Nem os oito anos de Governo Fernando Henrique Cardoso nem os quase sete da atual gestão de Luiz Inácio Lula da Silva, o mais popular presidente da história política brasileira, deram a este País — e ao Nordeste, particularmente — um plano estratégico de desenvolvimento. Nos tempos de FHC, cuidou-se apenas de dinamizar o que já era dinâmico, ou seja, o Sudeste. Nos de Lula, o que há é o Plano de Aceleração do Crescimento, o PAC, uma sonora sigla de poucos resultados — é só ver o que está previsto para o Ceará e o que já foi realizado.
FHC e Lula deixaram de lado o planejamento e por causa disto mesmo o Nordeste está hoje sem rumo. Desnorteados, os nordestinos brigam entre si por objetivos comuns. Cada governador desta região quer um porto marítimo, uma refinaria, uma siderúrgica, uma fábrica de automóvel, uma ZPE e também um estádio de futebol, novo ou reformado, para a Copa do Mundo de 2014. Como Lula é de Garanhuns, Pernambuco leva vantagem. O último espasmo de planejamento de que se tem notícia neste País tropical teve registro no Governo Geisel. De lá para cá, tudo aconteceu na base do cada um por si. No começo da gestão Lula, houve uma tentativa de elaboração de um Plano Nacional de Desenvolvimento Regional, nos mesmos moldes do implementado pela Comunidade Européia. Mas deu em nada. O Nordeste voltou ao trivial, isto é, navega à deriva.
Da Coluna Egídio Serpa do Jornal Diário do Nordeste, em 31/07/ 2009
sexta-feira, 31 de julho de 2009
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