segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Parque do Cocó, o diferencial de Fortaleza


O Parque do Cocó foi considerado o principal elemento diferencial da cidade de Fortaleza, quanto ao quesito atração de visitantes e turistas, em avaliação de workshop realizado na 8a Bienal Internacional de Arquitetura de São Paulo, sobre as cidades subsedes da COPA 2014. Nenhuma grande cidade brasileira, tem localizado na área mais central de seu território, um potencial de paisagem e meio ambiente preservado de tal ordem. São mais de 1.300 hectares de verde que poderiam se transformar na grande área turística da cidade. Não são as praias, nem a Beira Mar, nem a feicão cosmopolita de Fortaleza, nem seu pólos gastronomicos, nem seu comércio pujante o principal elemento diferencial e sim a Bacia Hidrográfica do Cocó, que pode dimensionar roteiros de quase 50 quilometros em suas margens.

Imagem da mata de mangue do Rio Cocó, nas imediações da Avenidas Sebastião Abreu, Washington Soares, Padre Antonio Tomaz e Santana Junior, nos fundos do Shopping Iguatemi. Arquivo de Imagens Ibi Tupi.

domingo, 29 de novembro de 2009

Memória do Museu Jaguaribano em Aracati


Antes que o desejo de ser reativado virasse também uma peça antiga, o Museu Jaguaribano, em Aracati, foi completamente reformado, restaurado e reabre as portas de um dos patrimônios mais antigos e importantes da história do Ceará. No museu é possível conferir relíquias econômicas, sociais e culturais dos primeiros ocupantes do Estado. Cerca de 400 peças constituem o acervo, cujo prédio já é, em si, uma peça histórica das mais importantes.


O equipamento aos poucos vai fazendo parte do roteiro turístico. Está lá um pedaço da história do Ceará, justificada pela importância de Aracati como principal centro econômico nos primeiros momentos da colonização. Situado na Rua Coronel Alexanzito, a conhecida Rua Grande, o Museu Jaguaribano é um dos prédios históricos mais valiosos do Ceará.


Foi lá que morou José Pereira da Graça, o Barão de Aracati (1812-1889), dono de um dos maiores currículos da aristocracia colonial brasileira - foi juiz desembargador, deputado por três vezes pela província do Ceará, ministro do Supremo Tribunal de Justiça e vice-governador da província do Maranhão. Aracati também foi berço de resistências políticas, como a Confederação do Equador.


O prédio tem quatro pavimentos, numa arquitetura imponente e contextualizada em vários momentos também da história municipal. O local ainda foi colégio, clube e hotel até ser museu, em 15 de novembro de 1968.Aos 41 anos, comemora este mês a sua reabertura, após ser restaurado pelo IPHAN/ Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, depois de dois anos da paralisação e constantes interrupções nas obras de reforma. Mais de 12 mil livros e 400 peças de igrejas e de famílias ilustres estão distribuídas em três dos quatro pisos.
Fonte: Caderno Regional do Diário do Nordeste.

sábado, 28 de novembro de 2009

Nem vindo ao Brasil, o Butão fica perto


O país perdeu tanto tempo vendo os Presidentes Lula e Ahmadinejad torturarem intérpretes para abrir a conexão português-inglês-farsi, que não deu a mínima a um visitante muito mais exótico, que andou por aqui quase ao mesmo tempo que o iraniano. No caso, o primeiro-ministro do Butão Lyongpo Jigme Thinley. Ele sim, tinha assunto para encher jornais, pelo menos nos segundos cadernos. Convidado a testar em Foz do Iguaçu um carro elétrico desenvolvido pela Fiat em parceria com Itaipu, pegou o volante na sede da usina e só o largou na sede do hotel.


Em outas palavras, sem ter nada a esconder, divertiu-se placidamente. Almoçou no bandejão classe A da empresa. Adorou o canal da piracema, que promove a migração de peixes através da barragem. Passeou pela hidrelétrica, alegando que, dispondo de água a rodo, um dos pratos fortes da exportação butanesa é a energia que vende à Índia e à China. No hotel Rafain, deslizando entre o elevador e o saguão de quimono de seda e sandálias no pé, dava a impressão de estar sempre lançando a última palavra em moda para sauna ou piscina.


Mas ele veio ao Brasil ensinar como se administra um país pelos preceitos da Felicidade Interna Bruta. A idéia brotou anos atrás de uma das monarquias mais isoladas da terra. O Butão não passa de um país com pouco mais de 38 mil quilômetros quadrados, enrugado por montanhas com mais de sete mil metros de altitude e coberto florestas originais em quase 65% de seu território. É habitado por raridades, como o leopardo das neves, elefantes asiáticos, mais de 50 espécies de rododendros e 700 de pássaros e orquídeas inumeráveis. Mas tem menos de 700 mil habitantes.


É o cenário da moda. Buthan, a Visual Odyssey, de Michael Hawlley, mereceu uma edição de luxo com 58 quilos de peso, 40 mil fotografias e as dimensões de uma mesa para seis comensais. Sai por 30 mil dólares. Mas tem versão barata, por 50. Dizem que foi de lá que no século passado o escritor inglês o escritor inglês James Hilton tirou a idéia de Xangrilá.


O fato é que tudo o que se imagina do Nepal o Butão tem. Menos turismo de massa. Em 2008, ele acolheu 21 mil turistas, que só podem visitá-lo pelas mãos de um guia da agência oficial. A televisão e a internet só entraram legalmente no país há uma década, e com recomendações de uso moderado. Sua economia não é lá essas coisas. A moeda local se ancora na rúpia indiana. Sua principal indústria é a produção artesanal de peças religiosas. Suas relações diplomáticas com os Estados Unidos, a Rússia e outras potências se fazem via Nova Déli.


O Butão tem uma longa história de guerras, golpes e até impeachments monárquicos. Mas anda cada vez mais quieto. Sua Felicidade Interna Bruta está entregue a um rei que ainda não fez 30 anos. E a um conselho que aplica a receita da FIB a partir de 72 indicadores sociais, onde têm peso o tempo de lazer de cada cidadão e sua bem-aventurança ambiental – reduzido a um decálogo de exportação por seu apóstolo internacional Laurence Brahm. O fato é que, lá, o noticiário policial, à falta de assuntos mais trepidantes, registra queixa de vizinhos por briga de cachorros.


Quando o FIB surgiu, o jornal Financial Times tratou-o como o roteiro de uma viagem mística em marcha a ré. Mas ultimamente as pesquisas de opinião pública atestam que só 3% dos butaneses se declaram infelizes. Há três anos, a revista Business Week, apoiada numa enquete da Universidade de Berkeley, pôs o Butão estava num honroso oitavo lugar entre os países mais felizes do mundo. Perdia para a Dinamarca, a Finlândia e a Suécia, sem dúvida. Mas, até na categoria dos reinos-encantados, ganhava de Luxemburgo. As economias mais fortes do mundo, montadas em PIBs gigantescos, vinham muito atrás, comendo a poeira do crescimento acelerado, que na época elas mesmas levantavam.


Fonte Jornalista Marcos Sá Correia/ O ECO

Ocenário Brasil


Um complexo educacional, científico e tecnológico que integra um museu e aquário de grandes dimensões, como os existentes em várias partes do mundo. Assim é o “Oceanário Brasil”, projetado pelo escritório de arquitetura Dal Pian Arquitetos, que será construído num Parque Ecológico localizado entre o Balneário Cassino e os Molhes da Barra, numa área de 176 hectares, ao lado do Oceano Atlântico.


Ainda em fase de estudo preliminar, o complexo, avaliado em R$ 140 milhões, deverá estar concluído no final de 2012. As obras terão início no 1º semestre de 2010.Para o arq Renato Dal Pian, o maior desafio do projeto foi “compreender as particularidades e especificidades de um oceanário que, além dos espaços dedicados ao uso público, terá, aproximadamente, 50% de sua área construída destinada às infra-estruturas de manutenção e conservação dos biomas expostos”.


“Para isso, foi fundamental a elaboração do programa em conjunto com equipe de oceonólogos especialistas em aquários e oceanários”, acrescenta Dal Pian.
Memorial descritivo:O “Oceanário Brasil”, um Complexo Educacional, Científico, Tecnológico e de Desenvolvimento Turístico – está localizado na cidade portuária de Rio Grande-RS, no extremo sul do País.Cidade mais antiga do Estado, por sua vocação histórica e posição geográfica - banhada pelas águas do Oceano Atlântico, Laguna dos Patos e Lagoas Mirim e Mangueira - Rio Grande sempre esteve intimamente ligada ao mar. Sua praia do Cassino, com 240 km de extensão, é a maior do mundo, ultrapassando as fronteiras no Chuí e avançando sobre o Uruguai.
Empreendimento da FURG – Universidade Federal do Rio Grande, criadora do primeiro Curso de Graduação de Oceonografia do País, o “Oceanário Brasil” ambiciona, além de fortalecer a relação da cidade com o mar, ser um importante centro de divulgação dos oceanos e da oceonografia no Brasil.

O edifício, com 45.000m², ocupará uma área de quase 200 hectares, conformando um grande parque ecológico, com trilhas, praça de eventos, sistema de teleférico e torre mirante que proporcionará visão panorâmica da forte paisagem horizontal composta por dunas, banhados, praia e oceano.

Formalmente, o oceanário está organizado em quatro alas georeferenciadas, simbolizando os ambientes aquáticos do Sul, Leste, Norte e Oeste do Brasil, além de uma “Ala Central” que representa o oceano.


  • A “Ala Sul” exibirá ecossistemas e espécies da Antártica e do sul do País, como arroios, banhados, marismas, ambientes costeiros típicos e os mares gelados do sul.

  • A “Ala Leste” contará com a variedade dos ambientes costeiros do Sudeste e do Nordeste do País, da a exuberante Mata Atlântica até os costões rochosos, ilhas, parcéis e corais.

  • Na “Ala Norte” serão apresentados os Manguezais, o Delta do Amazonas e a variedade de ecossistemas e espécies aquáticas da Amazônia, um dos biomas mais importantes do mundo.

