservação dos estuários do Cocó e Ceará, o contraponto à ocupaçao intensiva das dunas e do litoral cearense, a proteção das serras úmidas, parecem que ainda não estão na pauta partidária.
José Sales
Professor/ Arquiteto
O movimento ambientalista no Ceará surgiu, como forma organizada,em meados de década de 70, com o início da luta pela preservação do Rio Cocó, este nosso mais importante rio urbano. Sua primeira grande vitória foi a criação do Parque Adahil Barreto, em 1977, no lugar onde deveria ser construída sede administrativa do Banco do Nordeste.
Mais à frente ainda vinculado a temática de preservação do Cocó, o mesmo foi organizado com a denominação de “SOS Cocó” que reuniu várias organizações da sociedade civil e entidades profissionais, até que em fins da década 80, o Governo do Estado anunciou a criação do Parque Ecológico do Cocó, que ainda hoje não existe de fato, pois carece de regulamentação legal específica.
A partir do início da década de 90 as diretrizes e estratégias deste movimento ficam mais claras, em parte como reflexo do ocorria em várias outras partes do nosso país e do mundo e em outra parte como contraponto local ao crescimento urbano predatória, sem uma modelagem de planejamento adequado. Surgem novas organizações civis, grupos de pesquisa ligados às Universidades e algumas entidades profissionais passam a ser inteiramente dedicadas à questão da proteção e preservação do ambiente natural.
O grande divisor de águas é o encontro internacional Rio Eco 92, organizado pelas Nações Unidas, a partir do qual a temática ambiental passa a uma agenda obrigatória de Humanidade.No contexto urbano, se definem roteiros especificos à cada realidade e inclui em destaque a vertente de proteção de reservas naturais, preservação dos espaços públicos de parques e praças como bens comuns necessários à qualidade da vida humana nas cidades e regulação de uso de uso e ocupação em áreas com fragilidade ambiental e preservação da paisagem. Cá entre nós, as nossas praias urbanas ou não, as dunas, os nosso significativos manguezais e as serras úmidas, passaram a ser encaradas como ativos ambientais a ser protegidos, status que nunca foi muito respeitado “strito sensu”.
E só mais recentemente surge entre nós o Partido Verde, desfraldando a bandeira da organização do movimento ambientalista como tal em buscar de sua representatividade política, muito embora esta tendencia exista, no Brasil, desde início da década de 90, nos nossos maiores centros: São Paulo, com a luta pela proteção dos remanescentes de Mata Atlantica, localizados na Serra do Mar e no Rio de Janeiro, desfraldando também a bandeira de proteção da paisagem.
No Ceará, entretanto, esta roteirização está restrita à região metropolitana e a pouquissimas cidades do interior do Estado. E em nosso caso, o PV ainda não disse a que veio. As grandes bandeiras da luta do movimento ambientalista tais como a proteção e preservação dos estuários do Cocó e Ceará, o contraponto à ocupaçao intensiva das dunas e do litoral cearense, a proteção das serras úmidas, parecem que ainda não estão na pauta partidária.
José Sales
Professor/ Arquiteto
sábado, 11 de abril de 2009
Caretas mantém tradição da festa em Jardim
A festa se torna uma grande brincadeira pela cidade. No Sábado de Aleluia, os caretas invadem Jardim, a 540 quilômetros de Fortaleza, e saem pelas ruas pedindo dinheiro para a malhação do Judas. As pessoas inovam nas fantasias, que são produzidas com muito cuidado. Vale tudo, menos mostrar o rosto.
A tradição já existe faz tempo, mas desde 2006 passou a ser coordenada pela Associação Cultural dos Caretas. O grupo dos caretas de Jardim é o mais tradicional da Região do Cariri, por causa da criatividade com que fazem a animação na Semana Santa. Para o coordenador da Associação, Luís Pereira Lemos, o principal desafio agora é conseguir apoio financeiro. Falta uma sede própria para que os participantes possam ter mais espaço para organizar o material e criar as oficinas.
“O apoio da Prefeitura está sendo fundamental, mas ainda não é suficiente”, diz o coordenador. Para o agricultor Vicente de Paula Ferreira, que participa há mais de 20 anos da festa dos caretas, é um prazer fazer parte do grupo dos caretas. Ele diz que, quando veste a fantasia, sente que representa a cidade e sua cultura. Tem orgulho da tradição que ajuda a continuar. No sábado da Semana Santa, o Sábado de Aleluia, também é dia da malhação do Judas. As pessoas escolhem um ponto social negativo que querem expurgar e aproveitam a simbologia da data para mandar aquela coisa ruim embora.
