domingo, 31 de janeiro de 2010

Reitoria da URCA não opina......

Permanece o imbróglio: na sexta-feira, dia 22, a direção, alguns professores e a maioria dos alunos da Escola de Artes Violeta Arraes de Barbalha teriam optado pela transferência da escola para o Campus Urca/Pirajá, em Juazeiro do Norte.

Eles alegaram - em entrevista na Rádio Cetama & a falta de estrutura do prédio em Barbalha para o funcionamento da escola. Mas as lideranças de Barbalha não se conformaram com o anúncio. Na última quarta-feira, dia 27, houve uma audiência no plenário da Câmara Municipal de Barbalha para impedir a transferência. Lamenta-se que as coisas estão sendo anunciadas à revelia do Reitor da Urca, Professor Plácido Nuvens, a quem cabe a palavra final sobre o assunto.

Fonte: Coluna CARIRI/ O POVO.

DestruÍram os buritizais do Cariri

Lembram da música "Eu vou pro Crato", de Luiz Gonzaga? Aquela que diz: "Cratinho de açúcar... tijolo de buriti"? Pois a sanha predatória destruiu os buritizais do Cariri. Hoje é difícil encontrar no Cariri o famoso doce de buriti, outrora tão abundante. A palmeira buriti leva muitos anos para crescer e dar frutos. Sem falar que sua casca e miolo são muito utilizadas no artesanato. Só resta apelar ao curso de agronomia & do campus UFC-Cariri & para incentivar o replantio do buriti. O Cariri vai deixando de ser doce. Primeiro, desapareceram os engenhos de rapadura. Agora foi a vez o buriti.

Fonte: Coluna CARIRI/ O POVO

sábado, 30 de janeiro de 2010

Área indígena do Pecém aguarda posição da FUNAI

Justiça Federal no Ceará e Procuradoria Geral da República - no Ceará e em Brasília - aguardam resposta da Funai sobre identificação e delimitação da área indígena, pertencente ao povo Anacé, no Complexo Industrial e Portuário do Pecém. Promete ser forte a pressão sobre a Fundação Nacional do Índio (Funai) por um parecer sobre a identificação e delimitação da área onde vivem integrantes da etnia indígena Anacé no Complexo Industrial e Portuário do Pecém (CIPP).

Na tarde de ontem, o procurador Francisco Araújo de Macedo Filho, do Ministério Público Federal do Ceará (MPF-CE), recebeu um retorno da Procuradoria Geral da República sobre o assunto. O documento, da 6ª Câmara de Coordenação e Revisão da Procuradoria, informa que a Procuradora Raquel Dodge entrou em contato com o presidente da Funai, reforçando a urgência de o órgão publicar a portaria que institui o grupo de trabalho e o desloque para a área do CIPP.

Fonte: O POVO/ Economia

sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Concurso Nacional para Habitação de Interesse Social

A Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano do Estado de São Paulo (CDHU) e o Instituto de Arquitetos do Brasil – Departamento São Paulo (IAB-SP) lançaram no último dia 25 o Concurso Nacional de Projeto de Arquitetura de Novas Tipologias para Habitação de Interesse Social Sustentável. A intenção é premiar boas alternativas para imóveis voltados para a população de baixa renda.

As tipologias habitacionais serão organizadas em seis grupos: casas térreas, casas escalonadas, sobrados, edifícios de três pavimentos, edifícios de quatro pavimentos e edifícios de seis e sete pavimentos. As propostas serão avaliadas segundo custo, prazo de execução, condições de repetição da unidade, a melhor solução encontrada e o melhor preço, considerando o perfil de renda da população público-alvo.

Será verificado ainda o cumprimento das técnicas definidas no termo de referência e no edital, além de outros aspectos.O IAB-SP informou que o edital e o termo de referência estarão disponíveis no site da entidade (www.iabsp.org.br) em breve. O valor dos prêmios ainda não foi divulgado.

Fonte: Blog do IAB/CE

Fim da Amazonia peruana em 10 anos


Não é de hoje que Marc Dourojeanni, ambientalista veterano e colunista de O Eco, discorre sobre as ameaças de grandes obras de infra-estrutura ao futuro da Amazônia. São dezenas de artigos que detalham incongruências e inconsistências de tantas intervenções. Elas se avolumam, se agravam, e continuam muito mal explicadas para a sociedade.


Por isso, juntos, Marc, Alberto Barandiarán e Diego Dourojeanni resolveram iniciar a segunda década do milênio publicando um livro que traz a inestimável contribuição de detalhar de forma clara, objetiva e completa quais são os empreendimentos planejados para a Amazônia peruana, suas motivações e suas consequências como um todo para a região. Fizeram eles o que o governo tem se esquivado a revelar.


“Amazonía peruana em 2021: Explotación de recursos naturales e infraestructuras: ¿Qué está pasando? ¿Qué es lo que significan para el futuro?” (em espanhol), é uma obra provocativa que não se encerra nos interesses do país vizinho. Muito pelo contrário. Mostra quão envolvidos estão atores brasileiros nesses projetos, não se furtando a nomeá-los nem a detalhar as consequências de grande escala nas áreas de exploração madeireira, petróleo, mineração, energia hidrelétrica, agricultura e transportes.


Depois de dois intensos meses de trabalho, os autores conseguiram compilar em 162 páginas o que empreiteiros, bancos e governos querem omitir da sociedade quando se abordam as consequências de arrojados projetos de infraestrutura que atravessarão a Amazônia peruana. Hoje, toda essa informação está dispersa em empresas, administrações locais e nacionais, mas agora pode ser compreendida através da interpretação crítica dos autores.


“A informação é inacreditavelmente contraditória de fonte para fonte e de mês a mês. Na verdade, ela só pode ser reunida por equipes com muito conhecimento da realidade e da operação governamental, com contatos pessoais nos ministérios e após muito trabalho para extrair-la da internet, dos relatórios, declarações nos jornais e publicações”, explicou Marc Dourojeanni.


Por mais que os planos brasileiros deixem a dever em diversos aspectos, o Peru sequer tem um planejamento de desenvolvimento nacional, nem garante a seus cidadãos acesso às informações dos empreendimentos que apoia. “É impossível para um cidadão comum entender o que se passa na Amazônia peruana. No Brasil pelo menos programas como o “Avança Brasil” e o próprio Plano de Aceleração do Crescimento (PAC) podem ser lidos em um só documento amplamente divulgado. No Peru isso não existe”, revela Marc.


Fonte: Andreia Fanzeres/Portal O ECO. Entre 2009 e 2021 o Peru pretende constuir 52 centrais hidrelétricas na região amazônica. Foto: Thomas Muller. Direitos autorais preservados.

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Ceará "exporta" mão-de-obra para trabalho escravo

O Ceará é um dos principais Estados fornecedores de mão-de-obra para o trabalho escravo no Nordeste do Brasil."É declarada extinta desde a data desta Lei a escravidão no Brasil". A famosa frase inicia o artigo primeiro da Lei 3.353, de 13 de maio de 1888, assinada por Isabel Cristina Leopoldina de Bragança, a Princesa Isabel. Mas mais velha que a lei é sua infração, e passados 122 anos de legislação abominando a escravidão, em vários Estados brasileiros, incluindo o Ceará, o trabalho escravo é recorrente, com homens e mulheres sendo aliciados nos municípios do Interior para trabalharem mal sabem onde.

O Caderno Regional obtém, com exclusividade, levantamento do Ministério Público com os casos flagrantes de trabalho escravo ou degradante, e a libertação de mais de 300 cearenses aqui e em outros Estados.O Ceará ainda permanece como um dos principais Estados fornecedores de mão-de-obra para exploração em trabalho escravo ou degradante nas demais regiões do País, como ficou evidenciado no recente caso de 14 cearenses libertados em uma fazenda de plantação de tomate em Araguari (MG). É no Interior que acontecem o aliciamento e a exploração. De setembro de 2005 até a primeira quinzena de janeiro deste ano, foram libertados pelo menos 287 cearenses em condições análogas à escravidão ou, um pouco menos que isso, em situação degradante. Do total, 272 foram libertados no Ceará mesmo, dos quais cinco eram menores de idade. As libertações de cearenses em outros Estados (14 em Minas Gerais e um no Pará) são contagens parciais.

Fonte: Regional/ Diário do Nordeste

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Cortejo da Cruz da Baixa Rasa, no Crato


Realizada na manhã de ontem, na Serra do Araripe, mais uma tradicional Festa da Baixa Rasa, reunindo centenas de fiéis, que todos os anos se reúnem para cumprir o ritual de cortejo ao local onde se encontra a Cruz da Baixa Rasa, local em que foi encontrado morto um vaqueiro. Segundo dados históricos, esse fato foi registrado em 1877. Cerca de 300 vaqueiros participaram do cortejo e ao meio-dia foi celebrada missa no local.

A Secretária de Cultura, Esporte e Juventude do Crato, Danielle Esmeraldo, afirma que este ano procurou levar ao local os grupos de tradição popular. A festa, segundo Danielle, é um misto de reverência e fé dos vaqueiros. “A cada ano essa festa tem crescido e devemos aproveitar mais para promover o turismo, já que tem despertado o interesse”, afirma Danielle. Ela lembra da parceria com o IBAMA de manter a área preservada e da proibição de carros de som na área. “A gente tem que primar pela tradição, lidar mais com a parte histórica e cultural”, enfatiza.

