terça-feira, 7 de maio de 2013

Capa de O ESTADO VERDE

Ponte estaiada: solução ou mais um problema?

O Parque do Cocó é alvo de mais um projeto que promete gerar polêmica. Sendo personagem de discussões mais acaloradas em todas as esferas legislativas do Ceará, como a sua demarcação que se arrasta por anos, a intenção do Governo do Estado de construir uma ponte estaiada que cortaria sua área verde, com a premissa de desafogar o trânsito da Avenida Washington Soares e adjacências, vem incentivando opiniões diversas entre políticos, docentes e integrantes de entidades civis. O que todos concordam é que um equipamento como este, construído e projetado de forma correta, pode tornar-se um importante aliado tanto na conjuntura urbanística e paisagística como, inclusive, no âmbito turístico. A grande maioria dos técnicos das áreas de engenharia e especialistas ambientais não refuta a construção de uma das peças estruturais mais modernas da atualidade. Entretanto, o local onde a ponte estaiada deverá ser construída é que causa certo desconforto aqueles que têm o Parque do Cocó como uma das principais áreas verdes do Ceará. Em princípio, o empreendimento ficará no começo da Cidade 2000, na altura da Rua Magistrado Pompeu, que começa na Avenida Padre Antônio Tomás. De acordo com a Secretaria de Infraestrutura do Estado (Seinfra), a obra, que deverá ter custo de cerca de R$ 300 milhões, tem como objetivo expandir o sistema viário de ligação às Zonas Norte/Leste e Leste/Sul, através da construção da Ponte sobre o rio Cocó. Além da via suspensa, o projeto ainda incorpora a construção do Mirante de Fortaleza, equipamento que possibilitará uma visão panorâmica da cidade, com restaurante, galeria de arte e lojas. No último dia 11 de abril, foi aprovado o Parecer Técnico da Superintendência Estadual do Meio Ambiente (Semace) referente à análise do Estudo de Impacto Ambiental e respectivo Relatório (EIA/Rima) do sistema de interseção e acessos de vias urbanas à CE 040. A votação ocorreu na 217ª Reunião Ordinária do Conselho Estadual do Meio Ambiente (Coema). Conforme estudos feitos pelo consórcio OAS/Marquise, ao custo de R$ 6 milhões, a ponte estaiada deverá ter 850 metros de comprimento e terá como suporte dois mastros, separados por 500 metros, sendo a melhor saída estrutural para a minimização dos efeitos negativos impostos à biodiversidade do Rio do Cocó. Em O ESTADO VERDE/ Fortaleza