Na cidade do Crato, distante 504 quilômetros da Capital, foi feito um plebiscito do qual participaram cerca de nove mil pessoas. Vários problemas sociais foram colocados em votação. Mas o tema da vez foi a pedofilia. Um boneco que representa o assunto vai percorrer as ruas do Crato, a partir das 16 horas do sábado, e depois será queimado pela população. A concentração será na famosa Bodega do Joquinha, na Rua dos Cariris, no Centro da cidade.
A malhação será realizada no Centro Cultural da Rffsa. De acordo com Antônio Carlos Araújo, diretor da Sociedade Cariri das Artes, o ritual é uma manifestação popular muito antiga. “Já existia antes de Cristo. Os povos queimavam bonecos de palha para celebrar uma boa colheita”, explica Antônio Carlos. Como o ritual continuou a ser seguido, a Igreja se apropriou do princípio pagão e dá sequência à expressão cultural todos os anos
Reportagem do Jornal O Povo, com colaboração do Jornalista Amaury Alencar.
A tradição já existe faz tempo, mas desde 2006 passou a ser coordenada pela Associação Cultural dos Caretas. O grupo dos caretas de Jardim é o mais tradicional da Região do Cariri, por causa da criatividade com que fazem a animação na Semana Santa. Para o coordenador da Associação, Luís Pereira Lemos, o principal desafio agora é conseguir apoio financeiro. Falta uma sede própria para que os participantes possam ter mais espaço para organizar o material e criar as oficinas.
“O apoio da Prefeitura está sendo fundamental, mas ainda não é suficiente”, diz o coordenador. Para o agricultor Vicente de Paula Ferreira, que participa há mais de 20 anos da festa dos caretas, é um prazer fazer parte do grupo dos caretas. Ele diz que, quando veste a fantasia, sente que representa a cidade e sua cultura. Tem orgulho da tradição que ajuda a continuar. No sábado da Semana Santa, o Sábado de Aleluia, também é dia da malhação do Judas. As pessoas escolhem um ponto social negativo que querem expurgar e aproveitam a simbologia da data para mandar aquela coisa ruim embora.
Na cidade do Crato, distante 504 quilômetros da Capital, foi feito um plebiscito do qual participaram cerca de nove mil pessoas. Vários problemas sociais foram colocados em votação. Mas o tema da vez foi a pedofilia. Um boneco que representa o assunto vai percorrer as ruas do Crato, a partir das 16 horas do sábado, e depois será queimado pela população. A concentração será na famosa Bodega do Joquinha, na Rua dos Cariris, no Centro da cidade.
A malhação será realizada no Centro Cultural da Rffsa. De acordo com Antônio Carlos Araújo, diretor da Sociedade Cariri das Artes, o ritual é uma manifestação popular muito antiga. “Já existia antes de Cristo. Os povos queimavam bonecos de palha para celebrar uma boa colheita”, explica Antônio Carlos. Como o ritual continuou a ser seguido, a Igreja se apropriou do princípio pagão e dá sequência à expressão cultural todos os anos
Reportagem do Jornal O Povo, com colaboração do Jornalista Amaury Alencar.
sexta-feira, 10 de abril de 2009
Crato contra a poluição visual
Iniciada a retirada das placas publicitárias das ruas do Crato, primeira cidade do Estado do Ceará a tomar estas medidas de requalificação dos espaços públicos. A iniciativa faz parte de uma ampla campanha desenvolvida pela Secretaria do Meio Ambiente do Município e CDL/Camara de Dirigentes Lojistas (CDL) com o objetivo de acabar a poluição visual nas ruas centrais.Na primeira semana, foram retiradas 20 placas. O Presidente da CDL do Crato, Geraldo Pinheiro, diz que o trabalho está sendo feito com a colaboração dos comerciantes. Eles entendem que, além de promover o desconforto espacial e visual dos transeuntes, este excesso de placas enfeia a cidades, tornando-a apenas espaço de promoção de trocas comerciais. “O problema, porém, não é a existência da propaganda, mas o seu descontrole”, afirma o presidente da CDL.
“A poluição visual degrada os centros urbanos pela falta de harmonia de anúncios, logotipos e propagandas que concorrem pela atenção do espectador, causando prejuízo a todos”. A observação é do Arquiteto Waldemar Farias Filho, advertindo, por outro lado, que o indivíduo perde a sua cidadania, enquanto agente participativo da dinâmica da cidade, para se tornar apenas um espectador e consumidor.
Para ele, todos somos reféns da manifestação comercial visual, que disputa a atenção com o referencial histórico da cidade. “O patrimônio histórico do município está sendo sacrificado pelo excesso de publicidade”, adverte. O arquiteto diz que a atenção do consumidor é dividida com o trânsito, o rádio, a pessoa que está sentada ao lado no carro. “Para o comerciante que quer divulgar o seu produto, chega a ser uma antipropaganda”, destaca.Ampliação da campanhaA retirada das placas é o inicio de uma ampla campanha que terá continuidade com a retirada de materiais que estão sendo comercializados nas calçadas das lojas, fazendo com que os pedestres se arrisquem, tendo que descer as calçadas. Placas irregulares, espaços ocupados irregularmente por bancas, veículos estacionados prejudicando o fluxo de trânsito, além da regulamentação do uso de placas comerciais nas fachadas das lojas foram inseridos no estudo.
