sábado, 31 de outubro de 2009

Falta um Plano para a Amazonia


"Quando um viajante britânico passou pela região em 1911, contou que um dos moradores lhe disse: 'Governo? O que é isso? Não sabemos de governo nenhum aqui!'. O local era um paraíso para bandidos, fugitivos e caçadores de fortuna com armas na cinta, laçando onças para fugir do tédio e matando sem hesitação", escreveu sobre a Amazônia o repórter David Grann em seu livro Z - A cidade perdida, deste ano. De lá para cá muita coisa mudou, ou não, principalmente quando o assunto é presença do governo e planejamento para a região.


Especialistas, empresários, ongs e administradores públicos reunidos em Belém no último dia da terceira edição do Fórum Amazônia Sustentável apontaram que a ausência do Estado, a falta de orçamento e a inexistência de um plano global de desenvolvimento mantêm o atraso presente na Amazônia. José Eli da Veiga, da Universidade de São Paulo, comentou que falta um projeto nacional para desenvolver a região.



“O PAC (Plano de Aceleração do Crescimento) é o único plano que o governo tem para pôr na mesa em relação à Amazônia’’, criticou. Segundo ele, a omissão do Estado brasileiro em relação a propostas de desenvolvimento na região deverá ser suprida em parte pelas empresas e ONGs que lá atuam. “Mesmo assim, o governo precisa estar presente e não apenas asfaltando estradas e construindo usinas”, disse o especialista.


Já Ignacy Sachs afirmou que é preciso uma revolução tecnológica a partir de investimentos maciços e estímulo à educação científica. Ele apontou para a necessidade de investimentos em pesquisa sobre biodiversidade, implementação efetiva do Zoneamento Econômico Ecológico e exigência de certificação para os produtos florestais. “Com 25 milhões de habitantes e a maior biodiversidade do planeta, a Amazônia tem condições de se tornar um laboratório para as sociedades do futuro", destacou o diretor do Centro de Estudos sobre o Brasil Contemporâneo da Escola de Altos Estudos em Ciências Sociais de Paris.


Para o representante do Grupo de Trabalho Amazônico (GTA), Rubens Gomes, tão urgente quanto isso é combater a tentativa de desmonte da legislação ambientalista que está em curso no país. “O fórum deverá se posicionar sobre isso em um documento a ser enviado ao governo”, adiantou Gomes, conforme nota distribuída pela assessoria do evento.


Fonte: Jornal O ECO http://www.oeco.com.br/salada-verde

Foto de Araquém Camara exposta na Exposição Amazonia - Brasil, em Abril/ 2008 no Pier 17/ South Street Seaport/ New York, com curadoria do Designer Gringo Cardia.

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Reunião preparatória para I Encontro Brasileiro de Geoparks acontece hoje na URCA

Será realizada hoje, na URCA, às 15 horas, reunião preparatória para o I Encontro Brasileiro de Geoparks: fortalecendo novas candidaturas, no Cariri, que acontecerá nos dias 11 e 12 de dezembro. O evento é importante por ser o momento de definir a programação do Encontro. Serão compartilhadas informações sobre os Geoparks do mundo. O Geopark Araripe é o único do Hemisfério Sul e o objetivo do encontro é estimular novas candidaturas de áreas do Brasil que possam se tornar espaços de Geoparks junto à UNESCO.

Em 2010, está previsto para acontecer na região o Encontro Panamericano de Geoparks. Estarão participando da reunião os Coordenadores da Unidade Executora do Geopark Araripe, Prefeitos e Secretários dos municípios inseridos no Programa, empresários das cadeias do turismo, artesanato, cultura e demais atividades econômicas, representantes de instituições parceiras. O evento contará com a presença do Coordenador Geral da Unidade Executora do Geopark Araripe, Professor Patrício Melo, Secretária Adjunta da Secretaria da Ciência, Tecnologia e Educação Superior, Teresa Mota e o Secretário das Cidades do Estado do Ceará, Joaquim Cartaxo Filho.

Caravana do Geoprocessamento

Técnicos do Sistema de Proteção da Amazônia (SIPAM) estão percorrendo diversos municípios amazônicos para capacitar instituições públicas para o uso do programa Terraview, do INPE, a fim de promover melhorias na gestão ambiental local. Até agora já passaram pelo curso técnicos de 35,3% dos 779 municípios da Amazônia Legal, com enfoque nos que têm maiores problemas de desmatamento.

Até o fim do ano serão treinadas mais nove turmas, que passam a ter acesso a bancos de dados com imagens de satélite de cada localidade, podendo servir de base para elaboração de diagnósticos ambientais municipais, úteis para administração pública, como mapa de aptidão agrícola, resíduos sólidos e potencial turístico ou mineral.

Fonte O ECO http://www.oeco.com.br/

Aberta Romaria dos Finados em Juazeiro


A expectativa é de que até terça-feira, a cidade receba algo em torno de 600 mil fiéis para participarem das celebrações católicas na cidade de Juazeiro do Norte, no Cariri, no Sul do Estado do Ceará. A romaria de Finados foi aberta na noite de ontem, com duas celebrações, uma na Praça dos Romeiros, presidida pelo bispo de Propiá, em Sergipe, dom Mário Rino Savieri, e outra pelo bispo diocesano, dom Fernando Panico, no Santuário dos Franciscanos, às 19 horas, reunindo milhares de pessoas de diversos estados do Nordeste.

A perspectiva da igreja é que a cidade até terça-feira receba cerca de 600 mil fieis.Este ano, a romaria da esperança, em memória de finados, tem como tema das celebrações, com missas até a terça-feira nos Franciscanos, Basílica de Nossa Senhora das Dores e Capela do Socorro, onde estão sepultados os restos mortais do padre Cícero, "Mãe das Dores, Padre Cícero e São Francisco: Caminho de Paz e Justiça para Cristo.

Este ano, a romaria de Finados será uma das mais simples e também com menos dias de realização.A partir de hoje, serão realizadas, sempre às 18 horas, saindo da Capela do Socorro até a Basílica, procissões que vão até o dia primeiro, dia de Todos os Santos. Nesta data, também Dia do Romeiro, em Juazeiro, será realizada no início da noite procissão com imagens de santos, levados pelos próprios fieis.

Ontem pela manhã já se registrava a chegada de grande número veículos de vários estados, principalmente de Sergipe e Pernambuco. Nesta romaria, é comum a participação de pernambucanos. Também de caminhões paus-de-arara. A reorganização do comércio informal nas proximidades do Santuário dos Franciscanos tem facilitado o tráfego na área, uma das mais movimentadas na romaria. É tradição a chegada dos carros e três voltas com buzinaço em torno da imagem de São Francisco. O passeio das almas, uma breve caminhada numa passarela sobre os arcos do Santuário, é também uma parte obrigatória do ritual de quem chega ao local neste período do ano.

Durante a celebração na praça dos romeiros, o padre Paulo Lemos, administrador da Basílica, saudou os romeiros que começavam a chegar na cidade, destacando esse como um dos momentos fortes das romarias de Juazeiro do Norte. "É com alegria que recebemos cada romeiro" , disse.

Uma programação paralela às celebrações foi preparada pela administração, dentro das comemorações a caminho do centenário da cidade, em 2011. Na manhã desta sexta-feira, a beata Maria de Araújo, que protagonizou o milagre de Juazeiro, ganha placa no local onde nasceu no dia 24 de maio de 1863. A solenidade será às 9 horas com as presenças do prefeito Manoel Santana e do diretor adjunto dos Correios, Francisco de Assis Marques.

Reportagem de Elisangela Santos para o Caderno Regional do Diário do Nordeste.

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

MPF/ CE quer agora a paralisação total das obras do parque eólico de Aracati

O Ministério Público Federal no Ceará recorreu, por meio de agravo de instrumento, ao Tribunal Regional Federal da 5ª região, com sede no Recife, pedindo a reformulação da última decisão dada pela Justiça Federal, no sentido de não apenas impedir a instalação de novos aerogeradores, mas de determinar a imediata paralisação das obras do Parque Eólico de Aracati, situado no Distrito de Cumbe/Canavieiras, de responsabilidade da empresa Bons Ventos Geradora de Energia S/A. Para o MPF, o retorno das atividades do Parque Eólico de Aracati somente se dará após o Estudo de Impacto Ambiental – EIA-RIMA.

Em 26 de outubro, a Justiça Federal apreciou o pedido do Ministério Público Federal, mas o juiz apenas acatou em parte, determinando à empresa responsável pelo dano ambiental que suspendesse as obras de construção das torres dos aerogeradores cujos os procedimentos de implantação ainda não tiveram início, no caso, são apenas três torres de um total de 67 torres das Usinas Eólicas. Para o procurador da República Luiz Carlos Oliveira Júnior a decisão foi restritiva, com isso a sua reformulação se faz necessária por ser suscetível de causar lesão grave e de difícil reparação.

Segundo o procurador da República em Limoeiro do Norte, Luiz Carlos Oliveira Júnior é necessária a observação quanto aos laudos existentes no processo, que atestam, com a existência dos aerogeradores das Usinas Eólicas, os graves danos causados ao meio ambiente e ao patrimônio cultural, que são os sítios arqueológicos, nas dunas móveis e fixas das Praias do Cumbe/ Canavieiras, resultando em terraplanagem do local, desmonte de dunas e desmatamento da vegetação protetora do ecossistema.”

Fonte Site MPF/CE

Floresta Zero: Camara prepara superanistia para o desmatamento


A Comissão de Meio Ambiente da Câmara vota nesta quarta-feira (28) um projeto de lei que anistia mais de 35 milhões hectares de desmatamento ilegal no país. A área corresponde a cerca de sete vezes o estado da Paraíba, nove vezes o estado do Rio de Janeiro ou 18 vezes a área de Sergipe, cujo território tem o tamanho de Israel.


A proposta, que não precisa passar pelo Plenário, é um substitutivo ao Projeto de Lei 6424/05, do senador Flexa Ribeiro (PSDB-PA). Batizado pelos ambientalistas de “FLORESTA ZERO”, o texto foi preparado pelo deputado ruralista Marcos Montes (DEM-MG). Na prática, o projeto isenta de multas ambientais proprietários de áreas desmatadas ilegalmente e dispensa a obrigatoriedade de recompor florestas degradadas. Veja a íntegra do substitutivo ao PL 6424.