  • A “Ala Oeste” concentrará a biodiversidade dos ambientes de água doce do Brasil: Pantanal, Bonito e Bacia do Paraná. Um tanque de mergulho, dotado de infra-estrutura adequada para aulas práticas, também será disposto nesta ala.

  • Na “Ala Central”, concluindo o percurso expositivo, fica o tanque principal – “Amazônia Azul”, que convidará os visitantes a um mergulho nas águas do Atlântico Sul por meio de túneis e de grandes visores de acrílico.

O Oceanário contará com locais para recreação, biblioteca, cinema IMAX-3D, salas de aula e laboratórios destinados à Educação Ambiental. Bares, cafés, lojas e restaurantes comporão espaços de convivência e descanso integrados às demais atrações.



Ficha Técnica


  • Arquitetura: Dal Pian ArquitetosAutores: Lilian Dal Pian e Renato Dal Pian

  • Colaboradores: Oliver Scheepmaker, Carol Portugal, Raquel Rodorigo, Paula da Cruz Silva, Ricardo Cristoffani, Leonardo Gomes, Tibério Cruz, Filomena Piscoletta

  • Coordenação Projetos Técnicos: Terramare consultoria, Projeto e Construção de Aquários

  • Coordenação Técnica: Hugo Gallo Neto e Henrique Luís de AlmeidaApoio Técnico: Gustavo Fresteiro Mendonça

  • Engenharia: Alena Engenharia/ Maurício Brun Bucker e Jorge Hideki Katsutani

Realização


  • FURG - Universidade Federal do Rio Grande

  • Coordenador Geral: Prof. Dr. João Carlos Brahm Cousin

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Fortaleza ganhando com a COPA 2014


Realizou-se na 8a Bienal Internacional de Arquitetura de São Paulo, a última sessão do "workshop" Fortaleza ganhando com a COPA 2014, uma atividade relacionada ao tema geral Ecos Urbanos, em pauta nesta Bienal. O grupo que reuniu estudiosos, ligados a USP e UFC e outros profissionais arquitetos, em sessões de intenso debate sobre os impactos urbanos das ações, projetos e obras que irão preparar a cidade para os visitantes que esta receberá durante os jogos internacionais.


Foram enfocados, durante os 4 dias de trabalho, questões afeitas aos seguintes subtemas: mobilidade urbana, usos urbanos, águas urbanas e ecologia urbana. A grande conclusão deste debate é que o grande elemento diferencial de Fortaleza, não são suas praias, seu patrimonio, sua vida noturna ou sua gastronomia, mas sim o Parque do Cocó, esta megareserva ambiental encravada no "cuore" do muncípio, a meio caminho das novas direções de desenvolvimento urbano.

Os trabalhos foram coordenados pela Profa Dra Heliana Comim Vargas e pelo Prof. Paulo Pelegrino, ambos da do LABVERDE/ FAUUSP, sob orientação do Prof. Wilson Jorge. Participaram também o Professor Bruno Roberto Pandovano, o Arquiteto Paisagista Newton Becker, os Professores Lucila Naiza Novaes, Romeu Duarte e José Sales, do DAUUFC, além dos Professores Ignácio Montenegro, Ricardo Paiva e Gastão Sales, todos eles ligados ao Programa DINTER/ Doutorado Interinstiucional FAUUSP/ DAUUFC. E contou ainda com a presença dos Secretários de Estado das Cidades Joaquim Cartaxo, dos Esportes Feruccio Petri Feitosa e do Adjunto Turismo Osterne Feitosa, do Estado do Ceará.

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Fórum de Turismo e Cultura do Cariri


Está sendo , hoje, no Auditório do Centro Cultural do Araripe a reunião do Fórum de Turismo e Cultura do Cariri. O Fórum é de extrema importância para o desenvolvimento do turismo e a cultura da região do Cariri.


A programação seguirá os seguintes tópicos:* Posse do Conselho Municipal da Cultura do Crato-Ce* Apresentação do Projeto Audiovisual de Educação Ambiental-Chapada do Araripe- de autoria de Jéferson Albuquerque* Reprogramação para o Estudo de roteiros Turísticos Culturais do Cariri* Agenda para elaboração do Planejamento Estratégico do Fórum* Lançamento da Eleição da Diretoria do Fórum para o biênio 2010-2011O Fórum tem parceria com o SEBRAE-CE e o Ministério do Turismo e apoio do Governo do Crato, por meio da Secretaria de Cultura, Esporte e Juventude.


F0nte: Blog do Crato

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Livre Mercado: Egidio Serpa

Quando o caririense de Crato e Juazeiro do Norte já vestia roupa nova para passear, sexta-feira, 27, no primeiro metrô do Ceará, o Ministério Público do Estado entrou na Justiça pedindo que se parem os trens. Os promotores querem que, antes de entrar nos trilhos, o Metrô do Cariri entre na Lei, cumprindo o Código Nacional do Trânsito, que manda sinalizar - vertical e horizontal mente - toda a linha permanente entre as estações de Crato e Juazeiro.

Inovação: a pressão da sociedade

Por legítima pressão da sociedade, a Secretaria de Ciência e Tecnologia (SC&T)decidiu, com dois anos de atraso, dar vida ao Fundo de Inovação Tecnológica do Ceará (FIT). Neste momento, a melhor inteligência da Funcap, órgão da SC&T que administra o FIT, trabalha na elaboração do primeiro edital do fundo, que contemplará projetos de inovação de 16 atividades econômicas, inclusive a agropecuária. O edital estabelecerá os critérios - e serão muitos - que condicionarão a análise e a aprovação dos projetos e a liberação dos respectivos recursos.

Um dos critérios será a fundamentação científica do projeto; outro, a sua capacidade de aumentar a competitividade da empresa; outro mais será a perspectiva comercial (a ampliação do mercado) da empresa. Se a empresa for de grande porte, a contrapartida será de 100% do valor liberado. Se for pequena, será de 20%. O FIT deve ser entendido, tanto pelas autoridades do Governo quanto pelas empresas que dele se beneficiarão, como um instrumento de estratégia de desenvolvimento.

Para os dois lados do balcão. Assim, será boa e oportuna a providência dos gestores do FIT - e se essa providência for adotada - a busca por novas fontes que alarguem os recursos do fundo. O Ministério de Ciência e Tecnologia, por meio do Finep, o Banco do Nordeste e o Sebrae têm dinheiro específico para investir em iniciativas como a do FIT. Então, ao serviço!

Fonte: Coluna Egidio Serpa/ Diário do Nordeste

terça-feira, 24 de novembro de 2009

MPE pede adiamento da operação do Metro Cariri


O MPE/ Ministério Público do Estado do Ceará, através dos Promotores de Justiça do Crato e de Juazeiro do Norte, Elder Ximenes e Alexandra Magda Monteiro, ingressaram com uma Ação Civil Pública (ACP) com tutela antecipatória em caráter de urgência, já distribuída para o juiz da 3ª Vara de Juazeiro, Gúcio Carvalho Coelho, solicitando a suspensão da inauguração do Metrô do Cariri. Eles também querem suspender a circulação dos trens. A entrega da obra estava prevista para a próxima sexta-feira, com a presença do Governador do Estado. Não existe nenhuma sinalização obrigatoria de transito e segurança no trajeto ferroviário a ser utilizado pelas composições ferroviárias do chamado Metro Cariri.

Fonte Caderno Regional/ Diário do Nordeste.

domingo, 22 de novembro de 2009

Plano de Gestão do Geopark Araripe


A URCA/ Universidade Regional do Cariri pretende iniciar ainda neste ano corrente de 2009, a realização do Plano de Gestão do Geopark Ararripe conforme recomendações da UNESCO, indicadas quando da aprovação da proposta - Application Dossier for Nomination Araripe Geopark, State of Ceará, Brazil - de consolidar na Bacia Sedimentar do Araripe, um Geopark, componente da Rede Global de Geoparks Nacionais, ainda em Outubro/ 2006, quando da Gestão André Herzog.


Foi criada recentemente uma Comisão Gestora do Geopark Araripe composta do Professores José Patricio Melo, Idalécio de Freitas e Zuleide Queiroz, que tem a participação de outros professores da própria URCA: Iara Araújo, Raimunda Aparecida e outros. Como colaboradores estão os Profesores José Sales/ UFC e Carolina Gondim Rocha/ UNIFOR, além das Arquitetas Thais Callou de Holanda e Ana Fernandes, através da participação da Ibi Tupi Projetos e Consultoria. A Secretaria Adjunta SCT Teresa Lenice Mota acompanhará atentamente a realização dos trabalhos que contará com oficinas de participação em todos os municipios onde partes do Geopark Araripe se consolidarão: Santana do Cariri, Nova Olinda, Crato, Juazeiro do Norte, Barbalha, Missão Velha.

Imagem da chegada da chuva no Pontal de Santa Cruz, em Santana do Cariri. Fotografia de Daniel Roman. Arquivo de Imagens Ibi Tupi.

Memória do Dnocs ameaçada pela falta de conservação


No ano em que se comemora o centenário do DNOCS/ Departamento Nacional de Obras Contra as Secas , as condições em que se encontra guardada a documentação oficial do órgão ameaçam a preservação e a própria existência da memória do Dnocs. Documentação que registra as ações da primeira instituição pública a se voltar para as questões do semiárido, com um legado que vai muito além de açudes e barragens, mas que pode estar fadado ao desaparecimento.


Ao longo de sua atuação, o registro de tudo o que foi feito pelo Dnocs pode ser encontrado em diferentes tipos de papel: o papel-manteiga para o desenho de mapas e plantas baixas; o papel jornal em que se encontram materiais de publicações sobre as ações do órgão; e mesmo o papel ofício, que de branco passou para amarelado, para o registro de relatórios, descrições do andamento de obras e outras tantas informações. O paradoxo é que este suporte da memória de tempos e homens é igualmente frágil e sujeito à ação do tempo e do ambiente, ainda mais se não for devidamente preservado.


