sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Exposições URCA no Dragão do Mar


Abertas na noite de ontem, as Exposições URCA - Geopark Araripe e Museu de Paleontologia - no Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura, na Praia de Iracema, juntamente com o lançamento das publicações "Geopark Araripe" ¹/ "Fósseis de Santana" ²/ Cartilha do "Geopark Araripe" ³.

O evento contou com a presença do Vice Governador Francisco Pinheiro, do Reitor Plácido Cidade Nuvens, do Secretário das Cidades Joaquim Cartaxo, da Secretária Adjunta da Ciencia e Tecnologia Teresa Lenice Motta e de várias outras autoridades, Pró Reitores da URCA e representantes de instituições diversas. Destaque para as presenças da equipe de concepção e organização das mesmas: Curadoria José Sales, Design Gráfico Henrique Baima e Fotografia/ Tratamento de Imagens Daniel Roman.

Mais de 50 grupos já tem agendadas visitas às Exposições.

quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Paleontologia no Dragão do Mar


Para quem ainda pensa que paleontologia e geologia são coisas de cinema, as exposições “Geopark Araripe Unesco” e “Museu de Paleontologia de Santana do Cariri” vêm desmistificar essa idéia. Abertas gratuitamente ao público de hoje até 23 de novembro, as exposições pretendem mostrar parte da riqueza geo-paleontológica do Ceará no novo Salão Multiuso do Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura.

Conforme explica o curador da iniciativa, o arquiteto José Sales Costa Filho, elas vão ocorrer simultaneamente nesse espaço do centro cultural. “O geopark é protagonista por tudo que ele representa para a história da evolução do planeta, tendo em vista inclusive o reconhecimento internacional da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).
O Museu de Paleontologia, por sua vez, em comemoração aos seus 20 anos de existência”.As exposições, compostas por grandes painéis fotográficos, maquetes e peças fósseis encontradas na Bacia do Araripe, já foram apresentadas na Fundação Armando Álvares Penteado (FAAP) de São Paulo; na Exposição Agropecuária do Crato (Expocrato); em Juazeiro do Norte; e, recentemente, em Osnabrück, na Alemanha, durante o 3º Encontro Global dos Geoparks Nacionais. “Já existe um planejamento para que, quando encerradas em Fortaleza, possam voltar a São Paulo e irem também a Brasília”, planeja José Sales. A exposição ainda não foi aberta e já existem convites da UNB/ Universidade de Brasilia, da Universidade Júlio de Mesquita Filho e da UFSC/ Universidade Federal de Santa Catarina.

Publicado no Diário do Nordeste, data de hoje 30/10/2008.

terça-feira, 28 de outubro de 2008

Exposições URCA no Dragão do Mar ³


Imagem de peixe fóssil do acervo do Museu de Paleontologia da URCA.

Exposições URCA no Dragão do Mar ²


Outra imagem de banner gigante das Exposições URCA no Dragão do Mar.

Exposições URCA no Dragão do Mar


No próximo dia 30 de outubro, 19 horas, será a abertura oficial das Exposições URCA, na nova Sala Multi uso do Dragão do Mar - Geopark Araripe e Museu de Paleontologia de Santana do Cariri 20 anos - além do lançamento das publicações Geopark Araripe, Fósseis de Santana do Cariri e cartilha Geopark Araripe, está com uma tiragem recorde de 15.000 exemplares. A entrada é franca.

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Para pensar o Design Urbano

Sete designers participantes do Fórum Boom SP Design opinam sobre o melhor e o pior de São Paulo. Matéria do Jornalista Edison Veiga, de O ESTADO DE SÃO PAULO, edição de hoje, 27/ Outubro/ 2008.

" Terminou nesta sexta-feira, 24, no Shopping Iguatemi, o Boom SP Design, um fórum internacional que reuniu alguns dos principais designers do mundo. Não é o único evento sobre o tema que São Paulo sedia por esses dias. A convite do Estado, sete participantes do Boom SP Design deram opiniões sobre temas como Lei da Cidade Limpa, sustentabilidade, pontos de ônibus entre outros. São eles: o egípcio Karim Rashid, o belga Arne Quinze, o grego Andreas Angelidakis, os norte-americanos Todd Bracher e Brent White e os brasileiros Chico Bicalho e Mauricio Queiroz".

Vale a pena conferir na edição eletronica do Jornal O ESTADO DE SÃO PAULO http://www.estadao.com.br

domingo, 26 de outubro de 2008

Up to date: Herança Milenar


De 30 de outubro a 23 de novembro, o novo Salão Multiuso do Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura irá receber toda a riqueza geológica e paleontológica do Ceará através de duas exposições: Geopark Araripe Unesco e Museu de Paleontologia da Urca. Depois de passar pelo Crato, Juazeiro do Norte, São Paulo e até a Alemanha, as exposições trazem para a capital cearense grandes painéis fotográficos, maquetes e peças fósseis encontradas na Bacia do Araripe, com cerca de 110 milhões de anos.


A realização é da Universidade Regional do Cariri (Urca), com apoio do Governo do Estado do Ceará, por meio da Secretaria da Ciência Tecnologia e Ensino Superior, a qual esta Universidade está vinculado e Secretaria das Cidade, da Cultura e Conselho de Políticas do Meio Ambiente e SEMACE/ Superintendência do Meio Ambiente do Estado do Ceará. Entrada franca.
Da Coluna Estilo Homem, do Jornal Diário do Nordeste, de 26/ Outubro/ 2006.

Exposições URCA no Dragão do Mar


Foram iniciados, na tarde de ontem, os trabalhos de montagem das Exposições URCA, no Centro de Arte e Cultura Dragão do Mar, na Praia de Iracema, em Fortaleza, com a afixação dos grandes banners externos dos temas Geopark Araripe e do Museu de Paleontologia.

Uma proposta sustentável: Hotel Kiaroa


Na onda das construções ecológicas, além de selos, há agora premiações. Esse ano, pela primeira vez, a World Travel Awards, uma espécie de Oscar do turismo, fez uma categoria para premiar os hotéis com práticas sustentáveis e que colaboram com a preservação à natureza. O vencedor da nova categoria foi o brasileiro Kiaroa, um resort no sul da Bahia.

O hotel tem uma capacidade máxima de hóspedes baixa – apenas 58, o que facilita sua rede de tratamento de água própria e o tratamento de esgoto, que é feito por fossas sépticas. Além das características básicas de uma construção ecológica, como obtenção de energia solar e uso e madeira certificada, o hotel tem algumas diferenciações. Para aproveitar os materiais locais, algumas paredes foram forradas com folhas secas, caídas de árvores da região. Para não interferir na fauna e flora local, todos os cabos elétricos foram colocados debaixo do chão.