O projeto original permitia apenas a reposição florestal com espécies não nativas (veja o PL original). Mas o relator aproveitou para acrescentar outras mudanças no Código Florestal (Lei 4771/1965). Marcos Montes repassa para os estados, por exemplo, a competência de definir os percentuais de reserva legal e de áreas de proteção permanente (APPs). A proposta segue na mesma direção do projeto ruralista de criação do Código Ambiental Brasileiro.


Fonte Congresso em Foco/ Blog do Eliomar de Lima

Romaria de Finados


Será aberta oficialmente amanhã, com missa campal na Praça dos Romeiros, às 19 horas, a Romaria da Finados, neste município. A expectativa durante os próximos quatro dias é que a cidade receba cerca de 600 mil romeiros. Esta é a maior romaria do ano, com menos dias de realização. Este ano, as comemorações das quatro décadas da estátua do Padre Cícero será o ponto alto da festa, com lançamento de projeto de revitalização do espaço do horto e restauração do monumento.

O tema da romaria este ano é "Padre Cícero e São Francisco caminhos de Paz e Justiça para Cristo". Um dos locais mais visitados durante esse período, além da estátua do Horto e a Capela do Socorro, onde estão sepultados os restos mortais do Padre Cícero, é o Santuário dos Franciscanos, que faz uma programação especial para receber os romeiros. Tanto que o tema integra o trabalho da Basílica com os frades capuchinhos. A abertura na Igreja dos Franciscanos será às 19 horas de amanhã.

Já na Basílica de Nossa Senhora das Dores e no Socorro há uma programação destinada às missas durante o dia, devocionários e confissões. Às 15 horas, encontro com os romeiros no Círculo Operário São José. Todos os dias será realizada procissão, de 29 até o dia 1º, da Capela do Socorro para a Brasílica.

Fonte Reportagem e fotografia de Elizangela Santos para o caderno Regional do Diário do Nordeste.

terça-feira, 27 de outubro de 2009

Sítio Caldeirão, o Araguaia do Ceará

No CEARÁ, para quem não sabe, houve também um crime idêntico ao do “Araguaia”, contudo pior em proporções, foi o MASSACRE praticado por forças do Exército e da Polícia Militar do Ceará no ano de 1937, contra os camponeses católicos do Sítio da Santa Cruz do Deserto ou Sítio Caldeirão, quando através de bombardeio aéreo, e depois, no solo, com tiros de fuzis, revólveres, pistolas, facas e facões, assassinaram mulheres grávidas, crianças, adolescentes, idosos, doentes e todo o ser vivo que estivesse ao alcance de suas armas.

Como o crime praticado pelo Exército e pela Polícia Militar do Ceará foi de LESA HUMANIDADE / GENOCÍDIO / CRIME CONTRA A HUMANIDADE é considerado IMPRESCRITÍVEL pela legislação brasileira bem como pelos Acordos e Convenções internacionais, e foi por isso que a SOS - DIREITOS HUMANOS, ONG com sede em Fortaleza - Ceará, ajuizou no ano de 2008 uma Ação Civil Pública na Justiça Federal contra a União Federal e o Estado do Ceará, requerendo que sejam obrigados a informar a localização exata da COVA COLETIVA onde esconderam os corpos dos camponeses católicos assassinados na ação militar de 1937.

Vale frisar que a Universidade Federal do Ceará enviou pessoal no início de 2009 para auxiliar nas buscas dos restos dos corpos dos guerrilheiros mortos no ARAGUAIA, esquecendo-se de procurar na CHAPADA DO ARRARIPE, interior do Ceará, uma COVA COM 1000 camponeses.

Seria discriminação por serem “meros nordestinos católicos”? Ao final pedimos o apoio de todos nessa luta, no sentido de divulgar o crime praticado contra os habitantes do SÍTIO CALDEIRÃO, bem como, o direito das vítimas de serem encontradas e enterradas com dignidade, para que não fiquem para sempre esquecidas em alguma cova coletiva na CHAPADA DO ARARIPE.

Dr. OTONIEL AJALA DOURADO
OAB/CE 9288 – (85) 8613.1197Presidente da SOS - DIREITOS HUMANOS http://www.sosdireitoshumanos.org.br/

Juazeiro sediará Encontro Brasileiro de Geoparks


Está previsto para acontecer em Dezembro, neste município, o I Encontro Brasileiro de Geoparks: fortalecendo novas candidaturas. A proposta inicial do evento foi apresentada no último fim de semana, durante reunião na Universidade Regional do Cariri (Urca), com a presença da secretária adjunta da Ciência, Tecnologia e Educação Superior (Secitec), Teresa Mota, além da administração superior da instituição.Também foram convidados a participar da reunião de apresentação da proposta instituições parceiras do Programa Geopark Araripe, como o Sebrae, Fundação Casa Grande, de Nova Olinda, Fundação Araripe e o Instituto Chico Mendes.

A ideia é reunir diversos representantes de instituições junto com a Universidade, no próximo dia 30, para construir e finalizar a programação do evento reunindo também integrantes do trade turístico regional. Será um encontro preparatório. Pela manhã, será feita uma reunião interna e, à tarde, o compartilhamento e discussão das temáticas a serem apresentadas.

Para o encontro será elaborada uma rota turística incluindo os principais geotopes para apresentar aos representantes de estados visitantes, além da cultura local. Serão convidados para o encontro nacional representantes de seis Estados brasileiros. O evento irá acontecer nos dias 11 e 12 de dezembro.O Geopark Araripe é o único do Hemisfério Sul e o objetivo deste encontro é estimular novas candidaturas de áreas que possam se tornar espaços de Geoparks junto à Unesco. No próximo ano, está previsto para acontecer na região o Encontro Panamericano de Geoparks.

Fonte Caderno Regional do Diário do Nordeste.
Imagem da Baía dos Porcos em Fernando de Noronha. O geopark brasileiro a espera de credenciamento.

Bandidos voltam a atacar no Parque do Cocó

A tranquilidade dos motoristas que trafegam pela Rua dos Manguezais, no entorno do Parque Ecológico do Cocó, durou pouco. A cerca que circunda o Parque, instalada recentemente pelo Governo do Estado, e que impedia a fuga de criminosos para o interior daquela reserva, teve um trecho danificado por marginais, fazendo com que os assaltos a veículos recomeçassem, principalmente nos horários de pico, quando o trânsito fica mais lento.

Nos últimos dias, relatos de moradores dão conta do retorno das ações dos bandidos, mais precisamente no cruzamento das ruas Olavo de Albuquerque e Manguezais, limite dos bairros Cocó e São João do Tauape.O trecho, marcado até pouco tempo por casos de roubos, tiroteios e, até mesmo arrastões, faz com que cresça o tormento para quem trafega ali diariamente. A nossa tranquilidade durou pouco", afirmou o empresário Aírton Monteiro, que passa pelo local todos os dias.

Fonte Diário do Nordeste

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Devastação de dunas por pareques eólicos ganha midia nacional


“As paisagens litorâneas do Ceará têm ganhado novos componentes nos últimos tempos: altas torres brancas com enormes hélices, que captam a força dos ventos para geração de energia. Considerada uma das formas mais limpas de se produzir energia elétrica em vigor no mundo, a energia eólica, porém, tem sido questionada no Estado, onde ações do Ministério Público Federal têm denunciado diversos problemas socioambientais causados na instalação dos parques eólicos.


Considerada uma das formas mais limpas de se produzir energia elétrica em vigor no mundo, a energia eólica, porém, tem sido questionada no CE. Progresso esperado com energia eólica não reflete realidade de comunidades do Ceará. Entre os problemas estão a devastação de dunas, o aterramento de lagoas, interferências em aquíferos, a destruição de casas e conflitos com comunidades de pescadores.


“Apresentam o projeto como se fosse ser feito numa praia deserta, mas não, há pessoas que vivem nesses lugares a vida toda e que agora sofrem uma interferência violentíssima”, disse o promotor Paulo Henrique de Freitas Trece, de Camocim (cidade localizada a 370 km de Fortaleza). “Fora isso, estamos perdendo todas as nossas dunas. É uma situação dramática.”


O Ceará hoje concentra o maior parque eólico do país, com 267,90 MW (megawatts) de energia sendo geradas pelo vento em 11 usinas já instaladas. Até o final do ano, há uma perspectiva de que sejam alcançados 518,33 MW de potência, com a inauguração de outros três grandes parques. O último parque inaugurado é o maior do Nordeste, justamente o de Camocim (onde Trece atua), na Praia Formosa. Só essa usina tem capacidade para gerar 104,1 MW de energia.


Segundo um estudo da Secretaria de Infraestrutura do Estado, com toda a capacidade instalada, o Ceará evitaria o equivalente à emissão de 1 milhão de toneladas de dióxido de carbono (o maior vilão do aquecimento global) por ano, quantidade que acabaria sendo lançada ao ar se toda essa energia fosse produzida de outras formas, como pelas termelétricas. Com o primeiro leilão de energia eólica a ser realizado pelo governo, marcado para o dia 25 de novembro, a expansão do setor deverá ser ainda mais acelerada.


Em todo o país, 441 projetos se inscreveram para participar da seleção comandada pela Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), com propostas para gerar ao todo 13.341 MW de energia. Desse total, 72% são do Nordeste. O Ceará é o segundo com maior número de projetos inscritos, 118 (com proposta de captar 2.743 MW a mais de energia) – perde apenas para o Rio Grande do Norte, que tem 134 projetos (4.745 MW).”

Fonte Portal UOL

Projeto dá oportunidade a jovens do semiárido


ONG Verde Vida desenvolve projeto social com jovens da zona rural do Crato e ganha apoio de entidade do exterior. O Nordeste seco, esturricado pelo sol causticante, é também o berço de ideias que florescem no meio do pedregulho. Assim é a catingueira, uma árvore que, apesar da adversidade, mantem-se viva no meio da Caatinga. O exemplo de resistência vem justamente do Sítio Catingueira, uma das áreas mais secas do Crato. Como a planta que se ergue altaneira, na terra árida, um grupo de jovens simples, pobres, filhos de agricultores, se destaca pela criatividade.

O Programa Ações Culturais para Povos Rurais, da ONG Verde Vida, com sede no Sítio Catingueira, foi indicado como semifinalista entre os 1.917 inscritos na oitava edição do Prêmio Itaú-Unicef 2009. A solenidade de premiação regional ocorreu no "Museu do Homem do Nordeste" em Recife, com a presença dos promotores do evento, avaliadores, integrantes das Comissões Técnicas Regionais e autoridades. O programa não conseguiu passar para a final, no entanto, para o presidente do "Verde Vida", Genivan Brasil, esta classificação abrirá portas para melhor interagir com outras instituições do gênero no País.

