sexta-feira, 30 de setembro de 2011

"The Occupy Wall Street Journal"


O movimento editará seu próprio jornal, para controlar sua própria notícia. O movimento Occupy Wall Street anunciou hoje que iniciará a publicação de seu próprio jornal, para impedir que a imprensa-empresa (e os blogs-empresa) definam o movimento. O movimento Occupy Wall Street anunciou que está construindo um projeto "Mídia de Rua Occupy Wall Street", através de Kickstarter.

Prof. Ralph Della Cava recebe homenagem

O Professor Ralph Della Cava, da Universidade de Columbia, nos Estados Unidos, recebe, hoje, pela Universidade Federal do Ceará (UFC), campus Cariri, o título de Doutor Honoris Causa, em solenidade na sede da instituição, às 19 horas, presidida pelo Reitor Jesualdo Farias.

O pesquisador veio ao Cariri, após sete anos, participar de vários eventos e encerrou o X Congresso Cearense de História da Educação. Na noite de ontem, o antropólogo recebeu a Placa Comemorativa do Centenário do prefeito da cidade, Manoel Santana, reconhecendo os grandes serviços prestados como pesquisador para a história da cidade e participou de uma noite de autógrafos, durante o lançamento dos livros que fazem parte da coleção do centenário.

Foi na data de 4 de outubro que o Padre Cícero assumiu a administração da cidade, como o primeiro prefeito. O Município terá uma programação especial, com vários lançamentos de livros relacionados ao centenário, completando a coleção do centenário, lançado durante a Semana do Município. Os livros lançados foram "Patriarca do Juazeiro", do padre Azarias Sobreira, e as reedições de "Mistério do Juazeiro", escrito em 1935, por Manoel Pereira Diniz e "Joaseiro do Padre Cícero e a Revolução de 1914", escrito no ano de 1938 por Irineu Nogueira Pinheiro. Na mesma noite de ontem, dois livros inéditos foram lançados: "Rostos de Juazeiro", de Raimundo Araújo; e "Padre Cícero e Juazeiro - Textos Reunidos Coletânea sobre Padre Cícero", do padre Neri Feitosa.

Centenário

As homenagens a um dos maiores divulgadores, no meio acadêmico mundial, da história do Juazeiro e do Padre Cícero, com uma das principais e mais completas obras, "Milagre em Joaseiro", fazem parte das comemorações do centenário da cidade. Outras personalidades serão agraciadas até o próximo dia 4, data de instalação do Município de Juazeiro.

A Câmara Municipal, também no próximo dia 4, homenageará, nos 100 anos do Poder legislativo da cidade, personalidades com a Medalha Centenária Legislativa. Serão agraciados o escritor Ralph Della Cava coronel Adauto Bezerra, Almirante Ernani Aboim Silva, os escritores Geraldo Menezes Barbosa, Raimundo Araújo, Daniel Walker, Renato Casimiro, Renato Dantas e a Agremiação Guarani Esporte Clube.

A abertura das comemorações aos 100 anos de instalação de Juazeiro acontece no dia 1º, com show artístico em praça pública. No dia 3, haverá homenagem aos ex-prefeitos da cidade e entrega da placa em homenagem a José Geraldo da Cruz, escolhido como o Juazeirense do Centenário, no Memorial Padre Cícero. Uma programação oficial será realizada pela Prefeitura no dia 4, inserida também na programação do Dia de São Francisco, que terá grande procissão no final da tarde.

O escritor Ralph Della Cava afirma que seu envolvimento com a história de Juazeiro do Norte e do Padre Cícero iniciou há quase meio século. Ele foi influenciado pelo seu professor, o antropólogo Charles Wagley. De lá para cá, uma mudança de vida. Ele foi um grande antropólogo que se interessava muito pela história de Juazeiro. Ele indicou Juazeiro para que Ralph Della Cava contasse a história. Destaca as lembranças de uma obra de Mestre Noza, artista da cidade, e guardou a escultura do Padre Cícero até o final da conclusão de sua tese. Para ele, Noza era um homem que apreciava a perfeição.

Fonte: Caderno Regional/ Diário do Nordeste

Instituto Agropolos tem conceito EXCELENTE

O Instituto Agropolos obteve conceito EXCELENTE, nota 94 de desempenho (numa escala de 0 a 100), numa avaliação anual realizada pela Petrobras Biocombustível S.A. O Agropolos foi responsável por atender a 75% de todo o público do Programa Biodiesel do Ceará. Atingiu 114 municípios nos 13 territórios do Ceará.

A empresa também cadastrou neste ano 22.964 agricultores familiares e plantou 24 mil hectares de mamona e girassol.

Já a produção fornecida pelos agricultores familiares assistidos pelo Agropolos será cerca de 6.035 toneladas de grãos de mamona e girassol, correspondendo a 74% de toda a produção de mamona e girassol do Programa Biodiesel do Estado do Ceará.


Fonte: Blog do Eliomar de Lima e outros

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Valha-me, Santa Terezinha! Obras do morro estão devagar, quase parando

Moradores do Morro de Santa Terezinha, no bairro Mucuripe, em Fortaleza, estão revoltados com o ritmo das obras de revitalização da área. O clima é na base do devagar, quase parando.

Eles cobram da secretária de Turismo de Fortaleza (Setfor), Patrícia Aguiar, maior celeridade.

Essa obra de recuperação da encosta do Morro de Santa Terezinha inclui ainda a construção de anfiteatro, caramanchão, playground, equipamento de ginástica e espaço para a exibição de artesanato.

Fonte: Blog do Eliomar de Lima/ O POVO Online


terça-feira, 27 de setembro de 2011

Turismo suspende repasse a convênios

O Ministério do Turismo suspendeu temporariamente a execução e o repasse de recursos de todos os convênios celebrados com entidades privadas sem fins lucrativos, destinados à qualificação dos profissionais do setor de turismo, em especial aqueles firmados no âmbito do Programa Bem Receber Copa, conforme já havia antecipado pelo jornal Estado de S.Paulo.


Portaria publicada hoje no Diário Oficial da União informa que a decisão considerou entendimento do Tribunal de Contas da União (TCU) acerca dos riscos aos cofres públicos que possam advir dos projetos do programa.

Relatórios do TCU mostraram que parte do dinheiro dos convênios, destinado a treinamento e qualificação de trabalhadores para a Copa de 2014, estava sendo desviado por ONGs ligadas a fundações pertencentes a parlamentares.


A portaria publicada hoje no Diário Oficial determina também o bloqueio das contas específicas dos respectivos convênios e determina à Secretaria Nacional de Programas de Desenvolvimento do Turismo e à Secretaria Nacional de Políticas de Turismo que façam o levantamento dos convênios que estão em execução, indicando nome da entidade, espécie e número do instrumento, início e fim da vigência, valores repassados e pendentes, porcentual executado, e dados bancários.