Fonte: Blog do Crato e Assessoria da Prefeitura Municipal do Crato. Fotografia Elizangela Santos. Direitos autorais preservados.

SESC pretende implantar escola de música em Barbalha

A escola poderá ser instalada no Sítio Cabeceiras, devendo contemplar também comunidades da vizinhança. Promover a cultura vai além de ofertar entretenimento ou impulsionar a economia. Investir nesta área significa também colaborar para a melhoria da educação. Mas não basta dar acesso a eventos – é preciso garantir que o público esteja apto a compreender a arte e reconhecer sua importância e significado. É com este propósito que o Serviço Social do Comércio (SESC) pretende instalar uma escola de música e artes no Sítio Cabeceiras, localidade da zona rural de Barbalha.

No último sábado (23), o coordenador regional do SESC, Paulo Damasceno esteve visitando a localidade, quando na oportunidade se reuniu com lideranças comunitárias.De acordo com Paulo Damasceno a Escola de Música contemplaria não apenas a comunidade de Cabeceiras, mas também outras da vizinhança, acrescentando que seriam beneficiados principalmente, aqueles jovens que têm tendência musical ou qualquer outra tendência artística.

O projeto faz parte das políticas de incentivo à juventude, promovidas pelo Sesc em comunidade rurais e também em sedes de municípios do Cariri. Paulo Damasceno é coordenador do Sesc - Unidade de Juazeiro do Norte.A princípio, a escola poderá funcionar no prédio da Associação de Moradores e poderá receber o nome de “Escola de Música e Arte Mestre Virgílio”, exímio sanfoneiro que nasceu, viveu e morreu no Sítio Cabeceiras.

Fonte: Blog do Crato

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

A cidade e a prevenção de tragédias

AMÍRIA BRASIL
Arquiteta/Urbanista
Professora do Curso de Arquitetura e Urbanismo/ UNIFOR

Eventos naturais tomam maiores proporções quando acontecem nas cidades, principalmente nas grandes, devido à alta concentração populacional. Esses eventos tornam-se desastres quando fazem um grande número de vítimas, como os recentes tremores de terra no Haiti ou as enchentes no Sul do Brasil no início do ano. Entretanto, parte desses desastres poderia ser evitada se as cidades fossem preparadas para prevenir os eventos ou reduzir seus danos.

O rápido crescimento das cidades, principalmente a partir da metade do século XX, dificultou a ampliação de infraestrutura nelas bem como diminuiu a capacidade do Estado de controlar seus crescimentos, o que são importantes causas dos efeitos dessas tragédias. No Brasil, a maior parte dos desastres naturais se relacionam aos períodos de chuva, que causam enchentes, alagamentos e muitos prejuízos.

O principal problema relacionado a isso é que as cidades não possuem um sistema de escoamento de água eficaz. É necessário um bom sistema de drenagem urbana para que, em período chuvoso, as águas possam escoar evitando alagamentos. A alta taxa de impermeabilização dos solos, que provoca o acúmulo de águas na área urbana, e a ocupação de áreas de proteção ambiental são fatores que, combinados, causam desastres em épocas de chuvas. É necessário promover a desocupação das áreas na borda de recursos hídricos, bem como evitar novas ocupações em áreas próximas aos recursos hídricos ou em cima dos morros. As cidades precisam prevenir os desastres, fazendo um planejamento para essas situações ao invés de simplesmente reconstruir o que foi destruído.

Publicado no Jornal Diário do Nordeste/ 24/01/2010

domingo, 24 de janeiro de 2010

A riqueza da natureza


Considerada uma das mais aclamadas publicações de fotografia de natureza, o livro lançado anualmente pela CEMEX, IUCN, Conservation International e International League of Conservation Photographers (iCLP) trata, em sua última edição (2009), do tema 'pagamentos por serviços ambientais'.Entitulado “The Wealth of Nature” ( A riqueza da natureza), o livro traz imagens marcantes de diversos ecossistemas e seus habitantes ao redor do mundo.

Neste ensaio trazido por O Eco, você verá belas imagens do Japão, Croacia, Equador e Brasil, entre outras. Mais de vinte ensaios de alguns dos mais renomados cientistas trabalhando em conservação estão presentes na publicação. A principal mensagem é que o crescimento econômico insustentável tem representado um ônus para a capacidade da natureza de prover água limpa, ar limpo, medicamentos e regulação climática.

http://www.oeco.com.br/

Como aprendemos a andar no mato


Caminhar no mato parece a coisa mais natural do mundo, pelo menos desde que nossos ancestrais desceram das árvores e adotaram esta postura instável, que nos condena a problemas de coluna e, em troca, libera os membros superiores para tarefas mais elevadas – como estapear mosquistos ou empunhar o telefone celular para fotografar cada passo da jornada.

Mas, apesar dessa aparente naturalidade, andar no mato é uma invenção recente, que talvez por isso no Brasil ainda depende de empresas especializadas e guias meio fanáticos, para apontar aos desavisados o caminho das trilhas como se elas fossem a estrada de Damasco. Basta um dia de enchente humana num parque nacional para ver o bom serviço que eles prestam. Sem seu fervor quase evangélico, as picadas estariam às moscas. Ligando geralmente o nada a lugar nenhum, elas dependem, para ter algum tráfego, da “caminhada romântica”, moda que, segundo o historiador Simon Schama, nasceu no século XIX e tem autor conhecido.

Chamava-se Claude François Denecourt. Antes dele, só se ia ao mato para derrubar árvore, matar bicho ou fugir da cadeia. Ele mudou isso radicalmente. Denecourt foi retratato pelo literato Theophile Gauthier como “um homenzinho vestido com simplicidade, portanto um chapelão e óculos, segurando o galho de azevinho que lhe serve de bastão para subir a encosta”. Ninguém se iluda. Seu despojamento era grife, sua fantasia de “Le Sylvain”, o gênio da floresta. A Nike, a Columbia, a Patagonia e outras etiquetas do ramo só viriam aprimorar o figurino dos caminhantes muitas décadas depois.

Denecourt foi, basicamente, um comerciante de conhaque em Fontainebleau, nos arredores de Paris. Ferido nas guerras napoleônicas, coxeava. Embora manco, era um andarilho infatigável, treinado em marchar por anos a fio de um lado para outro na Europa, arrastado com as campanhas do imperador como soldado do 88º Batalhão de Infantaria Ligeira. Ao dar baixa, conheceu a floresta de Fontainebleau quando ela caía aos pedaços. Fora uma reserva de caça real, e passou a ser tratada como terra de ninguém na França revolucionária – mais ou menos como por aqui, à falta de governo, fazem os grileiros da Amazônia.

Desmatada, defaunada e invadida, Fontainebleau sobreviveu aos tropicões da história francesa porque Denecourt promoveu sua reciclagem como lugar de passeio. Ele abriu pessoalmente 300 quilômetros de picadas na floresta. Batizou itinerários, árvores e pântanos. Transformou em refúgios rústicos as cavernas que antes tinham fama de abrigar bandidos.

Sua influência foi, literalmente, incomensurável. Chegou até a concepção original do Central Park em Nova York ou, para ficar mais perto, à Floresta da Tijuca, no Rio de Janeiro. Aliás, todo jardim do paisagista Auguste François Glaziou, que reinou na corte de D. Pedro II, não deixava de ser uma espécie de miniatura da Fontainebleau de Denecourt.

Fontainebleau, onde Deneccourt é nome de rua e tem estátua en praça pública, continua cercada por 24 mil hectares de velhos bosques, preservados desde que, no rastro de Denecourt, foram parar lá, de carruagem, os grã-finos do Império. Com eles vieram os pintores, toda uma geração pré-impressionista que arranchou no vilarejo de Barbizon, na beira do bosque, e cevou ali uma escola de paisagismo e um culto da natureza que serviu, nos Estados Unidos, para inspirar a decretação dos primeiros parques nacionais.

Em resumo, os guias de ecoturismo são apóstolos de Denecourt mesmo que não saibam. Como ele, acreditam que caminhar no mato não é coisa que se nasça sabendo. É algo que se aprende. Como todo passo civilizatório.

Nota da Postagem: Marcos Sá Correa é jornalista e fotógrafo. Formou-se em História e escreve na revista Piauí e no jornal O Estado de S. Paulo. Foi editor de Veja e de Época, diretor do JB, de O Dia e do site NO. É pai de Rafael Corrêa, colunista de O Eco. http://www.oeco.com.br/

Imagem do mangue do Cocó. Uma porção de mato, ainda existente, n urbanizada na cidade de Fortaleza. Fotografia de Daniel Roman. Arquivo Ibi Tupi.

sábado, 23 de janeiro de 2010

Marina critica o PAC. Quem vai cirticar Marina!

