Falhas no sistema de comunicação entre a Defesa Civil do Estado e os 92 municípios possibilitaram que a causa do maior desastre na história do Estado fosse ignorado. Na terça-feira, horas antes das chuvas que deixaram mais de 500 mortos na Região Serrana, o órgão recebeu um boletim alertando para a existência de "condições meteorológicas favoráveis à ocorrência de chuvas moderadas ou fortes".
O aviso foi emitido pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) e repassado pela Secretaria Nacional de Defesa Civil (Sedec). Todas as comunicações foram feitas por e-mail. Ainda assim, pelo menos uma prefeitura local, a de Teresópolis, alegou não ter recebido o informe.
A formação da grande tempestade foi detectada inclusive pelo novo radar da Prefeitura do Rio, o doppler, instalado em dezembro no Sumaré. O aparelho é capaz de identificar a origem de grandes precipitações num raio de 250 quilômetros - mais do que o suficiente para abranger a Região Serrana. No entanto, as imagens que poderiam ter sido coletadas por esta estrutura não foram repassadas.
Fonte: Blog do Noblat
2 comentários:
Se vc. fosse prefeito de uma cidade e recebesse um comunicado desse informando sobre "Condições meteorológicas favoráveis a chuvas fortes" faria alguma coisa mais drástica em termos de evacuação? Quanta hipocrisia. O prefeito e defesa civil das cidades precisam receber informações mais claras. Um dilúvio como o que caiu nessa região, um verdadeiro tsunami com velocidade de 100 km/h falar em "chuva moderada ou forte" é um absurdo ou imbecilidade. Acho que estes prefeitos deveriam fazer planejamento urbano com técnicos competentes e não com políticos. Projetos sérios de sustentabilidade de suas cidades, saneamento básico, educação para a população evitar lixo na rede de esgoto, rios, lagos, praias e o mar, alem de retirar moradores das encostas e dos Vales (aprovem leis para isso). Reflorestem as encostas e as margens dos rios.
Nenhum Prefeito ou Governador de Estado no Brasil tem coragem se posicionar contra a ocupação urbana inadequada de nossas cidades. Ou são parceiros da especulação imobiliária ou se fingem de cegos quando a população ocupa áreas de risco.
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