O hotel premiado faz parte de uma tendência no setor. Afinal, é natural que hóteis estejam em harmonia com o ambiente, onde está localizado. O turismo, principalmente no Brasil, depende muito da preservação da natureza e do uso racional dos recursos locais.

Matéria da jornalista Tais Ferreira, publicada no blog do Planeta http://blogdoplaneta.com/colunaepoca/. Reproduzida unicamente para divulgação. Direitos autorais preservados.

sábado, 25 de outubro de 2008

Iniciadas melhorias no Sitio Fundão


Projeto de Restauração da antiga residencia do ambientalista Jeferson da Franca de Alencar, original proprietário da gleba, construída em em taipa e de outras instalações de referencia, como o engenho de pau, puxado a carros de boi, foi apresentado ontem pelo Superintendente da SEMACE, durante reunião realizada no Auditório da Coordenadoria Regional de Saúde do Crato, com a presença de ambientalistas e representantes de órgãos ligados ao meio ambiente. A casa principal será transformada em centro de visitação. A idéia, segundo o Superintendente da Semace, é fazer do Fundão um centro de estudos do ecossistema regional.
Imagem do engenho de pau. Acervo de Imagens Ibi Tupi. Fotografia José Sales. Direitos autorais reservados.

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Sítio Fundão, no Crato vai ser reformulado


O recem criado Parque Estadual do Sítio Fundão no Crato, vai reformulado e inclui a sede regional da SEMACE e da Polícia Ambiental. Imagem parcial do Geotope Batateira, que inclui parte do Sítio Fundão.

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

As belas imagens da Mata Atlantica ³


João Guilherme Sanders Quental, do Rio de Janeiro (RJ), foi o terceiro colocado, autor da imagem “Dança dos Tangarás”, feita no Garrafão, Teresópolis/RJ. Entre os jurados estão os fotógrafos Fabio Colombini e Clayton Ferreira Lino, o biólogo Luís Fábio Silveira, e os publicitários Keka Menezes e Plínio Bocchino.

As belas imagens da Mata Atlantica ²


O segundo lugar, foi para Alex Sandro do Amaral Uchôa, de Fortaleza (CE), com a imagem “Harmonia”, registrada nas Cataratas do Iguaçu/PR. Entre os jurados estão os fotógrafos Fabio Colombini e Clayton Ferreira Lino, o biólogo Luís Fábio Silveira, e os publicitários Keka Menezes e Plínio Bocchino.

As belas imagens da Mata Atlantica


A Fundação SOS Mata Atlântica anunciou hoje o resultado da quarta edição de seu concurso de fotografia. Há imagens de fotógrafos amadores e profissionais com registros de paisagens, áreas devastadas e animais. Celso Margraf, de Ponta Grossa (PR), foi o vencedor com a imagem “Mico-leão-de-cara-preta (leontopithecus caissara), um primata endêmico da Mata Atlântica”. A foto foi feita na Ilha do Superagui, em Guaraqueçaba, no Paraná.

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Imagens de Fortaleza: Praia de Iracema


Imagem do por do Sol na Ponte Metálica, na Praia de Iracema, em Fortaleza. Fotografia Daniel Roman. Direitos autorais reservados.

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Morte das carnaúbas no Lagamar do Cauipe gera preocupação


A árvore símbolo do Ceará, a carnaúba está sendo prejudicada no Lagamar do Cauipe e em zonas como o litoral e região jaguaribana. Conhecida como "a árvore da vida" pela multiplicidade de uso, a carnaúba está morrendo em alguns pontos do Litoral cearense. Na Área de Proteção Ambiental (APA) do Lagamar do Cauípe, por exemplo, troncos da árvore considerada símbolo do Estado se multiplicam dentro da água.

Quem passa pela CE-085, chamada de Rodovia Estruturante, na altura de Caucaia, na Região Metropolitana de Fortaleza, pode presenciar o grande número de carnaúbas sem as copas. Algumas já pendentes. A retirada das árvores, mesmo mortas, não é possível sem a autorização da Superintendência Estadual do Meio Ambiente do Ceará (Semace). Isso porque trata-se de uma região protegida por decreto estadual que completou 10 anos (nº 24.957 de cinco de junho de 2008).

As carnaúbas, assim como os coqueiros, tomam conta da paisagem do lagamar, numa área de 1.884,46 hectares que fica nas proximidades das praias do Icaraí e do Cumbuco. Segundo a gerente da APA do lagamar do Cauípe, Telma Sampaio, a construção da Rodovia Estruturante que margeia a área, contribuiu para um maior acúmulo de águas o que favoreceu a morte das carnaúbas. Ela ressalta que a árvore sobrevive com a umidade e água, mas o problema do lagamar é que houve acúmulo de água e muitas ficaram no lamaçal o que causou prejuízos à vegetação.

"Já esteve pior, muitas continuam mantendo a copa, mesmo dentro da água", diz Telma Sampaio, que assumiu a APA do Lagamar do Cauípe há poucos meses. Alerta, porém, que não se pode mexer no tronco da carnaúba, mesmo que a árvores esteja morta, ela deve cair naturalmente.

Outro causa da morte das carnaúbas no Litoral e região jaguaribana do Estado é a invasão da cryptostégia grandiflora, conhecida como unha do diabo. Trata-se de uma espécie africana que chegou ao Brasil de Madagascar como planta ornamental. Essa vegetação cresce de forma rápida e, como se trata de uma trepadeira, logo chega à copa da carnaúba deixando-a sem oxigênio e causando sua morte.

O POVO, acompanhado do professor István Major, da Universidade Estadual do Ceará (Uece) esteve, no ano passado, em algumas áreas onde se verifica grande número de carnaúbas sufocadas pela unha do diabo. István e o professor Oriel Herrera, também da Uece, dizem que se trata de um desafio dos especialistas da área descobrir o controle dessa planta que tem um crescimento assustador no Nordeste, principalmente no Ceará, Piauí e Rio Grande do Norte.

Telma Sampaio, gerente da APA do Lagamar do Cauípe disse que é importante fazer parceiras com a universidade para identificar e localizar essa e outras plantas invasoras no Ceará. Ela faz um alerta também para o nim, uma espécie indiana que foi trazida para o Estado. Embora tenha muita utilidade como, por exemplo, ser um inseticida natural, Telma diz que o nim não está mais sendo indicado para reflorestamento. A idéia é conter as espécies invasoras (trazidas de outros continentes).