Algumas caixas com documentos encontram-se no chão. Em outros é possível observar teias de aranha e mofo. No fundo do galpão, uma estante acumula mapas sem qualquer organização. Alguns estavam amassados e outros, com rasgos. A iluminação interna é precária e a fiação elétrica, com remendos de fita isolante, corre abaixo do teto, ao lado dos ventiladores. Há fezes de morcego em cima da hemeroteca, que mostram sinais de ferrugem.


Há dois anos, a maior parte do acervo foi transferida da Coordenação Estadual do Ceará (Cest), na Praia de Iracema, para um galpão no Bairro Pici, que antes servia para o conserto dos caminhões do órgão. O galpão é de tijolo com cimento aparente e coberto com uma telha de amianto, o que provoca uma intensa sensação de calor dentro do prédio. Ao lado da entrada, nove extintores de incêndio estão amontoados e cobertos com poeira. Apesar do funcionário responsável pelo galpão garantir que a troca é feita dentro dos prazos, o fato dos extintores estarem concentrados em um só lugar do galpão pode tornar inviável salvar o acervo e controlar o fogo num caso de incêndio.


Na visita ao acervo, na última quarta-feira, a reportagem do Diário do Nordeste foi acompanhada por Wilson Vieira, funcionário público do Dnocs há 35 anos. Originalmente, sua função era de agente de cinematografia e microfilmagem, mas passou a trabalhar com o acervo de papel depois que o setor onde trabalhava foi extinto. "Tínhamos o setor de microfilmagem mais moderno do Nordeste, funcionava desde 1975. Mas tudo é falta de verba, em 2000 acabaram de uma hora para outra", recorda. A história e os problemas do acervo se confundem com a trajetória do Dnocs, marcada pelos recursos minguados e as iniciativas iniciadas, mas mantida com dificuldade.


Depois disso, ele fez um curso de arquivista e foi trabalhar com o acervo de papel. Segundo Wilson, o local indicado para abrigar este tipo de acervo deve ter controle de umidade e iluminação, móveis adequados para proteger os documentos, além de pessoal qualificado para manipular o material. "O problema é que não tem condição de uma pessoa trabalhar aqui. Fazemos o possível, conseguimos estas estantes para colocar a documentação, mas está muito longe do ideal. É muito triste ver o acervo do jeito que está", lamenta Wilson.


Antes da reportagem deixar o local, um engenheiro da área de manutenção de perímetros irrigados esteve no acervo à procura de um documento técnico. Uma lâmpada de parede colada a um pedaço de madeira e alimentada por uma extensão doméstica fazia as vezes de lanterna para o funcionário do almoxarifado, que iluminava entre as estantes para auxiliar na busca do documento. Na saída, um funcionário do almoxarifado comentou que a procura por documentos era diária. "Mas tem um funcionário que sabe onde fica tudo, nem sei como, mas sabe. Só não sei como vai ser quando ele se aposentar". Paradoxos do inscrever e do apagar.


Fonte Diário do Nordeste. Fotografia de José Leomar.

sábado, 21 de novembro de 2009

Desenvolvimento do Turismo no Ceará


Debate realizado no fim desta tarde de 6a feira, 20/11, em dos grandes auditórios da UNIFOR, sobre Planejamento do Turismo e Medidas de Controle Ambiental. como uma das atividades da SEMANAU/ Semana de Arquitetura e Urbanismo, este ano uma realização conjunta do alunos dos cursos de Arquitetura e Urbanismo da UNIFOR/ UFC/ FANOR reuniu o Secretário do Turismo do Ceará Bismarck Maia e Promotora do Ministério Público Estadual Sheila Pitombeira.

Em auditório lotadissimo, do início ao fim da sessão e participação intensiva dos debatedores e alunos presentes dos 3 cursos, com a mediação do Professor José Sales, se discorreu, durante 3 horas inteiras sobre a complexidade do turismo no Estado do Ceará que incluem questões afeitas:


  • A implantação de grandes hoteis e resorts no litoral cearense como Aquiraz Riviera, Resorts Vila Galé Cumbuco e Fazenda Canoe/ Fortim;

  • Ao novo Pavilhão de Feiras e Eventos, um dos maiores do Brasil, em consolidação, na Av. Washignton Soares e Convenções, sua localização, modelagem e dimensões e a preservação do Parque Estadual do Cocó, além dos impactos sobre o desenvolvimento urbano;

  • Ao Acquario do Ceará, na Praia de Iracema, s requisitos de seu programa e modelagem e a forma como foi contratado e realizado o projeto;

  • A Canoa Quebrada e Jericoacoara, vilas litoraneas de pescadores que se transformaram em dois destinos do turismo internacional em nosso Estado;

  • Ao saneamento ambiental do Porto das Dunas/ Beach Park, onde se localiza o Parque Aquático Beazh Park e seus mais de 1 milhão de visitantes anuais e esta situação de segundo parque hoteleiro do Estado;

  • Ao saneamento da Vila do Cumbuco;

  • A prática do turismo de esportes radicais e os principais sites do Estado - Praia do Titanzinho para surf, Cumbuco, Lagamar do Caiuipe e Taiba para kite surf, Parque dos Monolitos de Quixadá para voos de asa delta;

  • A transformação da Vila do Cumbuco, de forma geometricamente crescente, em uma colonia de noruegueses, dinamarqueses, filandeses e outros povos que adotaram esta situação como seu local de segunda residencia e os impactos sobre a população nativa local;

  • Ao futuro Aeroporto de Canoa Quebrada/ Aracati, em fase final de implantação;

  • Ao futuro Aeroporto Internacional de Jericioacoara, em inicio de obras;

  • A ampliação do Aeroporto Internacional Pinto Martins, em Fortaleza;

  • A integração das comunidades litoraneas com visão de futuro do Turismo no Ceará;

  • Ao Programa Pousadas de Charme;

  • Aos novos Planos de Turismo Sustentável do Maciço de Baturité e Serra da Ibiapaba;
    A COPA 2014, os impactos sobre o turismo em Fortaleza e os impasses do parque hoteleiro local que demanda medidas de modernização;

  • As medidas de contraponto ao nefasto turismo predatório e a superação do turismo sexual.

Estão de parabéns os Centros Academicos dos Cursos de Arquitetura e Urbanismo da UNIFOR/ UFC/ FANOR e organizadores da SEMANAU, que mostraram a todos e notadamente às direções de seus proprios cursos e Universidade como deve ser feita a integração de interesses dos estudantes de Arquitetura e Urbanismo no Estado do Ceará, com atividade com esta diretriz de trabalho, a semelhança do foi também realizado no Projeto Mambembe, da FNEA/ Federação Nacioanal dos Estudantes de Arquitetura e Urbanismo/ Ceará e Rio Grande do Norte.


Imagem de Canoa Quebrada, de anterior vila de pescadores de pesca artesanal a "point internacional" com mais de 50 pousadas de charme, pequenos hotéis e um conjunto impressionante de restaurantes internacionais, durante o Festival Internacional de Cinema de Canoa Quebrada. Arquivo de imagens Ibi Tupi.

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

4a Conferencia da Cidade de Maracanaú


Sob o tema "Cidades para todos - Gestão democrática, participativa e controle social", enfocando aspectos dos "Avanços, dificuldades e dasafios na implementação de uma Política de Desenvolvimento Urbano em Maracanaú" proferiu palestra naquela cidade, nesta manhã, na 4a Conferencia da Cdade de Maracanaú, o Professor/ Arquiteto/ Urbanista José Sales, do Departamento de Arquitetura e Urbanismo/ UFC.

Ceará é destaque na produção de mel


O Ceará teve um aumento de 30% da produção de mel em 2008. Com isto, ocupa a quarta posição no País e a segunda no Nordeste, com 4.073 toneladas produzidas. Os dados constam da pesquisa "Produção da Pecuária Municipal", divulgada ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Cinco municípios cearenses foram listados entre os principais produtores de mel no País. São eles: Limoeiro do Norte, com 550 toneladas; Santana do Cariri, 392t; Tabuleiro do Norte, 380t; Alto Santo, 300t; e a cidade de Icapuí, com uma produção anual em 193t.De acordo com a pesquisa, no cenário nacional, a produção de mel teve aumento de 8,8%, quando comparada com 2007.


Os fatores para que o mel tenha destaque deve-se à importância do produto nos mercados nacional e internacional, além de ter sido introduzido em programas regionais da merenda escolar e de geração de emprego e renda para pequenas comunidades. No Estado do Amazonas, a produção cresceu vertiginosamente, embora sua participação nacional ainda seja pequena. Depois de Limoeiro do Norte, as cidades que também produzem mel em larga escala são Apodi (RN) e Picos (PI), em segunda e terceira posições, respectivamente.
Fonte: Diário do Nordeste

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Temporada de queimadas no Araripei, novamente a barbárie


Começou a temporada de queimadas no Cariri, uma prática agrícola conhecida na região como "brocas", ou "coivaras", que degrada o solo e leva risco de incêndio às reservas florestais. O processo rudimentar de preparação da terra para o plantio deve ser controlado pela Superintendência Estadual do Meio Ambiente (Semace), que intensificou a fiscalização com o objetivo de evitar o desmatamento com as queimadas clandestinas na região. Está sendo autorizada a chamada "queima controlada", aplicação do fogo na vegetação sob determinadas condições ambientais.

"Antes de conceder a autorização, os técnicos da Semace analisam detalhadamente as condições do terreno, como topografia, vegetação e variáveis meteorológicas", explica o gerente regional da Semace, João Josa. No Cariri, as queimadas começam em novembro e dezembro. A vegetação da Caatinga na futura roça é cortada e deixada no campo para secar. No fim da estação seca, a madeira é queimada, colocando-se fogo na roça inteira.

"Estas queimadas, frequentemente, saem do controle, especialmente quando há fortes ventos, comuns nesta época do ano. Então, outras áreas pegam fogo também, provocando incêndios florestais graves. Daí a necessidade do acompanhamento dos engenheiros florestais", adverte o Superitendente SEMACE João Josa.