O Arquiteto Arraes destaca que é preciso respeitar a legislação, pois o município perde receita até pelas falhas na lei e na fiscalização local.A solução, para ele, passaria por uma campanha estabelecendo melhores parâmetros, conscientizando os comerciantes de que esse tipo de mensagem é inócua, sem retorno, além de fazer uma revisão na lei, que apresenta ambigüidades, dando margem a interpretações diversas.
O Prefeito do Crato, Samuel Araripe, observa que intervenções desse porte foram feitas em grandes cidades do País, como São Paulo, e que o Crato passará a ser uma referência em todo o Nordeste, após as mudanças. Tanto que dentro desse processo de intervenção, foram apresentados layouts de placas de ruas indicativas, informativas, facilitando a vida, principalmente, dos turistas que chegarem à cidade.
Matéria de hoje da Jornalista Elizangela Santos para o Caderno Regional do Diário do Nordeste.
Vale a pena conferir.
“A poluição visual degrada os centros urbanos pela falta de harmonia de anúncios, logotipos e propagandas que concorrem pela atenção do espectador, causando prejuízo a todos”. A observação é do Arquiteto Waldemar Farias Filho, advertindo, por outro lado, que o indivíduo perde a sua cidadania, enquanto agente participativo da dinâmica da cidade, para se tornar apenas um espectador e consumidor.
Para ele, todos somos reféns da manifestação comercial visual, que disputa a atenção com o referencial histórico da cidade. “O patrimônio histórico do município está sendo sacrificado pelo excesso de publicidade”, adverte. O arquiteto diz que a atenção do consumidor é dividida com o trânsito, o rádio, a pessoa que está sentada ao lado no carro. “Para o comerciante que quer divulgar o seu produto, chega a ser uma antipropaganda”, destaca.Ampliação da campanhaA retirada das placas é o inicio de uma ampla campanha que terá continuidade com a retirada de materiais que estão sendo comercializados nas calçadas das lojas, fazendo com que os pedestres se arrisquem, tendo que descer as calçadas. Placas irregulares, espaços ocupados irregularmente por bancas, veículos estacionados prejudicando o fluxo de trânsito, além da regulamentação do uso de placas comerciais nas fachadas das lojas foram inseridos no estudo.
O Arquiteto Arraes destaca que é preciso respeitar a legislação, pois o município perde receita até pelas falhas na lei e na fiscalização local.A solução, para ele, passaria por uma campanha estabelecendo melhores parâmetros, conscientizando os comerciantes de que esse tipo de mensagem é inócua, sem retorno, além de fazer uma revisão na lei, que apresenta ambigüidades, dando margem a interpretações diversas.
O Prefeito do Crato, Samuel Araripe, observa que intervenções desse porte foram feitas em grandes cidades do País, como São Paulo, e que o Crato passará a ser uma referência em todo o Nordeste, após as mudanças. Tanto que dentro desse processo de intervenção, foram apresentados layouts de placas de ruas indicativas, informativas, facilitando a vida, principalmente, dos turistas que chegarem à cidade.
Matéria de hoje da Jornalista Elizangela Santos para o Caderno Regional do Diário do Nordeste.
Vale a pena conferir.
quinta-feira, 9 de abril de 2009
No Cariri, a malhação do Judas
Os Caretas mantêm viva a tradição das comemorações profanas e festivas, relacionada com a malhação do Judas, no fim da Semana Santa. No sábado passado, conhecido popularmente por sábado magro, que antecede o de Aleluia, o grupo do Recreio e Morada Nova trouxe alegria para as ruas da cidade. Os brincantes dançavam em ritmo animado, com ginga própria e percussão do forró sertanejo. Conseguiram chamar a atenção dos moradores da cidade.
Os Caretas, como o próprio nome sugere, são mascarados e não se identificam. Em grupo, eles cercam os transeuntes e impõem a doação de dinheiro ou de algum alimento. Batem nas portas das casas e para as crianças são motivo de medo e corre-corre. Há grupos mais carentes, oriundos da periferia da cidade, que saem apenas com o objetivo de pedir esmolas para o desjejum, no Sábado de Aleluia. Não fazem, portanto, a brincadeira do sítio, o cercado de proteção dos alimentos.
Quando os grupos não têm condições de manter um trio de tocadores — sanfona, zabumba e triângulo —, utilizam alternativas de recursos modernos, como o uso de um gravador portátil. Com muito barulho e urros, eles saem dançando pelas ruas da cidade, ao ritmo do tradicional forró. Preservando ou não a característica regional, os brincantes contribuem para que a tradição folclórica permaneça viva.
