Sem entidade ou pessoa responsável, o prédio está desabando aos poucos. Estudantes serão remanejados por ordem do Ministério Público que determinou a desocupação imediata da Casa do Estudante do Crato. O Promotor de Justiça, Pedro Luiz Lima Camelo, fundamentou sua decisão num laudo pericial do Corpo de Bombeiros que adverte quanto a situação de risco para os moradores da Casa do Estudante, em razão de infiltrações, rachaduras e possibilidade de desabamento. Um dos apartamentos já desmoronou. As duas estudantes que moravam lá só não morreram porque se encontravam fora. Um dos banheiros foi interditado e está na iminência de cair. O promotor advertiu que a desocupação é inevitável porque existe o risco de morte.
Além de problemas na estrutura física do prédio, a Casa do Estudante, que já pertenceu a União dos Estudantes do Crato (UEC), está acéfala. Ninguém responde juridicamente pela Casa do Estudante do Crato. O Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ) está em nome de uma estudante que mora em Iguatu. Os 14 estudantes que vivem na casa não sabem a quem se dirigir. São jovens pobres, filhos de agricultores que fizeram da Casa do Estudante o seu único ponto de apoio enquanto terminam seus estudos.
Além de problemas na estrutura física do prédio, a Casa do Estudante, que já pertenceu a União dos Estudantes do Crato (UEC), está acéfala. Ninguém responde juridicamente pela Casa do Estudante do Crato. O Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ) está em nome de uma estudante que mora em Iguatu. Os 14 estudantes que vivem na casa não sabem a quem se dirigir. São jovens pobres, filhos de agricultores que fizeram da Casa do Estudante o seu único ponto de apoio enquanto terminam seus estudos.
A Casa do Estudante Pobre do Crato foi construída na década de 50 pela diretoria da União dos Estudantes do Crato (UEC), nas gestões dos presidentes Joaquim Alencar Bezerra, Rubens Lins de Aquino, Huberto Cabral e David Peixoto. Ao lado, foi construída a sede própria da UEC, que administrava a Casa do Estudante. O objetivo inicial era abrigar estudantes pobres secundaristas que vinham dos mais diversos municípios da região e até de Estados vizinhos. Na fase áurea de seus 64 anos de existência, a UEC desfrutava da maior credibilidade e confiança perante dos governos municipal, estadual e federal que destinavam verbas para o seu funcionamento. Nos últimos anos, com o surgimento de outras entidades congêneres, a UEC vem sendo esvaziada. A Casa do Estudante se tornou autônoma e passou a receber também universitários. Hoje, está totalmente sem administração.
Fonte: Caderno Regional/ Diario do Nordeste
Fonte: Caderno Regional/ Diario do Nordeste