quarta-feira, 14 de abril de 2010

Ceará fica com 5,39% da verba da Embratur


A Embratur vai investir R$ 130 milhões, em 2010, para divulgar, promover e apoiar a comercialização do Brasil no mercado internacional. O Ceará vai abocanhar R$ 7 milhões, o que representa 5,39% do total. Os recursos serão aplicados em ações de relações públicas, na participação em feiras, em campanhas publicitárias, com a mídia, dentre outras ferramentas de marketing. A iniciativa integra a versão 2020 do Plano Aquarela, criado em 2005 com o propósito de reposicionar o País perante o cenário turístico mundial. Segundo a diretora interina de Produtos e Destinos da Embratur, Patrícia Fernandes, o investimento tende a crescer até 2020, mas ainda não há previsão do volume total, já que o valor está vinculado ao orçamento do governo federal.

Patrícia Fernandes apresentou ontem para o trade local, na sede da Secretaria do Turismo, as novas estratégias do Plano Aquarela 2020, que será gerido pela Embratur, em parceria com órgão do turismo de todos os estados. O plano sofreu reajustes para incorporar a Copa de 2014 e as Olimpíadas de 2016, que ainda não estavam confirmados quando de sua última revisão em 2007. "Com base nesses eventos, fizemos novo diagnóstico, definimos estratégias de ações e países prioritários para divulgarmos o destino Brasil", explica.

A Embratur espera que pelo menos 500 mil estrangeiros visitem o Brasil durante a Copa do Mundo de 2014. Para as Olimpíadas de 2016, no Rio de Janeiro, a expectativa é receber mais 380 mil turistas. "Nosso objetivo é aproveitar esses dois momentos para dar maior visibilidade ao País, visando aumentar cada vez mais a participação brasileira no ranking dos destinos turísticos internacionais". A proposta do programa é vender o Brasil de forma macro e não individualizada, cabendo aos estados trabalhar suas próprias estratégias regionais.

Conforme levantamento da Embratur com foco no Plano Aquarela 2020, que entrevistou 2.400 turistas estrangeiros no Brasil em junho do ano passado, 56% dos visitantes de outros países visitam nossos destinos mais de uma vez. Cerca de 57% apontam o lazer como principal motivação das visitas ao Brasil. A imagem do País é positiva para a maioria dos estrangeiros, sendo que 45% apontam que o povo brasileiro é o que há de melhor no destino.
A pesquisa mostrou ainda que 98% se satisfaz com o turismo no Brasil. O índice de retorno chega a 90%. Como fator negativo, 24,6% aponta a sinalização turística, 23,4% as telecomunicações e 20,2% a segurança pública. Em relação à mídia internacional, os elementos positivos relacionados são a economia, a cultura e o turismo. Já os negativos são o meio ambiente, a segurança e a saúde públicas, influenciadas por doenças como a Dengue, entre outras.


O turismo de eventos é outro foco do Plano Aquarela 2020. O potencial de crescimento desse nicho, segundo Patrícia Fernandes, da Embratur, é demonstrado no ranking da ICA dos últimos seis anos. Enquanto o País sediou 62 eventos internacionais em 2003, ocupando o 19º lugar entre os demais países, em 2008 o Brasil sediou 254 eventos, subindo para a 7ª posição mundial. Já o Ceará passou de 10º colocado em 2007 para 7º do ranking em 2008.Um dos principais desafios a ser trabalhado em relação a esse público, segundo ela, é o oferecimento de roteiros alternativos para estender a estadia do turista de eventos no país. Conforme a pesquisa, 70% dis turistas internacionais, que vieram ao país participar de eventos não conheceram outros destinos alternativos durante a viagem.


Para o secretário do Turismo, Bismarck Maia, o levantamento vai ajudar a nortear as ações do Estado para atração de estrangeiros. "Já estamos trabalhando na linha do Plano Aquarela. Este ano, a expectativa de investimento em marketing internacional para o destino Nordeste é de R$ 10 milhões, sendo R$ 7 milhões no Ceará. Os números da Embratur são um detalhe a mais que vão fazer a diferença".

Fonte: Reportagem Angela Cavalcante/ Diário do Nordeste

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