Fonte: O POVO Online

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Área de carcinicultura ganha reflorestamento

Cerca de 1200 mudas de árvores típicas do mangue serão plantadas hoje em Icapuí. A ação faz parte do apoio técnico à Associação Comunitária de Criadores de Camarão, na Praia de Requenguela, a 1,5Km da sede. Esse será o terceiro plantio na área onde funciona o projeto de carcinicultura, desde a sua implantação em 1999. Além do reflorestamento, também haverá uma contagem de locas de caranguejo e de espécimes vegetais nativas do mangue.

A iniciativa vem sendo desenvolvida em parceria com a Associação e mais a Universidade Federal do Ceará (UFC), da Universidade Federal Rural do Semiárido e com apoio do Ministério da Pesca da Fundação do Banco do Brasil. Segundo informou o professor de Economia Agrícola da UFC, Rogério César Pereira de Araújo, esse trabalho é pioneiro em todo o País, pois consiste em oferecer uma atividade produtiva para uma comunidade, com técnicas adequadas à sustentabilidade da produção, que atende 17 famílias.

Considerados como sócios, os participantes da Associação são responsáveis pela administração do projeto, alimentação dos camarões e pela segurança da área. Este ano, numa área de 23 hectares, houve uma produtividade de 29 toneladas.

domingo, 25 de setembro de 2011

Fazenda Mato Alto em Quixere/ Ceará ³


Mato Alto é um lugar isolado até hoje. Tem que se andar léguas, ou dezenas de quilômetros, para chegar ao local. O que faz o caminho de volta ainda são as histórias, ainda que "a boca miúda", impressões transmitidas de uma pessoa para a outra. "Eu soube que lá uma família ergueu a própria casa e várias edificações com pedras, mas eu nunca vi, só ouvi falar", conta a dona de casa Gumercinda de Sousa, de 74 anos. Com seu tempo todo de vida o mais que saiu de casa foi para ir a Limoeiro do Norte, cidade vizinha, planejar uma consulta. Mas outras histórias contadas sobre a família Honorato são confirmadas só de forma acanhada e reticente por seu Egídio. Devoto de nossa senhora como o pai foi um dia, crê que tem coisas de família que na família devem permanecer. Mas dona Maria do Carmo admite que as lembranças de Egídio são anunciadas com lágrimas. Do regime patriarcal de seu José Honorato, um homem empreendedor, mas obcecado pela sina de suas construções de pedra, ficou de lembrança o orgulho das construções. A mais especial delas seria o templo que abriga uma capela para Nossa Senhora da Imaculada Conceição (antes instalada dentro de uma gruta).

Fonte: Regional/ Diário do Nordeste

Fazenda Mato Alto em Quixere/ Ceará


A realidade vivida ali a partir da segunda década dos anos 1900 está toda na memória dele, num misto de orgulho e lamentação. Da vida entre as pedras, algumas coisas que não podem ser esquecidas só são desabafadas em tom de confissão. Mas do que se pode dizer é que José Honorato, filho de seu Egídio teve por sina a lida no campo. De plantar algodão, feijão, carregar água e muitas pedras. A Fazenda Mato Alto possui, em pedras, uma imensa casa, onde vivia a família e se abrigavam peões, uma cacimba, uma cisterna e uma espécie de templo à Nossa Senhora da Imaculada Conceição. E tudo num espaço que no período chuvoso dá um imenso verde com árvores centenárias. Se contados os arredores, a Fazenda Mato Alto dá cerca de cinco mil hectares.

Fonte: Regional. Diário do Nordeste Online

Quixere: beleza moldada em pedras


Sítio mistura histórias de suor, devoção e patriarcalismo. Mas o legado maior é a edificação singular

Os homens do sertão foram capazes de muita coisa por água. Até hoje o são. Mas no início do século passado um enorme e isolado sítio no Município de Quixeré abrigou uma singular história de suor e lágrimas. Como quem constrói com as próprias mãos o seu pequeno reino, um homem manteve a família em regime de semi escravidão e juntos fundaram uma pequena vila toda feita de pedra.

Numa vida orquestrada ao som de marteladas, enormes blocos de pedras foram se emoldurando. Uma gruta deu origem a uma cacimba para extração de água. Um templo foi erguido para evocar o divino. E a chuva. Escondida entre as vegetações da Caatinga, a Fazenda Mato Alto misturou água, sangue, suor e segredos. Hoje considerado um trabalho de engenharia e empreendedorismo, a história da família que viveu e moveu pedra sobre pedra ainda é ecoada pelo último dos seus sobreviventes.

Fonte: Regional/ Diário do Nordeste Online

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Transporte público será o principal problema da Copa 2014

Para 79% dos brasileiros, o transporte público deverá ser o principal problema das cidades-sedes da Copa 2014, no Brasil. O dado faz parte da pesquisa realizada pela empresa GfK, que há 22 anos atua no mercado brasileiro, mas tem como sede a Alemanha. A pesquisa foi realizada em março deste ano, em nove regiões metropolitanas do País (Porto Alegre, Curitiba, São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Salvador, Recife, Fortaleza e Belém), além das capitais Brasília, Goiânia e Manaus.

A reforma e ampliação dos aeroportos, com 67%, e a construção e reforma de estádios (64%) aparecem também como preocupações do brasileiro. O setor hoteleiro, com 56%, desperta a maior confiança entre os entrevistados.

Para 42% dos brasileiros, o Governo Federal é o maior responsável pelo sucesso ou fracasso da Copa, seguido pela Fifa (24%), governos estaduais e municipais (17%) e CBF (8%).

Fonte: Blog do Eliomar de Lima e Agências

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Sitio Fundão, no Crato, poderá ser recuperado

O Parque Estadual do Sítio Fundão, no Crato, poderá ser um dos Parques da COPA 2014, no Estado do Ceará, destinado à visitação pública durante todo este período. Seis parques foram selecionados e serão estruturados com esta finalidade, mas apenas um será escolhido. Não se entende por que um só: recuperar um parque é uma ação tão barata que chega a ter custo irrisório, desde que o gestor não se meta a "construir um parque" ou melhor achar que o importante de parque não é o espaço natural transformado em área pública e sim um conjunto de edificações "administrativas" inúteis.

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Prefeito de Sobral articula Pólo Metal - Mecanico

“Depois de sedimentar polo têxtil com a Grendene e de consolidar um polo universitário (Campus da UFC e UVA), Sobral (Zona Norte) quer agora um polo metal-mecânico.