Reportagem da Jornalista Rita Célia Faheina, publicada no Jornal O Povo, com data de hoje 20/10/2008. Arquivo de Imagens Ibi Tupi.

domingo, 19 de outubro de 2008

São Paulo influencia no desmatamento ilegal da Amazonia

As organizações não governamentais Papel Social e Repórter Brasil divulgaram no dia 14/ 10 um estudo sobre como o mercado consumidor de São Paulo influência no desmatamento ilegal da Amazônia. Com o nome de “Conexões sustentáveis, São Paulo - Amazônia”, a pesquisa foi realizada a partir do rastreamento de cadeias produtivas da carne, grãos, siderúrgicas e a construção civil. A proposta das ONGs é que as empresas e consumidores comecem a pressionar seus fornecedores sobre a procedência dos produtos que vem da região Norte do país.

sábado, 18 de outubro de 2008

Barcos antigos de Camocim serão tombados pelo IPHAN

Iphan pretende fundar, em Camocim, o Museu do Mar para preservar o patrimônio dos barcos tradicionais do BrasilSobral. Proteger, cadastrar e valorizar os barcos tradicionais, seus contextos culturais e proporcionar meios de ampliar a qualidade de vida dos homens do mar: pescadores, marinheiros, mestres condutores e seus auxiliares.

Este é um dos principais objetivos do IPHAN/ Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional , que lança hoje, na cidade de Camocim, o Projeto “Barcos do Brasil”, que visa tombar e preservar o Patrimônio Naval Brasileiro. Conforme o IPHAN, há anos o órgão vem empreendendo esforços para identificar e aprofundar os conhecimentos existentes sobre esse patrimônio e as medidas necessárias para o seu reconhecimento e valorização.

O projeto de âmbito nacional dará seu primeiro passo neste sábado em Camocim, apresentando às autoridades, pescadores e a população local os objetivos e a logística do projeto. A determinação do IPHAN é de criar o Museu do Mar, no município de Camocim. Com isso, a cidade contará com um grande impulso no seu potencial turístico.

O projeto “Barcos do Brasil”, que tem como patrono o velejador Amyr Klink, pretende fazer um tombamento nacional de alguns barcos brasileiros de referência cultural como as canoas-bordadas de São Sebastião, os cúters maranhenses, as jangadas nordestinas, as baleeiras catarinenses, os saveiros baianos, as canoas de tolda do Rio São Francisco, entre outros tipos de embarcação.

Camocim é o município que concentra o maior número de barcos antigos do Brasil, que têm a peculiaridade de serem fabricados praticamente nos mesmos moldes em que eram construídas as caravelas, em 1500. Os barcos deste município são construídos de acordo com uma das técnicas mais antigas do mundo de barcos à vela já registrados.

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Geopark significa melhorias para o Cariri

O prefeito do Crato, Samuel Araripe, destaca a importância do turismo, mas lembra da necessidade de possibilitar melhor infra-estrutura para a região, a exemplo de melhorias no Aeroporto Regional. Ele ressalta o Programa Cidades do Ceará, para que esse trabalho se desenvolva em torno do Geopark. “Com esse projeto, o Cariri passará a ser uma região conhecida internacionalmente”, aposta o gestor.

O reitor da Urca, Plácido Cidade Nuvens, teve como tema de abordagem “Geopark Araripe e os Desafios para o Futuro”. “Mas esse não é um desafio para o futuro, e sim do presente”, disse ao iniciar sua fala. Ele destacou os 20 anos de luta em torno do assunto. De acordo com Plácido Cidade, o projeto só tem sentido se tiver algum benefício para a população.“O Geopark é um discurso que tem um traço de articulação institucional, que irá colocar a região numa dinâmica nova, ensejando melhores condições de vida para as pessoas”, enfatiza o reitor.

Seminário destaca o valor do Geopark Araripe

Um trabalho de sensibilização junto às autoridades e sociedade começa a ser feito para o real reconhecimento do valor científico e do potencial turístico do projeto Geopark Araripe. Ontem, mais um passo foi dado no sentido de socializar as primeiras idéias relacionadas à estruturação do Geopark, por meio do seminário “Diálogos sobre o Geopark Araripe: o que podemos aprender com experiências internacionais”.

Durante o evento, o secretário das Cidades do Estado, Joaquim Cartaxo, anunciou a realização, no próximo mês de novembro, nos dias 13 e 14, do Seminário Internacional de Geoparks, em Fortaleza e, em 2009, da I Conferência Panamericana de Geopark, no Cariri.Ele destacou a importância de ser o Geopark Araripe um impulsionador de novos projetos dessa natureza nas Américas, iniciando a partir do Ceará uma rede panamericana de Geoparks.

O seminário teve como objetivo apresentar os resultados da missão do Governo do Estado na 3ª Conferência Internacional dos Geoparks, realizada na Alemanha, e das visitas técnicas feitas aos Geoparks Naturtejo (em Portugal), Terra Vita e Bergstrasse-Odenwald (na Alemanha).Um dos pontos salientados pela consultora do Banco Mundial (Bird), Mônica Amorim, foi a semelhança do Geopark Naturtejo com alguns locais do Araripe, destacando a sua importância em termos de aproveitamento do potencial turístico e a paisagem que, segundo ela, não deixa a desejar ao português.

Vários pontos foram expostos, por meio de fotografias, de como são aproveitadas as potencialidades dessas localidades, principalmente na parte logística, com envolvimento da cultura e do meio ambiente, gastronomia local, comércio de souvenirs e a própria identidade das localidades.Um dos motivos da Unesco em atuar com os Geoparks é promover principalmente a educação e conservação desses ambientes, segundo a consultora do Banco Mundial. Para isso, ela destaca o envolvimento das comunidades e a assimilação da idéia de representatividade do projeto.

Alguns trabalhos realizados por moradores de Portugal, voltados para o artesanato, foram apresentados. A própria concepção de cada peça promove a identificação com o Geopark, além de hotéis e restaurantes que se agregam.

A sede do projeto do Geopark Araripe será construída no Crato, à Rua Carolino Sucupira, no Pimenta. Para isso, serão investidos em torno de R$ 700 mil, por meio de uma parceria do Governo do Estado e Governo Federal/ Ministério da Integração Nacional. A subsecretária da Ciência e Tecnologia do Estado (Secitece), Tereza Mota, ressaltou a importância do envolvimento da Universidade Regional do Cariri (Urca), por ter sido a principal responsável pela criação do projeto.Conforme a subsecretária, é de fundamental importância que o trabalho seja internalizado e potencializado por aqueles que fazem a instituição, inclusive por meio de áreas como Biologia, História, Geografia e Direito. Ela destaca o papel de pesquisadores da própria região, que hoje tem reconhecimento internacional.