O projeto atende 150 crianças e adolescentes com faixa etária entre 5 e 17 anos, além do acompanhamento de 15 famílias e jovens que recebem apoio educacional. Na sede rural foram construídos uma quadra de esporte, parque infantil, refeitório e salas de aula. Tudo funciona em uma área de dois hectares, em meio a canteiros de frutas e verduras, uma pequena horta e criação de peixes ornamentais em tanques.

No Distrito de Ponta da Serra, funciona um núcleo equipado com computadores, ilha de edição, para a produção dos vídeos e suporte técnico das ações na área de comunicação. Quando a reportagem do Diário do Nordeste chegou ao local, os jovens estavam concluindo um vídeo sobre o Caldeirão do beato José Lourenço. O documentário faz parte do trabalho que é realizado na região com a finalidade de resgatar a cultura popular.

O coordenador do projeto, Marcos Antônio Xenofonte, lembra que "em 2004 estiveram na Alemanha quatro adolescentes que levaram um pouco da nossa cultura". Em 2007, foram convidadas 11 crianças e adolescentes do projeto para mais uma vez mostrarem os valores culturais, grandeza e a simplicidade de uma comunidade antes esquecida do sertão nordestino.

O "Verde Vida" recebe visitas de entidades sociais, poderes públicos e universidades, para pesquisas, estudos e intercâmbios, o que faz da ONG uma referência na ação com jovens no Cariri. Este projeto concorreu e foi selecionado em vários editais como Criança Esperança e Petrobras Cultural. Recebeu premiações como o Ponto de Mídia Livre pelo seu trabalho com comunicação e cultura.

Mais informações: Projeto Verde Vida - Ponta da Serra Crato
(88) 3521.6729(85) 3523.9262

Fonte Diário do Nordeste/ Reportagem Antonio Vicelmo

domingo, 25 de outubro de 2009

Um salto de oito mil anos atrás

Quem acha que os políticos brasileiros têm visão de curto prazo não conhece o deputado Luiz Carlos Heinze. Ele é gaúcho, engenheiro agrônomo, fazendeiro e abarca na vida pública um horizonte mais vasto que o dos campos de soja em seu estado, pelo menos quando se trata de desmontar o Código Florestal.

O Código caiu nas mãos calejadas dos ruralistas. E vai sendo levado para o abate pelo cabresto da comissão especial que prepara sua reforma na Câmara dos Deputados, o que deu a Heinze a oportunidade de provar que enxerga longe, sobretudo os assuntos mais próximos de seus interesses pessoais. Ele acredita que o Código Florestal – como a soja transgênica, que aliás Heinze defende – é essencialmente um produto importado. Está no Brasil para semear a idéia de “que os trouxas aqui têm que preservar, depois que a Europa, há oito mil anos, já desmatou o que tinha”.

Isso é que se chama visão histórica. Ou melhor, pré-histórica. A última palavra da política brasileira em matéria de competição internacional desabrochou na oratória de um deputado que, não faz muito tempo, mal conseguia avistar, do alto de seu terceiro mandato, o que acontecia no país quando ele tinha cerca de 15 anos.

Naquele tempo, o Congresso aprovou o Código Florestal. Era o segundo que o Brasil fazia para depois não usar. O primeiro, então ultrapassado, datava de 1934. E continuava mais virgem do que as florestas que tentou manter. Legisla-se há 75 anos sobre a conservação de matas no Brasil, sem contar as ordenações portuguesas e outras velharias nacionais que nunca pegaram.

Tudo com base na suposição de que as matas são bens públicos, mesmo se estão em terras privadas.Um deputado capaz de ver o que aconteceu no Velho Mundo há oito mil anos deveria ser capaz de perceber também o que houve no Brasil uns 44 anos atrás. Mas não. Ele deve estar precisando de óculos para perto, porque outro dia mesmo surpreendeu-se com o decreto 6.686 que, com quase meio século de atraso e considerável desconto em várias cláusulas, ameaça pôr em prática o que os autores do Código de 1965 puseram no papel sobre reservas legais.

Heinze reagiu ao decreto com espanto: “Se já não bastassem as inúmeras dificuldades enfrentadas pelos agricultores para sobreviver no campo, agora querem que cada um destine 20% de suas terras para preservação”, ele protestou. Seu “agora querem” soa mais anacrônico que seus “oito mil anos”.

Pena que não dê para embarcá-lo numa viagem parlamentar, com tudo pago, ao mundo de oito mil anos atrás. Ele visitaria magníficas ruinas de florestas primevas, inclusive no Crescente Fértil, onde a agricultura nascente, com a ajuda das mudanças climáticas, começava a plantar o atual deserto. Não foi à toa que foi ali a expulsão do paraíso. No caso, o paraíso das florestas de carvalho que cobriam as margens do Eufrates.

Havia queimadas para brasileiro nenhum botar defeito. “Em cada temporada de plantio, espessas fumaças cinzentas se misturavam às chamas saltitantes no embaçado céu azul”, conta o antropólogo Brian Fagan sobre a chegada da civilização neolítica à Europa. E Heinze poderia se hospedar em cavernas tão sufocadas de fumaça que “pulmões enegrecidos são comuns em corpos mumificados” daquela época, segundo o historiador John McNeill.A receita do progresso que Heinze advoga está mesmo pronta. Para tentar de novo, basta regar com suor e tragédias por oito mil anos. E, mais dia, menos dia, chegaremos aonde o mundo está.

Um artigo de Marcos Sá Correa, postado no jornal eletronico O ECO http://www.oeco.com.br/

Um salto de oito mil anos atrás

Quem acha que os políticos brasileiros têm visão de curto prazo não conhece o deputado Luiz Carlos Heinze. Ele é gaúcho, engenheiro agrônomo, fazendeiro e abarca na vida pública um horizonte mais vasto que o dos campos de soja em seu estado, pelo menos quando se trata de desmontar o Código Florestal.

O Código caiu nas mãos calejadas dos ruralistas. E vai sendo levado para o abate pelo cabresto da comissão especial que prepara sua reforma na Câmara dos Deputados, o que deu a Heinze a oportunidade de provar que enxerga longe, sobretudo os assuntos mais próximos de seus interesses pessoais. Ele acredita que o Código Florestal – como a soja transgênica, que aliás Heinze defende – é essencialmente um produto importado. Está no Brasil para semear a idéia de “que os trouxas aqui têm que preservar, depois que a Europa, há oito mil anos, já desmatou o que tinha”.

Isso é que se chama visão histórica. Ou melhor, pré-histórica. A última palavra da política brasileira em matéria de competição internacional desabrochou na oratória de um deputado que, não faz muito tempo, mal conseguia avistar, do alto de seu terceiro mandato, o que acontecia no país quando ele tinha cerca de 15 anos.

Naquele tempo, o Congresso aprovou o Código Florestal. Era o segundo que o Brasil fazia para depois não usar. O primeiro, então ultrapassado, datava de 1934. E continuava mais virgem do que as florestas que tentou manter. Legisla-se há 75 anos sobre a conservação de matas no Brasil, sem contar as ordenações portuguesas e outras velharias nacionais que nunca pegaram.

Tudo com base na suposição de que as matas são bens públicos, mesmo se estão em terras privadas.Um deputado capaz de ver o que aconteceu no Velho Mundo há oito mil anos deveria ser capaz de perceber também o que houve no Brasil uns 44 anos atrás. Mas não. Ele deve estar precisando de óculos para perto, porque outro dia mesmo surpreendeu-se com o decreto 6.686 que, com quase meio século de atraso e considerável desconto em várias cláusulas, ameaça pôr em prática o que os autores do Código de 1965 puseram no papel sobre reservas legais.

Heinze reagiu ao decreto com espanto: “Se já não bastassem as inúmeras dificuldades enfrentadas pelos agricultores para sobreviver no campo, agora querem que cada um destine 20% de suas terras para preservação”, ele protestou. Seu “agora querem” soa mais anacrônico que seus “oito mil anos”.

Pena que não dê para embarcá-lo numa viagem parlamentar, com tudo pago, ao mundo de oito mil anos atrás. Ele visitaria magníficas ruinas de florestas primevas, inclusive no Crescente Fértil, onde a agricultura nascente, com a ajuda das mudanças climáticas, começava a plantar o atual deserto. Não foi à toa que foi ali a expulsão do paraíso. No caso, o paraíso das florestas de carvalho que cobriam as margens do Eufrates.

Havia queimadas para brasileiro nenhum botar defeito. “Em cada temporada de plantio, espessas fumaças cinzentas se misturavam às chamas saltitantes no embaçado céu azul”, conta o antropólogo Brian Fagan sobre a chegada da civilização neolítica à Europa. E Heinze poderia se hospedar em cavernas tão sufocadas de fumaça que “pulmões enegrecidos são comuns em corpos mumificados” daquela época, segundo o historiador John McNeill.A receita do progresso que Heinze advoga está mesmo pronta. Para tentar de novo, basta regar com suor e tragédias por oito mil anos. E, mais dia, menos dia, chegaremos aonde o mundo está.

Um artigo de Marcos Sá Correa, postado no jornal eletronico O ECO http://www.oeco.com.br/

sábado, 24 de outubro de 2009

Curso de Pós Graduação em Paisagismo


Iniciado há pouco mais de um mês, em meados de Setembro/ 2009, tem seguimento as atividades do curso de Pós Graduação em Paisagismo, na UNIFOR, a nível de Especialização, oferecido pela Vice Reitoria de Pesquisa e Pós Graduação e Divisão de Pós Graduação. Durante as próximas semanas estão sendo desenvolvidas as atividades da disciplina Planejamento da Paisagem, uma nova abordagem metodológica para a questão do Planejamento Urbano, Urbanismo, Desenho Urbano e notadamente do Planejamento da Paisagem. O curso é coordenado pela Profa Fernanda Rocha.


Imagem The Arnold Arboretum of Havard University

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

DNOCS 100 anos: uma coleção de exitos

Faz 100 anos que o Dnocs - criado em 1909 com o nome de Inspetoria de Obras Contra as Secas (IOCS), trocado 10 anos depois para Inspetoria Federal de Obras Contra as Secas (Ifocs) e substituído, nos anos 40, pelo de Departamento Nacional de Obras Contra as Secas, a sigla atual -- cuida do Nordeste.