O prefeito Clodoveu Arruda (PT) informa estar trabalhando nesse sentido. Em termos práticos, diz ter conseguido projetos na área: uma unidade da Max Buss, montadora de ônibus, uma unidade da Langendorf, fábrica de componentes rodoviários, uma fábrica de ferramentas e uma fábrica de bicicletas.

terça-feira, 20 de setembro de 2011

A origem da proposta do GEOPARK ARARIPE


O GEOPARK ARARIPE que está em consolidação na porção cearense da Bacia do Araripe, um dos principais sítios do Período Cretáceo da Terra. A região é especial pelos achados geológicos e paleontológicos inéditos desde os primeiros anos do Século XIX, com registros entre 110 e 70 milhões de anos, em excepcional estado de preservação e diversidade.

No Araripe está mais de um terço de todos os registros de pterossauros descritos no mundo, mais de 20 ordens diferentes de insetos e única notação da interação inseto-planta. Há similares destas mesmas espécies na África, indício de quando os continentes foram um só, na época do continente primaz Gondwanna.

A proposta pretende a preservação dos locais principais, transformados em sítios de visitação e pesquisa compondo uma rede de 9 parques ou Geotopes, com registros documentais considerados imprescindíveis à compreensão da origem, evolução e atual estrutura da Terra e da vida.

Localizados nos municípios de Santana do Cariri, Nova Olinda, Crato, Juazeiro do Norte, Barbalha e Missão Velha Todos os locais são representativos de estratos geológicos e tem formações fossilíferas.

A origem da proposição se deu a partir elaboração do APPLICATION DOSSIER FOR NOMINATION ARARIPE GEOPARK, STATE OF CEARÁ, BRAZIL, resultado do Convenio de Cooperação Universität Hamburg / URCA/ DAAD, sob a coordenação do Prof. Dr. Gero Hillmer, Curador do Instituto e Museu de Paleontologia da Universität Hamburg e colaboração de outros professores da própria URCA - Prof. Dr. André Herzog Cardoso e Prof. Dr. Alexandre Magno Feitosa Sales e colaboradores de outras universidades - Prof. José Sales Costa Filho/ UFC, encaminhada à verificação da UNESCO, objetivando o reconhecimento de todas estas situações relevantes, no início de 2006.

O documento continha uma ampla documentação científica sobre o Araripe, análise territorial de mais de 60 situações relevantes e informações sobre o potencial de desenvolvimento sustentável da região sob os aspectos da Educação, Cultura, Turismo, Preservação do Meio Ambiente e Desenvolvimento Social e Econômico, o que levou a sua aprovação na 2nd UNESCO Conference on Geoparks, em Belfast, Irlanda, em Setembro/ 2006.

Na trajetória de consolidação do GEOPARK ARARIPE, por exigência e orientação da UNESCO foram compostos os seguintes trabalhos
  • Aplication Dossier for Nomination Araripe Geopark, State of Ceará, Brazil ¹
  • Araripe Basin Action Regional Plan ²
  • Plano de Ordenamento e Estruturação do Geopark Araripe ²
  • Caderno de Identidade Visual e Sinalização
  • Projetos de Apropriação Urbanística e Paisagística dos Geotopes
  • Documentação iconográfica e científica dos geotopes¹
  • Plano de Gestão/ Período 2006/ 2009
  • Projeto de Reforma e Ampliação do Museu de Paleontologia URCA
  • Projeto de Reforma e Instalação do Escritório Sede/ Crato
  • Consolidação dos Geotopes
  • Termos de Referencia para Instrução de Tombamento do GEOPARK ARARIPE
  • Montagens de site http://www.geoparkararipe.org/
  • Exposição Araripe/ Centro Cultural Araripe/ Crato
  • Exposição Geopark Araripe no Centro de Arte e Cultura Dragão do Mar/ Fortaleza
  • Outros ²
Fonte: http://geoparkararipe.blogspot.com/postagem de Setembro 2006
Postado por José Sales

¹ Concepção pelos Prof. Dr. Gero Hillmer, Curador do Instituto e Museu de Paleontologia da Universität Hamburg, Prof. Dr. André Herzog Cardoso Prof. Dr. Alexandre Magno Feitosa Sales, Prof. José Sales Costa Filho/ UFC
² Coordenação do Professor José Sales Costa Filho/ Departamento de Arquitetura e Urbanismo/ UFC
³ Realização pelo Fotógrafo Daniel Roman/ MsA/ Master in Fine Arts/ Emerson College/ Boston

Geopark Araripe receberá Selo Verde da UNESCO

O Geopark Araripe deverá receber oficialmente o Selo Verde, durante conferência de geoparks que irá ocorrer no Japão, no mês de maio do próximo ano. A comunicação oficial da URCA ressaltou as palavras da coordenadora da Rede Global de Geoparks Margareth Patzak, que colocou o Geopark Araripe dentro de uma posição de liderança quanto à construção de novos geoparks no Brasil e América Latina. Foi salientado que o Geopark continua sendo o único existente no Brasil e na América, com o reconhecimento da Rede Global. O Geopark Araripe recebeu avaliação positiva para o projeto, anunciada no final da tarde de domingo, na Noruega, durante a Conferência Européia de Geoparks.

Fonte: Blog do Crato

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

TRE-SP promove empresa ambiental e irrita juízes

Magistrados se rebelaram contra orientação do Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) para distribuir a 290 prefeitos paulistas exemplares de uma cartilha e cópias de DVDs sobre programa de coleta seletiva de lixo produzidos pela empresa Jetro Ambiental. A recomendação foi passada aos juízes eleitorais nos dias 4 e 10 de agosto, durante palestras que a corte promoveu, oficialmente para tratar de uma tema inerente à toga - doações irregulares em campanhas eleitorais.

O TRE reuniu 151 magistrados. Mas o evento compreendeu também conferência sobre a Política Nacional de Resíduos Sólidos, a que todos os municípios do País terão de se adequar a partir de agosto de 2012. O pronunciamento ficou a cargo do consultor Jetro Menezes, dono da empresa.

Segundo o tribunal, o objetivo dessa etapa do encontro foi o treinamento da classe dos juízes para a conscientização dos administradores municipais sobre a implantação da coleta seletiva e para dar estímulo à formação de cooperativas e de convênios com empresas locais e ONGs. A iniciativa "segue projeto estratégico do TRE-SP sobre a gestão de resíduos gerados nos municípios, visando estender a responsabilidade da Justiça eleitoral também ao meio ambiente".

O TRE alega necessidade de qualificação dos juízes "a fim de contribuírem para a implantação do serviço naquelas cidades". O desembargador Walter de Almeida Guilherme, presidente do tribunal, afirma que nunca houve orientação para prefeitos contratarem a Jetro.