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Geopark Araripe terá investimentos de R$ 12 milhões


Cerca de R$ 12 milhões deverão ser investidos até o próximo ano pelo Governo do Estado para estruturação do Geopark Araripe. O projeto recebeu, no ano de 2006, certificação da Unesco, um reconhecimento internacional pela sua importância. O prazo para manutenção desse selo é até o próximo ano.


Os investimentos serão feitos por meio da Secretaria das Cidades, que hoje, a partir das 8 horas, no Centro Cultural do Banco do Nordeste, em Juazeiro do Norte, estará promovendo o seminário “Diálogos sobre o Geopark Araripe: o que podemos aprender com experiências internacionais”.O evento tem por objetivo apresentar os resultados da Missão do Governo do Estado na 3ª Conferência Internacional dos Geoparks, na Alemanha, e das visitas técnicas aos Geoparks Naturtejo (em Portugal), Terra Vita e Bergstrasse-Odenwald (na Alemanha).


Segundo o secretário Joaquim Cartaxo, essas são experiências bem sucedidas no mundo, onde esse tipo de programa, criado pela Unesco, obteve maiores avanços. “Durante essa viagem se verificou que o Geopark poderá ser um pólo irradiador nas Américas”, diz ele. Hoje, são 53 geoparks no mundo, concentrados principalmente na Europa e na Ásia.O encontro também tem a finalidade de sensibilizar os gestores e técnicos governamentais e a sociedade civil da região do Cariri sobre a importância do Geopark Araripe.


Estarão presentes o vice-governador do Estado, Francisco Pinheiro, os secretários das Cidades, Joaquim Cartaxo, e o adjunto do Turismo, Osterne Feitosa, o superintendente da Secretaria de Meio Ambiente (Semaca), Herbert Rocha, o coordenador do Geopark Araripe, João de Aquino Limaverde, o reitor da Universidade Regional do Cariri (Urca), professor Plácido Cidade Nuvens, a coordenadora do Projeto Cidades do Ceará / Cariri Central, Emanuela Monteiro e a consultora do Banco Mundial (Bird), Mônica Amorim.


O Geopark Araripe é o único reconhecido pela Unesco nas Américas e no Hemisfério Sul. Ele é formado por nove geotopes, que são unidades assim definidas por sua relevância geológica, arqueológica, paleontológica e paisagística. Elas estão distribuídas nos municípios de Barbalha, Crato, Juazeiro do Norte, Missão Velha, Nova Olinda e Santana do Cariri.


A estruturação do Geopark Araripe é parte integrante do projeto Cidades do Ceará, coordenado pela Secretaria das Cidades, cuja carteira de investimentos prevê a elaboração de estudos e projetos executivos; a implantação de infra-estruturas; a aquisição de equipamentos; a contratação de consultorias; treinamentos e ações de fortalecimento da gestão regional.Dentro do projeto de infra-estrutura será dado suporte na áreas onde estão classificados, nas áreas onde estão inseridos os geotopes, dentro de um percurso de 5 mil quilômetros quadrados.


O município de Santana do Cariri, cidade centro do Geopark, onde está localizado o Museu de Paleontologia receberá, por exemplo, investimentos na área de saneamento básico e melhoria de acesso à cidade, no caso do asfaltamento desde o município de Nova Olinda. Será iniciada reforma do Museu este mês, com investimentos de mais de R$ 640 mil.


Matéria do Caderno Regional do Jornal Diário do Nordeste. Reproduzida unicamente para divulgação. Direitos autorasis preservados. Fotografia da visita da Missão UNESCO ao Geopark Araripe, em 2006. Arquivo de Imagens Ibi Tupi.

terça-feira, 14 de outubro de 2008

Usinas Verdes

Ah, as crises. Começam sempre de uma bobagem...

Os primeiros a se darem conta do problema gigantesco certamente foram os cientistas especializados no assunto. Eles detectaram a coisa se avolumando e se espalhando perigosamente. Pessoas do mundo inteiro corriam risco. Ninguém escaparia de um resultado tétrico se nada fosse feito.

Argh. Um horror. No mínimo, a expansão do monstro inviabilizaria a vida urbana na Terra. Epa. Do que está se falando? De uma questão ecológica planetária: o lixo! Sólido. No Brasil, embora os detritos, os dejetos e todo tipo de porcaria de suas grandes cidades comprometam a qualidade e o desenvolvimento sustentável do espaço urbano, ainda são poucos os cidadãos comuns que têm consciência da gravidade dessa questão.

A maioria se comporta como se aquilo jogado na lixeira desaparecesse por encanto. Ou simplesmente passasse a ser, no caso do Rio de Janeiro, de responsabilidade total da Companhia Municipal de Limpeza Urbana (Comlurb). Então, cadê o problema? Foi-se na caçamba de um caminhão para o aterro sanitário, onde ficará morto e enterrado. Ponto. Quem dera.

No Rio o tema virou bicho-papão. E está se transformando numa espécie de chorume... O que é isso? No mundo real, chorume é o líquido tenebroso que escorre do lixo em decomposição, contaminando o solo e o lençol freático. Para se ter uma idéia, o município carioca produz diariamente quase um quilo e meio de sujeira por pessoa.

Com quase seis milhões de habitantes, gera em torno de nove mil toneladas de detritos por dia. Sim. A coleta seletiva e a reciclagem amenizam a situação. Nem tanto por uma consciência ecológica popular, mas por iniciativa dos catadores e empreendedores que descobriram no lixo uma maneira de ganhar dinheiro. Pelo menos isso. Porém, o tema é tão sério que faz parte das discussões e negociações internacionais sobre mudanças climáticas. E apesar da maioria das vezes entrar nelas como vilão, já começa a ser apresentado também como um produtor de benefícios.

Até no Brasil. Um exemplo? Segundo um relatório do Instituto Virtual Internacional de Mudanças Globais, o lixo das 300 maiores cidades brasileiras poderia produzir 15% da energia elétrica total consumida no país. Poderia... E daí? Daí uma boa notícia! Pesquisadores da Coordenação de Programas de Pós-Graduação em Engenharia (Coppe), da UFRJ, construíram uma termelétrica especialmente para aproveitar o potencial energético dos dejetos de um aterro sanitário da Comlurb, no Caju. Deu tão certo que ao visitá-la Fernando Gabeira se entusiasmou.

Ele acredita que dentro de algum tempo os aterros sanitários estarão superados por essas usinas verdes. De que jeito? Usando lixo para produzir energia limpa. O que não deixa de ser uma promessa inovadora de força para a população carioca.