Foi o Dnocs que desenhou e implantou a malha rodoviária básica da região; foi ele que construiu as grandes e médias barragens do sertão nordestino e também suas primeiras hidrelétricas; foi o Dnocs que, pioneiramente, criou e desenvolveu no semi árido a piscicultura e a aquicultura; foi o Dnocs que trouxe e instalou aqui os primeiros projetos de irrigação; foi o Dnocs, também, que, até meados dos anos 70, juntou o maior banco de inteligências do País - seus engenheiros, todos geniais, como Guimarães Duque, Luiz Vieira e Paulo Guerra, produziam constante literatura técnica disputada e adotada pelas universidades daqui e d´alhures.

De 1909 a fins de 1970, o Dnocs foi um organismo técnico. Eminentemente técnico. De lá até esta data, por falta de um Plano Nacional de Desenvolvimento Regional, o Dnocs patina na areia movediça dos interesses políticos, que nada têm a ver com os arranjos institucionais próprios da boa política. Há hoje uma luta renhida dos técnicos do Dnocs, que trabalham para que sua repartição retome as suas origens. Mas para isso será necessário entender os novos desafios do Dnocs. O modelo de irrigação, por exemplo, deve ser mudado para atrair grandes investimentos privados.

Fonte Coluna Egidio Serpa/ Diário do Nordeste

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Um longo caminho para Copenhague


As emissões de CO2 do setor industrial são as que mais crescem, mas se depender dele, o Brasil terá de esperar resultados da Conferência do Clima para agir. Por Cristiane Prizibisczki. Jornal eletronico O ECO http://www.oeco.com.br/

Rio Canindé tem programa de preservação iniciado

"Salvando a natureza". Esse é o projeto pioneiro na região, que está sendo desenvolvido neste município pela Secretaria de Meio Ambiente do Município, para salvar o rio que leva o nome da cidade. A determinação é do prefeito Cláudio Pessoa. Segundo ele, o rio está a 50 metros da Basílica de São Francisco e precisa ser preservado, porque a história de cidade está ligada ao manancial.

"Queremos revitalizar toda a área degradada. Nosso objetivo é transformar o corredor que corta a cidade em uma área saudável, onde a população possa respirar o ar puro da natureza´´, destacou o prefeito.Uma equipe formada por funcionários da Secretaria de Meio Ambiente trabalha na operação que já retirou mais de seis toneladas de lixo do leito do rio, numa região que corta o Centro comercial e vai até o bairro do Alto Guaramiranga, onde está erguida a maior estátua de santo do mundo.

Fonte Caderno Regional do Diário do Nordeste

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Denúncias contra o parque eólico de Camocim

Uma série de irregularidades no maior parque eólico do Ceará foi revelada pela prefeitura de Camocim. Se comprovadas as irregularidades denunciadas pelo Prefeito de Camocim, Chico Vaulino e pela secretária de Turismo da cidade, Maria José Coelho de Carvalho, o maior parque eólico do Nordeste poderá ter sua licença de operação cassada.

A informação é da atual titular da SEMACE/ Superintendência Estadual do Meio Ambiente do Ceará, Lúcia Teixeira, que adiantou ao O POVO que tomará providências imediatas, entre elas o envio de fiscais ao local.

Construído pela Síif Ènergies do Brasil, com capacidade instalada de 104,1 Megawatts (MW) e investimento de R$ 500 milhões, o parque eólico, localizado na praia Formosa, obteve concessão para entrar em funcionamento com a aprovação da SEMACE e do IBAMA/ Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis. No entanto, as denúncias de quebra de condicionantes previstas nas licenças começaram ainda no período do início das obras, em 2007.

As reclamações não param por aí. De acordo com o Prefeito Chico Vaulino, o empreendimento causou danos ambientais e sociais. Ele diz que duas torres impedem o acesso de pescadores que vivem exclusivamente da atividade até a cidade e que seguranças armados impedem a aproximação do terreno. "Ainda, a infraestrutura do município foi abalada, devido ao tráfego de veículos pesados e até o momento não recebemos nenhum tipo de contrapartida financeira ou para a população", afirmou.

Vaulino também enxerga como um contrassenso que a energia gerada pela eólica seja totalmente destinada ao município de Sobral, enquanto as pequenas residências localizadas a menos de 100 metros do parque vivem às escuras. Lúcia Teixeira disse que este tipo de situação é "um absurdo" e que, constatadas as irregularidades, a empresa será notificada a resolver imediatamente o problema, sob risco de perda da licença ambiental. "É por casos como este que só aprovaremos novos projetos após uma avaliação detalhada. Não vai passar nada sem uma varredura complexa do projeto e dos impactos que ele causará", avisou.

A avaliação a que Lúcia Teixeira se refere ocorre através do EIA/ RIMA/ Estudo e do Relatório de Impacto Ambiental , bem mais elaborados do que o procedimento anterior. Ela também afirma que falhas na fiscalização podem ocorrer por falta de pessoal e que, por isso, a Semace abriu seu primeiro concurso público de sua história. "Serão 122 vagas para fiscais e já recebemos mais de oito mil inscrições", quantificou.

O Diretor Presidente da Síif Ènergies do Brasil, Marcelo Picchi, responde às denúncias de maneira objetiva. Segundo ele, toda e qualquer obra de grande porte acaba ocasionando impactos. "É impossível imaginar um empreendimento do porte do parque em Camocim sem que ocorram problemas. Não é nosso desejo, longe disto, mas infelizmente acontece". Lúcia Teixeira concorda e diz que toda atividade econômica gera problemas junto à comunidade, mas explica que "o ideal é que o saldo seja de mais ganhos do que perdas".

Fonte O POVO. Reportagem Carlos Henrique Coelho.

Cariri terá voos diretos para São Paulo

O Cariri passará a ter mais um voo a partir de dezembro. Será o quinto diário, desta vez direto para São Paulo. Segundo a gerência do Aeroporto Orlando Bezerra de Menezes, a OceanAir começa a operar com a nova linha a partir do dia 17 do último mês do ano. Os voos sairão de Juazeiro a partir das 8h30. Atualmente esta empresa opera com dois voos para Fortaleza e Brasília, com conexões nos principais aeroportos do Sudeste do País. A Gol, com dois voos, também para a Capital do Estado.

Mas um dos principais problemas enfrentados pelo aeroporto está relacionado, principalmente, com a atual estrutura de quase quatro décadas, não suportando o volume de passageiros. Normalmente, nos voos que chegam e saem à tarde, o terminal fica praticamente intransitável, lotado. A demora na entrega das bagagens tem sido outro agravante, por conta da esteira ser menor pela dificuldade de espaço. Isso acaba ocasionando um congestionamento de pessoas na área do terminal.

Fonte Caderno Regional do Diário do Nordeste.

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Energia Limpa no BNB

Em 2010, o BNB terá R$ 3,5 bilhões para financiar projetos de geração de energia elétrica. Terão prioridade os projetos que utilizarem fontes renováveis, como a eólica, produzida pela força dos ventos. É uma montanha de dinheiro para um único exercício. Nos últimos seis anos, o BNB aplicou R$ 5,6 bilhões em financiamento para todo o setor da infraestrutura regional, sendo 58% para a área de energia.

Fonte Coluna Egido Serpa/ Diário do Nordeste

domingo, 18 de outubro de 2009

Projeto social ensina música clássica há 40 anos


Cerca de 150 alunos frequentam a escola de música do Padre Ágio, buscando novas perspectivas pela música. O trabalho foi iniciado há mais de quatro décadas para filhos de agricultores pobres. Pessoas simples da comunidade do Sítio Belmonte, localizado neste município. Hoje, o sítio passou por diversas mudanças tanto no ambiente quanto no perfil das pessoas que ali vivem. Até o local está mais urbanizado. Não são apenas os filhos dos agricultores, mas pedreiros, donas-de-casa, meninos e meninas que se encantam com os acordes clássicos do violino.


A escola do Padre Ágio Augusto Moreira, hoje com 91 anos, traz oportunidade para cerca de 150 jovens, crianças e adultos que buscam na música uma reeducação para a vida, e até mesmo seguir carreiras, como as dezenas de exemplos existentes no local. Pessoas que ganharam o mundo com as asas proporcionadas pelas sinfonias e adágios da música clássica.


Um dos coordenadores, Antônio Felipe da Silva, maestro da orquestra, chegou ainda criança para aprender os primeiros acordes. Foi incentivado pelo irmão a participar do projeto do padre Ágio. Mesmo o mano não ficando na casa, Felipe fez da música um ofício de vida. O filho de agricultor que aprendeu primeiro a tocar acordeom, depois instrumentos de sopro, ensina para as pessoas que chegaram sem nenhuma noção de música, muito menos clássica.


Com o tempo, segundo ele, os participantes vão ficando seletivos. Não é fácil nos tempos do forró eletrônico ensinar aos ouvidos os tons complexos e as inúmeras linhas musicais de compositores como Mozart, Beethoven, Chopin e Bach. Até o mesmo o cancioneiro tradicional do sertão nordestino para um desafio. "A música é uma questão de educação", diz. No momento, a turma aprende a tocar músicas natalinas. As apresentações no fim do ano se restringem à comunidade e ao auditório da própria escola. Todos os grupos estarão reunidos para as apresentações.


Novas geraçõesA orquestra do Padre Ágio é composta atualmente por 25 integrantes. Os próprios filhos de Felipe já chegaram a fazer apresentações com o grupo musical. Sua mulher é professora. Da roça para a integração familiar pela música. Foi esse ideal que Felipe decidiu abraçar e se sente feliz com a escolha. É funcionário público do Estado, mas dedica a sua vida à escola, que segundo ele vem necessitando de recursos para construção de uma quadra e uma biblioteca para abrigar o acervo bibliográfico, que no momento não se encontra em local adequado e corre o risco de se perder pela ação do tempo e das traças. A banda de música também está sendo reativada. Os convites para apresentação do grupo do padre Ágio são constantes.


Reportagem e fotografia de Elizangela Santos para o Caderno Regional do Diário do Nordeste.

Caminhada pelo clima no Rio de Janeiro

A Campanha Brasil no Clima, que visa cobrar dos governos e da sociedade civil atitudes em defesa do clima do planeta,vai realizar caminhada neste domingo, dia 18, pelas ruas da zona norte carioca.O grande Méier foi o local escolhido para essa próxima mobilização em função de sua importância econômica, ecológica e social, representando toda amplitude desta região do Rio que integra a chamada Ap3 (zona norte), área de maior déficit per capta na arborização pública urbana. O encontro terá início a partir das 10h de domingo, na Praça Agripino Griecco, no começo da Rua Dias da Cruz (Pista de Lazer fechada ao trânsito de veículos) e seguirá até a esquina com a Rua Magalhães Couto, em frente ao shopping do Méier.