Os magistrados atuam em comarcas que abrangem as administrações que ainda não fazem coleta seletiva - 290 municípios paulistas. O tribunal planeja estender a responsabilidade da Justiça Eleitoral também ao meio ambiente.

As manifestações sobre doações irregulares foram proferidas pelos juízes Paulo Sérgio Brant de Carvalho Galizia e Jeferson Moreira de Carvalho, "tendo em vista as eleições municipais de 2012". O evento foi promovido pela Escola Judiciária Eleitoral Paulista (EJEP), com apoio da Associação Paulista de Magistrados (Apamagis).

Fonte: O POVO Online

Greenpeace completa 40 anos com aulas de desobediência civil ²

Mais recentemente, contou Schwarz, os militantes se acorrentaram a vários caminhões nas areias betuminosas da província de Alberta, no Canadá, colocaram uma bandeira gigante na qual se lia "a inação em relação ao clima custa vidas" sobre o teto do Parlamento canadense e colaram etiquetas com a palavra "contaminado" nos alimentos geneticamente modificados em lojas do mundo inteiro.

Quando se lança uma ação, devemos ser claros sobre suas intenções, explicou Schwarz antes de perguntar aos participantes até onde seriam capazes de chegar.

A maioria está disposta a bloquear uma estrada para impedir os funcionários de trabalhar em empreendimentos que prejudicam o meio ambiente. A metade deles se sente pronta para se manifestar na propriedade particular de um diretor executivo, mas são poucos os que aceitam a ideia de jogar açúcar em um tanque de gasolina e apenas um aceitou a possibilidade de lançar uma granada contra policiais.

É difícil definir a não violência, explicou Schwarz, mas o Greenpeace está proibido de "machucar outro ser vivo". Segundo ela, a violência é contraproducente.

Durante os três dias de oficinas, Jessie Schwarz ensinou os participantes como acorrentar os braços e pernas para evitar uma prisão e lhes aconselhou que se colocarem uma corrente no pescoço devem esconder bem as chaves em sua roupa íntima.

Foi unicamente graças à desobediência civil que a maioria dos governos levou em conta o tema ambiental, afirmou à AFP Tzeporah Berman, uma das responsáveis pelas campanhas para o clima e a energia do Greenpeace internacional.

O Greenpeace, que nasceu da confrontação, reúne-se com empresários e chefes de Estado, mas na opinião de Berman "sem o conflito não haveria (a mesma) colaboração".

"Lutamos pelo futuro de nossos filhos e de nossas crianças", disse aos participantes do festival o diretor internacional do Greenpeace, Kumi Naidoo, na sede da organização em Amsterdã.

Fonte: O POVO Online

Greenpeace completa 40 anos com aulas de desobediência civil

O Greenpeace deu lições de desobediência civil a potenciais militantes neste fim de semana para comemorar o 40º aniversário da organização ambientalista em Vancouver: os jovens aprenderam desde como se acorrentar para não serem presos até a fazer barreiras humanas.


"Não podem sempre esperar que outra pessoa venha salvar o mundo", disse a instrutora Jessie Schwarz aos participantes.


As aulas de desobediência civil foram organizadas no festival da organização ecologista em Vancouver, local onde o Greenpeace nasceu há 40 anos.


Em 15 de setembro de 1971, o barco Greenpeace deixou Vancouver para protestar contra os testes nucleares americanos na ilha Amchitka, no Alasca. Apesar de o barco ter sido bloqueado pela guarda costeira americana, a campanha contribuiu para pôr fim aos testes em 1972 e marcou o primeiro ato de desobediência civil do Greenpeace.


Fonte: O POVO Online


sábado, 17 de setembro de 2011

Geopark Araripe poderá receber o Selo Verde da UNESCO

O resultado da primeira avaliação do Geopark Araripe, pela Rede Global de Geoparks, ligada à Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) , sairá hoje, 16/09, durante a Conferência Europeia de Geoparks, que se realiza na Noruega, de 14 a 21 de setembro. Com isso, o projeto deverá ter a renovação da chancela do primeiro do gênero nas Américas.

Desenvolvido por meio da Universidade Regional do Cariri (Urca), o projeto será representado na solenidade por uma delegação do Ceará com membros da Secretaria das Cidades, e do próprio Geopark. Também poderá ser anunciado, durante o evento, a criação de mais um Geopark no Brasil. O mais provável dos candidatos a receber o selo internacional da Unesco é o do Quadrilátero ferrífero, em Minas Gerais.

O Geopark Araripe recebeu a chancela em 2006 da Rede Global e tem sua primeira avaliação esse mês de setembro, com a classificação por selo: verde, amarelo ou vermelho. Normalmente esses anúncios são realizados durante os eventos da Rede Global. O Cariri aguarda com grande expectativa. Foram quatro anos que se seguiram para a primeira avaliação, com as prorrogações, mas, normalmente, a chancela é válida por três anos. O Geopark Araripe poderá receber o cartão verde, que reúne ações regulares voltadas para o desenvolvimento sustentável plenamente atendidas, ou o cartão amarelo, que traz uma atenção para o cumprimento de alguns itens de avaliação e, com isso, é sinalizado um tempo pela rede global, para que sejam cumpridos. E tem também o cartão vermelho, que é a suspensão como membro da rede, e que depois poderá se reabilitar, cumprindo as medidas exigidas. Em toda as avaliações é repassado o relatório feito pela equipe.

A avaliação do Geopark foi realizada em novembro do ano passado por uma comissão da Rede Global, formada por três avaliadores, que percorreram os nove geossítios nas seis cidades inseridas no projeto, começando pelo Centro de Interpretação, no Parque de Exposições do Crato.

Fonte: Blog do Crato

Peregrinação lembra vítimas da comunidade do Caldeirão


A memória das pessoas assassinadas no chamado "Massacre do Caldeirão" é revivida, amanhã, no Crato.

O caminho que ao Caldeirão é uma forma de reavivar na memória uma das experiências exitosas em comunidade rural, que terminou em tragédia e no sumiço de centenas de pessoas, entre crianças, adultos e idosos. Trabalhadores rurais, homens simples e que tinham como líder o beato José Lourenço, um discípulo do Padre Cícero, transformaram - se em uma ameça ao sistema. Um foco comunista num rincão distante do sertão nordestino.

As tropas do Exercito Brasileiro e da Polícia Militar agiram. Oficialmente, cerca de 400 pessoas foram mortas por resistir. Extraoficialmente, mais de mil pessoas foram assassinadas, a partir de ataques aéreos. Há quem diga que este fato não ocorreu. A vala comum onde foram enterrados os corpos não foi encontrada até hoje. Neste domingo, acontece a 12a Romaria das Comunidades de Base do Sítio Caldeirão de Santa Cruz do Deserto.