* Ateneia Feijó é jornalista e escritora e mora no Rio. Postado pelo Blog do Noblat http://oglobo.globo.com/pais/noblat/ em 14/Outubro/ 2008. Reproduzido unicamente para divulgação pela extrema importancia do assunto. Direitos autorais preservados.

Demanda por um estudo mais apurado da situação

Conforme a Chefe da Divisão Técnica da 4ª Superintendência Regional do Instituto Patrimônio Histórico Nacional (Iphan), Olga Paiva, as visitas técnicas, de pesquisa e ao público no sítio arqueológico de Parambu, só podem acontecer depois de o local ter sido interpretado, verificado, por meio de um estudo.Olga disse ainda que a legislação federal nº 3.924 de 1961 dispõe sobre os monumentos arqueológicos e os artefatos existentes nele. “Só depois de ser catalogado, o sítio passa a ser patrimônio da União, tornando-o local de pesquisas científicas”. No entanto, para que o local seja catalogado, é preciso que os técnicos do Iphan visitem o local e verifiquem as figuras ruspestres, para disgnosticar se as imagens são pinturas ou inscrições.

Caverna é descoberta nos Inhamuns


Um paredão formado por rochas, com cavernas, um buraco com mais de 40 metros de profundidade, abertura na base para entrada de ar e, para complementar, desenhos rupestres da fauna antiga. Embora a paisagem há anos seja um dos locais preferidos dos moradores da Serra do Lopes, localizada em Monte Sion, distrito da cidade de Parambu, só agora os integrantes do Pacto Ambiental da Região dos Inhamuns tiveram conhecimento da existência dela. Eles acreditam estar diante de um novo achado arqueológico.


Mesmo com a grandiosidade dos paredões, não é difícil entender os motivos da área não ter sido detectada antes pelos gestores municipais. O caminho de acesso ao “Buraco da Velha”, como a área é conhecida popularmente na região, é íngreme. É preciso um espírito aventureiro para chegar ao local. Se da sede de Parambu até o distrito de Monte Sion percorre-se cerca de 16 quilômetros no asfalto, da vila em Monte Sion até a Serra do Lopes são mais 12 quilômetros numa estrada de terra. Depois, é preciso atravessar o matagal até chegar às rochas.Para o coordenador do Pacto Ambiental da Região dos Inhamuns, Jorge de Moura, apesar da descoberta ainda precisar da avaliação dos especialistas, como arqueólogos, sociólogos e historiadores, os indícios parecem levar a registros da fauna primitiva e das possíveis moradias dos homens daquela época devido à quantidade e tamanho das cavernas.


Conforme Moura, o próximo passo é buscar essa ajuda profissional para a avaliação da área.Neste sentido, inclusive, ele lamenta as dificuldades na área de recursos humanos que o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), porque essa carência de especialistas no órgão, dificulta a agilidade no processo de avaliação. Não bastasse isso, explica Moura, a preocupação é porque a demora no trabalho tanto pode prejudicar o local que fica desprotegido de uma legislação específica que o proteja de vandalismo, como atrapalha a gestão do município, que fica, por exemplo, sem pode pensar a área como possível fonte para um projeto de turismo sustentável na região.Até os integrantes do Pacto tomarem conhecimento da existência do “Buraco da Velha”, os estudantes da escola do Monte Sion faziam excursões para o local.

As paredes das rochas, inclusive, além dos desenhos rupestres estão também riscadas com carvão, assemelhando-se a uma pichação improvisada.A descoberta é um dos primeiros resultados de viés arqueológico do “Inventário Turístico Cultural na Região dos Inhamuns” que vem sendo realizado numa parceria entre os municípios signatários do Pacto Ambiental e o Centro Federal de Educação Tecnológica do Ceará (Cefet-CE).

Reportagem dos jornalistas Erilene Firmino e Maurício Vieira, para o caderno Regional do Jornal Diário do Nordeste, em 13/ Outubro/ 2008. Fotografia de Juliana Vazquez das várias cavernas surgem a partir do paredão formado por rochas. Direitos autorais reservados.

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

domingo, 12 de outubro de 2008

Secretaria das Cidades debaterá o Geopark Araripe


A Secretaria das Cidades promove na próxima quarta-feira (15), a partir das 8h, no Centro Cultural do Banco do Nordeste, em Juazeiro do Norte, o seminário "Diálogos sobre o Geopark Araripe: o que podemos aprender com experiências internacionais".

O evento tem por objetivo apresentar os resultados da Missão do Governo do Estado na 3ª Conferência Internacional dos Geoparks, na Alemanha, e ds visitas técnicas aos Geoparks Naturtejo (em Portugal), Terra Vita e Bergstrasse-Odenwald (na Alemanha). O encontro também tem a finalidade de sensibilizar os gestores e técnicos governamentais e a sociedade civil da região do Cariri sobre a importância do Geopark Araripe.

Estarão presentes, o vice-governador do Estado, Francisco Pinheiro, os secretários das Cidades, Joaquim Cartaxo e o adjunto do Turismo, Osterne Feitosa, o superintendente da Semace, Herbert Rocha, o coordenador do Geopark Araripe, Aquino Limaverde, o reitor da Universidade do Cariri, Plácido Nuvens, a coordenadora do Projeto Cidades do Ceará / Cariri Central, Emanuela Monteiro e a consultora do Banco Mundial (Bird), Mônica Amorim.
O Geopark Araripe é o único reconhecido pela Unesco nas Américas e no Hemisfério Sul. Ele é formado por nove geotopes, que são unidades assim definidas por sua relevância geológica, arqueológica, paleontológica e paisagística. Elas estão distribuídos nos municípios de Barbalha, Crato, Juazeiro do Norte, Missão Velha, Nova Olinda e Santana do Cariri.

A estruturação do Geopark Araripe é parte integrante do Projeto Cidades do Ceará, coordenado pela Secretaria das Cidades, cuja carteira de investimentos prevê a elaboração de estudos e projetos executivos; a implantação de infra-estruturas; a aquisição de equipamentos; a contratação de consultorias; treinamentos e ações de fortalecimento da gestão regional.
Imagem da montagem da capa da publicação Ciencias da Terra Ciencias da Vida/ Chapada do Araripe. Lançada durante a Exposição de mesma nomeação na FAAP/ São Paulo, em 2004. Arquivo de Imagens Ibi Tupi.

Exposições URCA no Centro Dragão do Mar


Em 22 de Outubro, próximo vindouro, serão abertas as Exposições URCA no CDMAC/ Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura em Fortaleza, sobre o GEOPARK ARARIPE e sobre o MUSEU DE PALEONTOLOGIA DE SANTANA DO CARIRI. Na ocasião serão lançadas as publicações GEOPARK ARARIPE e FÓSSEIS DE SANTANA, com impressionantes imagens documentais do Fotógrafo Daniel Roman.