Comentário da postagem: Diferentemente do que afirmam os técnicos da SEMACE, se manifestam outras opiniões abalizadas e baseadas em fundamentos científicos que afirmam que não existe controle possível às queimadas. Não existe "queima controlada" sendo esta afirmação totalmente carente de fundamentação técnico científica. Pois além da queima superficial da vegetação há também queima do solo e do subsolo e, seus nutrientes, além do aquecimento do próprio solo de maneira elevada, comprometendo inclusive quaisquer resquício de reserva própria existente nas raízes da vegetação e também os aquíferos e outras reserva de água subterranea. Por outro aspecto existem as questões evidentes das altas temperaturas do ar no entorno da área queimada que comprometem não só a qualidade do ar como taxas de umidade no mesmo que chegam a níveis baixissimos, além de comprometer brutalmente a vegetação remanescente por desumidificação. Por fim temos o aumento geométrico da emissão de CO², que contribui para o aquecimento local/ regional e global. E há ainda a propagação da "queima controlada" por ação dos ventos fortes do período, confirmada pelos próprios técnicos da instituição de controle e fiscalização do meio ambiente.

Donde se conclui que não existe e nunca existiu, em nenhuma forma, a "queima controlada"e sim um processo de predação consentido que se repete ano a ano, há quase quatro séculos, neste período da estação mais seca, comprometendo irremediavelmente a sobrevivencia dos ecossistemas da região e consequentemente da flora, da fauna e nós próprios, os "os queimadores".

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Prefeitura de Fortaleza tomba a Casa de Raquel de Queiroz


À primeira vista, parece uma casa comum, como as demais do bairro. Porém, poucos sabem que na residência da Rua Antônio Ivo, 290, no Henrique Jorge, morou a célebre escritora cearense Rachel de Queiroz. E, mais, que nela a cearense escreveu sua obra-prima "O Quinze". A simples edificação com o telhado desgastado, de cor verde e rodeada por árvores, diferencia-se das outras e ganha de vez reconhecimento da sua importância para a história e memória do Estado. Afinal, no último dia 22 de outubro, a Prefeitura de Fortaleza publicou, no Diário Oficial do Município, o tombamento definitivo da casa.

"Fica tombado, em caráter definitivo, o imóvel localizado na Rua Antônio Ivo, nº 290, Bairro Henrique Jorge, denominado Casa da Raquel de Queiroz, haja vista o seu alto valor histórico, cultural e simbólico, portador de inelutável referência à identidade e à memória da sociedade fortalezense", consta o artigo 1º do documento, que oficializa o decreto de número 12.582/2009 de 15 de outubro.Conhecida popularmente como Casa da Rachel de Queiroz, o antigo Sítio Pici ou Casa dos Benjamins, abrigou a família Queiroz, a partir de 1927. No local, há notícias de que a escritora cearense escreveu, aos 20 anos, seu primeiro romance regionalista e obra-prima "O Quinze", em 1930.

Além de, como descreve a escritora Socorro Acioli no livro "Raquel de Queiroz", foi o local onde a autora de "O Quinze" também se casou com José Auto, em 1932, e teve sua filha Clotildinha, no ano seguinte, que veio a falecer dois anos depois, 1935.

"Esse tombamento é importante porque Rachel é uma das principais representantes da literatura brasileira. Ela é uma grande escritora, mas que o Ceará ainda deve muito. Ainda não há estudos necessários, não existe um memorial. Fortaleza não sabe bem preservar sua história. No entanto, o tombamento já é um começo", avalia a professora da Universidade Estadual do Ceará, Cleudeni de Oliveira Aragão, doutora em Literatura.

Entretanto, como indica o documento que baseou o processo pelo Prefeitura "Instrução de tombamento municipal para a casa Rachel de Queiroz", realizado por pesquisadores da Universidade Federal do Ceará (UFC); prefeitura e Instituto do Patrimônio Histórico Artístico Nacional (Iphan), a casa precisa de reparos. Até porque, segundo reforçam os moradores das proximidades, como a educadora popular Lúcia Vasconcelos, 56, e o pedagogo Leonardo Sampaio, 57, o local, há algumas décadas, abriga três famílias e está cada vez mais deteriorada.

Adquirido pelo pai da escritora cearense, Daniel de Queiroz, em 1927, para facilitar o acesso dos filhos aos estudos, o Sítio Pici ficava perto da lagoa da Parangaba, que, nesse tempo, pronunciava-se "Porangaba", e também do Rio Pici ou "Picy". Pertenceu à família do padre Rodolfo Ferreira Gomes e foi vendido depois a um industrial, José Guedes, de quem Daniel comprou o imóvel e fez uma nova casa para atender às suas necessidades. Assim, Rachel de Queiroz ingressa no curso Normal do Colégio Imaculada Conceição, aos dez anos, e, tempo depois, ajuda seu irmão Flávio no exame de admissão do Colégio Militar. No local, ela escreve o livro "O Quinze", aos 20 anos de idade, casou-se com José Auto, em 1932, teve sua filha Clotildinha (1933), que faleceu dois anos depois, 1935


Fonte Janine Maia/ Diário do Nordeste

terça-feira, 17 de novembro de 2009

Ministério das Minas e Energia quer atropelar análise ambiental

A pressa de passar pelo trâmite ambiental fez mais uma vez o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, prometer que a licença prévia da usina hidrelétrica de Belo Monte (PA) iria sair nesta segunda-feira, o que não se confirmou. Técnicos da área de licenciamento do Ibama trabalham sob pressão para emitir o parecer técnico de que a usina depende para participar do leilão de energia marcado para o dia 21 de dezembro. Mas até agora as análises não foram concluídas. Alheio ao conteúdo técnico da licença de Belo Monte, Edison Lobão afirmou hoje que “qualquer que seja a licença, ela nos autorizará a fazer o leilão no próximo mês”.

As pressões sobre os técnicos da área de licenciamento se tornaram corriqueiras desde que os interesses políticos se tornaram mais importantes do que a responsabilidade técnica ambiental das obras, e já geraram situações vergonhosas para o próprio governo. Um exemplo recente veio à tona aqui pelo site O Eco, quando os técnicos da área do licenciamento do Ibama recomendaram a não emissão de licença prévia para as usinas de Santo Antônio e Jirau, mas a presidência do órgão tomou uma decisão política de concedê-la.

Fonte O ECO

domingo, 15 de novembro de 2009

Cultivo protegido se amplia no Ceará


De baixo custo, com alta lucratividade e qualidade, sem uso de agrotóxicos. Uma técnica assim é um sonho para muitos produtores rurais. O melhor é saber que, hoje, isto já é uma realidade. Uma das técnicas utilizadas para obter esses resultados é a de cultivo protegido por meio de estufa ou telado.

No Estado do Ceará, a cada ano, o uso da tecnologia se amplia em várias regiões, segundo a secretaria do Desenvolvimento Agrário. Os cultivos são diversos, mas, principalmente, ligados à agricultura familiar e ao setor de flores. Uma outra vantagem é que este cultivo possibilita a produção na entressafra, época em que a atividade agrícola é melhor remunerada.As duas técnicas são parecidas, mas têm diferenças. A estufa é usada para proteger o plantio das chuvas. Já o telado é para proteção contra pragas. Outra diferença é que a estufa possui telas nas laterais e plásticos em cima e o telado tem tela em todos os lados.

A ação de produtores que utilizam este tipo de cultivo com hortaliças começou em 2002 na região da Ibiapaba, e em 2001, com plantios de flores e rosas. Em 2005 e 2006, um grupo de técnicos do Ceará foi para a Almeria, na Espanha, conhecer a tecnologia utilizada lá no cultivo protegido e fechar programação e custos do curso de capacitação dos técnicos cearenses. Quando voltaram, elaboraram um projeto de oito estruturas para a região da Ibiapaba. A ideia deu certo.

A partir daí, foi feito um projeto piloto para melhorar a técnica que já vinha sendo praticada.Uma equipe da Espanha também veio mostrar o trabalho feito lá com uma outra tecnologia, com apoio da Embrapa. Nesta, eram utilizadas sacolas plásticas com filtro de coco, usando solução nutritiva e fazendo a fertiirrigação dentro da estufa.Surgiu aí o Projeto de Cultivo Protegido do Ceará, para possibilitar apoio, especialmente, aos pequenos produtores, diante da problemática da produção de hortaliças a céu aberto na Serra da Ibiapaba, em particular o tomate, além do uso de agrotóxicos, contaminando homem, ambiente e alimentos. O objetivo é ter cultivo com alta tecnologia, sustentabilidade econômica, social e ambiental.

Segundo José Wanderley Guimarães, do Núcleo de Perímetros Irrigados da Secretaria do Desenvolvimento Agrário (SDA), o Estado, a cada ano, está investindo mais no cultivo protegido. "A partir de 2010, vamos ampliar para várias regiões do Estado. Será uma área de 800 metros quadrados para estufa ou telado". Segundo ele, serão 40 projetos distribuídos pelo Cariri, serra úmidas, Ibiapaba, Centro-Sul.

Os recursos para o Projeto de Cultivo Protegido será do Fundo de Desenvolvimento da Agricultura Familiar (Fedaf), que deverá investir R$ 1,4 milhão. No valor estão incluídos a recuperação de mata ciliar, sistema de irrigação, concretagem da estrutura e sistema de biocompostagem líquida (pega-se esterco de curral faz mistura com água e injeta na irrigação).
Fonte: Caderno Regional do Diario do Nordeste

sábado, 14 de novembro de 2009

Conferencia do Clima em Copenhagen: Brasil sem propostas susbtantivas

Decepciona a ausencia de proposições mais substantivas do Brasil - como a redução do desmatamento, melhoria da modelagem de apropriação recursos naturais, reduçao da emissão de gases estufa, adoção radical de tecnologias limpas, redução de impactos e vulnerabilidade - à 15a Conferencia da Convencão das Nações Unidas sob as Mudanças Climáticas. Tudo está sendo relatado como esta participação e os temas a ser ali debatidos fossem unicamente um meros detalhes do debate eleitoral brasileiro em 2010.