O mês de setembro tem um significado importante. Foi o período de expulsão dos moradores, no ano de 1936. Foi uma experiência de 10 anos, no local, sob a liderança do beato. A reza e o trabalho davam autonomia de sobrevivência no que se transformava num oásis em meio ao deserto. É sempre no domingo, após a procissão de Nossa Senhora das Dores, que acontece a Romaria do Caldeirão, já que a intenção dos organizadores é também possibilitar que os romeiros do Padre Cícero, que vão ao Juazeiro, também possam conhecer e a vida de um dos discípulos do "Padim" e a história do local. São cerca de 32 quilômetros saindo do Crato para se chegar até o local.

A estrada, segundo a secretária de Cultura, Esporte e Juventude do Crato, Daniele Esmeraldo, recebeu melhorias e será dado apoio de transporte e melhoria de infraestrutura, além de distribuição de água para as pessoas que participarem.

Padre Vileci lembra de um dos momentos da história, na época da formação do Caldeirão. A terra foi ofertada pelo Padre Cícero ao beato, que tinha sido expulso do Sítio Baixa Dantas. A comunidade mostra o exemplo, conforme o padre, de que é possível conviver com o semiárido, por meio do desenvolvimento sustentável. "O Caldeirão é um exemplo de vida saudável com a natureza", afirma oo sacerdote.

O padre destaca a importância de um projeto que esteja relacionado com a realidade local, a arquitetura, para que a memória seja preservada. A secretária de Cultura diz que até o fim do ano de 2012 será construído um memorial no local, preservando a suas origens, inclusive ouvindo estudiosos e pesquisadores. Houve um investimento inicial, para a construção de uma casa de apoio para os visitantes e pesquisadores e pela primeira vez foi instalada eletricidade no local, o que irá proporcionar melhorias também para a celebração. Ele lembra a importância de uma boa acolhida para o turista que se desloca até o sítio.

A secretária destaca o recente trabalho de sinalização que foi feito na estrada. Ela ressalta que a proposta é construir no local um memorial dedicado à história do Caldeirão. Atualmente, o sítio conta com a capela, que tem como padroeiro Santo Inácio de Loyola, casas de taipa construídas pelo beato, e as ruínas da sua própria residência. A meta é que seja desenvolvido todo um receptivo para o turista, pesquisadores, estudantes e romeiros.

Fonte: Caderno Regional/ Diário do Nordeste


sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Faltam 1.000 dias para a COPA 2014

E também 13 aeroportos, 12 estádios de futebol e muito muito mais. Pouco foi feito nos 1.415 dias que se passaram desde o anúncio do Brasil como sede da COPA 2014. E resta muito ainda a fazer nos próximos 1.000 dias.

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

´Pai do biodiesel´ morre em Fortaleza

O engenheiro químico cearense Expedito Parente não resistiu a complicações de uma cirurgia de diverticulite

Morreu, na madrugada de ontem, aos 70 anos, o engenheiro químico cearense Expedito Parente, reconhecido mundialmente como o "pai do biodiesel". Conforme informações da Universidade Federal do Ceará (UFC), instituição de onde era professor, Parente estava internado no Hospital São Carlos, em Fortaleza, e faleceu por complicações de uma cirurgia de diverticulite (inflamação no intestino grosso).

A partir de experiências com plantas oleaginosas, Expedito Parente produziu o biodiesel. A tecnologia, pesquisada pelo cearense de modo pioneiro no fim da década de 70 e patenteada nos anos 80, demorou a ser reconhecida no Brasil, mas foi explorada em outros países.

A ideia de Expedito Parente foi reconhecida pela Organização das Nações Unidas (ONU), pelo governo dos Estados Unidos, de empresas como a Boeing e da Nasa (Agência Espacial Americana). Hoje, a patente é de domínio público.

De acordo com a UFC, Parente afirmava que a popularização da descoberta era importante, pois cumpria três missões: ambiental (substituindo os derivados do petróleo), estratégica (colocando o Brasil em posição de destaque no cenário mundial) e social (por ter potencial de gerar a paz, com distribuição de riqueza). "Ele brigou por uma causa, dando uma demonstração de como tinha visão de futuro", disse o reitor da UFC, Jesualdo Farias.

Em nota, a presidente Dilma Rousseff lamentou a morte de Parente que, segundo ela, é motivo de orgulho para todos os brasileiros. "A dedicação de Expedito ao biodiesel contribuiu para reduzir a pobreza no campo", destacou Dilma.

Homenagens

Em 2007, o professor foi agraciado com o Troféu Sereia de Ouro, do Sistema Verdes Mares. Na época, ele afirmou que a homenagem era especial.

Ontem, na Câmara dos Deputados, o parlamentar cearense Ariosto Holanda (PSB) registrou sua homenagem. "O Ceará, com certeza, se lembrará do nome de Expedito Parente como o engenheiro, professor e cientista que esteve à frente da implementação de vários projetos educacionais e de engenharia", ressaltou.

Praias estão ameaçadas de sumir em dois municípios

Nos próximos 100 anos, é provável que os moradores de Acaraú e Icapuí, a 255 e 202 quilômetros de Fortaleza, respectivamente, vejam parte de suas praias desaparecerem com o avanço do mar. As zonas litorâneas têm faixas de terra mais baixas que o restante da cidade. Isso significa que têm áreas mais propensas à erosão e ao avanço do mar. A explicação é do professor Luís Parente, geólogo e diretor do Instituto de Ciências do Mar (Labomar), da Universidade Federal do Ceará.


Os relatos estão especificados no Estudo Erosão e Progradação (recuo) do Litoral

Brasileiro, realizada pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA). O Labomar participou da coleta de dados da pesquisa no Ceará. A partir de informações colhidas pelos estudiosos cearenses, os pesquisadores do MMA compararam dados mais recentes, de 2008 a 2010, com dados das últimas duas décadas. O estudo foi realizado em todo o litoral brasileiro para avaliar as consequências o avanço e recuo do mar.


A tendência da invasão do mar sobre as praias de Acaraú e Icapuí pode ser amenizada. Um monitoramento das áreas que podem ser afetadas já deve ser pensada pelo Estado, segundo Parente. O tipo de prevenção ainda precisa ser estudado, mas o pesquisador do Labomar indica algumas possíveis soluções: realizar uma contenção com rochas, à modelo da praia do Icaraí, ou remover a população das áreas que seriam mais afetadas. “É preciso haver um programa estadual para prever e mitigar as mudanças”


A partir da pesquisa, apontada como “atlas do litoral”, será possível criar estratégias para reduzir as consequências desastrosas do avanço do mar. “As praias de Acaraú e Icapuí são, atualmente, as que mais sofrem processos de erosão”, conta Parente. Nos últimos 100 anos, o litoral cearense perdeu 3,2 metros de praia.