Da mesma reportagem da Jornalista Elizangela Santos, para o Caderno Regional do Diário do Nordeste. Vale a pena conferir.
Os Caretas, como o próprio nome sugere, são mascarados e não se identificam. Em grupo, eles cercam os transeuntes e impõem a doação de dinheiro ou de algum alimento. Batem nas portas das casas e para as crianças são motivo de medo e corre-corre. Há grupos mais carentes, oriundos da periferia da cidade, que saem apenas com o objetivo de pedir esmolas para o desjejum, no Sábado de Aleluia. Não fazem, portanto, a brincadeira do sítio, o cercado de proteção dos alimentos.
Quando os grupos não têm condições de manter um trio de tocadores — sanfona, zabumba e triângulo —, utilizam alternativas de recursos modernos, como o uso de um gravador portátil. Com muito barulho e urros, eles saem dançando pelas ruas da cidade, ao ritmo do tradicional forró. Preservando ou não a característica regional, os brincantes contribuem para que a tradição folclórica permaneça viva.
Da mesma reportagem da Jornalista Elizangela Santos, para o Caderno Regional do Diário do Nordeste. Vale a pena conferir.
No Cariri, os Caretas revivem antiga tradição
Começou, ontem, uma das mais tradicionais festas durante a Semana Santa na Região do Cariri. A Festa dos Caretas de Jardim é uma das mais antigas e importantes manifestações folclóricas da região. A tradição vem sendo cultuada desde o fim do século XIX. A programação oficial vai até o dia 12 deste mês. Os homens de máscaras, chocalhos e também vestidos com roupas esfarrapadas, invadem as ruas do município e brincam.
Trata-se de uma mistura do sagrado e do profano.A Associação Cultural dos Caretas de Jardim é uma das entidades que tem lutado pelo fortalecimento da festa. Até cursos para confecção de máscaras são oferecidos pela associação, para possibilitar maior participação dos brincantes, que podem ser figuras engraçadas, folclóricas, que dão um colorido especial às ruas, com máscaras criativas.
Segundo o presidente da entidade, Luiz Lemos, as manifestações folclóricas na cidade necessitam de um trabalho mais amplo de divulgação, diante da sua importância e das tradições. A festa, de acordo com ele, vem sobrevivendo, mesmo com as ameaças da modernidade. São rapazes, homens de mais idade — todos no intuito de festejar o momento, que antes tinha outro sentido. A festa era da colheita e o espantalho mais tarde acabou sendo substituído por Judas Iscariotes. As manifestações foram iniciadas na zona rural e hoje toma as ruas da cidade de Jardim.
Para Luiz Lemos, a festa em Jardim representa atualmente uma singularidade cultural. “A golpe de muito sacrifício, ainda vem sendo conservada no calendário cultural do nosso Estado”, diz.Às 15 horas de ontem, foi realizada a abertura da festa com passeata do pau do Judas adulto e mirim, brincadeiras e premiações. Às 20h, foi realizado show com o grupo Clavesol e entrega de prêmios das melhores caretas. Hoje, às 9 horas, será hasteado o pau do Judas. Os caretas seguem pelas ruas com suas brincadeiras.
Os primeiros registros históricos da brincadeira em Jardim são do fim do século XIX. Os agricultores se reuniam e confeccionavam uma espécie de espantalho, a quem chamavam de “Pai Véi” ou “Vosso Pai” e, mascarados, com chocalhos e chicotes, percorriam vários sítios em busca de donativos para o Sítio do “Pai Véi”, onde faziam uma grande festa e malhavam o espantalho. A festa se urbanizou e passou a utilizar o personagem bíblico.
A Festa dos Caretas se tornou um evento tradicional e ocorre durante toda a Semana Santa. Como antigamente, se caracteriza por mostrar personagens mascarados, vestidos de forma diferente, com chocalhos na cintura e animando a cidade. O maior destaque é a figura do Judas, que hoje é confeccionado pelo escultor e artista plástico Luiz Lemos.
Reportagem da Jornalista Elizângela Santos para o Caderno Regional do Diário do Nordeste, de hoje. Vale a pena conferir.
Trata-se de uma mistura do sagrado e do profano.A Associação Cultural dos Caretas de Jardim é uma das entidades que tem lutado pelo fortalecimento da festa. Até cursos para confecção de máscaras são oferecidos pela associação, para possibilitar maior participação dos brincantes, que podem ser figuras engraçadas, folclóricas, que dão um colorido especial às ruas, com máscaras criativas.