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Mestres da Cultura 2008



  • MESTRES

  • Ana Maria da Conceição (Tianguá)Integrante do grupo de damistas dos Tucuns, manifestação popular que mistura música e expressões corporais que representam práticas dramáticas de comunidades rurais.

  • Expedito Veloso de Carvalho (Nova Olinda)Conhecido como Expedito Seleiro, traz na sua arte, através do seu traço, a memória da história do couro na originalidade das vestimentas do vaqueiro e do cangaço.

  • Francisca Galdino de Oliveira (Alto Santo)Rezadeira conhecida como ´Fransquinha´ Félix, aprendeu o ofício com a madrinha aos cinco anos de idade, fazendo desde então rezas curativas para diversas enfermidades.

  • Francisco Marques do Nascimento (Itarema)O Cacique João Venâncio é responsável geral e instrutor dos rituais e das danças sagradas indígenas da comunidade dos Tremembés. Liderança ativa entre os índios cearenses, é também instrutor de agricultura, pesca e carpintaria.

  • Luciano Carneiro Lima (Crato)Agricultor, carroceiro e vigilante, é uma das mais respeitadas e reconhecidas expressões do verso popular caririense. Tem mais de 40 cordéis publicados e participa ativamente da vida cultural do Crato.

  • Luís Manuel do Nascimento (Itarema)O Pajé Luís Caboclo é representante genuíno da antiga tradição dos pajés, tendo sido preparado por seu pai (o ´Caboclo Sororô). Começou sua atividade de cura com ervas medicinais aos 18 anos.

  • Maria do Carmo Menezes Morais (Paracuru)Teve os primeiros contatos com o pastoril através da mãe, com quem foi brincante e aprendeu tudo sobre o folguedo natalino. É fiel à tradição dos cânticos, personagens, figurinos e coreografias do pastoril.

  • Raimundo de Brito Silva (Juazeiro do Norte)Mais conhecido como Mundô, trabalhou no campo cuidando da terra e dos bichos. Foi ferreiro, carpinteiro e vaqueiro, aprendeu a produzir goma e farinha, antes de chegar à profissão de guarda florestal da Chapada do Araripe.

  • José Stênio Silva Diniz (Juazeiro do Norte)Artista múltiplo, já atuou como ator e cantor, sobressaindo-se por seu talento de xilógrafo. Tem suas obras espalhadas nos principais museus de gravura do País, como também no exterior, notabilizando-se também pela sua luta em prol do artesanato de Juazeiro.

  • GRUPOS

  • Reisado da Comunidade de São Joaquim (Senador Pompeu)Grupo de reisado e dança de São Gonçalo do distrito de São Joaquim, que já existe há 50 anos e envolve crianças e adultos. Seu João André, responsável pelo grupo, participa das manifestações desde criança.

  • Reisado dos Irmãos Discípulos de Mestre Pedro (Juazeiro do Norte) O grupo já ultrapassou fronteiras, superando as desigualdades sociais e a exclusão. O grupo tem à frente mestre Dora, que desenvolve um trabalho de ampliação e divulgação da arte popular do reisado.

Com a palavra: Mestre Expedito Seleiro


"Eles deram um erro, mas consertaram. Então, tá tudo certo".


Assim Expedito Seleiro reagiu à notícia de sua oficialização como Mestre da CulturaAntes tarde... Não que alguém duvidasse da maestria, demonstrada desce cedo, na genialidade dos desenhos esculpidos em couro, remetendo a saberes antigos, mas hoje aplicados aos mais diversos objetos. Sandálias, botas, selas, bolsas, cinturões, faixas para instrumentos musicais brotam da oficina com a assinatura única e o esmero amealhado em seis décadas de dedicação a um ofício que se fez arte.


O fato é que, desde que o Governo do Estado, na gestão passada, se propôs reconhecer e remunerar mestres da cultura tradicional popular, a chancela do Poder Público entrou em cena e ganhou forte dimensão. Dividiu opiniões sobre a melhor forma de concretizar a homenagem a esses artistas. Suscitou reações quanto à exclusão que toda seleção implica. Mas causou polêmica principalmente pela necessidade, então ditada pelo texto legal, de a mestria ser acompanhada de uma ´situação de carência econômico-social´ para viabilizar o reconhecimento oficial, através do qual cada mestre passa a receber um salário mínimo por mês.


A controvérsia veio à tona principalmente em torno de Expedito Veloso de Carvalho, o Expedito Seleiro. Conforme o Caderno 3 mostrou em maio de 2006, o nome de Expedito chegou a figurar entre os indicados para receber o título. Mas, justamente pelo questionamento em torno da tal "situação de carência", o dono da oficina que é parada certeira para quem visita o município de Nova Olinda, no Cariri, teve de amargar a revogação de seu convite para a festa. Entre a perplexidade e a resignação que as justificativas oficiais não conseguiram diminuir.Só agora, com o nome de Expedito Seleiro na lista de novos mestres divulgada ontem pela Secretaria de Cultura do Governo do Estado, o cenário muda. O reconhecimento oficial chegou para o artesão de 68 anos, que, falando por telefone com o Caderno 3 na manhã de ontem, se disse surpreso com a boa nova.


"Eeeita! Será mesmo?", perguntava. "Ainda não tô sabendo de nada. Ninguém me procurou. Mas que coisa boa! Até que enfim, né?".Seu Expedito sempre afirmou necessitar do auxílio financeiro que acompanha o título. A distinção como mestre, "de fato e de direito", também era motivo de ansiedade. "Foram dois pra três anos de espera, mas é isso mesmo. Nesse tempo, de qualquer maneira, esse problema me deu foi uma ajuda, porque o pessoal ficou mais simpatizando comigo, me procuraram pra comprar mais coisas", revela. "Todo mundo vinha dizer que achava aquele negócio ruim, que não era certo. Eu dizia que tava bom, que se Deus quisesse ia chegar o dia".


"Tá tudo perdoado", diz o Mestre Expedito Seleiro de forma enfática em afirmar que o título, a ser entregue no IV Encontro Mestres do Mundo, dezembro próximo em Juazeiro do Norte, fará "uma grande diferença" em sua vida. "Primeiro de tudo, a gente receber o título já é uma grande coisa, né? E receber o salário, aí já é outra vantagem. Né brincadeira não! Tenho 68 anos, 60 só de trabalho, que eu comecei novinho, com meu pai", justifica o artista, que hoje compartilha com a esposa, Francisca, e com cinco dos seis filhos o dia-a-dia da oficina.