O Norte e Nordeste são as regiões brasileiras que mais devem sofrer com o aumento no nível do mar. A analista ambiental do MMA, Márcia Oliveira, apontou que os solos no litoral dessas áreas têm plataforma de baixa declividade, ou seja, provocaria mais destruição. “É como se fosse um ‘prato raso’, enquanto no Sul e Sudeste, um ‘prato fundo’”, compara Oliveira.


O aumento do nível do mar e a erosão são processos naturais. A diferença, segundo a analista ambiental, está na aceleração provocada pelas intervenções humanas. “Cerca de 40% do litoral brasileiro passa por erosão ou progradação (recuo) do mar”.


Fonte: O POVO Online

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Prefeitos cobram verbas em Brasília

Prefeitos de todo o País estão chegando, nesta terça-feira, a Brasília para pedir aos parlamentares que aprovem matérias de seu interesse. O movimento tem o apoio da Confederação Nacional de Municípios. O Ceará apoia a articulação e mandou caravana que conta com prefeitos como os de Pacjus, Pedro José, e de Jucás, Helânio Facundo.

Nesta manhã, um grupo se reuniu no Auditório Petrônio Portela, do Senado. A pauta inclui royalties de petróleo da camada pré-sal, a regulamentação da Emenda 29 – que define percentuais mínimos dos orçamentos da União, dos Estados e municípios para a saúde – a apreciação do Veto 23/2009, que prevê o encontro de contas dos débitos e créditos dos municípios com a Receita Federal e o INSS (Instituto Nacional do Seguro Social).

A mobilização continuará até esta quarta-feira. Os prefeitos vão entregar as reivindicações aos presidentes da Câmara, Marco Maia (PT-RS), e do Senado, José Sarney (PMDB-AP).

Fonte: Blog do Eliomar de LimPP

Parque Rachel de Queiroz é a solução para os problemas de drenagem da Região Oeste

O geólogo e consultor ambiental, Ricardo A. M. Theophilo, entra no debate sobre o projeto de canalização do riacho Alagadiço. Ele participou de encontro com a coordenação do Movimento Pró-Parque Rachel de Queiroz, realizado no último sábado (10/9), e afirmou que o Plano Diretor de Fortaleza, aprovado em 2009, proibe a canalização do riacho. Em artigo publicado no site www.parqueracheldequeiroz.org , o respeitado consultor analisa a Lei Municipal, denuncia as ocupações irrgulares do leito do riacho como o maior problema de drenagem e conclui que "a criação do Parque Rachel de Queiroz pode resultar num controle natural das cheias da região". Confira abaixo:

Riacho Alagadiço e Sistema de Drenagem

As cidades possuem uma forte tendência à impermeabilização dos solos, daí os Planos Diretores indicarem os limites de ocupação por trechos e zonas no interior das mesmas. No caso de Fortaleza há um recente plano diretor (Lei complementar nº 062, de 02 de fevereiro de 2009), que trata da maioria das questões pertinentes, em substituição a outras anteriores que versavam no mesmo sentido. A bacia hidrográfica do Riacho Alagadiço, no plano diretor, possui duas macrozonas de proteção ambiental, e complementam-se por parte de ZOP 1 e parte de ZRU 1.

Art. 59 - A macrozona de proteção ambiental é composta por ecossistemas de interesse ambiental, bem como por áreas destinadas à proteção, preservação, recuperação ambiental e ao desenvolvimento de usos e atividades sustentáveis.

Art. 60 - São objetivos da macrozona de proteção ambiental:
I - proteger os sistemas ambientais existentes;
II – recuperar os sistemas ambientais degradados;
III - regular usos, ocupação e desenvolvimento de atividades sustentáveis, conter atividades incompatíveis com a conservação de ecossistemas, recursos naturais e atributos relevantes da paisagem;
IV – garantir a preservação dos ambientes litorâneos;
V – garantir acesso público às praias, conferindo boas condições para atividades de lazer e recreação;
VI - limitar a expansão urbana nos limites da macrozona de proteção ambiental;
VII - referenciar a elaboração de um Sistema Municipal de Áreas Verdes e Unidades de Conservação, integrado ao Sistema Municipal de Meio Ambiente (SIMMA);
VIII - promover a qualidade ambiental, garantindo a qualidade de vida da população.

Art. 61 - A macrozona de proteção ambiental subdivide-se nas seguintes zonas:
I - Zona de Preservação Ambiental (ZPA);
II - Zona de Recuperação Ambiental (ZRA);
III - Zona de Interesse Ambiental (ZIA).

Parágrafo Único - A localização e os limites das zonas de que trata este artigo são os constantes das delimitações georreferenciadas do Anexo 2 (Mapa 2) e Anexo 2-A, desta Lei.

Art. 62 - Não será permitida a edificação do subsolo na Zona de Preservação Ambiental da Macrozona de Proteção Ambiental.

No caso da bacia hidrográfica do Riacho Alagadiço há dentro da macrozona de proteção ambiental a ZPA1 e a ZRA. A ZPA 1 é a Faixa de Preservação Permanente dos Recursos Hídricos.

Art. 66. São parâmetros da ZPA:
I - índice de aproveitamento básico: 0,0;
II - índice de aproveitamento máximo: 0,0;
III - índice de aproveitamento mínimo: 0,0;
IV - taxa de permeabilidade: 100%;
V - taxa de ocupação: 0,0;
VI - altura máxima da edificação: 0,0.

§ 1º - Não será permitido o parcelamento do solo na Zona de Preservação Ambiental (ZPA).

Como se observa não pode haver impermeabilização na ZPA, pois a permeabilidade tem que ser 100%. Assim qualquer proposta que englobe impermeabilizar o leito do riacho, por exemplo, é ilegal.

Art. 67 - A Zona de Recuperação Ambiental (ZRA) compõe-se por áreas parcialmente ocupadas e com atributos ambientais relevantes que sofreram processo de degradação, e tem como objetivo básico proteger a diversidade ecológica, disciplinar os processos de ocupação do solo, recuperar o ambiente natural degradado e assegurar a estabilidade do uso dos recursos naturais, buscando o equilíbrio socioambiental.