Deu no O GLOBO/ BLOG DO NOBLAT

A pré-candidata do PV à sucessão presidencial, Senadora Marina Silva (AC), entrou no debate sobre o futuro do PAC no próximo governo ao afirmar que o principal programa de infraestrutura da Gestão Lula tem um visão equivocada e que as obras não se preocupam devidamente com o impacto social e ambiental."O programas tem um visão equivocada. É a visão da aceleração pela aceleração. Precisamos dos investimentos em infraestrutura, mas ele pode ser feito de forma cuidadosa com as questões sociais e ambientais", disse a senadora a jornalistas nessa sexta-feira no Rio onde gravou o programa eleitoral do partido no rádio e na TV que vai ao ar em 4 de fevereiro.

Marina não falou em acabar com o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), como defendeu o presidente nacional do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE), o que provocou a ira da base governista. Ela avalia, no entanto, que falta uma visão estratégica e nacional ao programa de aceleração do crescimento. "Tem que se pensar a infraestrutura do país de forma mais estratégica. Não se trata apenas de ter investimentos fragmentados. É preciso ter um olhar mais integrado para o programa", declarou.

Comentário do BLOG DO NOBLAT:Marina deu seu aval para que a oposição baixa o cacete no principal programa de obras do seu ex-companheiro Lula. Quem criticava o PAC com timidez está autorizado a se soltar. Quero ver o governo e o PT partirem com tudo para cima de Marina. Não o farão - primeiro porque ela desfruta da credibilidade de quem estava do lado de dentro do balcão até outro dia. Segundo porque o PT e o governo sonham com o apoio de Marina a Dilma em um eventual segundo turno da eleição presidencial. E terceiro porque bater boca com Marina só a beneficia.

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Outro grupo de profetas faz previsão contrária

Já o profeta e pesquisador de Camocim, Luiz Gonzaga, diz que janeiro e fevereiro será de pouca chuva e que os meses seguintes, de março a maio, ficarão na média ou abaixo da média. "Este ano não será de muita chuva. Nada será acima da média", diz. Suas pesquisas, iniciadas há mais de 50 anos, são baseadas nas temperaturas dos oceanos Pacífico e Atlântico, correntes marítimas quentes e frias do Atlântico e do Pacífico, como também na observação dos elementos da natureza: temperatura, umidade do ar, pressão atmosférica e a força dos ventos.

Além disso, Gonzaga diz que a posição e o monitoramento dos fatores indutores de chuva são imprescindíveis para detectar se o primeiro semestre do ano será ou não de muitas precipitações. "Faço as pesquisas nos fundos da minha casa, onde tenho uma estação meteorológica amadora, em que faço as observações", relata. Por mais que os aspectos locais tenham interferência, ele ainda utiliza as observações que faz de outras regiões do País, como Sul e Sudeste."Observo também as chuvas na Venezuela e nas Guianas, além de acompanhar como está o clima na América do Norte e no norte da Europa", completa o pesquisador e profeta da chuva de Camocim.

Fonte: Caderno Regional do Diário do Nordeste

Profetas populares prevêem muita chuva

Profetas populares, reunidos em Tejuçuoca, a 140 quilômetros de Fortaleza, os estudiosos da natureza no VII Encontro dos Profetas Populares, fizeram previsões, discutiram experiências e no final deram seus depoimentos de que este ano será de muita chuva no sertão.

Francisco Rodrigues Adrade, 84 anos, residente no Riacho das Pedras, conhecido na região como "Mata onça", afirmou que suas experiências são as melhores possíveis. "Quando o João de Barro faz sua morada com a frente protegida para o sul é sinal de muita chuva, porque usa dessa artimanha para proteger seus filhotes. Em todos os lugares que andei o pássaro fez sua morada com a frente protegida", diz o profeta.

Outro que aposta num grande inverno é José Alvério Martins, 64 anos, o "Zé Nambú" que reside no Assentamento Macacos. Segundo ele, as formigas estão trabalhando durante a noite para levar alimento para suas moradas. "Quando elas fazem esse ritual, é porque vai chover muito. Venho observando o comportamento dos insetos e pela minhas experiências é sinal de muita chuva em 2010".

As previsões de Francisco Teixeira Carlos, 58 anos, o "Chico Flor" também são as melhores possíveis. "A rolinha fogo está construindo seu ninho em partes altas e quando ela age dessa maneira é porque vai rolar muita água no chão. Para se ter uma ideia, os pássaros dessa espécie estão fazendo os ninhos em juazeiros porque fica mais difícil da água penetrar na morada dos filhotes", observa o estudioso da natureza.

Para o idealizador do evento, Elizeu Joca, mesmo com os estudos da ciência, a previsão dos profetas só tem ajudado na preservação da natureza e na manutenção dessa cultura popular. "Os profetas são a essência e a sabedoria do homem do campo que, em muita das vezes, passa a acreditar mais nesses estudiosos do que na própria ciência", ressalta Elizeu Joca.

Fonte: Caderno Regional do Diário do Nordeste

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

50 milhões em projetos do BIRD, no Crato

O Prefeito do Crato, Samuel Araripe, secretários e equipe técnica da administração, estiveram reunidos durante a tarde de ontem, no Salão Nobre da Prefeitura Municipal, para tratar de etapa de implementação do Projeto Cidades do Ceará, do qual o Crato contará com várias obras nas áreas de infraestrutura urbana e saneamento.

Esteve presente uma equipe da Secretaria das Cidades, do Governo do Estado. Na ocasião foram discutidos os componentes de fortalecimento institucional e a gestão regional.Obras como a Encosta do Seminário, Aterro Sanitário e revitalização das praças do município, além do fortalecimento institucional, com capacitação de pessoal e modernização dos serviços foram debatidos.

Serão investimentos oriundos da administração, Banco Mundial e Governo do Estado. Esses projetos foram contemplados no Plano de Requalificação Urbana, e justificam um investimento nos próximos anos para o município no valor de R$ 50 milhões.

Segundo a técnica da Secretaria das Cidades, Liliana Oliveira, do Projeto Cidades do Ceará, a reunião teve como foco, a validação dos programas de capacitação do fortalecimento institucional com o quadro técnico da prefeitura, além do convite ao prefeito e secretários para estarem presentes no lançamento do Projeto Cidades do Ceará – Cariri Central. O evento acontecerá de 1 a 5 de fevereiro, com a participação de uma comissão de técnicos do Banco Mundial, que repassarão os procedimentos de como o projeto será desenvolvido. “Uma forma de tornar os gestores aptos a participar dos projetos”.

A técnica da Secretaria das Cidades ressaltou a receptividade do Crato em relação ao projeto e destacou que o município está à frente de muitas reivindicações que se necessita. Isso, para que os projetos sejam implementados, com uma equipe técnica envolvida, com respostas às demandas. No caso do Bairro Seminário, por exemplo, ela ressalta o envolvimento da comunidade e o interesse da administração para que a obra se efetive.

O Prefeito do Crato, Samuel Araripe, disse que o Crato está cumprindo o cronograma e esta é mais uma etapa vencida. Já se está discutido a redação final dos projetos, incluindo as praças centrais do Crato, Encosta do Seminário, aterro e fortalecimento institucional, no município.

Fonte: Blog do Crato/ Notícias do CRATO

Ceará usa vantagens competitivas

Em 1998, o Estado do Ceará representava, apenas, 1% das exportações brasileiras de frutas. Algo em torno de US$ 800 mil. Uma insignificância. Hoje, 22 anos depois, o Ceará responde por 18% das vendas de frutas do Brasil para o estrangeiro. Como isso foi possível? Quem responde é Carlos Matos, considerado, digamos assim, o pai do agronegócio cearense:

"Naquele tempo, nem o Governador Tasso Jereissati, de cujo Governo eu era o secretário de Agricultura Irrigada, acreditava nesse projeto. Ao mesmo tempo em que duvidava, ele, com a visão de estadista, mandou-me tocar a bola pra frente. Fui adiante e o que era um sonho se tornou realidade graças à continuidade do projeto e ao apoio que o Governo tem emprestado ao setor". Carlos Matos, muito admirado pelos empresários do agronegócio, aconselha: "O caminho agora é investir pesado no cultivo protegido" (sob estufas).

A Holanda gasta 1,3 mil euros para produzir 1 hectare de rosas; o Ceará gasta apenas US$ 250. Em S. Paulo, produzem-se 130 rosas por m²; no Ceará, 250 rosas. Uma rosa consome 70 dias antes de ser cortada; aqui, só 41 dias. Isto quer dizer que a floricultura cearense está transformando em competitiva as suas vantagens comparativas, como a insolação. "O Sol é o nosso maior aliado, pois ajuda o agronegócio e incentiva o turismo", diz Carlos Matos.

Fonte: Coluna do Egidio Serpa

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Estúdio América vence mais um concurso de Arquitetura movimentam a profissão


A proposta vencedora do Concurso Público Nacional de Anteprojetos de Arquitetura para a Requalificação e Ampliação do Complexo Teatro Castro Alves, organizado pelo Instituto de Arquitetos do Brasil, Departamento da Bahia e promovido pela Fundação Cultural do Estado da Bahia, é de autoria dos arquitetos Lucas Fehr, Mário Figueroa, Guilherme Motta, Carlos Garcia e Marcus Damon, do Estúdio América, de São Paulo, que já venceu recentemente outros concursos públicos importantes no Brasil e no exterior, como o do Complexo Hotel Paineiras no Rio de Janeiro (2009) e o Museu da Memória e Centro Matucana em Santiago do Chile (2007).