Segundo o presidente da entidade, Luiz Lemos, as manifestações folclóricas na cidade necessitam de um trabalho mais amplo de divulgação, diante da sua importância e das tradições. A festa, de acordo com ele, vem sobrevivendo, mesmo com as ameaças da modernidade. São rapazes, homens de mais idade — todos no intuito de festejar o momento, que antes tinha outro sentido. A festa era da colheita e o espantalho mais tarde acabou sendo substituído por Judas Iscariotes. As manifestações foram iniciadas na zona rural e hoje toma as ruas da cidade de Jardim.
Para Luiz Lemos, a festa em Jardim representa atualmente uma singularidade cultural. “A golpe de muito sacrifício, ainda vem sendo conservada no calendário cultural do nosso Estado”, diz.Às 15 horas de ontem, foi realizada a abertura da festa com passeata do pau do Judas adulto e mirim, brincadeiras e premiações. Às 20h, foi realizado show com o grupo Clavesol e entrega de prêmios das melhores caretas. Hoje, às 9 horas, será hasteado o pau do Judas. Os caretas seguem pelas ruas com suas brincadeiras.
Os primeiros registros históricos da brincadeira em Jardim são do fim do século XIX. Os agricultores se reuniam e confeccionavam uma espécie de espantalho, a quem chamavam de “Pai Véi” ou “Vosso Pai” e, mascarados, com chocalhos e chicotes, percorriam vários sítios em busca de donativos para o Sítio do “Pai Véi”, onde faziam uma grande festa e malhavam o espantalho. A festa se urbanizou e passou a utilizar o personagem bíblico.
A Festa dos Caretas se tornou um evento tradicional e ocorre durante toda a Semana Santa. Como antigamente, se caracteriza por mostrar personagens mascarados, vestidos de forma diferente, com chocalhos na cintura e animando a cidade. O maior destaque é a figura do Judas, que hoje é confeccionado pelo escultor e artista plástico Luiz Lemos.
Reportagem da Jornalista Elizângela Santos para o Caderno Regional do Diário do Nordeste, de hoje. Vale a pena conferir.
quarta-feira, 8 de abril de 2009
O futuro da Mata Atlantica
Um projeto anunciado ontem, dia 07 de abril de 2009, pode ajudar, e como, na salvação de um dos biomas mais ameaçados do mundo. Ao todo, cerca de 50 organizações ambientalistas, empresas, membros do governo e pessoas físicas aderiram ao Pacto pela Restauração da Mata Atlântica durante o lançamento da campanha, em São Paulo.
A ideia, basicamente, é recuperar cerca de 15 milhões de hectares identificados por especialistas como prioritários para a conservação até 2050. Durante a entrevista coletiva realizada hoje, o coordenador geral do Conselho de Coordenação do Pacto, Miguel Calmon, disse que “A perda de cobertura florestal e a fragmentação dos remanescentes compromete a biodiversidade e os serviços ambientais da Mata Atlântica.
É necessário reverter o processo de degradação e começar um amplo programa de recuperação dessa floresta (...) Somente assim será possível manter vivo este bioma, que garante o abastecimento de água para quase 130 milhões de pessoas, além de ser um dos maiores repositórios de biodiversidade do planeta”.
Do ecojornal eletronico O ECO http://www.oeco.com.br Reprodução unicamente para divulgação. Direitos autorais preservados.
A ideia, basicamente, é recuperar cerca de 15 milhões de hectares identificados por especialistas como prioritários para a conservação até 2050. Durante a entrevista coletiva realizada hoje, o coordenador geral do Conselho de Coordenação do Pacto, Miguel Calmon, disse que “A perda de cobertura florestal e a fragmentação dos remanescentes compromete a biodiversidade e os serviços ambientais da Mata Atlântica.
É necessário reverter o processo de degradação e começar um amplo programa de recuperação dessa floresta (...) Somente assim será possível manter vivo este bioma, que garante o abastecimento de água para quase 130 milhões de pessoas, além de ser um dos maiores repositórios de biodiversidade do planeta”.
Do ecojornal eletronico O ECO http://www.oeco.com.br Reprodução unicamente para divulgação. Direitos autorais preservados.
As florestas e os ventos do planeta
Meteorologistas russos acabam de publicar na revista New Scientist uma pesquisa inédita sobre um novo papel que as florestas tropicais próximas ao mar desempenham: elas geram correntes de ar que ajudam a impulsionar o fluxo hídrico no globo. Se estiver certa, a tese de Victor Gorshkov e Anastassia Makarieva, do Instituto de Física Nuclear de São Petesburgo, justificaria, entre outras coisas, como boa parte da Austrália deixou de ter densas florestas para virar um deserto. Baseados nisso, os autores sugerem até que uma parcela considerável da América do Norte poderia sofrer com a desertificação, mesmo sem aquecimento global.
De acordo com a pesquisa, as florestas podem criar ventos através do processo de condensação do vapor d’água e da umidade que vem do mar porque os gases ocupam menos espaço quando se tornam líquidos, diminuindo a pressão atmosférica no local. Já que a evaporação é maior sobre as florestas do que nos oceanos, a pressão é mais baixa em áreas de florestas litorâneas, que sugam umidade do mar. Isso forma ventos que levam essa umidade para dentro do continente, e, conforme o processo se repete, o transporte de água pode ser imenso e se estender por milhares de quilômetros.