Art. 68 - São objetivos da Zona de Recuperação Ambiental (ZRA):
I - promover a conservação e recuperação ambiental de áreas indevidamente utilizadas e/ou ocupadas;
II – qualificar os assentamentos existentes, de forma a minimizar os impactos decorrentes da ocupação indevida do território elevando os níveis da qualidade ambiental;
III - controlar e disciplinar os processos de uso e ocupação do solo a fim de assegurar a estabilidade do uso dos recursos naturais;
IV - proteger ambientes naturais onde se assegurem condições para a existência ou reprodução de espécies ou comunidades da flora e da fauna local;
V - promover a regularização fundiária nas áreas ocupadas pela população de baixa renda, definidas como ZEIS;
VI - promover a recuperação ambiental de terras ocupadas irregularmente mediante Termo de Compromisso.
Como se observa essas áreas são fortemente protegidas por Lei e qualquer ação em seu interior demandará cuidados especiais.
A ZOP 1 é Zona de Ocupação Preferencial 1, na qual se permite a máxima intensificação do uso e ocupação do solo, no entanto:
- Taxa de permeabilidade é 30%;
- Taxa de ocupação é 60%;

Como se vê nem na zona de ocupação preferencial é permitido impermeabilizar e ocupar desregradamente. A ZRU 1 é a Zona de Requalificação Urbana 1, na qual há: “insuficiência ou precariedade da infraestrutura e dos serviços urbanos, principalmente de saneamento ambiental, carência de equipamentos e espaços públicos, pela presença de imóveis não utilizados e subutilizados e incidência de núcleos habitacionais de interesse social precários; destinando-se à requalificação urbanística e ambiental, à adequação das condições de habitabilidade, acessibilidade e mobilidade e à intensificação e dinamização do uso e ocupação do solo dos imóveis não utilizados e subutilizados.”

A análise que se faz compreende que em nenhuma das zonas há de se permitir qualquer ocupação fora do contexto a qual se refere a zona a ser ocupada.

Além das zonas serem diferenciadas entre si, o meio ambiente também é diverso, ensejando que não possa haver uma resposta comum a qualquer evento de drenagem urbana. Cada trecho arenoso ou argiloso, rochoso ou pedregoso, meândrico ou retilíneo, com forte ou moderada declividade, terá sempre diferenças em relação ao outro, assim um projeto de drenagem deverá também compartimentar-se para atuar em conformidade com a natureza de cada trecho, pois haverão trechos íngremes e outros planos com maior ou menor permeabilidade natural ao longo de um eixo de drenagem urbana.

Passando das limitações legais e pela natureza física, ainda há a condição efetiva de ocupação, ou seja: aquela ocupação que ocorreu em desrespeito das Leis e que com isso consegue alterar as condições naturais de escoamento da drenagem. Como essas ocupações são pontuais, um projeto de drenagem urbana há de considerá-las também.
Comentário: Neste momento é pertinente afirmar que não se pode produzir um projeto de drenagem único para locais tão diversos, devendo o mesmo ser compartimentado, onde as soluções técnicas de um trecho são, certamente diversas da de outros.

Contextualizando o sistema de drenagem para o riacho Alagadiço e a proposição de criação do Parque Rachel de Queiroz, se verifica que o maior problema de drenagem urbana se dá com a ocupação irregular do leito do riacho, e cujo ponto mais crítico é, com absoluta certeza técnica, a construção de um shopping sobre o curso do mesmo, em total desrespeito as Leis, quer sejam: municipais, estaduais ou federais.

A criação do Parque Rachel de Queiroz em si, pode resultar num controle natural das cheias, como atestado emnota técnica do ano de 2003. A nota trata do trecho 6 do Parque, cuja implementação é a demanda principal do movimento pela criação do Parque Rachel de Queiroz. O trecho 6 está localizado imediatamente ao norte do Colégio Santa Isabel, sendo margeado pela Av. Parsifal Barroso. Nele havia uma grande várzea que funcionava como controladora natural das cheias, pois a água extravasava o leito do riacho e ficava retida nas várzeas, escoando depois lentamente e evitando alagamentos às zonas habitadas. Ocorre que o local ficou desprotegido e nele foram lançados rejeitos de construção civil, lixos diversos, e toda sorte de descartes urbanos. Isso provocou o aterramento da várzea (ver nota técnica). Retirar os entulhos da várzea é o melhor controle de drenagem urbana que se pode realizar, pois será o de menor custo e maior eficiência. Isso pode, e deve, ser associado a implantação efetiva do trecho 6 do Parque Rachel de Queiroz.

Ressalta-se que com o sistema natural da várzea, o leito do riacho, torna-se de menor importância, sendo recomendada sua manutenção o mais próxima do natural possível, sem confinamentos por qualquer canalização, bem como mantendo as curvas naturais do mesmo, evitando sua retificação.

Sobre retificação as normas ambientais do País já prevêem, desde 1986, que devem ser precedidas por um EIA/RIMA, sobre impermeabilização com canalização do riacho Alagadiço no trecho 6 do Parque Rachel de Queiroz o próprio plano diretor de Fortaleza proíbe.

Por fim gostaria de me solidarizar com todos os companheiros que estão tentando dar a cidade o Parque Urbano mais racional do Brasil, pois será o de menor custo por área e o de maior inclusão social, já que será implantado no bordo de maior concentração populacional da cidade, que é o mesmo onde há as menores áreas protegidas.

Fortaleza, 11 de setembro de 2011

domingo, 11 de setembro de 2011

Ventos e firmamento guiam jangadeiros no mar do Ceará

Herança indígena, homens e mulheres se orientam nos elementos da natureza para desbravar o mar

Jangadeiro é bicho esperto. Conecta-se com a natureza sem pedir licença à tecnologia. O mundo está mudado, mas se um dia, "que Deus o livre", as máquinas do homem pifarem, enquanto houver estrela no firmamento, lua, sol e vento, não tem problema que segure o pescador em terra ou o impeça de sair do mar. Antes de bússola, GPS, relógio e farol, já havia peixe e pesca, desafios nas tempestades do mar bravo. E já valia o conhecimento de cabeça, baseado na percepção dos cinco sentidos.

Entregar-se à natureza para senti-la e entendê-la. Não fala em pontos cardeais, mas sabe muito bem usá-los para ir mar a dentro e voltar para o mesmo lugar. E sabe muito mais, onde tem mais e menos peixes, quando está perto ou longe de terra e de casa. Mas tem jangadeiro que diz que mora mesmo é no mar. E a vida em terra que é uma viagem de passagem.

Fonte: Caderno Regional/ Diário do Nordeste

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Projeto para o Cariri continua só no papel

Com projeto já elaborado e recursos assegurados no valor de R$ 14 milhões, o Aterro Sanitário do Cariri, ou Aterro da Região Sul, continua somente no papel.