A oportunidade única de consolidar nosso país como a grande liderança do presente, na montagem de quadro de diretrizes mais adequado ao futuro do planeta e da humanidade poderá ser desperdiçada e as luzes não estarão mais sobre o Brasil. Tudo indica que dificilmente o Presidente Luiz Inácio Lula da Silva comparecerá ao evento, sendo representado no mesmo pela Ministra Chefe da Casa Civil Dilma Roussef, até aqui um ferrenha defensora do desenvolvimentismo a qualquer custo. O reducionismo a que chegamos é inteiramente reprovável.

Oxalá surjam novas luzes até lá.

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

A arte abre as portas para o Cariri

Com a presença de mais de 600 artistas, 11 países e um público estimado em mais de 300 mil pessoas, será aberta oficialmente hoje, em Crato, para todo o Cariri, a 11ª Edição da Mostra SESC Cariri de Cultura. A solenidade acontece no Centro Cultural do Araripe, a partir das 19 horas e toda a população é convidada a participar do evento.

A Mostra SESC Cariri de Cultura a cada ano vem tendo crescimento na região, envolvendo mais artistas e a sociedade, num grande congraçamento da cultura. Vários setores são beneficiados com o evento. Os hotéis, principalmente das cidades de Crato, Juazeiro do Norte e Barbalha ficam lotados, restaurantes, as noites caririenses ficam mais movimentadas, proporcionando também aquecimento da economia regional.

O resultado de uma grande mobilização que acontece durante o ano todo, por vários profissionais, fará parte de apresentações artísticas em seus mais diversos contextos, de 13 a 26 de novembro, no Cariri e em Fortaleza, promovendo a integração cultural e a troca de experiências em seus mais diversos níveis.

O Centro Cultural do Araripe é um dos palcos do Cariri onde serão apresentados espetáculos artísticos, que durante a mostra se revelam nas artes cênicas, visuais, literatura, música, audiovisual e até excursões gastronômicas, além de passeios, debates e oficinas. Entre os artistas internacionais que desembarcam no Cariri estão representantes de Cuba e da Finlândia.

Todo esse público acompanha os espetáculos nos espaços localizados em quatro pólos; nas cidades de Crato, Juazeiro do Norte, Barbalha e Nova Olinda. Durante a mostra, o Circuito Patativa do Assaré vai levar apresentações itinerantes para outros 11 municípios. E, a partir do dia 21 de novembro, o Cariri chega em Fortaleza, onde ocorrem espetáculos para todos os públicos. Enquanto a mostra estiver no Cariri, as apresentações vão se concentrar em locais como o SESC Crato; o Centro Cultural Araripe; a Praça da Sé; o Teatro Municipal de Crato; o SENAC Crato; o Crato Tênis Clube; o Memorial Padre Cícero, o Largo do Memorial, a Praça Padre Cícero; a Praça Central de Barbalha; o Teatro Neroly; a Escola de Artes Reitora Violeta Arraes Gervaiseau e o Teatro Violeta Arraes.

Fonte: Prefeitura Municipal do Crato

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

11ª Mostra SESC Cariri de Cultura será aberta nesta sexta-feira


O Crato, mais uma vez é palco da abertura da grande festa da cultura, no interior do estado, demonstrando sua pujança de Capital da Cultura. A abertura será feita por Luís Gastão, no Centro Cultural do Araripe, local onde haverá apresentação de grande parte dos espetáculos da Mostra, como também em outros pontos do município.


A Mostra acontece de 13 a 26 de novembro no Cariri e em Fortaleza, tem como grande diferencial possibilitar maior interação entre artistas e espectadores. Serão espetáculos de artes cênicas, visuais, literatura, música, audiovisual e até excursões gastronômicas, além de passeios, debates e oficinas. Ao todo, mais de 600 artistas de 11 países – entre eles Cuba e Finlândia - desembarcam na região, que deve receber cerca de 300 mil pessoas. Todo esse público acompanha os espetáculos nos espaços localizados em quatro pólos; nas cidades de Crato, Juazeiro do Norte, Barbalha e Nova Olinda.


Durante a mostra, o Circuito Patativa do Assaré vai levar apresentações itinerantes para outros 11 municípios. E, a partir do dia 21 de novembro, o Cariri chega em Fortaleza, onde ocorrem espetáculos para todos os públicos. Enquanto a mostra estiver no Cariri, as apresentações vão se concentrar em locais como o SESC Crato; o Centro Cultural Araripe; a Praça da Sé; o Teatro Municipal de Crato; o SENAC Crato; o Crato Tênis Clube; o Memorial Padre Cícero, o Largo do Memorial, a Praça Padre Cícero; a Praça Central de Barbalha; o Teatro Neroly; a Escola de Artes Reitora Violeta Arraes Gervaiseau e o Teatro Violeta Arraes. Os artistas que participam da mostra, entretanto, também descem do palco, transformando o público em parte do espetáculo.


O evento conta com homenagem da Câmara do Crato ao presidente do Sistema Fecomércio, Luís Gastão Bittencourt, com entrega do título de Cidadão Cratense. Em reconhecimento aos benefícios que o Sistema Fecomércio tem desenvolvido na Região do Cariri, em especial pelo município do Crato, a Câmara Municipal do Crato, por unanimidade, concede o título de Cidadão Cratense ao presidente da Fecomércio Luís Gastão Bittencourt. A solenidade será realizada no dia 13 de novembro, às 19h, no auditório do Centro Cultural do Araripe, com presença de vereadores, do prefeito da cidade, Samuel Araripe, secretários e convidados. Na ocasião, será aberta para o Cariri a 11ª edição da Mostra SESC Cariri de Cultura.


Fonte: Prefeitura do Crato. Imagem Estação Crato. Arquivo Ibi Tupi.

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Quem explica o "apagão" de energia

Após apagão que deixou às escuras diversos estados, a ONS informou que por volta das 23h45 da noite desta terça-feira a energia transmitida a partir de Itaipu voltou a "entrar" no sistema elétrico brasileiro.

O Estado de Minas Gerais, por exemplo, já recebe energia normalmente e, segundo o Ministério de Minas e Energia, o Estado não é mais afetado pelo apagão. São Bernardo do Campo, Piracicaba, São José dos Campos e parte da Baixada Santista já tiveram restabelecido o fornecimento de energia elétrica. Na cidade de São Paulo, alguns bairros já tiveram a luz restabelecida, como na região da Paulista, nos bairros de Pinheiros, Higienópolis, Santa Cecília, estação Barra Funda do metrô, Vila Mariana e na zona norte da cidade, conforme apurou a reportagem do iG. No Rio de Janeiro, a situação foi normalizada em poucos bairros, como em Copacabana.

O Presidente de Itaipu, Jorge Samek, afirmou ter 99% de certeza de que um vendaval tenha sido a causa do apagão que atingiu, por volta das 22h20, Estados como São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Espírito Santo e derrubou as linhas de transmissão que partem da usina de Itaipu. "Em Foz do Iguaçu hoje tivemos chuvas que derrubaram árvores de 40, 50 anos, como quem tira guarda-sol na praia". Itaipu é responsável por 20% da carga de energia do País e por isso é difícil compensar o corte no abastecimento com energia de outras usinas.

Comentário da postagem: Há anos que os espcialistas do setor vem alertando sobre o aumento do consumo de energia elétrica versus a diminuição relativa dos investimentos em geração de energia, considerando que o crescimento do país está intrisecamente vinculado ao suprimento de energia.

No Governo Fernando Henrique alguns "apagões"levaram a realização de um novo plano de suprimento de energia elétrica, que na atual gestão vem sendo colocado em "banho maria", já que nenhuma fonte geradora foi instalada desde então: nenhuma nova hidrelétrica foi consolidada, os parques eólicos estão aí para ser ainda regulamentados, as termoelétricas estão aquém do programado, o programa de energia nuclear continua suspenso e os recursos à pesquisa em fontes alternativas é aplicado a conta gotas.

Aplica-se mais em marketing e propaganda do que em qualquer outra coisa. E conversa do Ministério das Minas e Energia, nos dias de hoje, se refere-se unicamente à regulamentação do Pré Sal, que de fato é o desenvolvimento de única fonte, derivada de combustíveis fósseis e que só existirá a partir de sua exploração plena a partir de 2024.

Tirem os senhores e senhoras suas conclusões.

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Casas em construção desabam em Juazeiro do Norte


Pelo menos duas das 80 casas em construção com recursos do PAC/ Programa de Aceleração do Crescimento, em Juazeiro do Norte/Região do Cariri, desabaram, na manhã deste domingo. Elas integram 20 blocos, sendo cada um com quatro apartamentos em obras na Rua Vereador Antonio Brás/ Bairro Limoeiro.

De acordo com a Secretária de Habitação, Romisa Montenegro, outros seis blocos serão construídos no mesmo espaço e mais 16 blocos no Bairro das Timbaúbas. No desabamento ninguém saiu ferido. Não havia operários no canteiro de obras. As casas ficam na última fila de um dos blocos com obras pela metade. Romisa esteve no local junto com o engenheiro Teodomiro Sampaio, responsável pela construção, e disse que foi um “problema localizado”. Ou seja, segundo ela, um funcionário da empresa fez o corte errado de uma parede atingindo a tubulação elétrica e a estrutura cedeu.

A engenheira garantiu que nenhuma das outras casas em construção está sob ameaça. Mesmo assim, vai determinar um calculista externo para fazer laudo técnico e averiguar melhor a segurança do restante da obra. A mesma opinião foi externada pelo engenheiro Teodomiro Sampaio, em conversa com a reportagem do Site Miséria, acrescentando que a construtora vai arcar com os prejuízos pelo desabamento sem representar ônus aos cofres públicos.Segundo ele, o erro na execução deixou o setor que ruiu sem sustentabilidade, mas insistiu na tese de que o restante está normal negando a possibilidade de uma estrutura inadequada.