Fonte O ECO http://www.oeco.com.br/

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Palestra do Prof. Roberto Martins Castelo


Responsável por obras emblemáticas em Fortaleza, entre elas a Assembleia Legislativa do Estado do Ceará e o Instituto Médico Legal, Roberto Martins Castelo, formou-se pelo recém implantado Curso de Arquitetura da UnB e pode assimilar o projeto moderno daquela cidade em toda a sua plenitude, premissa esta que faz com que ele admita, sem reservas, ser um "moderno empedernido". De volta à Fortaleza, difundiu o ideário moderno entre os alunos da Escola de Arquitetura da UFC e pela cidade, em sua atividade projetiva. Do abstrato da Edição 156/Março 2007, da Revista AU.


Palestra na Semana de Tecnologia UFC, no Auditório Hélio Duarte do Curso de Arquitetura e Urbanismo, na próxima 4ª feira, 21 de Outubro de 2009, às 9 horas, coordenada pelas Professoras Beatriz Diógenes e Solange Scramm.

Produção de mel de abelha ceritificada

O Ceará é o segundo maior exportador de mel no Brasil, ficando atrás apenas de São Paulo. Os produtores do Estado responderam por US$ 1 milhão em vendas externas em setembro, enquanto os paulistas foram US$ 270 mil além. Mas existe uma diferença a se ressaltar. É que o mel cearense tem conseguido melhores preços do que os dos demais. No mês passado, o quilo foi vendido para o exterior por US$ 2,74, já que 90% tem especificação orgânica, ao tempo em que a média nacional não superou os US$ 2,57. O Sebrae, que acompanha esse mercado atentamente, anotou que as exportações nos últimos 10 meses correspondem a US$ 52,7 milhões. Em 2008 inteirinho chegou-se a US$ 45,57 milhões.

Fonte: Coluna do Egídio Serpa, no Diário do Nordeste.

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Caatinga e Cerrado na ExpoSustentat

Responsável por cerca de 10% do PIB nacional e por 70% dos alimentos consumidos pelos brasileiros, a agricultura familiar terá seus representantes na ExpoSustentat América Latina 2009, entre 28 e 30 de outubro, em São Paulo E mesmo ainda não reconhecidos como patrimônios nacionais, o Cerrado e a Caatinga participarão do evento com uma sala de duzentos metros quadrados montada especialmente para abrigar 20 empreendimentos que representam diretamente 5 mil famílias produtoras da agricultura familiar e indiretamente 15 mil famílias. Ano passado, o investimento para a participação na feira foi muito bem compensado. Seis meses após a feira, os agricultores já haviam concretizado um volume de negócios cinco vezes maior que o investido.

Fonte O ECO http://www.oeco.com.br/curtas

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Casa Civil veta meta ambiental mais ambiciosa

O MMA/ Ministério do Meio Ambiente faz projeções com base no crescimento do País de 4% ao ano; mas a Ministra Dilma Roussef quer de 5% a 6%. A proposta que o Brasil quer levar para a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, em Copenhague, em dezembro, esbarrou no "desenvolvimentismo" da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, e expôs uma divisão no governo sobre a questão ambiental.

Durante reunião ontem entre Ministros e o Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, as divergências ficaram estampadas. De um lado estava o entusiasmo do Ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, que exibia um projeto prevendo a redução de 80% do desmatamento da Amazônia até 2020 e o congelamento nas emissões de gás carbônico (CO2) nos padrões de 2005; de outro, a exigência de Dilma para que sejam feitas previsões com cenários de crescimento do País maior do que o utilizado pela equipe de Minc.

O estudo feito pelo MMA prevê crescimento de 4% ao ano. Dilma achou pouco. E encomendou projeções para crescimentos de 5% e 6%. No novo panorama, as metas podem ficar inalteradas, mas as propostas para emissão de CO2 têm de ser recalculadas para patamares menos ambiciosos. Questionada, a assessoria da Casa Civil não soube informar por que a ministra requisitou novos estudos.

Fonte: O Estado de São Paulo

Comentário da postagem: O crescimento do Brasil previsto para este ano corrente, provavelmente será nulo ou O%(Zero por cento), contrariando todas as previsões do Ministério da Fazenda, que fez uma série de quase 10 estimativas até agora, entre 6% e 1%.

Pesquisador britanico identifica mais um reptil voador no Araripe


O grupo mais belo e esquisito de répteis pré-históricos do Brasil tem um novo integrante. Trata-se do Tupuxuara deliradamus, um pterossauro cujas asas podem ter medido 4,5 m de ponta a ponta e que sobrevoava a região de Santana do Cariri, no sul do Ceará, há mais de 100 milhões de anos.O bicho foi descrito pelo paleontólogo Mark Witton, da Universidade de Portsmouth (Reino Unido), em artigo na revista científica “Cretaceous Research”, e mostra que a diversidade de répteis voadores no Ceará da Era dos Dinossauros provavelmente era grande. Afinal, essa já é a terceira espécie do gênero Tupuxuara a ser descoberta pelos cientistas.

O T. deliradamus se diferencia das demais, entre outras coisas, por causa do formato peculiar de uma abertura em seu crânio, a chamada fenestra nasoantorbital. O buraco tem forma que lembra um diamante -daí o nome de espécie deliradamus, uma tentativa de dizer “diamante louco” em latim.

O que, aliás, explica tudo: como fã da banda de rock progressivo Pink Floyd, Witton resolveu dar ao bicho um nome que ecoasse a canção “Shine on you crazy diamond” (”Brilhe, seu diamante louco”), a qual, por sua vez, homenageia o primeiro líder da banda, Syd Barrett (1946-2006). No auge do sucesso, Barrett surtou e abandonou o grupo. “Conversei com um amigo enquanto estudava o fóssil, e nós dois concordamos que a homenagem era a coisa certa a fazer”, diz Witton.

Além das asas avantajadas e do “bico” sem dentes, os pterossauros do gênero Tupuxuara, assim como seus primos próximos, do gênero Thalassodromeus, são caracterizados por imensas cristas ósseas no alto da cabeça. A função desse tipo de cocar nos bichos extintos ainda não está clara. Alguns pesquisadores, como o brasileiro Alexander Kellner, paleontólogo do Museu Nacional da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), postularam que a crista era uma espécie de radiador. Cortada por uma densa rede de vasos sanguíneos, ela seria responsável por dispersar o calor do corpo dos bichos durante o voo.

Witton, porém, não aposta nessa interpretação. “Uma coisa que notamos é que essa rede de vasos está apenas na superfície da crista, não chega ao fundo dela. Isso indica que ela não era boa para transportar o calor dos órgãos internos para fora e vice-versa”, diz. “Por outro lado, vemos que a crista só fica realmente grande em indivíduos maduros. Isso sugere que ela podia ser um sinal de maturidade sexual”, avalia.

O fóssil que permitiu a descrição da nova espécie -um crânio parcial e uma mandíbula também parcial- estava depositado na Universidade de Portsmouth e agora passará uma temporada na Alemanha. Isso levanta uma questão espinhosa: o que o material está fazendo fora do Brasil? Trata-se, na verdade, de um problema crônico. Museus do Primeiro Mundo adquirem sem problemas os fósseis de atravessadores, uma vez que não reconhecem a legislação que impede a saída desse material do Brasil sem autorização. “Acho que precisamos de mais colaboração internacional. Seria possível trabalharmos junto com os cientistas do país de origem dos fósseis”, diz Witton".

Fonte Folha Online

Nota da postagem - Os pesquisadores do Museu de Paleontologia da URCA só agora, através desta postagem é que vão tomar conhecimento desta nova situação.

Artesãos do Cariri em Encontro Internacional ²



Como forma de mostrar a beleza e a diversidade do artesanato local, além de sua funcionalidade, serão criados dois espaços, um deles fazendo conexão com os meios de hospedagem e Turismo e representando um hotel, e o outro, um escritório multiprofissional. A área destinada ao hotel terá aproximadamente 120 metros quadrados, com recepção, área de café e uma suíte de casal. Também será montada uma réplica de um escritório, com 80 metros quadrados. A finalidade é mostrar o uso do artesanato regional, proporcionando uma identidade visual aos ambientes.

O Encontro Internacional de Negócios do Cariri foi realizado pela primeira vez em 2004. A intenção foi reunir em um só lugar toda a riqueza do artesanato nordestino, representada pelo artesanato produzido no Cariri. De acordo com Gregório, o artesanato local representa um polo de referência no Estado, movimentando mais de R$ 1 milhão por ano.

Para o gestor, a feira é o resultado direto e visível de todo um trabalho desenvolvido na região, com ações de acesso a mercado, capacitação, tecnológica e gerencial, com aperfeiçoamento de design, aproveitando o potencial representado pelo produto local.Valor agregado"O artesanato, no Cariri, tem valor agregado e o peso cultural de tudo que representa a região", reforça ele. A feira será aberta ao público somente nos dias 16 e 17, das 16 horas às 22 horas. Nestes dois dias, após a rodada de negócios, toda a produção exposta estará disponível para comercialização aos participantes interessados.

O comprador alagoano, Reimes Soares, já é um veterano em Juazeiro. Ele e sua mãe viajam o Nordeste para a compra de produtos de artesanato para comercializar em seu Estado. "O material do Cariri é bem interessante. A qualidade é uma referência importante", destaca. Mas a diferença mesmo é para quem entende de produto bem acabado. A questão cultural da região tem um peso importante e engloba um valor, por trazer uma referência da riqueza do Cariri.

Fonte Diário do Nordeste. Escultura da Galeria Mestre Noza. Fotografia José Sales.

Artesãos do Cariri em Encontro Internacional


Uma oportunidade para o artesão da região do Cariri mostrar o seu produto para o mercado nacional e internacional acontece com a II Feira de Artesanato da Região e o V Encontro Internacional de Negócios do Cariri. O evento será aberto às 19 horas de hoje, no Palácio da Microempresa, neste município, e vai até o dia 17. A expectativa do volume de negócios fechados a curto, médio e longo prazos é de R$ 1,5 milhão.


O encontro tem o objetivo de fomentar, ampliar os negócios e divulgar o artesanato da região, além do turístico. De acordo com o gestor do Programa de Artesanato do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), Vicente Gregório Teixeira, "é uma eficiente vitrine que se forma para apresentar esse potencial diversificado do artesanato nordestino e também caririense".