Os meteorologistas acreditam que só a Amazônia libera 20 trilhões de litros de água todos os dias. A hipótese dos russos levanta preocupações quanto aos graves efeitos do desmatamento, mesmo localizado, sobre o transporte de água no planeta. Eles chegam a sugerir que a fragmentação florestal pode mudar por inteiro o clima num continente de úmido para árido, com um declínio de chuvas que chega a 95%. A pesquisa está sendo considerada uma das mais importantes contribuições científicas para entender os efeitos do desmatamento sobre o clima.
Do ecojornal eletronico O ECO http://www.oeco.com.br/ Reprodução unicamente para divulgação. Direitos autorais preservados.
De acordo com a pesquisa, as florestas podem criar ventos através do processo de condensação do vapor d’água e da umidade que vem do mar porque os gases ocupam menos espaço quando se tornam líquidos, diminuindo a pressão atmosférica no local. Já que a evaporação é maior sobre as florestas do que nos oceanos, a pressão é mais baixa em áreas de florestas litorâneas, que sugam umidade do mar. Isso forma ventos que levam essa umidade para dentro do continente, e, conforme o processo se repete, o transporte de água pode ser imenso e se estender por milhares de quilômetros.
Os meteorologistas acreditam que só a Amazônia libera 20 trilhões de litros de água todos os dias. A hipótese dos russos levanta preocupações quanto aos graves efeitos do desmatamento, mesmo localizado, sobre o transporte de água no planeta. Eles chegam a sugerir que a fragmentação florestal pode mudar por inteiro o clima num continente de úmido para árido, com um declínio de chuvas que chega a 95%. A pesquisa está sendo considerada uma das mais importantes contribuições científicas para entender os efeitos do desmatamento sobre o clima.
Do ecojornal eletronico O ECO http://www.oeco.com.br/ Reprodução unicamente para divulgação. Direitos autorais preservados.
segunda-feira, 6 de abril de 2009
A guerra dos ventos no Ceará
Série de reportagens que aborda a delicada relação entre a produção de energia limpa e os custos ambientais para as comunidades que sediam estes projetos no Estado do Ceará. Publicada a partir de hoje no jornal O Povo.
Vale a pena conferir!
Vale a pena conferir!
domingo, 5 de abril de 2009
O desmatamento na Pan Amazonia
A maior parte dela está em nosso território, mas a floresta Amazônica não é só brasileira, se estende por nove países da América do Sul. No entanto, apenas aqui há monitoramento sobre perdas florestais, algo em que o Brasil tem PhD. Mas essa realidade pode começar a mudar. No início de maio, está programada uma primeira capacitação para técnicos de países vizinhos em monitoramento remoto de desflorestamento, em Belém. A tarefa está nas mãos do não-governamental Imazon/ Instituto do Homem e do Meio Ambiente na Amazônia, entidade que vem registrando as perdas mensais de verde na última grande floresta do planeta.
Vale a pena conferir no Jornal O ECO http://www.oeco.com.br/
Vale a pena conferir no Jornal O ECO http://www.oeco.com.br/
Mestrado em Bioprospecção Molecular/ URCA
A primeira dissertação de Mestrado do Programa de Bioprospecção Molecular da URCA/ Universidade Regional do Cariri foi defendida no último dia 30, no Salão de Atos da Urca, pelo professor da instituição, do Curso de Enfermagem, Glauberto da Silva Quirino. Com o título “Atividade Cicatrizante e Gastroprotetora de Carvocar Coriaceum Wittm”, a sua tese utilizou como ponto de partida a ação cicatrizante do popular óleo do pequi.O trabalho foi orientado pela professora doutora Adriana Rolim Campos Barros.
Fazendo justiça, consideramos que esta vitória da URCA iniciou-se com uma trajetória formatada na Gestão do Reitor André Herzog. Reportagem da Jornalista Elizangela dos Santos para o jornal Diário do Nordeste.