Teodomiro adiantou que vai demolir a parte que desabou e reforçar a parede intermediária. Outra garantia dada por ele é que os prazos não serão atropelados devendo concluir as casas em dezembro. Nas imediações do canteiro de obras, um grave problema com o acúmulo de lixo, entulho e lama. Os moradores reclamam a ausência dos carros coletores e maior atenção por parte do setor de limpeza pública da Prefeitura.”

Fonte: Portal Miseria/Juazeiro do Norte

Comentário da postagem: Venhamos e convenhamos, se um corte de parede que colocação de instalações elétricas provoca um desabamento desta ordem, imagina quando as mesmas estiverem um utiização por seus moradores, quais serão os riscos? Entendemos que o CREA/ CE deve ser imediatamente acionado para realização de um laudo técnico sobre a estabilidade do conjunto.

Niemeyer condecorado na Espanha


O Arquiteto Oscar Niemeyer foi condecorado com a Ordem das Artes e Letras de Espanha, galardão que pretende reconhecer o seu percurso profissional e o seu contributo para a difusão internacional da arquitetura presente em Espanha, bem como pela sua influência na arquitectura contemporânea.

De acordo com o jornal espanhol El País, esta distinção foi criada pelo Ministério da Cultura espanhol e pretende reconhecer o valor de pessoas ou instituições, pelas suas obras ou pela sua participação activa na difusão internacional da cultura espanhola.Nascido no Rio de Janeiro, Brasil, em 1907, Oscar Niemeyer é um dos arquitetos mais influentes da arquitetura moderna, nomeadamente pela exploração que faz das possibilidades construtivas, plasticas e expressivas do concreto armado.

Fonte: Anita Rita Sevilha/ Arquitectura e Urbanismo

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Notícias do Geopark Araripe

Em 2005, foi elaborado o projeto de reforma e modernização do Museu de Paleontologia da Universidade Regional do Cariri (Urca), em Santana do Cariri. A reforma, iniciada em 2008, arrasta-se até hoje. Ainda não existem projetos museológico e museográfico para a organização do acervo do museu, considerado patrimônio do povo brasileiro. Pior: as visitações ao museu continuam suspensas.

Já o sítio Cana Brava, localizado em Santana do Cariri e propriedade da Urca, local de pesquisas de registros fósseis em concreções (pedras que possuem fósseis em seu interior) e escolhido para ser um dos geotopes, está abandonado. A ideia do consultor da Unesco Gero Hillmer era transformar aquele sítio em um museu a céu aberto.

Gero Hillmer é um dos mais renomados paleontólogos da Alemanha e, durante quase duas décadas, foi diretor do Instituto e Museu de Paleontologia da Universidade de Hamburgo. É dele a seleção das edificações de apoio e a proposta de urbanização e agenciamento da paisagem do Geopark Araripe, iniciados em 2006 e até agora não concluídos. O escritório-sede do Geopark Araripe, instalado na praça Alexandre Arraes, no Crato, imaginado como o Portal do Geopark aos visitantes, foi fechado e transferido para o interior do Campus Pimenta, da Urca.

Fonte: Coluna Cariri/ Tarso Araújo/ O POVO

Experiência caririense

O ex-reitor da URCA/ Universidade Regional do Cariri, Prof. André Herzog, foi um dos conferencistas do IV Simpósio Nacional Ensino de Geologia no Brasil e II Simpósio de Pesquisa em Ensino e História de Ciências da Terra, realizados de 1º a 5 de novembro, promovidos pela Universidade de São Paulo (USP). Herzog falou sobre a implantação do Geopark Araripe. Ele é hoje um dos maiores conhecedores do tema "Paisagem Cultural", que vem a ser o resultado material de todas as mudanças - sejam elas sociais, naturais, artificiais - que ocorrem em determinada região. Passado, presente, futuro e a história de uma região passam, inevitavelmente, pela paisagem cultural.

Fonte: Coluna Cariri/ Tarso Araújo/ O POVO.

sábado, 7 de novembro de 2009

Falta infraestrutura para o Turismo no Ceará

Interiorizar o turismo é meta do Estado, mas cidades mostram-se despreparadas para sediar grandes eventos. Grandes eventos realizados em cidades do Interior ajudam a aquecer o turismo, descentralizar as atenções de Fortaleza e promover as potencialidades tanto para quem vive como para quem vem de fora do Ceará. Mas o que se observa durante festivais de música, festas gastronômicas e mostras de audiovisual é que a maioria das cidades não possui uma infraestrutura mínima para absorver o número de visitantes desses eventos, quando o público e a população de pequenos municípios ou distritos chega a dobrar ou triplicar.

Falhas no gerenciamento de trânsito e na segurança, utilização de água e esgoto acima da capacidade do sistema, lixo espalhado nas ruas e o próprio desrespeito dos visitantes são fatores que transformam esses locais num ambiente caótico, levando ao risco desses destinos turísticos, que mal estão se firmando, perderem força.O caso mais recente ocorreu em Guaramiranga.

Durante o feriado prolongado de Finados, foi promovida a versão cearense da Oktoberfest. Mas, mesmo com o planejamento prévio e as ações para tentar minimizar os problemas que já costumam ocorrer nestas festas, os organizadores do festival e a Secretaria de Turismo e Cultura se surpreenderam com as 20 mil pessoas que foram para Guaramiranga durante o feriado.

O trânsito ficou engessado numa cidade com apenas duas ruas principais, que também sofreu com o estacionamento indevido. Muitas pessoas reclamaram do lixo acumulado nas ruas e a presença de pessoas com carros de som na praça, ocasionando poluição sonora.O secretário de Turismo e Cultura, Potiguar Fontenele, reconhece que o município não estava preparado para o que ocorreu. "A Oktoberfest atraiu cerca do dobro de pessoas que vêm para o Festival de Jazz & Blues".

Ele afirma que não chegou a faltar água, mas que o abastecimento ficou "no limite" e faltaram produtos como gasolina e alimentos. "É um tipo de turismo insustentável", define o secretário. Uma das soluções apontadas pelo gestor seria a construção de um centro de eventos fora da cidade. "Penso que seria possível fazer isso no Campo da Batalha, que fica a cinco quilômetros de Guaramiranga", afirma ele.

Segundo Aécio Santiago, da organização da Oktoberfest, o problema é que houve uma concentração excessiva de pessoas em Guaramiranga. Ele avalia que, por um lado, mostra o sucesso do festival promovido na última semana, mas, por outro, revela a necessidade de reorganizar a estrutura do município.

"Marcamos reuniões com o Governo do Estado e a Prefeitura para elaborar um projeto para a próxima edição. Não estamos nos eximindo dos problemas, mas tentamos tornar o impacto mínimo possível. Realizamos ações para disciplinar o trânsito e todo o lixo gerado na Arena da Cerveja foi devidamente recolhido e vai para a reciclagem". A ampliação do número de leitos e a melhoria do acesso ao município são apontados por ele como os principais desafios para melhorar a absorção de turistas.

Um dos eventos mais importantes fora do circuito tradicional do Carnaval cearense, o Festival de Jazz & Blues realiza sua décima edição em 2010, em Guaramiranga. Ao enfrentar os problemas de realizar eventos num local com pouca estrutura, uma das organizadoras do festival, Rachel Gadelha, acredita que um dos segredos para realizar eventos em pequenas cidades é saber equilibrar o porte do que se pretende fazer com o contexto e a cultura locais.

Fonte Reportagem de Karoline Viana no Caderno Regional do Diário do Nordeste.

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Ao futuro com quilombos e sesmarias

No Rio de Janeiro, um procurador regional da República ajudou sem querer a criar uma nova comunidade tradicional de ex-escravos no Vale do Paraíba, sugerindo ao dono de um sítio em Volta Redonda, frustado com o tamanho do terreno, intitular-se quilombola. Era conversa de coquetel. Servida com uma boa dose de ironia. Mas funcionou como consultioria jurídica. O quilombola de fim de semana saiu à cata de seus direitos ancestrais. E o sítio está pulando a cerca, rumo ao pedaço que lhe cabe na conta das reparações históricas.

E ainda há quem reclame que as leis não pegam no Brasil. Eis o exemplo de uma lei pegou antes mesmo do Descobrimento. Está viva há mais de 600 anos. E esbanja saúde política. É a que instituiu em 1375 o regime português das sesmarias.

No reinado de D. Fernando, ele serviu para botar em produção terras arruinadas ou incultas. Nessa primeira encarnação, a sesmaria implicava que o dono explorasse seu pedaço de chão como devia, ou pelo menos o arrendasse por “preço justo”. Senão, arriscava-se a ver a propriedade confiscada em nome do interesse público.

Com ela, floresceram pelo campo os sesmeiros, que faziam mais ou menos a olho nu e pistolão o que o INCRA faz hoje no Brasil com presidente, cinco diretores, auditores, chefes de gabinete e outras regalias de latifúndio burocrático. Para chegar aonde chegou deste lado do Atlântico, a sesmaria percorreu um longo caminho. Incorporou-se às ordenações afonsinas no século XV. Às manuelinas no XVI. Às felipinas no XVII. E tomou gosto no Brasil por atuar sobre “matos maninhos” e “matas bravias”.

Era, na Independência, embora a poeira dos séculos tivesse salpicado em suas páginas dispositivos que hoje causariam algum transtorno assentamentos do INCRA, se os novos sesmeiros levassem ao pé da letra requisitos da administração pompalina, como o prazo de cinco anos para provar que a terra doada está mesmo produzindo ou a proibição de vender o título da propriedade que ganhou de mão-beijada.

Há 186 anos, o patriarca José Bonifácio quis incluir a revisão geral das partilhas feitas entre os amadrinhados da coroa portuguesa nos atos inaugurais do Brasil independente. Como a proposta de José Bonifácio não vingou, as sesmarias ficaram soltas por aí, “sem lei, nem rei”, como o cronista Pero de Mangalhães Gândavo dizia que as coisas costumavam funcionar por aqui. Aclimataram-se a um território que, até pouco tempo atrás, parecia ter sempre fronteira de sobra para abrir, derrubar e, eventualmente, passar adiante, assim que as estradas, o progresso, a agricultura e os cartórios chegam para valer às áreas desbravadas pioneiros em confins devolutos.