"Artesão não ganha muito dinheiro, só faz trabalhar mesmo. Essa ajudinha é boa, e a idade tá pedindo. Quando a gente é novo, 25, 40 anos, até 50 anos ainda é bom, você ainda é homem pra tudo. Mas passou de 60, aí você sabe...".Lembrando que não é aposentado pelo INSS - "Tem outras trapaiada aí nos documentos, que também não deu certo. É culpa minha mesmo, que eu nunca liguei" -, seu Expedito diz perdoar o aborrecimento com o episódio.


"Eles deram um erro, mas consertaram. Então, tá tudo certo. É assim mesmo, a gente sempre erra, nunca é perfeito. Mas agora tá tudo perdoado". Celebrando a boa notícia, ele se diz ansioso em participar do Encontro de Mestres. "Eu já ia com todo prazer, e agora vou mais ainda. Inclusive já fui convidado pra fazer as bolsas do evento. Vou fazer o modelo e passar pra Secretaria. Se passar...". Mais um trabalho para seu Expedito. Agora MESTRE, com todas as letras.


Reportagem do Jornalista DALWTON MOURA. Fotos de Kid Júnior. Publicado no Diário do Nordeste. Reprodução de matéria unicamente para divulgação. Direitos autorais reservados.

Tradição: Talentos Vivos


Lista dos novos Talentos Vivos, mestres da cultura popular, foi divulgada há poucos dias pela SECULT/ Secretaria da Cultura do Estado do Ceará.


Uma dramista, um celeiro que faz do couro uma forma de arte, um cacique e um pajé que representam a cultura indígena, um cordelista e tipógrafo, uma rezadeira, uma brincante de pastoril, um mateiro, um artista plástico e dois grupos de reisado. Esses são os novos Tesouros Vivos divulgados ontem pelo secretário da Cultura do Estado, Auto Filho. Onze nomes que passam a ser reconhecidos por seus saberes e técnicas de atividades culturais cuja produção, preservação e transmissão são consideradas representativas e referenciais da cultura cearense.


Ana Maria da Conceição, Expedito Celeiro, João Venâncio, Luciano Carneiro Lima, Luís Caboclo, Francisca Galdino de Oliveira, Mara do Carmo Menezes Morais, Raimundo de Brito Silva e Stênio Diniz são os novos Mestres da Cultura. Os Reisado da Comunidade de São Joaquim e o Reisado dos Irmãos Discípulos de Mestre Pedro são os dois grupos contemplados pelo edital Tesouros Vivos.


Essa é a principal novidade em relação ao anúncio dos anos anteriores.“A idéia de contemplar grupos artísticos surgiu da necessidade de reconhecimento e proteção de manifestações culturais de natureza coletiva”, explica Auto Filho. “Quando titulamos o Mestre Raimundo, da banda cabaçal dos Irmãos Aniceto, houve uma frustração dos demais membros por não poderem ser contemplados também”, exemplifica. “A partir daí, pensamos na injustiça de não titularmos obras de natureza coletiva, como quadrilhas, reisados, bandas cabaçais”.


Outra categoria nova do Edital Tesouros Vivos é a referente à coletividade, que nessa edição não teve inscritos. “Essa categoria é destinada a comunidades que têm espaços geográficos, arquitetura, formas econômicas peculiares, como agricultura, pecuária, além de manifestações e festejos artísticos”, define Auto Filho.


Em 2008, não houve inscritos para a categoria. Para o Secretário da Cultura, a SECULTprecisa abrir um diálogo direto com essas comunidades, fazendo visitas e buscando uma aproximação para que elas tenham interesse em participar do processo de seleção do edital da SECULT.

terça-feira, 7 de outubro de 2008

Com a palavra João Alfredo, o mais novo vereador de Fortaleza


Companheir@s e camaradas de lutas, de sonhos, de paz e – agora – de vitória,

Volto a falar com vocês, agora após nossa tão sonhada vitória, para agradecer a cada um, a cada uma e a tod@s, de coração, por todo o apoio e dedicação que foram fundamentais em nossa conquista (e a todas as mensagens de parabéns que tenho recebido desde domingo). Sempre é bom lembrar que fomos o primeiro lugar não só entre os 41 eleitos, mas dentre 863 candidat@s! Falo isso não por soberba, mas para valorizar uma vitória alcançada fundamentalmente pela militância, em uma campanha simples, do ponto de vista material, mas riquíssima do ponto de vista simbólico, onde marcamos a diferença com nossos atos de campanha (o café ecológico, a bicicleata, as rodas de conversa, as caminhadas e as panfletagens em escolas, sinais, fábricas etc.)

Como já falei anteriormente, nunca vivi uma campanha com tanto companheirismo, com tanta solidariedade e com tanta clareza política e ideológica. Foi uma vitória do partido institucional (o PSOL, junto com o PSTU e a Frente de Esquerda) e do partido real (tod@s aqueles e aquelas que, mesmo fora dos quadros partidários, conosco dialogaram durante a campanha). Não dá para esquecer os que se desacomodaram; deixaram, por dias, semanas, meses, suas casas, suas vidas, para se dedicarem às nossas campanhas. Não seria possível nossa vitória sem a participação de todas as nossas candidaturas à Câmara, afinal a votação de cada candidat@
é quem garantiu, junto com o voto de legenda (o 50 para vereador), nossa eleição.

Mas, acima de tudo, é preciso reconhecer o papel fundamental desempenhado por nosso candidato majoritário, nosso grande camarada – em todos os sentidos – Renato Roseno. Não só por ter transferido uma parte grande de sua votação para nossa legenda, mas acima de tudo por sua conduta na campanha. Alcançar quase 70 mil votos numa eleição em que a mídia (e o grande capital) já haviam escolhido antecipadamente suas candidaturas, significa dizer que uma outra política é possível em nossa cidade. Outra política que se traduziu em um programa de governo de cunho ecossocialista, que debateu – apesar de nossos parcos minutos no rádio e na TV – os principais problemas e soluções para a cidade. Outra política que teve firmeza ideológica em não aceitar contribuição de empresas e que publicizou nossos gastos de campanha na rede mundial de computadores. Outra política que se fez presente em uma campanha que se conduziu sob o lema da coragem, da serenidade e da radicalidade. Um pólo de esquerda – uma esquerda contemporânea, anti-capitalista, feminista, ecologista, anti-homofóbica, anti-racista e profundamente humanista – se constituiu em Fortaleza a partir das candidaturas de Renato Roseno, prefeito, Gonzaga, vice, e de todas as noss@s candidatos à Câmara Municipal.