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

A importancia do Crato


A "Cidade de Frei Carlos", a "Princesa do Cariri", antigo "Município Modelo do Ceará", nos anos 60, continua sendo uma cidade com expressiva importância regional no sul cearense. Considerado o principal pólo histórico e cultural do Cariri, Crato tem enorme potencial na área do turismo ecológico, pois detém exuberante paisagem natural proveniente da chapada que a circunda, com suas trilhas ecológicas, fontes de águas naturais, cascatas, flora e fauna. Um paraíso a ser explorado, incluindo a pesquisa de plantas medicinais abundantes na Floresta Nacional do Araripe. Aliás, constava nos planos do Reitor André Herzog a criação na URCA de um curso de Farmácia para explorar esse potencial.

Os órgãos públicos ainda não despertaram para a potencialidade do turismo ecológico na Chapada do Araripe. Mas, profissionais do Sul do país já começam a prospectar essa área. É o caso de Paulo Boute, ornitólogo e guia turístico, que vem trazendo grupos de observadores da Europa e do Sul e Sudeste do Brasil para conhecer as aves, flora e fauna da Floresta Nacional do Araripe. Paulo Boute mantém um site (http://www.boute-xpeditions.com//). Ele vem frequentemente ao Crato trazendo turistas e pesquisadores.

Fonte: Coluna Cariri/ O POVO.

Os profetas da chuva viram expressão cultural


Ritual de previsão da quadra invernosa no Interior do Ceará se transforma em sarau de teatro, literatura e canto através de atividade de Clara Colin, 22 anos e Paula Cavalcanti, 24, duas universitárias apaixonadas pelo teatro que perceberam por meio dessa arte a possibilidade de representar no palco o hábito popular de personagens místicos sertanejos, os profetas da chuva.


Elas interpretam Chico Mariano e Paroara, dois dentre tantos cientistas populares do interior nordestino. Encantam pela encenação e mais ainda pela fidelidade aos costumes da dupla, conforme comentários de Hélder Cortez e João Soares, idealizadores e promotores do Encontro dos Profetas da Chuva, realizado anualmente em Quixadá, no Sertão Central do Ceará.As atrizes confessam admiração pela cultura nordestina.


Uma fluminense de Niterói, a outra da carioca do Rio, encontraram casualmente nas páginas do livro "Profetas da chuva", publicado pela psicanalista e professora da Universidade de Fortaleza (Unifor), Karla Patrícia Martins, relatos de dezenas deles. Os enredos bibliográficos reforçaram o fascínio pelas raízes sertanejas. Resolveram então pesquisar e assistir o espetáculo de perto. De cara, simpatizaram com o poeta José Anastácio da Silva, o Paroara, e Francisco Mariano Filho. Aprenderam as manias e o jeito manso da prosa dos profetas.


E assim, entre contos e cantos, puxam o público para o saudosismo poético do sertão, dos tempos em que se respeitava pela idade, de emocionar até mesmo quem está acostumado com essas histórias ou faz parte delas, como Ribamar Lima, um dos muitos observadores da região. "Essas meninas simplesmente incorporaram a alma do nosso povo. Isso é fantástico", comentou o servidor público e radialista, logo após a apresentação especial na sala de exibições Mestre Adolfo, no Centro Cultural Rachel de Queiroz.


Mesmo sem recursos, resolveram montar o prólogo, como definem a apresentação de cenário simples, com aproximadamente uma hora de duração. Esse trabalho começou em 2007. Durante sua elaboração, elas apresentaram um trecho de 15 minutos, no Festival de Esquetes de Resende, no Rio. No ano seguinte repetiram o espetáculo, dessa vez no Festival de Niterói, também no Rio. Elas definem a recepção do público como muito positiva. Nunca haviam visto nada igual.


Fonte: Caderno Regional do Diário do Nordeste,

domingo, 17 de janeiro de 2010

A recente polemica sobre o Concurso da Beira Mar pode nos levar a compor um quadro de reflexões poderiam se transformar na pauta de um rico debate sobre esta forma de licitação publica [1]que tanto dá destaque aos melhores resultados autorais de nossa profissão quanto contribui para o fortalecimento da mesma perante a sociedade, contribuindo a uma “abertura de olhos” dos para os gestores públicos e setores empreendedores, das possibilidades que podemos empreender com nosso ímpeto criativo, como dizem alguns.

Tendo como referencia as duas postagens feitas neste próprio Blog do IAB/CE: uma primeira, dos colegas de São Paulo - Marcelo Barbosa e Jupira Corbucci - que defendem a realização continuada de mais concursos como uma experiência válida e principal, assim como uma maior transparência nos procedimentos de julgamento e resultados dos mesmos. E uma segunda, que nos mostrou o que é o universo mega organizado dos concursos na França, provavelmente um dos paises onde esta instituição está mais regulamentada em todo o mundo. E onde a mesma faz parte dos procedimentos obrigatórios de contratação publica dos serviços de projetos de arquitetura e urbanismo.

Em nosso caso, por conta da eventualidade desta forma de seleção, julgamento, escolha, premiação e contratação podem até parecer repetitivo estas posições, mas insisto em relembrar alguns itens que podem ser indicativos para reflexão e debate e, ainda para organização de uma pauta de atividades da própria Diretoria do IAB/CE, nesta Gestão que dá seus primeiros passos, a procura de um programa:

  • Os concursos publicos de arquitetura são, inegavelmente, a melhor forma de seleção de conteúdos e propostas onde está transparece como clara a escolha do resultado mais qualificado, que significa a melhor síntese, o mais adequado atendimento programático e composição mais equilibrada do que é solicitado pelos seus demandantes.
  • São assim os concursos, oportunidades democráticas abertas à todos os profissionais independente de suas experiências próprias curriculares. Concorrem tanto os mais experientes como os novos talentos, sendo o caminho mais adequado de propiciar oportunidades e visibilidades a quem se disponha a participar.
  • Os concursos são também os roteiros contributivos à melhoria da qualidade arquitetônica e urbanística às nossas cidades, relevando o que temos de mais precioso em nossa profissão que é a possibilidade de reificação de uma boa idéia e das competentes soluções vinculadas às mesmas. A noção de embelezamento é pertinente, embora conceitualmente meio “queimada”.
  • Por outro aspecto, os concursos possuem um grau de aplicabilidade admirável. Tanto podem ser adotados às maiores demandas e requerimentos de complexidade programática quanto às demandas mais simples e particulares, com resultados excepcionais em todos os casos.
  • Outra pontuação relevante é que as contratações decorrentes destes concursos públicos passam a se dar, sobre valores referenciais de tabelas de honorários que valorizam fortemente o contrato por valores justos dos serviços a realizar e com isto dignificam o nosso trabalho profissional.
  • Retiram – se das “sombras” tanto as formas de contratação como de remuneração inadequadas que permeiam o nosso trabalho e colocam a modalidade “menor preço” numa trajetória em extinção de forma a dar espaço ao critério do preço adequado à complexidade requerida pelo nosso trabalho.
  • Esta conquista da consolidação do rito do concurso entre nós é importantíssima, pois não só dá uma nova ordem ao segmento das contratações publicas como até influencia as rotinas de contratação dos segmentos privados e nos remetem a necessidade de urgentemente consolidarmos a edição de uma Tabela de Honorários, no Ceará, a semelhança do já ocorre em vários estados do Brasil.
  • Concordando com o que expuseram os colegas: em todos os concursos tem que ser mantida a soberania do júri como a divulgação previa da composição do júri e a função da cada membro, preservando-se o privilégio de indicações a membros do corpo de jurados do IAB/ DN. O representante do cliente poderá ser um assessor técnico que detenha o conhecimento dos aspectos funcionais e financeiros demandados. Tanto na composição dos Editais, como para a formulação de resultados deveria ser exigida a presença de auditores, consultores e assessores jurídicos de forma prevenir atecnias nas atas de julgamento.
  • O IAB/ CE deveria adotar o “Manual do Cliente” conforme também é sugerido pelos colegas acima nomeados ser divulgado aos órgãos públicos e privados, realçando a importância dos concursos, seus paralelos com a Lei nº 8.666, definindo qual é o serviço que o IAB/CE fornecerá quando é contratado, quais as garantias e responsabilidades que oferece.
  • O “Manual do Cliente” será ao mesmo tempo uma peça de divulgação mercadológica como um memorando de entendimento em se referenciam o que são os concursos públicos de Arquitetura e Urbanismo, as garantias que os mesmos possuem em conformidade com a Legislação vigente, os resultados de alta qualidade e o escopo dos serviços a ser prestados pelo IAB/CE.

O momento do debate é oportuníssimo, pois tanto poderemos com tranqüilidade reconhecer os resultados do que foi realizado, em todos este anos, em que houveram de uma forma ou de outra, alguns concursos, como assumiremos que esta é boa diretriz de atuação para o IAB/ CE, neste inicio de gestão.

Entre nós, de maneira quase automática, poderíamos compor um vistoso quadro demandas de novos concursos para a maioria das novas solicitações de qualificação urbanística, ambiental e edilícia não só para Fortaleza, como para as 20 maiores cidades do Ceará e, para a própria administração estadual desde que alguns setores optassem pela realização dos mesmos.