As sesmarias só se modernizaram de poucos anos para cá, ao mudar de lado. Viraram política de quilombolas, índios, sem-terra, seringueiros, caiçaras, gerazeiros e outros títulos de exclusão social que, como a velha nobiliarquia, têm raízes na terra. Em nome dessas tradições fundiárias, seus direitos prevalecem até sobre parques nacionais, florestas públicas e áreas protegidas.

Com uma exceção notável, que está no site oficial do Ministério da Integração. Ali se ouve o ministro Geddel Vieira Lima explicar a política popular e progressista que abriu alas para os canais da transposição, transpondo antes de mais nada os índios e quilombolas que viviam nas margens do rio São Francisco. A entrevista do ministro é um divisor de águas. Com ela se aprende que entregar a quilombolas 700 mil hectares do Parque Nacional do Jaú, na Amazônia, é uma coisa. Pendurar-se na balaustrada do PAC, outra, muito diferente.

Matéria do Jornalista Marcos de Sá Correa no O ECO http://www.oeco.com.br

Recursos hídricos em evidencia


O uso da água no cotidiano urbano e rural. A equipe da Poesia da Luz, instituição voltada à promoção de atividades audiovisuais com sede no Cariri, acaba de concluir a primeira etapa do Projeto Água pra que te quero!, um diagnóstico da utilização dos recursos hídricos nas bacias do Banabuiú, Alto Jaguaribe e Salgado. A documentação fotográfica e o mapeamento social na primeira delas, a do Banabuiú, constatam a precariedade do abastecimento de água encanada na zona rural e a falta de consciência sobre o desperdício do líquido. A maioria da população carece de orientação acerca do uso racional desse recurso natural.

Reportagem Alex Pimentel. Caderno Regional do Diário do Nordeste.

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Mestre Acácio Gil Borsoi

Faleceu nesta 4a Feira , 04/Novembro, em São Paulo, um dos maiores arquitetos brasileiros da atualidade, ACÁCIO GIL BORSOI. Nascido no Rio de Janeiro/ RJ, filho, esposo, pai, avô e mestre de várias gerações de arquitetos brasileiros, Borsoi diplomou-se no final dos anos 40, na Faculdade Nacional de Arquitetura da Universidade do Brasil.

Transferiu-se para o Recife com apenas dois anos de formado onde foi um profissional da mais alta relevância. Em Pernambuco, Borsoi participou de várias Diretorias e Conselhos do IAB-PE e foi escolhido como patrono do 19º Congresso Brasileiro de Arquitetos, uma homenagem dentre as várias manifestações de reconhecimento que já lhe foram prestadas ainda em vida. Dentre todas vale ressaltar o Colar de Ouro, comenda máxima da arquitetura brasileira, concedido pelo IAB Nacional, em 2006, pela sua contribuição para a arquitetura e urbanismo brasileiros. Borsoi vai ser velado em São Paulo onde irá ser cremado. Posteriormente as cinzas serão trazidas para Recife, em data a ser divulgada.

Várias de suas obras são referencias marcantes no panorama da Arquitetura Cearense, como a sede da Receita Federal, o Condomínio Residencial Granville, na Beira de Fortaleza, a Residencia Benedito Macedo e a Sede da Holding J. Macedo.

Vazio permeia e fantasma paira sobre 8ª Bienal de Arquitetura

ESPECIAL PARA A FOLHA
Bruno Padovano, idealizador desta edição da Bienal de Arquitetura, sonhava com uma mostra para todos os públicos. Falou até em crianças. Em parte, ele alcançou o feito: tem espaço de sobra para as crianças correrem. A exposição está rarefeita. Faltou conteúdo e curadoria: 60 dias antes da abertura, após declarar nesta Folha que nas edições anteriores "os espaços ficavam às moscas", ele foi afastado.

Sem repetir tendências, o vazio não é privilégio de nenhum andar. O visitante vai encontrá-lo já na entrada, nos estandes de empresas e livrarias. Pela primeira vez, uma empresa especializada comercializou os estandes. Nada contra, se não fosse o fato de conseguirem alugar só 1/5 do disponível. Um pouco acima, no térreo alto, o vazio continua nos ambientes governamentais. É espaço pago e sem conteúdo advindo da curadoria. Na sequência, o próximo piso é dividido pela mostra geral de arquitetos e pelas exposições dos países. Nos dois casos, há sobras e nada da curadoria. Na exposição geral, após pagar, os arquitetos apresentam o que bem entender (apenas vergonhas são barradas).

Os países também pagam, mas possuem curadores próprios que salvam a exposição. Efetivamente, só é possível ver a mão de Padovano no último piso, dividido entre estádios da Copa de 2014 e aquários para workshops estudantis (talvez o único ponto memorável do evento). Para finalizar o roteiro, a última parada é um estande de uma multinacional com 500 m2. "Entrou no final para fechar as contas", conta Mario Yoshinaga, vice-presidente da seção paulista do IAB (Instituto de Arquitetos do Brasil).
O clima é de feira, não de mostra cultural. Um recurso cenográfico desta edição ajuda a diminuir a impressão de vazio generalizado: como se fosse fruto de uma fogueira colorida, nuvens de tecidos com quatro cores identificam cada andar e distraem a atenção do visitante para o teto.

O vazio expressa o pecado original da bienal: ela é de responsabilidade do IAB-SP. Se no passado o instituto foi fundamental para consolidar a profissão no Brasil, hoje sua importância é quase nula. O que sobra é a Bienal -sua vedete. Mas pesa sobre os ombros da maior mostra de arquitetura do país o caráter burocrático do instituto.

Sob esta ótica, há um forte agravante nesta edição: uma disputa política rachou os profissionais do IAB-SP. A diretoria responsável por esta Bienal assumiu a gestão com a ajuda de um chaveiro que arrombou a porta. À sua frente, estava o respeitado Joaquim Guedes. Tão brilhante quanto atormentado, Guedes licenciou-se do cargo para tentar uma vaga de vereador. Antes do pleito, morreu tragicamente atropelado em frente de casa e deixou como herança uma diretoria inexpressiva. A presidente, por exemplo, é Rosana Ferrari, cujo trabalho profissional mais significativo foi o ambiente "Grill Gourmet" em um mostra de decoração de Jundiaí.

A Bienal poderia salvar sua inócua gestão, e o plano incluía Padovano, eleito curador cinco meses antes da abertura do evento. Ele falou em sustentabilidade, errou ao não montar salas especiais para "democratizar" o evento e sua única ideia levada a cabo foi expor os estádios. Um tiro no pé: políticos e empreiteiras escolheram os arquitetos das arenas sem concursos, ou seja, diferente da forma democrática proclamada pelo IAB. Para viabilizar o evento, chegaram a pedir ajuda financeira das cidades-sede. Ora, é conteúdo ou propaganda?

Resumo da ópera: esta é a mais fraca entre todas as bienais já realizadas. Pensando nisso, antes de terminar a visita, fui hipnotizado pelas nuvens coloridas. Elas me pareceram o fantasma colorido de Joaquim Guedes pairando sobre a mostra.

Fernando Serapião é arquiteto e editor-executivo da revista "Projeto Design"

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Programa Cidade do Ceará - Cariri Central

Após realizar estudos por meio de análise de agrupamentos e identificação do potencial econômico de várias regiões, o Governo do Ceará desenvolveu uma estratégia de integração regional com vistas a estimular o crescimento dos centros urbanos secundários e terciários situados fora da região metropolitana de Fortaleza.

O projeto aprovado hoje apoiará a estratégia estadual de integração regional em três áreas principais:

  • Melhoria da infraestrutura para solucionar importantes deficiências, proteger e restaurar o meio ambiente, e aperfeiçoar os serviços públicos para residentes locais e o turismo. Essas medidas abrangerão a infra-estrutura de transporte, um aterro sanitário regional, aprimoramento da drenagem em áreas ambientalmente degradadas, modernização dos centros urbanos, assim como dos espaços públicos utilizados por romeiros, saneamento ambiental e melhorias nos parques urbanos.
  • Desenvolvimento econômico local com base em agrupamentos setoriais para facilitar inicialmente o crescimento dos segmentos de turismo e de calçados, incluindo o estabelecimento do Geoparque Araripe em um importante sítio paleontológico. Outros agrupamentos setoriais serão identificados para receber apoio em uma segunda etapa.
    Fortalecimento institucional e administrativo regional para melhorar a coordenação e a colaboração entre os municípios do Cariri Central e o governo estadual nas seguintes áreas: (I) elaboração de uma estratégia para o meio ambiente regional; (II) fortalecimento das instituições municipais nos setores de planejamento, desenvolvimento econômico local e gestão financeira, e (III) apoio à Secretaria de Estado das Cidades para a implementação de sua estratégia regional.

Comentário da postagem: o Programa Cidades do Ceará é um seguimento do Programa PROURB/ CE - Projeto de Desenvolvimento Urbano e Gestão de Recursos Hídricos, concebido em 1996 e desenvolvido entre 1998 e 2003, ano em que foram realizados também vários planos de desenvolvimento regional.

Programa Cidades do Ceará: US$ 66 milhões para a Região do Cariri

Recursos são do Banco Mundial e Governo do Estado do Ceará e, financiarão a melhoria do desenvolvimento da economia e da infraestrutura da Região do Cariri através do Programa Cidades de Ceará.

A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) aprovou, nesta terça-feira (20), autorização para que o estado do Ceará contrate operação de crédito externo, no valor de US$ 46 milhões, com o Banco Mundial, com garantia da União. Os recursos, que serão liberados entre 2009 e 2013, destinam-se ao financiamento parcial do Projeto de Desenvolvimento Econômico Regional do Ceará (Cidades do Ceará - Cariri Central).