O V Encontro Internacional vai dar visibilidade ao trabalho popular manual, com a exposição de esculturas em madeira, trançado em palha de milho e sisal, rede a sol bordada, xilogravura e literatura de cordel, com o trabalho dos xilógrafos e poetas da gráfica Lira Nordestina.


Insere também os artefatos em flandre e artesanato em couro. Serão mais de 800 artesãos, selecionados a partir da qualidade dos produtos e aceitação no mercado internacional, que vão participar do evento que vai contar com expositores do Piauí, Paraíba, Pernambuco e Rio Grande do Norte. A finalidade é também promover a troca de experiências com os artesãos de outros Estados.


Foram convidados para participarem da rodada cerca de 55 compradores de outras regiões brasileiras, a exemplo do Sul, Sudeste e Centro-Oeste e de países como Alemanha, Cabo Verde, França e Portugal. Os negócios vão ser intensificados a partir de amanhã, com a Rodada de Negócios. Este é o momento em que há uma dinâmica maior nas atividades, e uma oportunidade do próprio artesão desenvolver sua habilidade comercial.
Fonte Diário do Nordeste.

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Passeio em Copenhagen ou a Olim-piada dos insensatos

A festa lulesca da Olimpiada Rio 2016 foi muito mais noticiada do que as armações em marcha para impedir que os muitos impactos ambientais e desperdícios economicos sejam desperdiçados. Um contundente artigo de José Truda Palacio Jr. no jornal eletronico O ECO http://www.oeco.com.br/

"Copenhague não é perto. Portanto, imaginar que a Presidência de Pindorama deslocará para lá o caríssimo avião presidencial estrangeiro (francês) duas vezes no mesmo ano, é desconhecer a agenda de prioridades econômicas planaltenses. Lullão Metralha não irá à conferência do clima que decidirá não só o futuro do Brasil, mas de todo o planeta. Não. A prioridade é o futuro de seus aliados na eleição de 2010, que é o máximo que o Grande Líder e sua Plastificada Musa Candidata dos Empreiteiros consegue enxergar em termos de futuro. E para isso, a complementar a bolsa-esmola, o financiamento da construção civil predatória, insustentável e anti-qualidade de vida (vejam os projetos pipocando com grana da Caixa Econômica Federal), a enxurrada de carros particulares subsidiados para aumentar o caos urbano, as Olim-Piadas de 2016 vêm muitíssimo a calhar".

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

O Katrina e a Amazonia

O pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa) Niro Higuchi disse nesta quinta (8) que o fucarão Katrina foi resultado de uma série de fenômenos climáticos registrados na Amazônia. A tempestade causou milhares de mortes no sul dos Estados Unidos, em 2005. “O extremos deste ano não são piores que os extremos de 2005. O fenômeno dos temporais está relacionado com o furacão Katrina.

Tivemos um excesso de evaporação aqui na Amazônia, depois o excesso de chuva e maior evaporação no oceano. Para onde foram todos esses vapores? Para Nova Orleans”, afirmou o pesquisador, conforme nota do Inpa. Para mostrar que o clima é um grande mecanismo interligado, Higuchi lembrou da seca de 2005 e dos fortes temporais que atingiram Acre, Rondônia, Amazonas e Amapá no ano seguinte, além da grande cheia deste ano vivida pelos amazonenses. Para ele, reflexos das alterações no clima global. A solução aontada pelo pesquisador é reduzir o desmatamento na Amazônia, para que a região não colabore e nem seja vítima das mudanças climáticas.

Fonte: http://www.oeco.com.br/saladaverde

Cidade versus Floresta


Quatro décadas após a chegada da Zona Franca, Manaus ainda sofre os prejuízos sociais e ambientais causados pela explosão demográfica. Mais de 30 mil hectares já foram desmatados. Por Bernardo Camara. Leia mais http://www.oeco.com.br/

sábado, 10 de outubro de 2009

Marina Silva recebe mais um premio internacional por defender o meio ambiente

A senadora Marina Silva (PV-AC), ex-ministra do Meio Ambiente e provável candidata à Presidência em 2010, recebe neste sábado em Mônaco o prêmio Mudanças Climáticas, oferecido pela Fundação Príncipe Albert 2º de Mônaco.

A iniciativa premia pessoas e instituições por atuarem em favor do meio ambiente e do desenvolvimento sustentável. O prêmio considera ações e iniciativas em três eixos: mudança climática, preservação da biodiversidade e acesso à água, além da luta contra a desertificação.A senadora vai receber 40 mil euros, além da homenagem com o troféu, que será entregue pelo Príncipe Albert 2º.

É o quinto prêmio que a senadora recebe desde 2008, quando deixou o Ministério do Meio Ambiente por discordar de algumas diretrizes da política ambiental do governo. O mais recente foi em maio deste ano, o Prêmio Sofia 2009, concedido anualmente pela Fundação Sofia a pessoas e organizações que se destacam nas áreas ambientais e de desenvolvimento sustentável.

Fonte: UOL

Paleontologia reúne pesquisadores no Cariri

Começa hoje, no Crato, a Paleo 2009 da região Nordeste, reunião anual da Sociedade Brasileira de Paleontologia (SBP), núcleo Nordeste, contando com o apoio organizacional da Universidade Federal do Ceará (UFC) e também da Fundação Paleontológica Phoenix. O evento acontece no Salão de Atos da Universidade Regional do Cariri (Urca), instituição responsável pela publicação dos resumos aprovados, e tem a realização da SBP. Também será reinaugurado hoje, durante o evento, o Laboratório de Pesquisas Paleontológicas da Urca, com nova estrutura física.

O encontro de Paleontologia contará com a presença de profissionais, estudantes, pesquisadores e demais interessados na Paleontologia do Nordeste brasileiro. O evento terá a coordenação do professor doutor Álamo Feitosa Saraiva (Urca), Wagner Souza Lima (Phoenix), Maria Helena Hessel (UFC), PhD em Paleontologia e Geologia Histórica. Ela afirma essa é a 13ª reunião anual regional. O último encontro aconteceu em Aracaju e o próximo acontecerá provavelmente em Salvador, conforme a pesquisadora.

Cerca de 200 pessoas devem estar no encontro, entre pesquisadores e estudantes de vários Estados como Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia, Sergipe, Alagoas, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Paraíba e do Estado do Ceará. Os estudantes, em sua maioria, são dos cursos de Biologia, Geologia e Paleontologia. A Paleo 2009 tem o objetivo de promover uma troca de informações entre os participantes e atualização quanto aos estudos em toda a região, além de programar a organização, para o Congresso Nacional de Paleontologia, que no próximo ano acontecerá no Rio Grande do Norte.

Serão grandes nomes da Paleontologia e os maiores estudiosos dos fósseis do Araripe entre os participantes. Entre eles, Paulo Brito, da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), maior especialista do mundo sobre os peixes do Araripe; Mary Elizabeth de Oliveira, da Universidade de São Paulo (USP), também maior especialista em Paleoflora do Araripe, e Rafael Gioia Martins Neto, da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), especialista brasileiro em estudos de insetos fósseis. Já descreveu mais de 250 espécies de fósseis e publicou cerca de 350 trabalhos sobre o Araripe.

Fonte Diário do Nordeste

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Começa restauração de imagens sacras no Crato


Começam a ser restauradas as imagens sacras do Museu Histórico do Crato. São 19 imagens, algumas delas com mais de 200 anos. O projeto foi selecionado pela Secretaria de Cultura do Estado (Secult), para apoio à preservação material, na modalidade de preservação de acervos museológicos, executado pela Secretaria de Cultura, Esporte e Juventude local, que administra o equipamento. Serão seis meses de um trabalho, que não envolve somente a recuperação das imagens, mas a conscientização sobre a importância do resgate da história local entre estudantes.

A recuperação está sendo feita pela restauradora italiana, Maria Gabriella Federico, que já vem realizando esse trabalho há 22 anos, desde o seu país de origem. Gabriela afirma que a imagem mais importante do museu, a de São Fidélis, co-padroeiro do município, tem mais de 200 anos e está bastante danificada. Alguns dedos precisam ser refeitos e o trabalho é extremamente minucioso. Será um mês de trabalho, com o monumento em madeira provavelmente confeccionado pelos índios cariri, que receberam influência dos padres.

A outra imagem em madeira é a de São Francisco. O próprio material utilizado no processo de recuperação é natural. Gabriella cumpre a tarefa de recuperação com um cuidado minucioso, como quem está criando uma obra de arte, pela segunda vez. Cada detalhe é fruto de uma pesquisa para a sua reposição na integralidade, a exemplo de detalhes na base da imagem de São Fidélis. São pequenos desenhos, sobre a cor rosa bebê.

O primeiro trabalho desenvolvido pela italiana no Cariri aconteceu em 2004, por indicação do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), para o restauro da imagem de Nossa Senhora da Penha, na Igreja da Sé, Crato. Outra importante atividade aconteceu no Museu Jaguaribano de Aracati, com projeto de restauração. No Rio de Janeiro, ela fez a recuperação dos painéis de azulejos da Escola dos Estados Unidos, além de trabalhos na sua terra de origem, como a restauração de quatro esculturas no palácio real de Torino, e outras atividades no Centro Histórico de Roma.

Fonte Diário do Nordeste

Maciço de Baturité: Mosteiro tem nova utilização


Tradicional centro de oração e meditação, o Mosteiro dos Jesuítas oferece espaços para novos eventos. No alto da serra, a 415 metros de altura, um lugar que convida à meditação, ao contato com a natureza e à desaceleração do ritmo de vida urbano. Ao longo dos anos, o Mosteiro dos Jesuítas, construído na Serra de Baturité, já teve diversas utilizações. Chegou a ficar sob risco de fechamento ou de ser vendido para particulares por conta dos períodos em que não há tanta frequência.

Porém, a mobilização da Igreja e dos moradores da cidade busca encontrar soluções alternativas e novas utilizações para o mosteiro. Em meio a adaptações e a abertura de novos espaços, a perspectiva é atrair um número maior de visitantes e hóspedes para o local.

As paredes de pedra com janelas azuis incrustadas, a arquitetura peculiar e as gigantescas palmeiras que adornam a construção chamam a atenção do visitante ainda na sede em Baturité, de onde pode ser vista, majestosa e imponente. Do lado de dentro, um jardim bem cuidado, uma fonte com peixes e um abrigo de animais apreendidos pelo Ibama dão vida e colorido para aqueles que procuram paz e relaxamento. Construído e administrado por padres jesuítas, a denominação de mosteiro, na verdade, tem uma origem popular.

