Sobre o I Workshop Latino-Americano e Caribenho de Geoparques

O nome do encontro é pomposo e e até de certa forma imponente: I Workshop Latino-Americano e Caribenho de Geoparques. Só que não existem outros Geoparks nas Américas, além do Geopark Araripe. Em parte, porque o conceito de geopark ainda não foi suficentemente percebido e aplicado cá nesta banda do mundo, quanto a importancia de sua aplicação, quer para a preservaçao dos registros geológicos e paleontológicos, quer para a pesquisa cientifica, quer para o desenvolvimento sustentável. Ou porque o mesmo está sendo utilizado unicamente para configurar uma estrutura de poder, dentro da Universidade Regional do Cariri.

O modo de organizar o encontro está sendo incompatível com as diretrizes de ampliar o conceito para a América Latina e o Caribe. Não há registros de convidados regionais, do Nordeste, Meio Norte e Norte brasileiros, quando se sabe claramente e cientificamente que a Bacia Sedimentar do Araripe faz parte da Ecoregião do Complexo Ibiapaba Araripe que estende do Sul do Piauí ao Ceará e Pernambuco, alcançando até as ocorrencias geológicas relevantes e paisagem impressiva do Arquipelago de Fernado de Noronha, além de outras ocorrencias geológicas e paleontológicos são também destaque em nosso "hinterland", como a "cuesta"do Planalto da Ibiapaba e a falha geológica registrada no Canyon do Rio Poty, que lgo adiante tem registros de uma floresta fóssil que se entende por mais de cento e cinquenta quilometros, de Cratéus em direção a Castelo do Piauí e Teresina.

Por outro lado, os valores da taxas de inscrição praticados, parecem até que fazem parte de um claro roteiro de exclusão social e academica, quando se sabe que isto é desnecessário, já que o Governo do Estado do Ceará está aplicando recursos vultosos da ordem de um milhão de reais na organizaçao e divulgaçao deste encontro. Um milhão de reais é mais do que se aplicará no novo escritório do Geopark Araripe. Assim: entendemos que explicações tem que ser dadas ao distinto público regional.