O Estado entrará, como contrapartida, com recursos da ordem de US$ 20 milhões. A mensagem do Executivo (MSN 209/09) solicitando a autorização recebeu voto favorável do relator, senador Antonio Carlos Valadares (PSB-SE). De acordo com o relator, o financiamento é um dos assuntos mais importantes para o Ceará, pois tem por objetivo reduzir o desequilíbrio socioeconômico entre a Região Metropolitana de Fortaleza e o interior do estado.

Segundo Valadares, o Ceará terá, já considerando esse empréstimo, dispêndio médio com os serviços de sua dívida consolidada de 4,46% de sua receita corrente líquida, valor, como observou, bastante inferior ao permitido, que é de 11,5% da receita. Na defesa da proposta, o senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) afirmou que os recursos serão importantes para a qualidade de vida das pessoas que residem na região. A matéria seguirá para o exame do Plenário, em regime de urgência.

Diretrizes de gestão do Geopark Araripe


Alguns equívocos estão sendo cometidos na gestão do Geopark Araripe.

O primeiro deles é não considerar que nossas potencialidades são únicas e notáveis em todo o mundo. Temos a maior quantidade de registros fósseis do Período Cretáceo do planeta, sendo os Fósseis de Santana os mais íntegros documentos da História da Terra e das origens da vida. Temos agregado a isto uma Floresta Nacional, dotada de um panorama de biodiversidade desconhecido, mas integralmente mantida como tal há 60 anos. O contexto cultural, a expressão popular e amiencia religiosa da Região do Cariri nos distinguem completamente do restante do país, tanto que este patrimonio imaterial está em vias de ser considerado um dos mais relavantes do Brasil.

O segundo equívoco é desconhecer, propositalmente, que todas as realizações feitas anteriormente entre 2005 e 2006, que deram origem a outras mais extensivas a 2007/ 2008/ 2009, que levaram ao reconhecimento e credenciamento da região pela UNESCO, na 2nd Global Conference on Geoparks, em Belfast, na Irlanda indicaram que o acervo do Museu da Paleontologia da Urca, em Santana do Cariri será uma das principais ancoras deste conceito de Geopark proposto(1), que as escavações de pesquisa do Sítio Canabrava estão de acordo com as recomendações internacionais e podem se transformar em museu ao ceú aberto, a semelhança de vários outros existentes no mundo(2); que toda a informação e identidade visual dos geotopes foram feitas de acordo com rigor recomendado pela UNESCO e que material informativo tem qualidade excepcional(3) e que há necessidade expressa e obrigatoria da manutenção escritório de informações do Geopark Araripe, no Crato, como o portal de informações deste conjunto de monumentos naturais protegidos(4).

O terceiro equívoco é imaginar que a transposição de modelos de gestão europeus e notadamente portugueses, vistos na várias viagens interncionais recentemente realizadas é de alguma forma significante ao que devemos construir na nossa realidade regional, quando aqui mesmo, ao nosso lado existem experiencias notabílissimas com reconhecimento internacional, como são os casos do Parque Nacional da Serra da Capivara, no Estado do Piauí, administrado há quase 30 anos pela Fundação do Homem Americano e o Parque Nacional do Arquipélago de Fernando de Noronha, administrado pelo próprio IBAMA.
Conviria aos atuais gestores do Geopark Araripe, verificar e absorver tudo o que foi feito, na trajetória recente de consolidação deste conceito, desde a exposição Araripe: Ciencias da Terra, Ciencias da Vida, na Fundação Alvares Penteado, em São Paulo, coordenada pela Fundação Araripe, que infelizmente nunca chegou até nós(1), a montagem do Aplicattion Dossier UNESCO, que levou ao credenciamento do Geopark Araripe(2); as várias exposições sobre o Geopark Araripe e Fósseis de Santana, feitas no Market Place, em Osnabrück, na Alemanha(3), no Parque de Exposições do Crato(4), no Centro de Arte e Cultura Dragão do Mar, em Fortaleza(5) e Centro de Convenções de Salvador, naquela cidade(6). Além da várias reportagens inclusive do Programa Globo Ciencia(6) e Canal Futura(7) sobre o assunto e ver direitinho o que se passa.

Verificando amiúde se esta "reinvenção da roda" tal qual está sendo proposta é adequada.

Avanços compartilhados no Litoral Leste


Os Municípios do Litoral Leste estão se articulando para revigorar o Fórum de Turismo que os congrega. O empresário José Ruy Barbosa, dirigente da Associação dos Empreendedores de Canoa Quebrada, assumiu a presidência da instância e iniciou uma série de encontros para avaliar o potencial da região. A ideia é conciliar turismo, cultural, ambiente e geração de renda.

Fonte: Coluna Comunicado do Diário do Nordeste.


Comentário da postagem: Esta é um ótima idéia. Canoa Quebrada é hoje um dos mais requsitados destinos turísticos internacionais do Estado Ceará e de quebra uma localização totalmente equipada e infraestruturada do ponto de vista urbanístico, com redes de saneamento básico e distribuição de água tratada.

domingo, 1 de novembro de 2009

Reunião Preparatória do Congresso Brasileiro de Geoparks


Transcorreu na tarde desta última 6a feira, dia 30/10, no Salão dos Atos da URCA, a primeira reunião preparatória do Congresso Brasileiro de Geoparks, que acontecerá na primeira semana de Dezembro/ 2009, no Crato, organizada pelas: Secretaria da Ciencia, Tecnologia e Ensino Superio, Secretaria das idades e Secretaria do Turismo. Presentes os Secretários Joaquim Cartaxo/ Cidades e Teresa Lenice Mota/ SCT além de outros membros do Governo, representantes de Prefeituras Municipais, ONGs, pesquisadores.


Apresentaram-se as experiencias do Geoparks Naturtejo e Arouca, ambos em Portugal, além de outras situações européias relevantes, resultados de inúmeras viagens de membros do "staff"governamental àquelas situações.


Mas o ponto alto da reunião foram os vários depoimentos ressaltaram a necessidade de urgentemente se consolidar o Geopark Araripe, dando continuidade aos trabalhos iniciados em 2006, de seleção dos principais locais de registros relevantes, de orientação e identidade visual destes geossítios, de melhorias ao Museu da Paleontologia, a necessidade de um plano de divulgação e ações de educação ambiental tendo em conta que a região do Araripe além de possuir todo este contexto geo ambiental exuberante e registros fósseis notáveis, inclusos neste caldeirão cultural que é o Cariri, aspectos reconhecido pela UNESCO, como relevantes no contexto mundial.


Houveram registros diversos que agora temos todas as condições de finalmente dar continuidade a consolidação do Geopark Araripe, este sistema de monumentos naturais e situações relevantes que muito poderá contribuir para o desenvolvimento sustentável da região do Cariri e Bacia Sedimentar do Araripe, por conta de todas as ações realizadas e notadamente pela finalização dos Levantamentos e Estudos Técnicos Científicos dos Geotopes do Geopark Araripe e do contexto onde os mesmos estão incluídos nos municípios de Santana do Cariri, Nova Olinda, Crato, Juazeiro do Norte, Barbalha e Missão Velha.


Entretanto restaram várias e várias grandes dúvidas no ar, que esperamos ver sanadas em muito breve:



  • O Museu de Paleontologia da URCA, em Santana do Cariri, apesar de todos os esforços da Universidade em requalificá-lo, desde 2005, quando foi elaborado o projeto de reforma e modernização, tem uma reforma que se arrasta há um ano e há uma imensa carencia de recursos para finalizar este conjunto de melhorias.

  • Também não existem ainda os necessários projetos Museológicos e Museográficos, de organização o seu magnífico acervo, que é um patrimonio nacional, à visitação pública, além de dotações especiais para estas ações. Este equipamento é a ancora principal do Geopark Araripe.

  • O Sítio Cana Brava, propriedade da URCA, local de pesquisas de registros fósseis em concreções - as pedras que possuem fósseis em seu interior - denominado Geotope Santana, que poderia se transformar, imeditamente, em museu a ceú aberto, de acordo com as recomendações do Prof. Gero Hillmer, um dos mais renomados paleontologos da Alemanha e durante quase duas décadas Diretor do Instituto e Museu de Paleontologia da Universidade de Hamburg. Mas as edificações de apoio e a proposta de urbanização e agenciamento da paisagem não tem concluídos os trabalhos também iniciados em 2006. Esta situação poderia ser uma segunda ancora principal do Geopark Araripe.

  • O Escritório Sede do Geopark Araripe, instalado na Praça Alexandre Arraes, na área central do Crato, que foi imaginado como o Portal do Geopark aos visitantes da região, que infelizmente permanece ainda não operando de acordo com sua proposta original, poderia ser imediatamente reatido plenamente.

  • Urge a realização urgenciada de um Plano de Negócios e Gestão do Geopark Araripe, como foi sugerido pela Secretaria das Cidades e discriminado no acordo com o Banco Mundial, como requisito básico ao Programa Cidades do Ceará - Região do Cariri Central.

Como diz o dito popular: "O tempo ruge".


Imagem área de uma das maravilhas do Cariri e Bacia Sedimentar do Araripe, que é o Canyon da Cachoeira de Missão Velha/ Geotope Devoniano, com seus quase 3 quilometros e extensão. Fotografia de Daniel Roman. Acervo Ibi Tupi.

Geopark Araripe em Coluna Cariri/ O Povo

O Geotope de Juazeiro do Norte será relocalizado no aprazível local denominado "Santo Sepulcro", situado na colina do Horto. Trata-se de um dos locais mais visitados pelos romeiros do Padre Cícero, bem melhor que o local anteriormente selecionado para o geotope juazeirense, de difícil acesso e mal localizado. Eis aí uma prova de que a Secretaria das Cidades do Ceará levou a sério a denúncia feita pelo consultor da Unesco, Gero Hillmer, sobre a atual situação dos geotopes que compõe o Geopark Araripe.

Fonte - Coluna Cariri/ O Povo