Existem quase 50 intenções em pauta, no presente, no “cyber space” dos projetos a realizar, relacionadas à Fortaleza, às nossas principais cidades e ao Estado do Ceará, afeitas a várias ordens: PRODETUR/CE, PRODETUR Fortaleza, PAC COPA 2014, requalificação e redesenho de orla marítimas municipais[2], expansão dos sistemas de mobilidade e acessibilidade, requalificação do patrimônio histórico, ampliação e recuperação do quadro de equipamentos publicos referenciais, notadamente nos campos de saúde, educação e cultura.

Como mote, a um debate mais entusiasmado sugiro uma vista de olhos no portal http://concursosdeprojeto.org/ onde a riqueza de informações impressiona quanto de abordagem desta questão fundamental ao exercício de nossa profissão, no que se demonstra da definição do que é o próprio portal: “Os concursos de projeto de arquitetura e urbanismo se apresentam como um terreno fértil para reflexões e estudos os mais diversos, que incluem desde questões relativas à prática profissional, às questões pedagógicas, à prática projetual ou à análise crítica sobre o projeto”.

Ali existem convites à concursos internacionais organizados pela UIA/ União Internacional dos Arquitetos e abertos a todos os filiados a instituições vinculadas à UIA, como é o nosso caso. Chamamentos a concurso para equipamento no Rio de Janeiro organizado pela Open Architecture Network. Outros convites à concursos internacionais nos Estados Unidos e Europa. Informações sobre vários certames organizados pelos diversos departamentos estaduais do IAB, em todo o Brasil e informes sobre um concurso organizado pela União dos Arquitetos da Armênia, além de outras oportunidades.

Enfim, ao debate amplo e irrestrito e, à formulação de propostas. Em nossa profissão sonhar é adequado, ousar é obrigatório e, realizar uma possibilidade que deve ser organizada.

Arquiteto José Sales

[1] Referenciada na denominada “Lei das Licitações” – Lei Federal 8.666/ 93
[2] Os Municípios de Caucaia e Aquiraz pretendem fazer a requalificação de suas respectivas orlas marítimas municipais e em ambos os casos os roteiros estão incompletos. No caso de Caucaia já está prevista e contratada a realização de uma extensa obra de requalificação das Praias de Iparana e Icaraí sem existir sequer um esboço de um projeto urbanístico.

sábado, 16 de janeiro de 2010

Palmilhando: Pedro da Cunha e Menezes


Terminei esses dias uma caminhada pela costa de Portugal, da Foz do Tejo ao Estuário do Sado, ao longo da Península de Setúbal. Foram 180 quilômetros (112 sem computar repetições), percorridos em 41 horas ao longo de 16 dias. O trajeto, que se encontra sinalizado em alguns trechos, é parte da E-9, trilha de cinco mil quilômetros projetada para acompanhar o litoral europeu desde o sul português até o norte da Estônia (Vide minha coluna Cortando Portugal em Postas, publicada aqui em O Eco em 3 de novembro de 2008).

Foi puro prazer. Apesar de estar no quintal de Lisboa, na maioria dos dias gozei de privacidade quase absoluta e pude apreciar paisagens deslumbrantes. Caminhei sob sobreiros, salgueiros, pinhais mansos e bravos. Pisei grandes trechos de dunas litorâneas cobertas de vegetação rasteira. Senti na pele a& secura do verão, estação em que também me deleitei com um crepúsculo que dura mais de hora e meia. Para alguém nascido e criado nos trópicos como eu, trata-se de um prazer difícil de explicar a quem não conhece como é bom ter acesso às luzes e cores mágicas de um fim de tarde que parece não querer terminar nunca. Me encantei com as mil flores da primavera mediterrânea, me esbaldei nas águas geladas do Atlântico e da Lagoa da Albufeira. Em trechos sem sinalização alguma, naveguei em busca do caminho certo, tiritando no ar gelado do inverno ibérico. Viajei no tempo ao cruzar com quixotescos moinhos de vento, ruínas centenárias, igrejas medievais e castelos milenares. Me empanturrei dos frutos silvestres que pejavam os medronheiros no outono. Perambulei em meio aos bem arrumados corredores de parreiras em flor. Admirei o vôo das gaivotas e as corridas furtivas das raposas da Serra do Risco. Me encantei com as falésias do Parque Natural da Arrábida que, por isso mesmo, é candidata a Patrimônio Mundial da Humanidade.

Por fim pasmei com o Tejo. Dobrei a foz do rio em um fim de tarde ilumidado. Como é belo! E, no entanto, hoje poucos lisboetas conhecem esse ângulo de sua terra, cuja visão só é posssível a bordo de um barco ou no leito de uma trilha. Naquele momento entendi o real significado da palavra saudade para os navegantes portugueses que partiam de sua terra em viagem de descoberta do Novo Mundo, nos séculos XV e XVI.

Fonte: Texto e Fotografia da Lagoa de Albufeira de Pedro da Cunha e Menezes em O ECO http://www.oeco.com.br/blog-palmilhando
Comentário da postagem: Em Outubro/ 2006 foi aprovada a proposta de consolidação do GEOPARK ARARIPE na 2a Conferencia Global do Geoaprks, em Belfast, na Irlanda, por conta do que temos de mais impressivo na Chapada do Araripe: patrimonio geológico e paleontologico e, paisagem. 3 anos passados e na foi consolidado: Não existe um único roteiro de visitação organizada, nenhuma trilha demarcada, nenhum apoio aos visitantes. E toda vez que se toca neste assunto é um trauma, com acusações mil parte a parte.

Postado por José Sales

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Brasil: ainda no esgoto

Todos os dias, 5,4 bilhões de litros de esgoto sem tratamento são jogados diretamente na natureza no país, contaminando solo, rios, praias e mananciais, e trazendo impactos diretos à saúde da população. O número, levantado pelo Instituto Trata Brasil em parceria com a Fundação Getúlio Vargas, divulgado em fins de Dezembro/ 2009, em São Paulo, é mais um indicador que o saneamento ambiental no país vai muito mal. Esta foi a primeira vez que serviços de coleta de esgoto chegaram à metade da população brasileira. E a cifra ainda foi atingida de raspão: somente 50,9% dos brasileiros têm acesso à rede.

A pesquisa divulgada pelo Trata Brasil, a 5º de uma série iniciada em 2008, foi feita em 79 cidades brasileiras com mais de 300 mil habitantes. Nelas vivem cerca de 70 milhões de pessoas, responsáveis por gerar 8,4 bilhões de litros de esgoto diariamente. Em média, apenas 36% do esgoto gerado por esta população recebe algum tipo de tratamento. Isso porque são grandes cidades. Na periferia, em geral, a situação é ainda pior.

Pesquisa divulgada em outubro pela Organização Mundial de Saúde já indicava que, no ranking dos 14 países com piores sistemas de tratamento de esgoto, o Brasil fica com o 7º lugar. São cerca de 18 milhões de brasileiros que não têm sequer banheiro em casa.Para tentar minimizar o problema – e resolvê-lo no longo prazo –, a Organização das Nações Unidas estipulou uma meta para países em desenvolvimento - faz parte das Metas do Milênio http://www.un.org/millenniumgoals/.

Anualmente, estes países, segundo a organização, deveriam diminuir em 2,77% seu déficit em saneamento para que, em 2015, ele fosse a metade do número inicial. Isso significa que, se o déficit de um país era de 80% em 1992, até 2015 ele deveria ser de 40%.O déficit brasileiro atual é de 49,08%, mas ele já foi bem pior. Em 1992, chegava a 63,98% (veja gráfico). Do ano em que a cidade do Rio de Janeiro foi sede da Conferência da ONU para o Meio Ambiente (Eco 92) até 2008, a queda nesta taxa foi de 1,6%, o que, segundo o Instituto Trata Brasil, significa que seriam necessários 56 anos para que o país alcançasse a meta da ONU. Para se ter uma idéia do quanto esse avanço é lento, a diminuição da pobreza no país ocorre quatro vezes mais rápido do que a implementação de serviços básicos para a os brasileiros.

Fonte: O ECO http://www.oeco.com.br/

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Energia igual à de 30 bombas de Hiroshima


O Haiti é um país vulnerável a sismos, e cientistas haviam alertado em 2008 para risco elevado de grande terremoto. O terremoto que atingiu o Haiti na terça-feira liberou uma energia equivalente à de 30 bombas nucleares como a de Hiroshima. A energia foi liberada de apenas um ponto, a oito quilômetros de profundidade e 15 quilômetros de distância do centro de Porto Príncipe, ainda dentro da área urbana da capital.


Os terremotos são causados pelo movimento de placas tectônicas. A capital haitiana é especialmente vulnerável a esse fenômeno, por estar localizada no limite de duas placas, a caribenha e a norte-americana. Ambas chocam-se frontalmente e raspam uma na outra. Um raspão teria provocado a catástrofe de terça-feira.

O sistema de falhas de Enriquillo-Plaintain, que corta o sul do Haiti, foi a origem do terremoto. A iminência de um desastre na região preocupava especialistas desde 2008. Naquele ano, a 18 Conferência Geológica do Caribe divulgou um documento assegurando que, se toda a tensão na falha fosse liberada, provocaria um terremoto com a magnitude de 7,2 graus na escala Richter. Ainda de acordo com a pesquisa, duas capitais seriam mais suscetíveis aos estragos — Kingston, na Jamaica, e Porto Príncipe. Até 3,6 milhões de pessoas poderiam ser atingidas.