Fazendo justiça, consideramos que esta vitória da URCA iniciou-se com uma trajetória formatada na Gestão do Reitor André Herzog. Reportagem da Jornalista Elizangela dos Santos para o jornal Diário do Nordeste.
sábado, 4 de abril de 2009
Banco Mundial dá sinal verde para Levantamentos e Estudos Científicos do Geopark Araripe
O Banco Mundial autorizou a Secretaria das Cidades a contratar consultoria para Levantamentos e Estudos Científicos que subsidiarão os trabalhos de implantação efetiva dos nove geotopes do Geopark Araripe. Os mesmos deverão ser realizados nos próximos meses e finalizados ainda neste primeiro semestre corrente.
quinta-feira, 2 de abril de 2009
O trágico Código Ambiental de Santa Catarina
Em novembro do ano passado, Santa Catarina sofreu na pele conseqüências provocadas em boa parte por décadas de devastação ecológica. Na ocasião, chuvas ininterruptas causaram enchentes e o desabamento de encostas, deixando 80 mil desabrigados. Pelo visto, a tragédia não foi suficiente para abrir os olhos do governador Luiz Henrique da Silveira e de deputados estaduais. Ontem à noite, com trinta e um votos a favor e sete abstenções, a Assembléia Legislativa aprovou projeto de lei que instaura o Código Ambiental do Estado. Entre outros absurdos, o texto reduz de 30 para cinco metros a faixa mínima de mata ciliar a ser preservada nas margens dos rios.
A votação ocorreu menos de uma semana após a sanção da lei que transforma quase 10% do Parque Estadual da Serra do Tabuleiro, no município de Palhoça, em Áreas de Proteção Ambiental, o mais permissivo entre os doze tipos de unidades de conservação definidos pela legislação federal. Durante todo o dia de ontem, parlamentares estiveram reunidos para tratar da votação, que só teve resultado conhecido no início da noite.
Agora, o governo de Santa Catarina tem seis meses dias para regulamentar sua nova e polêmica legislação.De acordo com informações da Polícia Militar local, cerca de dez mil pessoas ficaram de pé no entorno da Assembléia para acompanhar a votação. A maioria absoluta era de manifestantes favoráveis ao código e oriundos de diferentes partes do estado. A procuradora da República Analúcia Hartmann, por exemplo, precisou desviar de seu caminho para chegar ao escritório, já que algumas ruas foram interditadas por dezenas de ônibus estacionados.“O projeto, como foi aprovado, é muito grave. Não é culpa do governo se chove muito em Santa Catarina. Mas se os locais de risco não estivessem ocupados o prejuízo seria muito menor”, disse a O Eco.
Reportagem de Felipe Lobo para o Jornal O ECO http://www.oeco.com.br/Vale a pena conferir.
A votação ocorreu menos de uma semana após a sanção da lei que transforma quase 10% do Parque Estadual da Serra do Tabuleiro, no município de Palhoça, em Áreas de Proteção Ambiental, o mais permissivo entre os doze tipos de unidades de conservação definidos pela legislação federal. Durante todo o dia de ontem, parlamentares estiveram reunidos para tratar da votação, que só teve resultado conhecido no início da noite.
Agora, o governo de Santa Catarina tem seis meses dias para regulamentar sua nova e polêmica legislação.De acordo com informações da Polícia Militar local, cerca de dez mil pessoas ficaram de pé no entorno da Assembléia para acompanhar a votação. A maioria absoluta era de manifestantes favoráveis ao código e oriundos de diferentes partes do estado. A procuradora da República Analúcia Hartmann, por exemplo, precisou desviar de seu caminho para chegar ao escritório, já que algumas ruas foram interditadas por dezenas de ônibus estacionados.“O projeto, como foi aprovado, é muito grave. Não é culpa do governo se chove muito em Santa Catarina. Mas se os locais de risco não estivessem ocupados o prejuízo seria muito menor”, disse a O Eco.
Reportagem de Felipe Lobo para o Jornal O ECO http://www.oeco.com.br/Vale a pena conferir.
quarta-feira, 1 de abril de 2009
Créditos de Carbono
Na visita da missão do BIRD/ Banco Mundial, para fiscalização do Projeto Mata Branca/ Bioma Caatinga também está sendo discutida a geração de crédito de carbono como uma das potencialidades da preservação da Caatinga. Segundo Tereza Farias, a idéia é que fundos internacionais façam um estudo de quanto o Estado poderá lucrar com a quantificação do gás carbônico que deixa de ser emitido em poluição da atmosfera.
Uma possível compensação financeira por isso, conforme André Aquino, ainda passa por debates internacionais. Sem entrar no mérito comercial, o economista esclarece que a quantidade de gás carbônico na atmosfera pode ser reduzida a partir de atividades já previstas no Mata Branca, como o controle das queimadas, o reflorestamento e também a redução do desmatamento.
BIRD supervisiona o Projeto Mata Branca
Missão do BIRD/ Banco Mundial está no Ceará esta semana para supervisionar as atividades do Projeto Mato Branca, implantado desde o ano passado pelo cCONPAM/ Conselho de Política e Gestão do Meio Ambiente. Em Fortaleza desde a última segunda-feira, o grupo segue para a cidade de Tauá hoje, a fim de conferir as experiências-piloto já desenvolvidas no Sertão dos Inhamuns pelo projeto.