"O mosteiro é um lugar que abriga monges e frades, o que não somos. Mas por conta do tamanho e da arquitetura, as pessoas tomaram o costume de chamar de mosteiro, acabou pegando", conta o padre Antônio Baronio, atual reitor da instituição, que conta com outro padre e três irmãos.

A edificação foi iniciada como parte das comemorações do centenário da Independência do Brasil, tendo sido construída entre 1922 e 1936. A pedra fundamental do mosteiro veio das ruínas de uma escola de jesuítas que funcionava em Aquiraz, primeira capital da então província do Ceará. Durante cerca de 40 anos, o espaço foi destinado para o funcionamento da Escola Apostólica de Baturité, a fim de promover a formação de padres e irmãos jesuítas. O mosteiro chegou a ter 100 alunos em regime de internato oriundos das regiões Norte e Nordeste. Em 1964, optou-se por fazer dali um local de acolhimento para retiros espirituais.

"O mosteiro passou a funcionar como um centro de oração e meditação, onde se praticam os exercícios de espiritualidade preconizados por Santo Inácio de Loiola, fundador da Companhia de Jesus ", explica o reitor.Para complementar a renda e não deixar a estrutura do mosteiro ociosa, decidiu-se, há alguns anos, abrir o local para a hospitalidade. Mas por conta das características do local, padre Antônio alerta que o acolhimento não tem um caráter comercial. Outra alternativa criada foi a abertura do local para a realização de festas, eventos de empresas e instituições.

Ainda assim, nem sempre as fontes alternativas de receita são suficientes para a manutenção do local, sobre o qual por muito tempo especulou-se que seria vendido para ser transformado num hotel ou numa instituição de ensino. "Mas houve uma reação muito bonita do povo e da Igreja, que queriam que o mosteiro permanecesse funcionando dentro da configuração atual. Atualmente temos cerca de 10 mil visitantes por ano, o que mostra que as pessoas gostam desse espaço, que é único", ressalta o padre.

Como forma de reação para atrair mais visitantes, foi criado recentemente o Museu Padre Artur Emílio Redondo, que busca recontar a história do mosteiro e do município de Baturité por meio de fotografias, mobiliário, estátuas, objetos de uso dos padres e até uma curiosidade peculiar: a primeira cadeira de dentista do Maciço de Baturité.

Outra ação importante é a parceria com a Prefeitura, que quer associar o município ao turismo religioso, com a promoção de romarias e programações especiais em datas como a Semana Santa e o Natal, que este ano terá a apresentação de um coral infantil nas janelas do mosteiro e a representação de um auto natalino. Neste sábado, o padre Antônio Maria estará no município para a apresentação na Praça da Matriz de Baturité, a fim de celebrar a romaria de Nossa Senhora de Fátima.

Reportagem de Karoline Viana e Fotografia de Patrícia Veloso para o Diário do Nordeste

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

PALEO 2009-NE

No próximo final de semana, entre 10 e 12/10, se realizará no auditório da reitoria da URCA, Crato, um encontro de Paleontologia de profissionais, estudantes e demais interessados na paleontologia do nordeste brasileiro, a PALEO 2009-NE. Gostaríamos de poder contar com sua presença, pois teremos no sábado à tarde palestras de renomados paleontólogos do sul e sudeste do Brasil, os maiores conhecedores da paleobiota da Bacia do Araripe em suas especialidades, conforme a programação em anexo, sendo uma ótima oportunidade de atualização sobre os famosos fósseis do Cariri.

Sejam todos muito benvindos e tenham um excelente encontro com colegas e amigos! Muito cordialmente Antonio Álamo Feitosa Saraiva (URCA)Wagner Souza Lima (Phoenix)Maria Helena Hessel (UFC)coordenadores.

Festival Cariri da Canção no próximo sábado


A Prefeitura Municipal do Crato, por meio da Secretaria de Cultura, Esporte e Juventude, estará realizando nos próximos dias 10 e 11 e 14 e 17 de outubro, o Festival Cariri da Canção, que este ano assume uma amplitude nacional, dando espaço aos talentos da música. Esta é a segnda edição do evento, que vem revelando músicos de qualidade e resgatando os antigos festivais, reunindo de forma significativa os profissionais da música da região para um momento de congraçamento.

No próximo final de semana a Cultura faz o convite a toda a população do Crato e da região para participar desse primeiro momento da festa da música cearense e regional, com as apresentações dos jovens talentos durante a eliminatória na categoria estudantil.

Foram selecionados 12 participantes. Já a categoria nacional o número de inscritos superou as expectativas dos organizadores, trazendo para o palco, que será montado do Centro Cultural do Araripe, músicas de qualidade para o público. Esta segunda etapa eliminatória acontece nos dias 14 e 17 deste mês. A Cultura vem realizando contatos para trazer para o evento artista de renome nacional. No momento, se aguarda a confirmação.

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Marina Silva cobra política de metas para emissões

No Financial Times, Marina Silva cobra política de metas para emissões LONDRES - O Brasil deveria se comprometer com metas de redução de gases poluentes, afirmou a ex-ministra de Meio Ambiente e senadora Marina Silva (AC) ao jornal britânico Financial Times (FT), em entrevista que ganhou destaque na edição desta terça-feira. Conforme a publicação, o País deve se comprometer com uma redução de 80% do desmatamento até 2020, mas não está claro se aceitará metas para diminuir as emissões de gás carbônico (CO2) na conferência do clima marcada para dezembro, em Copenhague. A ex-ministra deixou o PT no mês passado e foi para o PV, partido pelo qual deve disputar a Presidência da República em 2010.

"Deveríamos assegurar que o Brasil está comprometido com metas, mas que devem ser globais - não apenas para reduzir o desmatamento, mas para cobrir todos os setores que realizam emissões", disse Marina. Ela defende que a redução dos gases poluentes deve ser parte de um compromisso mais amplo de mudança de modelo econômico nos países desenvolvidos e em desenvolvimento. No entanto, avalia que falta visão ao governo para mudar a forma como a questão é conduzida. "O Brasil e outros países precisam fazer o ambiente e o desenvolvimento parte da mesma equação e não persistir no pensamento de que um está em oposição ao outro", afirmou a ex-ministra. "Não há exemplo no mundo a ser seguido. O Brasil precisa ser o exemplo."

O Financial Times diz que o País "é um dos grandes contribuintes para o aquecimento global, em razão da grande quantidade de floresta perdida para o cultivo e outras atividades a cada ano". Sob o comando de Marina, o desmatamento desacelerou fortemente, aponta o jornal. A ex-ministra acredita que uma liderança do Brasil nessa área encorajaria outros países, como China, Índia, África do Sul e México, a seguirem a mesma linha.

Futuro incerto

"Hoje parte de nossas emissões é capturada por florestas e pelo solo, então nós estamos sendo salvos dos seus efeitos. Mas o que acontecerá no futuro pode sera exaustão dessa capacidade de absorção", disse Richard Betts, chefe do setor de Impactos do Clima do MetOffice.

O MetOffice foi fundado em 1854 e seu primeiro presidente foi o Capitão Robert FitzRoy, comandante do Beagle, navio de estudos que levou o Naturalista Charles Darwin em sua viagem de estudos que deu origem a histórica publicação "Origem das Espécies", que revolucionou os conceitos de abordagem sobre a história e origem da vida no nosso planeta Terra.

Fonte Coluna Mírian Leitão economia@diariodonordeste.com.br

Mestrado em Desenvolvimento e Meio Ambiente

Estão abertas, até 16 de outubro, as inscrições para seleção às 18 vagas do Mestrado em Desenvolvimento e Meio Ambiente 2010 da UFC, nas linhas de pesquisa: "Proteção ambiental e gestão de recursos naturais" e "Organização do espaço e desenvolvimento sustentável". A seleção terá duas etapas: avaliação de conhecimento específico e prova de língua estrangeira; e avaliação de currículo, histórico escolar e pré-projeto de pesquisa, além de entrevista. Informações: www.prodema.ufc.br ou (85) 3366.9781.

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Campus da UFC no Cariri ganha segunda etapa de expansão

O Campus da Universidade Federal do Ceará em Juazeiro do Norte, na Região Metropolitana do Cariri, ganhará, nesta segunda-feira, 5, a sua segunda etapa. O reitor Jesualdo Farias vai inaugurar a expansão a partir das 17h30min, devendo descerrar placa em homenagem ao reitor falecido, Ícaro Moreira de Souza.

A segunda etapa do Campus da UFC no Cariri inclui bloco com oito salas de aula, laboratórios de saneamento, mecânica de solos, recursos hídricos e central analítica e também salas de apoio técnico-administrativo, gabinete de professores, biblioteca e passarela entre os blocos, totalizando 3.100 metros quadrados de área construída. Estão previstas ainda mais duas etapas para o Campus da UFC no Cariri, que engloba Barbalha, Crato e Juazeiro do Norte.

Fonte Blog do Eliomar de Lima.

domingo, 4 de outubro de 2009

Malauí: menino faz moinho de vento com peças de lixo

A história verdadeira de um adolescente autodidata do Malauí que transformou a vida de sua família e de sua comunidade ao construir, com lixo, um moinho de vento para gerar eletricidade é tema de um livro que acaba de chegar às lojas nos Estados Unidos. E para muitos, não será surpresa se o livro “The boy who harnessed the wind” (O menino que domou o vento, em tradução livre), do jornalista novaiorquino Bryan Mealer, acabar transposto para as telas de cinema.

O menino William Kamkwamba, que ganhou uma bolsa de estudos e hoje frequenta a faculdade em Johanesburgo, na África do Sul, tornou-se um símbolo para ambientalistas como Al Gore e líderes empresariais em todo o mundo.Uma foto sorridente do jovem, hoje com 22 anos de idade, foi capa da publicação americana Wall Street Journal. As conquistas de Kamkwamba são ainda mais impressionantes se considerarmos que ele foi obrigado a abandonar a escola aos 14 anos porque sua família não podia pagar as anuidades de US$ 80.