O Haiti tem uma trágica história de catástrofes naturais, mas o terremoto de terça-feira foi o maior dos últimos dois séculos. Como a energia foi toda liberada de apenas um ponto, a República Dominicana, vizinha do Haiti, não registrou danos materiais sérios. O país teria sentido os tremores em menor escala, mas sua capital, Santo Domingo, foi protegida pelos 250 quilômetros que a separam de Porto Príncipe.

Cerca de 90% dos terremotos que acontecem no planeta são em regiões de contato de placas — explica Jorge Luís Souza, pesquisador de geofísica do Observatório Nacional. — Em uma região geologicamente problemática como Porto Príncipe, um terremoto de grande magnitude é trágico, mas esperado. E o impacto torna-se ainda maior se considerarmos que o país é extremamente pobre e não conta com qualquer infraestrutura para atender às vítimas.


Fonte: Renato Grandelle/ O GLOBO

Cultura pretende equipar melhor biblioteca pública

A Secretaria de Cultura, Esporte e Juventude do Crato vem atuando no sentido de equipar os espaços direcionados ao desenvolvimento e formação cultural do povo cratense. Dentro dessa visão, vem buscando garantir mais livros para a Biblioteca Pública Municipal, que hoje se encontra em espaço privilegiado, no Centro Cultural do Araripe. Essa perspectiva de desenvolvimento inclui os espaços culturais e os museus da cidade.

O projeto de reestruturação da Biblioteca Pública do Crato foi entregue ao Ministério da Cultura e já foram repassados 3.500 livros para a Biblioteca, do total de 10 mil que deverão ser repassados. Ao todo, a biblioteca deverá ficar com cerca de 15 mil títulos, favorecendo a formação da juventude e ampliando ainda mais esse espaço de pesquisa no município.

Fonte: Prefeitura do Crato.

Madrugada de chuva intensa no Crato

Ontem foi madrugada de chuva intensa na cidade de Crato. Aproximadamente à meia-noite, uma chuva intensa começou a cair na cidade do Crato acompanhada de trovões e relâmpagos. Em alguns momentos, foi de tal intensidade que assustou muita gente. Ruas ficaram alagadas com impossibilidade de tráfego em certos trechos. A chuva continuou até o amanhecer do dia, alternando períodos de chuva fina e forte. Ainda é cedo para fazer qualquer levantamento acerca de de estragos causados pelo temporal, que assim, inaugura a estação chuvosa no Cariri.

Fonte: Blog no Crato

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Aeroporto: Camocim, Granja ou Jeri?

Com a faca nos dentes, o arquiteto José Sales Costa Filho pede espaço para dizer: "Há uma mania de esquecimento compulsório" no Ceará que é de certa forma assustadora. A cada nova gestão, tenta-se ´reinventar a roda´, como se isso fosse a maior novidade de todos os tempos. Observe-se o caso da demanda por um aeroporto em Camocim ou em suas imediações: trata-se de uma situação diagnosticada há 10 anos. Esse aeroporto teria a dupla função de atender ao turismo e às demandas de logística de carga da floricultura cearense.

Nessa trajetória, um grupo privado de capital italiano e suíço - o Marilha - dono do Boa Vista Resort, em Camocim, encomendou, pagou e aprovou junto aos organismo licenciadores um plano e um projeto de um novo aeroporto regional em Parazinho, no município de Granja, tudo feito por especialistas e conforme os rigores técnicos internacionais. Seu Plano Diretor - aprovado pelo DAC, pela INFRAERO e pelo Governo do Estado - foi coordenado pelo Brigadeiro Adyr Silva, especialista no tema, ex-presidente da própria INFRAERO.

Estranhamente faz-se, agora, silencio sobre esta proposição, que pretendia reposicionar um aeroporto naquela região sem cometer os mesmos erros de localização do Aeroporto de Camocim, situado em área povoada e de difícil expansão." Pergunta-se: se já havia esse projeto prontinho, por que o Governo do Estado gastará dinheiro no Aeroporto de Jeri? Fonte:

Coluna Egidio Serpa/ Diário do Nordeste

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Excesso de licenças na APA Baturité


Em apenas três anos, as principais cidades do Maciço de Baturité somam o total de 1.862 licenças concedidas pela SEMACE. 1.370 das licenças foram somente concedidas somente em Guaramiranga. Porém, mesmo assim, a Superintendência afirma que a quantidade de licenças vem caindo ano a ano nas cidades de Guaramiranga, Pacoti e Mulungu.

Os números são considerados elevadissimos e preocupantes à medida que as construções e o desmatamento são fatores que contribuem para deslizamentos de terra durante o período de chuva intensa no Maciço de Baturité. De acordo com a gerente da APA Baturité/ Área de Proteção Ambiental do Maciço de Baturité, Carmen Silvia Cornélio Barros, os documentos referem-se a regularização de licença de instalação, licença prévia, licença de instalação e regularização de licença de operação para construção de imóveis e instalação de redes de saneamento básico.

Fonte: Maurício Vieira/ Diário do Nordeste

Comentário da postagem: Um dado assustador é que todo o saneamento básico do Maciço de Baturité é feito através de sistemas primários não controlados que envolvem as precárias fossas sumidouros ou varas de infiltração no solo. Outro detalhe preocupante é o nível de favelização e construções irregulares em todo o Maciço, notadamente em Baturité e Guaramiranga. Há centenas de edificações em áreas de risco posicionadas em situações com inclinação elevada.
A SEMACE não dados do número de construções irregulares na região, pois nunca foi feito nenhum levantamento e/ou documentação mais completa de cada situação.

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Riscos de enchentes no interior do Ceará


Todos os municípios do Estado do Ceará mais afetados com enchente em 2009 continuam despreparados para a quadra invernosa e as enxurradas que virão com a temporada de chuvas deste ano de 2010.


A situação pode não ser ainda de alarme, mas é de preocupação para milhares de pessoas que moram nas áreas de risco no Interior do Ceará, onde as chuvas de pré-estação já se pronunciam com o céu frequentemente nublado e as primeiras precipitações. Passado menos de um ano do início da trágica enchente de 2009 no Estado, os municípios mais afetados continuam igualmente despreparados para as enxurradas. A estação chuvosa terá início com os rios já cheios. As áreas de risco continuam povoadas, e não houve novos serviços de drenagem para amenizar alagamentos nas principais vias.


Com a chegada das chuvas, aumentam as preocupações nas áreas de riscos do Crato. A principal preocupação é o canal do Rio Granjeiro. Todos os anos, o problema se repete.O canal transborda e as ruas das proximidades são inundadas. Sem nenhuma providência, o canal que passa ao lado da Prefeitura, é destruído gradativamente. A cada enchente, desce um pedaço de concreto. Uma chuva acima de 50 milímetros é suficiente para provocar estragos, comoreclamam os moradores da Avenida José Alves de Figueiredo, advertindoque ocanal pode transbordar e inundar as casas, como aconteceu no anopassado.


Este ano, o risco é maior porque o canal apresenta erosões em vários pontos. O Prefeito Samuel Araripe apresentacomo solução a construção de barragens no pé da serra do Araripe, de onde descem as águas. O projeto, que faz parte do Plano de Desenvolvimento Urbano da Cidade, segundo o prefeito, foi entregue ao Governo do Estado. Até o momento, não foram liberados os recursos suficientes para execução doprojeto.
O canal é também uma fonte de forte poluição. Parte dos dejetos da cidade é despejada dentro dele, provocando mau cheiro e doenças infecciosas. O mesmo problema se repete na Rua Tristão Gonçalves, conhecida por Rua da“Vala”. Os estabelecimentos comerciais são inundados porque a vala não suporta o volume de água quem desce do sopéda serra.

Outro ponto vulnerável é a encosta do morro do Seminário ocupado por casas em situação de risco de deslizamento.Oprojeto de saneamento e urbanização da encosta foi incluído no Programa de Desenvolvimento Urbano Regional, inserido no “Projeto Cidades do Ceará” e patrocinado pela Secretaria das Cidades e Banco Mundial

Fonte: Diário do Nordeste.

domingo, 10 de janeiro de 2010

A tragédia ambiental brasileira

O Brasil que conta as vítimas das tragédias do Reveillon não se deu conta de que o clima já mudou e de que é preciso rever as para impedir com mais rigor, a ocupação de áreas de risco. O mito de que o Brasil é um país imune aos desastres naturais fopi abaixo com as chuvas que colheram a vida de 138 brasileiros e causaram prejuízos de mais de R$ 1 bilhão desde o início de dezembro.

Abaixo foram também as justificativas confortáveis e conformistas de que tragédias como as de Angra dos Reis/ RJ, Cunha/ SP, São Luís do Paraitinga/ SP, Jacuí/ RS e de tantas outras cidades brasileiras ao longo das últimas décadas são fruto único e exclusivo de simples fatalidades causadas pelas incontroláveis forças da natureza. As mudanças climáticas mobilizam o mundo e deixaram de ser uma previsão e há fartura de tecnologia para saber que casas com ocupaçoes irregulares encravadas em áreas de risco são grandes problemas.