Essa situação decorre do fato de que os Municípios consorciados não chegaram a uma definição do local. A ideia inicial é que seria construído no Crato, mas a administração municipal vetou o projeto por não concordar com os impactos ambientais.

Segundo o secretário de Cidades, Camilo Santana, os recursos foram alocados por meio de empréstimos junto ao Banco Mundial. Essa iniciativa seria o ingresso de se formar aterros sanitários por regiões, no sentido de impor um limite para os lixões no Estado.

Atualmente, o Ceará conta com 280 lixões, número maior que o de Municípios, que é de 184. De acordo com o decreto governamental nº 29.881 de 31 de agosto de 2009, os Municípios que apresentam boa gestão ambiental garantem 2% dos 25% da redistribuição do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).

Exigência

Diante do impasse no Cariri, a alternativa que vem sendo planejada é a instalação em Juazeiro do Norte, que pelo tamanho de seu território é um dos menores cidades do Sul do Estado.

Uma outra alternativa foi pensada para Caririaçu, mas também acabou sendo inviabilizado. Para Camilo Santana, outra preocupação é com relação a operacionalização do aterro, que tem custos e exige a participação dos parceiros. "Essa menção de operar causa objeção nos prefeitos, porque até então não tinham quase nenhum custo com o destino final do lixo da cidade", disse Santana.

Fonte: Caderno Regional/ Diário do Nordeste

Aterros em apenas 7 cidades no Estado


Caucaia e Fortaleza já se articulam para a instalação de um novo aterro sanitário. Maracanaú e Maranguape também avançam na questão. No entanto, o interior ainda repete os vícios de destinar os resíduos sólidos para os lixões.

Essa questão preocupa, especialmente, o Governo do Estado, que quer cumprir determinação do Governo Federal para que os Municípios apresentem até 2012 o Plano Municipal de Saneamento, envolvendo água, esgoto e resíduos sólidos. O não cumprimento deverá acarretar o não repasse de recursos federais para as cidades.

No Ceará, apenas sete cidades do Estado têm aterros sanitários adequados, segundo a Secretaria Estadual de Cidades. Desse total, há uma ação de ampliação do Aterro Sanitário Metropolitano Oeste de Caucaia (Asmoc), que deverá entrar em operação a partir de 2014, e um outro que conta com projeto, recursos, mas ainda não saiu do papel: do da Região do Cariri, por conta da indefinição do local de funcionamento.

Responsabilidade

O titular da Secretaria de Cidades, Camilo Santana, diz que embora a coleta e o destino final seja da responsabilidade dos Municípios, o Governo do Estado está intervindo na questão, diante das determinações voltadas ao saneamento básico por parte do Governo Federal e da meta de se acabar com os lixões até 2014. Camilo Santana diz que o desafio é grande, uma vez que, dos 184 Municípios cearenses, apenas Fortaleza, Caucaia, Eusébio, Maracanaú, Pacatuba, Maranguape e Sobral destinam corretamente os resíduos sólidos em aterros sanitários.

"A construção de aterro tem sido um problema sério, porque existe a mentalidade de que não compensa investir nesse equipamento, enquanto que os lixões são com custos bem mais reduzidos", disse Camilo Santana. A produção de resíduos também é pouco expressiva para comportar um aterro moderno e adequado às normas de saneamento básico.

Com isso, o secretário de Cidades informou que a alternativa encontrada para o Ceará tem sido a formação de consórcio. Ou seja, reunir cinco a seis Municípios para a construção de um aterro que atenda à demanda de todos os participantes. Nesse caso, já funcionam os aterros de Caucaia (atendendo Fortaleza e Caucaia), Maracanaú (Maranguape e Maracanaú), Aquiraz (Eusébio e Aquiraz), Jaguaribara (Jaguaribara), Sobral (Meruoca e Sobral), Pacatuba e Horizonte.

"Nossa pretensão é que os 184 Municípios cearenses tenham cobertura por aterro sanitário, daí que há projetos executivos em andamento para o Cariri, Camocim, Sobral, São Benedito, Pedra Branca, Limoeiro do Norte, Paracuru, Icó e Milagres, que pelos consórcios atenderão todas as regiões do Estado", afirmou Camilo Santana. No caso de Fortaleza e Caucaia, além de se contar com um aterro em funcionamento, há também um projeto de construção em andamento, que consistirá numa expansão do existente naquela localidade metropolitana de Fortaleza.

Vida útil

O superintendente da Ecofor Ambiental (empresa responsável pela coleta, destino final dos resíduos, operacionalização e construção do novo aterro) João Júlio de Holanda, disse que a ideia é que o equipamento entre em funcionamento em 2014, quando se expira a vida útil do Asmoc. "Com o novo aterro, há uma garantia de mais 20 anos de destino final do lixo para Fortaleza e Caucaia, que hoje somam um depósito de 150 toneladas por mês".

Poluição dos solos

Segundo Passos, a experiência do consórcio com Caucaia não só fez consolidar a ideia dos consórcios, como foi um passo importante para o Estado ingressar na era que encerrava os lixões. Entre os impactos negativos, a destinação inadequada dos resíduos sólidos em lixões gera contaminação dos lençóis freáticos e recursos hídricos superficiais, doenças como leptospirose, contaminação do solo e mudanças climáticas. Para o ambientalista, a existência de lixões é totalmente negativa pelos aspectos da saúde pública e de meio ambiente.

FIQUE POR DENTRO

Diferença

Passar de lixão para aterro não é só uma elevação de status. Os sanitaristas observam que há cuidados básicos dos modernos depósitos de lixo, quanto ao tratamento do chorume (líquido tóxico decorrendo dos resíduos), com lagoas ou uso de produtos químicos e impermeabilização do solo, para evitar a contaminação do lençol freático.

Fonte: Caderno Regional/ Diário do Nordeste

terça-feira, 6 de setembro de 2011

CIC promove debate sobre Fortaleza sustentável

O Centro Industrial do Ceará vai realizar, nesta quinta-feira, a partir das 19 horas, no auditório da Federação das Indústrias do Estado, mais um ciclo de debate sobre a cidade de Fortaleza. Segundo a presidente da entidade, Roseane Medeiros, dois paineis e dois convidados nessa edição.

O arquiteto e compositor Fausto Nilo abordará o tema “A Construção Intelectual do Futuro da Cidade”, enfocando intervenções no plano cultural.

Já o ex-secretário estadual do Desenvolvimento Urbano, Adolfo Marinho, falará sobre o tema “Pilares para a Construção de uma Cidade Sustentável”.

Fonte: Blog de Eliomar de Lima