O BIRD financia as atividades do Mata Branca com o aporte de US$ 5 milhões, já liberados para o Estado do Ceará.Conforme explica o Economista André Aquino, o banco avalia, semestralmente, os resultados do projeto, ao passo que discute o que será feito nos seis meses seguintes. Pela impressão obtida até agora, o economista destaca que toda a parte de estruturação do projeto está completa, permitindo que três subprojetos a serem executados por entidades comunitárias estejam em vias de começar.
Outros 15 subprojetos, segundo ele, já foram aprovados e estão em processo de análise pelo BIRD.Outro ponto destacado pelo representante internacional foi a contratação da UFC/ Universidade Federal do Ceará para realizar a avaliação estratégica do bioma Caatinga. Previsto para ser concluído no início de 2010, o estudo traçará um diagnóstico das políticas públicas atuais e proporá outras.
Segundo Aquino, o resultado principal esperado pelo Bird com o projeto é a preservação da biodiversidade do bioma. “A Caatinga é um bem público global. Perder isso é uma perda para a humanidade”, afirmou. O economista ressaltou a existência de espécies e relações biológicas peculiares do bioma nordestino e o potencial do projeto para reduzir a pobreza no Ceará. “Grande parte da pobreza rural está ligada ao processo de desertificação”, disse.As atividades-piloto do Mata Branca estão sendo desenvolvidas nos municípios de Tauá, Crateús, Independência, Parambu e Quiterianópolis.
Segundo a Presidente do CONPAM, Tereza Farias, já foi montada a infraestrutura do projeto, que inclui a instalação de escritórios, a aquisição de veículos e a alocação de técnicos, além da estrutura de monitoramento ambiental por satélite em parceria com a FUNCEME/ Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos. A partir de abril, segundo ela, começará o repasse das verbas para as entidades habilitadas.
Reportagem de Ícaro Joathan para o Diario do Nordeste. Vale a pena conferir.
O BIRD financia as atividades do Mata Branca com o aporte de US$ 5 milhões, já liberados para o Estado do Ceará.Conforme explica o Economista André Aquino, o banco avalia, semestralmente, os resultados do projeto, ao passo que discute o que será feito nos seis meses seguintes. Pela impressão obtida até agora, o economista destaca que toda a parte de estruturação do projeto está completa, permitindo que três subprojetos a serem executados por entidades comunitárias estejam em vias de começar.
Outros 15 subprojetos, segundo ele, já foram aprovados e estão em processo de análise pelo BIRD.Outro ponto destacado pelo representante internacional foi a contratação da UFC/ Universidade Federal do Ceará para realizar a avaliação estratégica do bioma Caatinga. Previsto para ser concluído no início de 2010, o estudo traçará um diagnóstico das políticas públicas atuais e proporá outras.
Segundo Aquino, o resultado principal esperado pelo Bird com o projeto é a preservação da biodiversidade do bioma. “A Caatinga é um bem público global. Perder isso é uma perda para a humanidade”, afirmou. O economista ressaltou a existência de espécies e relações biológicas peculiares do bioma nordestino e o potencial do projeto para reduzir a pobreza no Ceará. “Grande parte da pobreza rural está ligada ao processo de desertificação”, disse.As atividades-piloto do Mata Branca estão sendo desenvolvidas nos municípios de Tauá, Crateús, Independência, Parambu e Quiterianópolis.
Segundo a Presidente do CONPAM, Tereza Farias, já foi montada a infraestrutura do projeto, que inclui a instalação de escritórios, a aquisição de veículos e a alocação de técnicos, além da estrutura de monitoramento ambiental por satélite em parceria com a FUNCEME/ Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos. A partir de abril, segundo ela, começará o repasse das verbas para as entidades habilitadas.
Reportagem de Ícaro Joathan para o Diario do Nordeste. Vale a pena conferir.
Cortando impostos e inchando cidades
Alheio ao trânsito caótico da maioria das capitais brasileiras, alheio à poluição automotiva que acelera o aquecimento global e sem nenhuma criatividade para criar outros tipos de emprego fora da indústria automobilística, o governo federal prorrogou o corte no IPI/Imposto sobre Produtos Industrializados e reduziu outros impostos para manter "aquecida" a venda de carros, motos e caminhões.
Outra jogada de mestre foi diminuir impostos para venda de chuveiros elétricos, maior consumidor de energia residencial. Pura contrariedade. Nem parece o mesmo governo que, há poucos dias, pregou a economia energética projetando a instalação de aquecimento solar de água em casas de baixa renda.
Deu no blog O ECO. http://www.oeco.com.br/ Vale a pena conferir.
Outra jogada de mestre foi diminuir impostos para venda de chuveiros elétricos, maior consumidor de energia residencial. Pura contrariedade. Nem parece o mesmo governo que, há poucos dias, pregou a economia energética projetando a instalação de aquecimento solar de água em casas de baixa renda.
Deu no blog O ECO. http://www.oeco.com.br/ Vale a pena conferir.