Fonte: Extensa reportagem sobre o tema na Revista ISTO É, desta semana.

Começa o Ano da Biodiversidade

Foi aberto oficialmente, nesta sexta feira, 08/01/2010, no Parque Barigui, em Curitiba, o Ano Internacional da Biodiversidade, declarado pela Organização das Nações Unidas (ONU) para chamar sobre a perda de animais e plantas provocada pela ocupação desregrada de áreas naturais, exploração predatória de recursos da natureza e poluição.

Conforme a Convenção sobre a Diversidade Biológica, a taxa de perda de espécies chega a cem vezes à da extinção natural, e cresce exponencialmente. Tentando ao menos reduzir o tamanho do problema, em 2002 a convenção propôs metas a serem alcançadas até o fim deste ano, com o comprometimento de vários países, incluindo o Brasil, como ampliar a rede de unidades de conservação e o conhecimento sobre as espécies que abriga. Por exemplo, a última lista oficial da flora brasileira é de 1908.

Nos moldes da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP15), realizada em dezembro passado em Copenhague (Dinamarca), a COP da biodiversidade tem encontro marcado para outubro de 2010 na cidade japonesa de Nagoya. O encontro avaliará os resultados das ações assumidas há oito anos para preservar a biodiversidade planetária.

Fonte: O ECO http://www.oeco.com.br/

COP 15: da esperança à frustação

O mundo se encheu de esperança nas vésperas da 15a Conferencia das Nações Unidas sobre as Mudnaças Climáticas, realizada em Copenhagen, na Dinamarca. Acreditava-se que seriam estipuladas metas de redução da emissão de gás carbonico, mas o encontro não definiu meta nenhuma. Foram 12 dias de discussão e quase nenhum avanço.

Matéria de Mariana Toniatti/ Jornal O POVO em 10/01/2010.

sábado, 9 de janeiro de 2010

Alerta no Maciço de Baturité


A catástrofe ocorrida em Angra dos Reis, no Estado do Rio de Janeiro, no início deste ano, traz à tona uma preocupação sobre a construção de casas em locais considerados propícios para a ocorrência de deslizamentos de terra. No Estado do Ceará, cidades serranas vulneráveis ao problema situam-se no Maciço de Baturité. Principalmente em Guaramiranga, Pacoti e Baturité, a vegetação nativa dá lugar a construção de casas e condomínios, aumentando o risco de deslizamento de terra diante do intenso desmatamento.

No início da década de 1980, Pacoti registrou um dos maiores desastres naturais, ocorrido na Estância Vale das Flores, quando uma barreira rompeu e destruiu um chalé e ainda matou uma criança. Já em Guaramiranga, o Conjunto Frei Domingos, considerado uma das piores áreas de risco, sofreu desastres com as chuvas intensas registradas em 1994, com destruição de casas. Hoje, essas áreas vivem em estado de alerta.

O Professor do Departamento de Geologia da Universidade Federal do Ceará (UFC) e doutor em Geociências pela UNESP Rio Claro/ SP, César Ulisses Vieira Veríssimo, explica que o deslizamento de terra durante as chuvas em áreas de serras é um fenômeno natural. Porém, a situação pode agravar-se a partir da ação humana."Tem uma série de fatores que contribui para aumentar o risco, como a erosão, a plantação, a drenagem e o esgoto", diz o professor. Todas essas ações também podem contribuir para as infiltrações nas áreas.

"O Maciço de Baturité é uma região de alta declividade, com muitas construções em zona de risco e em áreas íngremes. Nesses locais, já há problema para a água escoar. Se o solo está encharcado, vai dificultar a infiltração e a falta de cobertura vegetal também influencia. Tudo isso gera um dano, saturando o solo", completa.

Fonte: Marcelo Vieira/ Diário do Nordeste

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

O foguete Brasil caiu em Angra

De Clovis Rossi

O foguete Brasil de recente capa da "Economist" acabou caindo em Angra dos Reis, para citar apenas a cidade mais explorada pela televisão nas enchentes do verão que mal começou.
Ficou evidente, se ainda fosse preciso, que o Brasil é um país colossalmente subdesenvolvido, vítima do que Janio de Freitas, na terça-feira, chamou de "urbanismo criminoso, que tantos administradores públicos têm praticado por tão longo tempo, com a permissão para o crescimento de favelas (formas de degradação da vida urbana) e para a especulação imobiliária (como degradação também da natureza)". Vai ser difícil encontrar outra descrição tão apta do subdesenvolvimento em tão poucas linhas. Certamente não será encontrada na "Economist", que está preocupada com a emergência do mercado brasileiro, não do país. Subdesenvolvimento não é obra de apenas um governo ou de apenas alguns anos.

Fonte: Folha de São Paulo

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Estudo avisou sobre tragédia em Angra


Estudo feito há dois anos em parceria entre ONGs e governo do Rio já mostrava que construções irregulares na praia do Bananal deveriam ser evitadas. Nada se fez desde então. Por Felipe Lobo para O ECO http://www.oeco.com.br/

Depois todo mundo vira adivinho


A pior praga de Angra do Reis não é a chuva que cai do céu. É a chuva de ilegalidade vinda de gabinetes onde se sabe que a Costa Verde não aguenta tanta ocupação. Por Marcos Sá Correa em O ECO http://www.oeco.com.br/

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Hoje é Dia de Reis


Hoje é Dia de Reis e, para marcar a data, grupos de Reisado se encontram em municípios do Cariri. Os mestres da cultura popular se encontram nas ruas e praças das cidades do Cariri, sítios e distritos, para festejar o Dia de Reis, uma tradição religiosa antiga. No Crato, depois de duas décadas, está sendo resgatada a Folia de Reis, que acontece um dia antes da data em casas de bairros da cidade. A iniciativa é da Fundação do Folclore Mestre Elói. Hoje, cerca de dez grupos de Reisado estarão na Praça da Sé, no município, a partir das 19h30, fazendo apresentações dos personagens das lapinhas.


Fonte: Diário do Nordeste

Dia de Reis será festejado com grupos de tradição popular no Crato


Os Mestres da Cultura Popular se encontram nas ruas e praças das cidades do Cariri, sítios e distritos, para festejar o Dia de Reis. Uma tradição religiosa antiga. Em Crato, depois de duas décadas, está sendo resgatada a Folia de Reis, que acontece um dia antes da data em casas de bairros da cidade. A iniciativa é da Fundação do Folclore Mestre Elói. Hoje, cerca de 10 grupos de reisado estarão na Praça da Sé, no município, a partir das 19h30, fazendo apresentações, além dos personagens das lapinhas.


O evento tem o apoio da Secretaria de Cultura, Esporte e Juventude do Crato.Segundo o presidente da Fundação Mestre Elói, Catulo Teles, estarão na praça na noite de hoje, cerca de 15 brincantes. Um momento importante de resgate das tradições, iniciado pelo seu pai Elói Teles, que há quase cinco décadas trouxe as apresentações dos grupos também para as praças da cidade. Ele ressalta a importância da Folia de Reis, que há duas décadas não vinha sendo realizada e é reiniciada de forma tímida, em duas casas, no bairro Seminário e no Mirandão. As visitas nas residências e as celebrações se caracterizam como um momento mais religioso, com rezas e cânticos. Estarão reunidos na praça os grupos tradicionais como o do Mestre Aldenir, Mestre Dedé de Luna, a Lapinha de Mãe Celina, com mais de cinquenta anos, Mestre Galego, Mestre Antônio Guerreiro, Mestre Severino, Mestre Mazé, Mestre Penha, Mestre Expedita e tantos outros.


Fonte: Prefeitura do Crato. Imagem da mesma fonte.

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

A COPA 2014 em Fortaleza

Para o Professor/ Arquiteto José Sales Costa Filho, tudo está atrasado em relação às obras de preparação da cidade de Fortaleza para a Copa do Mundo de Futebol de 2014. Ele aproveita o embalo e estende sua advertência ao Brasil todo: nas cidades do Sudeste que também serão sede dos jogos da Copa - Rio, São Paulo e Belo Horizonte - a situação é a mesma, ou seja, tudo está por fazer. O Brasil, com o Ceará no meio, corre o risco de um vexame mundial.

Fonte: Coluna Egidio Serpa/ Diario do Nordeste

No Ceará: as tragédias anunciadas

O que se passou no litoral Sul do Rio de Janeiro e ainda se passa na capital e em cidades do interior de S. Paulo, deve servir de alerta às autoridades cearenses. Se a estação de chuvas deste 2010 for intensa aqui no Ceará, há a possibilidade de que se repitam na serra de Baturité, principalmente na sede municipal da pequena Guaramiranga, a tragédia de Angra dos Reis e da Ilha Grande.

Se alguém duvida, suba aquela montanha e testemunhe o que nela se faz. E o que lá se faz é o mesmo que se fez no Sudeste: derruba-se a mata, desnuda-se a encosta, aplaina-se o terreno e constrói-se a boa casa de alvenaria, com jardim e piscina. A qualquer momento, a natureza encharcada, deslizando de cima para baixo, sem aviso prévio, vai querer de volta o que lhe foi tomado.