Quando retornou à modesta propriedade da família no vilarejo de Masitala, no interior do Malauí, seu futuro parecia limitado. O adolescente sonhava trazer eletricidade para seu vilarejo – apenas 2% das residências no Malauí possuem energia elétrica – e não estava disposto a esperar pela ação de políticos ou ONGs. Continuou a estudar usando a biblioteca no vilarejo. Fascinado por ciências, encontrou, por acaso, em um livro caindo aos pedaços, uma foto de um moinho de vento.
“Fiquei muito interessado quando vi que o moinho podia produzir eletricidade e bombear água”, disse Kamkwamba à BBC News. “Eu pensei: isso poderia ser uma defesa contra a fome. Talvez eu devesse construir um para mim”. E quando não estava ajudando na plantação de milho da família, trabalhava no seu protótipo à noite, à luz de uma lamparina de parafina. As atividades foram alvo de chacota na comunidade, que tem cerca de 200 pessoas. “Muitos, inclusive minha mãe, achavam que eu estava louco”, ele relembra. “Nunca tinham visto um moinho de vento antes.

Kamkwamba construiu uma turbina usando peças de bicicletas, uma hélice de ventilador de trator e pedaços de canos de plástico, entre outros objetos.Mas as risadas dos vizinhos rapidamente se transformaram em admiração quando Kamkwamba conectou um farol de automóvel à turbina do moinho. Quando as hélices começaram a girar na brisa, a lâmpada se acendeu e o vilarejo ficou em alvoroço.

Logo, o moinho de 12 watts estava bombeando energia para a família de Kamkwamba. E os vizinhos faziam fila para carregar seus telefones celulares. O adolescente também instalou uma bomba mecânica movida a energia solar – doada ao vilarejo – sobre um poço. Tanques de armazenamento foram adicionados à bomba e a região ganhou, pela primeira vez, uma fonte de água potável.

Em 2007, Kamkwamba foi convidado para participar da prestigiosa conferência Technology Entertainment Design, na Tanzânia. Foi aplaudido de pé.Hoje, Kamkwamba estuda na renomada African Leadership Academy, em Johanesburgo. O jovem disse estar determinado, no entanto, a voltar para sua terra e completar sua missão de trazer energia não apenas para o resto do seu vilarejo, mas para todo o Malauí. “Quero ajudar meu país e colocar em prática o que aprendi”, disse. “Tem muito trabalho para ser feito”.

Trechos de matéria publicada no portal da BBC Brasil, em texto assinado pela jornalista Jude Sheerin, da BBC News. Publicado http://blog.opovo.com.br/pliniobortolotti/

Projeto Mambembe em Aracati e Fortim ²

Por iniciativa dos estudantes de Arquitetura e Urbanismo, através da FNEA durante todo este fim de semana, começando na 6a feira e terminando neste Domingo, por volta do meio dia, houve este intenso "work shop" sobre a realidade do Litoral Sul do Estado do Ceará, uma realidade em transformação acelerada.

Os temas abordados foram- preservação do patriminonio histórico, turismo internacional, pesca, carcinicultura, parque eólicos, ampliação do sistema rodoviário, aeroporto internacional de Aracati, extração de petróleo e também e notadamente os registros da ausencia de boa convivencia com meio ambiente e corretas posturas de apropriação de recursos naturais, em toda a região da foz do Rio Jaguaribe, desde os primórdios do processo de ocupação do território cearense.

Aproximadamente 60 estudantes dos Cursos de Arquitetura da UFC/ UNIFOR/ FANOR estiveram na região, em visita aos municípios de Aracati, Fortim e todas as situações relevantes ali presentes - sedes urbanas/ núcleo histórico de Aracati, Foz do Rio Jaguaribe, Comunidades do Cumbe e Estevão, Canoa Quebrada, Porto Canoa, Majorlandia, Quixaba, Parques Eólicos Bons Ventos, Colonia de Pesca do Fortim - refletindo sobre todo aquele contexto dos pontos de vista histórico - físico - geográfico - ambiental - urbano - politico - economico e cultural na tentativa de iniciar a construção de uma visão de futuro para a região.

As reuniões foram realizadas na Associação Comunitária do Moradores da Vila do Estevão, em Canoa Quebrada. As visitas técnicas guiadas e seminários foram orientadas pelos professores José Sales, Carla Camila Girão, Augusto Capibaribe e Raimundo Carlos Limaverde.

Crato recebe 7,5 milhões para obras de saneamento

O Prefeito do Crato, Samuel Araripe, conseguiu R$ 7,5 milhões para a primeira etapa do projeto de saneamento do município. A informação é do prefeito, adiantando que o dinheiro já está na conta da Prefeitura. “É um projeto incluído no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC)”, observa Araripe. O chefe do executivo chegou a estar pessoalmente com a Ministra do Planejamento de Lula, Dilma Roussef, no intuito de encaminhar projetos para demandas do município.

Com esse montante, Samuel Araripe espera dar um grande passo no que diz respeito às obras de saneamento e de infraestrutura em vários pontos da cidade. Esses novos investimentos vão proporcionar uma vida mais saudável para a população. Também serão investidos, conforme anuncia o prefeito, cerca de R$ 3 milhões em obras de calçamento em várias localidades do município. A próxima etapa agora é tratar do processo licitatório.

Fonte Blog do Crato

Lucio Alcantara fala sobre o Geopark Araripe

"Há poucos dias o jornal O Povo publicou matéria na qual informava que o Geopark Araripe, no Cariri cearense, por desleixo do governo do estado, está ameaçado de perda do selo internacional quando da avaliação a ser realizada pela UNESCO em 2010.

O Secretário das Cidades, orgão estadual, nega em declaração publicada no mesmo jornal, edição de hoje, que exista o risco. Existe, sim. Os que acompanham o assunto sabem disso há bastante tempo. Deus permita que a desclassificação não ocorra.

A tática do atual governo foi paralisar todas ações que vinham da administração anterior para retoma-las mais tarde fazendo parecer que eram iniciativas novas que lhes deviam ser atribuidas. Era preciso apagar o passado. Reescrever a história como se tudo começasse agora.

O preço pago foi a destruição das estradas, pela falta de conserva, a demora e o encarecimento na execução das obras, a interrupção de programas essenciais, e o sofrimento das pessoas, privadas dos benefícios sociais.

No caso do Geopark o custo dessa política poderá ser sua desclassificação internacional".

sábado, 3 de outubro de 2009

Projeto Mambembe em Aracati e Fortim

O Projeto Mambembe, da FNA/ Federação dos Estudantes de Arquitetura e Urbanismo, implementa viagem de estudos aos Municípios de Aracati e Fortim, com os estudantes de Cursos de Arquitetura e Urbanismo, dos Estados do Ceará e Rio Grande do Norte. Durante dois dias, a partir de 02/10 serão realizadas visitas técnicas guiadas e seminários, pelos professores José Sals, Carla Camila Girão, Augusto Capibaribe e Raimundo Carlos Limaverde, sobre as transformações do Litoral Sul do Ceará por conta da implantação de grandes projetos economicos - resorts, Fazendas de criação de camarão e parques eólicos - impactando as populações tradicionais ali instaladas.

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Acredite, se quiser


A página da liderança do PT na Câmara dos Deputados informa desde ontem que uma pesquisa CNI-Ibope, realizada em setembro, mostra que a "condução das políticas para o meio ambiente tem a aprovação da maior parte da população brasileira". Ainda segundo a nota, "as ações do Executivo para o meio ambiente seguem uma linha crescente de avaliação e contam, neste mês, com aprovação de 61% dos entrevistados. Em junho, a aprovação era de 55%.

Outro dado relevante é a percepção de que, um ano após a troca de titulares da área, a gestão do ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, tem a mesma aprovação da gestão da ex-ministra Marina Silva". No texto, o deputado José Guimarães (PT/CE) diz que o governo vem conseguindo conciliar a preservação ambiental com o desenvolvimento econômico na concessão de licenças ambientais. "Na hora em que concede licença o governo toma medidas imediatas para compensar danos. Isso á preservar". O Deputado José Guimarães é próprio autor de emendas em medidas provisórias para evitar o licenciamento ambiental de estradas na Amazônia.

Fonte O ECO. Fotografia por Aldem Bourscheit/ 2007 na Baía dos Porcos, em Fernando de Noronha.

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Descuido: Peças históricas convivem com sujeira no Museu do Geopark

O Museu de Paleontologia de Santana do Cariri é considerado o coração do projeto Geopark Araripe, em Santana do Cariri. O POVO foi ver de perto como está o local, em refoma há um ano. Para resgatar como era a rotina do cenário, hoje em construção, a equipe contou com a memória do ex-coordenador de guias do museu e atual guia turístico da Prefeitura, Henrique Duarte.

Mas as lembranças começaram a ficar doloridas com a entrada no prédio.Livros da antiga Biblioteca, antes aberta à comunidade, permanecem numa estante, cobertos de pó. Dividiam o espaço do salão principal com os trabalhadores em plena finalização da obra. Os vestígios da reforma também tentam esconder expositores com fósseis dentro, réplicas de dinossauros, uma maquete que antes representava todos os estratos geológicos do Geopark, mobiliário, material de laboratório e equipamentos de informática.

O pó também não é suficiente para acobertar uma pilha de fósseis formada no salão principal do museu. Em outra sala, caixas de papelão rasgadas acolhem outros seres fossilizados, a poucos passos de um acesso lateral para a rua, sem segurança. Dá vontade de chorar. Eu sei o valor que isso tem, tanto científico como histórico", diz, segurando e explicando as peças onde bate o olho. "Esse fóssil aqui é tridimensional. Dá para saber qual foi a última refeição do peixe".

Questionado sobre o procedimento da reforma, o Reitor da Urca, Plácido Cidade Nuvens, que foi fundador do museu, declarou que O POVO "atinou para algumas negligências da empreiteira (responsável pela obra)" e, por isso, estaria "fazendo drama". Segundo ele, o cenário encontrado era insignificante diante da importância da reforma, que estaria quebrando um jejum de quatro anos sem investimentos.

Além disso, os fósseis do acervo do museu estariam divididos entre uma sala especial ou guardadas em estantes, trancadas à chave.Os fósseis encontrados no prédio em reforma seriam resultado de apreensão da Polícia Federal (PF) nas ações de combate ao contrabando e estariam sob a guarda do Departamento Nacional de Proteção Mineral (DNPM). De acordo com o Reitor, a previsão é de que o museu seja reaberto em outubro.

O Geólogo Artur Andrade, responsável pelo escritório do DNPM na região do Cariri, confirma a origem dos fósseis. No entanto, eles teriam sido doados pela PF ao Museu de Santana há cerca de quatro anos. "Se eles estivessem sob a guarda do DNPM, estariam no nosso escritório, não no Museu. (O material) não deixa de ter valor científico. Deveria estar num lugar melhor preservado, não junto com cimento, poeira, ao bel prazer."

Fonte Reportagem Larissa Lima para o jornal O POVO