A imagem do Padre Cícero é presença constante nos trabalhos, o fundador da cidade. O monumento no Horto em sua homenagem é lembrado além das cartas que escrevia. De um registro fotográfico, para a xilo. Uma perfeita imagem no talho. Cícero faz questão de lembrar das importantes participações em seu trabalho do xilógrafo Manoel Inácio. Cerca de 90% dos desenhos foram feitos por ele para os trabalhos da coleção de Lourenço, que imprimiu sua marca com o traço do talhado. “É que não sou muito bom no desenho”, diz.
A coleção poderá ser tema de exposição em São Paulo. Os detalhes ainda vão ser discutidos com o pessoal de lá. Na terra do “padim”, ainda não tem nada certo, até o momento. O projeto foi para a prefeitura. Mas, como não dá para perder tempo, porque a arte é também um meio de sobrevivência, Cícero decidiu iniciar a venda da coleção, com o auxílio de caixinhas luxuosas, que ele mesmo faz com fivelinhas douradas, forradas em versões de chitão e até veludo. São feitas nas versões de colecionar, a R$ 400,00, com o tamanho original das xilos, e menores, a R$ 50,00.
Ele afirma que a idéia foi buscar algo que valorizasse mais a coleção, que traduz um momento especial em sua carreira. Cícero Lourenço fez um trabalho de pesquisa, leu livros, fotografou. Fez algo diferente das séries de trabalho na roça, engenhos.Uma nova coleção está nascendo e em breve será lançada. Dessa vez em homenagem aos 100 anos do poeta Antônio Gonçalves da Silva, Patativa do Assaré. A imagem em sombra, com detalhes da cultura regional. 15 xilogravuras. Um trabalho em série que parece ter tomado gosto.
Da mesam reportagem do Diário do Nordeste. Vale a pena conferir.
sábado, 4 de julho de 2009
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