Aqui mesmo em Fortaleza, na beira dos rios Maranguapinho e Cocó, onde o Poder Público só agora começa a agir, centenas de casebres habitados por famílias paupérrimas e construídos à revelia da Lei, compõem a crônica de uma tragédia anunciada. O Ibama, a Semace, a Defesa Civil, a Polícia e as respectivas prefeituras municipais serão responsabilizados pelo que, por causa das chuvas, vier a ocorrer nos municípios da Serra de Baturité e nas margens dos rios de Fortaleza, cujas áreas foram e permanecem ainda irregularmente ocupadas.

Fonte: Coluna Egidio Serpa/ Diário do Nordeste

domingo, 3 de janeiro de 2010

Folia de Reis nas ruas do Cariri


Até o dia 6 de janeiro, quando comemora-se o Dia de Reis, serão realizadas apresentações de reisados no Cariri. As imagens coloridas do Reisado estão de volta aos terreiros das casas simples do sertão. De repente, guerreiros com danças e roupas medievais levam para as ruas a encenação dos romances de cavalaria, dos duelos sagrados entre mouros, cristãos e judeus, um espetáculo de arte e beleza que migrou da Península Ibérica para os palcos de chão batido do Cariri. É a Folia de Reis ou Reisado, um dos mais originais folguedos folclóricos mantidos atualmente.


À frente da caravana de guerreiros destaca-se o mestre Aldenir que, de espada em punho, comanda o exército de defensores do Menino Jesus contra a fúria dos soldados do Rei Herodes. Como herói dos filmes de espadachins, o mestre parte para a luta. Os gestos milenares, na interpretação do cineasta Rosemberg Cariry, perfuram os nossos corações pequenos. Mestre Aldenir, segundo Cariry, não é apenas um mestre de Reisado, "é um príncipe, um fidalgo, de sangue real, reencarnado de dom Sebastião, o jovem rei que, segundo a mitologia portuguesa, perde sua vida em batalha". Ainda hoje, o sebastianismo sobrevive no imaginário popular, revivido pelo Mestre Aldenir que, na vida real, é também um fidalgo de tradicional família caririense.


Alto, magro, olhos azuis e educado, Aldenir Aguiar Callou perdeu no decorrer dos anos, o sobrenome Callou, de origem portuguesa, mas não perdeu a fidalguia. No comando de seus guerreiros ele se transmuda em rei. O mestre e o contramestre são as figuras mais importantes do Reisado e usam fitas cruzadas no peito, capas de renda e ombreiras para diferenciarem-se dos demais foliões. O mestre é o regente do espetáculo. Utilizando apitos, gestos e ordens, comanda a entrada e saída de peças e o andamento das execuções musicais. A indumentária é adornada com muitos espelhinhos, bordados dourados e flores artificiais, de onde pendem fitas compridas de várias cores; saiote de cetim ou cetineta de cores vivas, até a altura dos joelhos, enfeitado com gregas e galões, tendo por baixo saia branca, com babados, blusa, peitoral, capa e meias vermelhas.


Como o próprio nome indica, o mestre ou embaixador tem que saber os versos tradicionais e também saber como improvisar outros, além de ser o responsável pelo grupo e pela maior parte das decisões, já que é um líder. Quando chega a uma casa onde está montado o presépio, é obrigatória a cantoria da anunciação do nascimento de Jesus, frente à representação popular da cena bíblica. Depois de "feita a obrigação", isto é, cantados os versos de fundo religioso, o mestre pode começar a improvisar, sobre temas sagrados ou não. Aldenir assume de corpo e alma o comando do Reisado. No meio dos guerreiros ele se transforma em menino. Fora da ribalta sertaneja, o mestre lamenta a falta de apoio para manter o grupo. Os cachês, de R$ 200, em média, por apresentação, para dividir com 20 brincantes, não são suficientes para manter os integrantes, que são geralmente trabalhadores rurais, operários e estudantes. Muitas vezes, ele retira do salário que o Estado lhe paga como Mestre da Cultura parte do dinheiro para comprar as roupas. São três grupos folclóricos: o infantil, o de homens adultos e o feminino e masculino. Assim, fica mais fácil formar um grupo para apresentações não programadas. Fica mais fácil também, segundo o mestre, fazer a substituição. Ele justifica que a maioria dos brincantes estuda e trabalha. Ele diz que geralmente as mulheres, quando completam 15 anos, são as que mais desistem de brincar o Reisado.


Fonte Caderno Regional do Diário do Nordeste.

sábado, 2 de janeiro de 2010

Sérgio Cabral reconhece gravidade da situação

O Governador Sérgio Cabral sobrevoou na manhã deste sábado (2) toda a área de Ilha de Grande e Angra dos Reis, onde deslizamentos de terra deixaram pelo menos 31 mortos, e defendeu uma "política séria de solo" em todo o estado do Rio. Em conversa por telefone com Cabral neste sábado (2), o Presidente Lula prometeu ajudar as vítimas da chuva.

"Solo urbano é um problema de todos. Não se pode brincar com o solo. Os americanos não brincam com o frio", disse o governador em entrevista à Radio CNN, neste sábado (2). Ele também enfatizou a importância de se rever a construção em locais de risco. "Não se pode ter construção perto de montanha e de espelho d'água. Há que se rever a política de ocupação no Brasil e no Rio. Sou favorável a estabelecer limites ecológicos e físicos para impedir o crescimento exagerado", disse.

Fonte AG/ G1.com

Conhecida pela beleza natural, Ilha Grande recebe uma grande quantidade de turistas durante o verão. Na Praia do Bananal, uma pousada foi soterrada e várias casas ficaram destruídas. Cabral afirmou também que famílias que estão em áreas críticas de Angra dos Reis resistem à ideia de deixar o local e por isso estão sendo orientadas a assinar um documento de responsabilidade.

Angra dos Reis: mais uma tragédia ambiental


Mais um desastre ambiental ocorre na "virada do ano", em Angra do Reis, sempre no início da temporada de chuvas de verão, como já vem ocorrendo há mais três décadas, quando se iniciou a "validação"da atual modelagem de ocupação urbana naquela porção de Serra do Mar, entre o Sul do do Estado do Rio de Janeiro e o Litoral Norte de São Paulo, com a construção da Rodovia Rio - Santos.


Em situações de exuberante beleza natural, mas de grande fragilidade ambiental, onde a escarpa da própria serra chega, por vezes, até o oceano, insiste a ação humana em se fixar ao arrepio de quaisquer recomendações técnicas ou até de bom senso quanto a isto. Como consequencia, como sepre ocorre anualmente, sem exceção, temos esta de cocorrência desde meados da década de 70. Só que desta vez os maiores prejudicados, com perdas materiais foram os estabelecimentos de de maior qualidade de instalações, justamente aqueles que deveriam ter maiores cuidados, por conta dos altos valores ali investidos. Isto sem consideramos as vidas humanas, que não tem preço, perdidas.


Enquanto isto a versão oficial, do próprio Governo do Estado, insiste em manter totalmente fechados seus olhos e a ainda declara que nada há de errado na situação naquela situação de fraglante ocupação irregular e indevida, tentando mais uma vez colocar a culpa na natureza, no ecossistema ali existente, em sua fragilidade patente e na intempérie climática, da temporada de chuvas iniciante.
Imagem AG/ Portal G 1.com

sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

Mapa para cortar emissões de gases-estufa

O Presidente Luís Inácio Lula da Silva sancionou, na noite de dia 29 de dezembro, a Política Nacional de Mudanças Climáticas, transformando em lei o compromisso voluntário do país em reduzir suas emissões de gases-estufa entre 36,1% e 38,9%, com ano base 2005, até 2020. O país assume o compromisso voluntário da redução de gases-estufa. Mas os Ministros Edison Lobão/ Minas e Energia, Carlos Minc/ Meio Ambiente e Paulo Bernardo/ Planejamento, Orçamento e Gestão sugeriram 10 vetos ao anteprojeto de lei, dos quais o Presidente acatou três dos mesmos:

1 Um deles retira a palavra "abandono" de um artigo que citava o "abandono coletivo" de fontes fósseis de energia. A decisão foi tomada por pressão do Ministério das Minas e Energia, porque se fosse mantida, o páis estaria no futuro impedido de usar petróleo e gás natural na produção e energia. Com os mirabolantes planos para o pré - sal, o Governo decidiu agir agora ater que retroceder na política climática no futuro.

2 O segundo veto retira do texto a prioridade para o uso de pequenas usinas hidrelétricas na produção de energia. Pelo texto original o Governo destimularia a produção de energia elétrica pelas médias, grandes usinas, exatamente o oposto do que se vem fazendo a exemplo das megas instalações da Usina de Santo Antonio e Jirau, no Rio Tocantins.

3 O terceiro veto permite o contigenciamento - bloqueio - dos recursos utilizados nas medidas de redução da emissão de gases. O que nos parece um completo contrasenso, mesmo que a área técnica do Governo afirme que esta ação só poderá se dar através de lei complementar e não por lei ordinária, como é o caso da política nacional do clima.

Fonte O ECO em EcoCidades http://www.oeco.com.br/blog-ecocidades/ Comentários de postagem.