Esse, talvez, seja o nosso maior desafio. Organizar esse novo pólo de esquerda. Fazer uma oposição programática, não sectária, que fortaleça as lutas e os movimentos sociais. Garantir na Câmara os espaços para a mais ampla participação popular. Combater a corrupção, o clientelismo e fisiologismo. Procurar ser um verdadeiro tribuno do povo.


Esse desafio em um legislativo ideologicamente conservador e politicamente governista só será alcançado se fizermos um mandato coletivo. Se conseguimos fazer uma campanha coletiva, saberemos fazer um mandato coletivo. Um outro mandato para uma outra política. Uma outra política para uma outra cidade. Por que a vida pede coragem!

Me despeço, citando aqui trechos de um poema do grande Thiago de Melo, intitulado “Vida Verdadeira”, que sintetiza todo o sentimento que me atravessa neste momento:

Pois aqui está a minha vida.Pronta para ser usada.Vida que não se guardanem se esquiva, assustada.Vida sempre a serviçoda vida.Para servir ao que valea pena e o preço do amor.Ainda que o gesto me doa,não encolho a mão: avançolevando um ramo de sol.Mesmo enrolado de pó,dentro da noite mais fria,a vida que vai comigoé fogo:está sempre acesa.

Um grande abraço do companheiro e camarada

João Alfredo

Finalizadas as eleições municipais em todo o Estado do Ceará, como é que ficam as politicas de proteção e preservação ambiental municipais?


Finalizadas as eleições municipais em todo o Estado do Ceará, como é que ficam as politicas de proteção e preservação ambiental municipais? Estão estas questões na ordem do dia das ações municipais? Existem Códigos do Meio Ambiente nos municípios cearenses?


Imagem da vegetação adulta do Bosque da Sargento Hermínio, implantado no fim de década de 70, em Fortaleza, capital do Estado do Ceará, ainda ameaçada de destruição pela ausencia de um visão de desenvolvimento urbano sustentável da Secretaria Executiva Regional I/ SER I, que administra aquele conjunto de bairros da cidade de Fortaleza. Arquivo de Imagens Ibi Tupi.

domingo, 5 de outubro de 2008

Modelo do Brasil Colonia é mantido em engenho


O grito de aboio do tangerino ecoa no Sítio Veneza, localizado a 4 quilômetros da sede do Distrito de São José, zona rural do município de Solonópole, no Sertão Central. É o sinal para a dupla de boi começar a puxar a moenda, triturar a cana-de-açúcar e extrair a garapa.


A moagem com tração animal, mantida pela família Carvalho, é a única do Ceará que segue um modelo original da época do Brasil Colônia, do ciclo açucareiro.O engenho foi implantado em 1934, pelo patriarca da família, o agricultor e carpinteiro, Raimundo Ricardino de Carvalho, mais conhecido por Raimundo Leandro. Até hoje, a família mantém a tradição e preserva um pouco da história da colonização brasileira. A energia elétrica chegou ao local em 1999, mas a moenda continua puxada a tração animal.


Reportagem e fotografia do jornalista Honório Barbosa, publicada no caderno Regional do jornal Diário do Nordeste, em 04/Outubro/2008. Rprodução unicamente para divulgação. Direitos autorais preservados.

sexta-feira, 3 de outubro de 2008

Monólitos de Quixadá ameaçados pela ação do homem


Omissão do poder público e desprezo dos moradores aceleram degradação dos monólitos do Sertão CentralQuixadá. Estudos realizados por professores e alunos da URCA/ Universidade Regional do Cariri apontam responsabilidades no processo de degradação do sítio geográfico dos monólitos de Quixadá.


O grupo de estudos avalia a falta de fiscalização, a omissão do poder público e o desprezo dos moradores como principais fatores na aceleração da descaracterização ambiental da região. A ação do ser humano demonstra claramente sua interferência nos aspectos sociais, históricos e naturais. Os pesquisadores alertam para a necessidade da aplicação da legislação ambiental, medidas de proteção e disciplina no uso e ocupação do solo.

Instituto de Arqueologia, Paleontologia e Meio Ambiente do Semi Árido


Está sendo criado com apoio do Ministério da Ciencia e Tecnologia, o Instituto de Arqueologia, Paleontologia e Meio Ambiente do Semi Árido, por meio de um convenio de cooperação científica entre a URCA/ Universidade Regional do Cariri, UFPE/ Universidade Federal de Pernambuco e a FUMDHAM/ Fundação do Homem Americano, do Sul do Piaui, tem a frente, em sua coordenação a Profª Drª Niéde Guidon. O projeto inicial, de instalação do Instituoto e financimento de pesquisas, deverá ser executado em três etapas, nos próximos três anos e está orçado no valor de R$ 8 milhões, oriundos de verba própria do MCT.
Imagem a partir do Pontal de Santa Cruz, em Santana do Cariri. Arquivo de Imagens Ibi Tupi. Fotografia Daniel Roman. Direitos autorais reservados.

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Os desmatamentos "incentivados" pelo INCRA


Não causou muita surpresa que os assentamentos do Incra ajudem a puxar os novos índices de desmatamento ilegal na Amazônia. Esta semana, o Incra ficou contrariado porque encabeçava a lista de desmatamento divulgada pelo Ministério de Meio Ambiente. O Ministro de Meio Ambiente, Carlos Minc, está tentando se entender diplomaticamente com Guilherme Cassel, ministro do Desenvolvimento Agrário e Rolf Hackbart, presidente do Incra. Pode ser que eles cheguem a um acordo sobre a lista. Mas, além de questionar a lista, seria produtivo se o Incra revisse seus métodos de assentamento.


Há um ano, Época publicou uma reportagem que antecipava como os assentamentos teriam papel preponderante na alta de desmatamento. Nossos repórteres levantaram qual era a meta de assentamentos que o Incra tinha para a região. E investigaram como é a orientação técnica que o órgão dá aos assentados. Tradicionalmente, a produção é voltada para a pecuária, com estímulo a derrubada da floresta. Na maior parte dos casos, o investimento resulta em destruição - e não melhora as condições sociais dos assentados. Depois de tentar uma criação de gado com pouca viabilidade econômica, eles abandonam a terra e buscam novos assentamentos.

Na foto, publicada pela Revista Época, neste reportagem, está o assentado INCRA Miguel Moreno junto a fornos de carvão onde queima madeira retirada de seu lote, no Pará. Ele sobrevive unicamente do desmatamento. Reprodução unicamente para divulgação a partirde informações do Blog do Planeta, postadas pelo Jornalista Alexandre Mansur.