Investimentos da ordem de R$ 132 milhões, que deverão ser efetivados em cinco anos, serão direcionados à Região Metropolitana do Cariri (RMC), composta de nove cidades, incluindo as três principais (Crato, Juazeiro e Barbalha), por meio do Projeto Cidades do Ceará - Cariri Central. Ontem, o governador do Estado, Cid Gomes, assinou, junto com integrantes do Banco Mundial (Bird), o contrato de financiamento que a instituição financeira está firmando, com empréstimo de R$ 92 milhões, para o lançamento do projeto. A contrapartida do Governo é de R$ 40 milhões para a região.
A equipe do Banco Mundial se encontra na região desde o início da semana, com intuito de conhecer de perto os projetos que receberão os recursos. No município do Crato, está inserido o projeto da Encosta do Seminário e a requalificação das praças centrais da cidade; em Juazeiro, o Centro de Apoio aos Romeiros, com o desenvolvimento de setor de tecnologia para a área de calçados, além do Roteiro da Fé e construção de Avenida do Contorno, seguindo pelos principais pontos de visitação religiosa; construção da sede e obras de infraestrutura dos geotopes do Projeto Geopark Araripe, com aquisição de bens e também equipamentos, capacitação e elaboração de estudos e planos; Aterro Consorciado do Cariri e ações de capacitação técnica para as prefeituras e o restauro do antigo Engenho Tupinambá para implantação de Museu, no município de Barbalha.
Ontem pela manhã, foi realizado no auditório do Verdes Vales, em Juazeiro do Norte, reunião com representantes do Banco Mundial, além dos prefeitos das cidades que serão beneficiadas pelos projetos, e representantes de diversas instituições da região. A finalidade de realizar um workshop foi apresentar as concepções do projeto e ações programadas já para este ano. O outro aspecto esteve voltado para os arranjos institucionais e procedimentos para implementação do projeto.
Vários aspectos já vêm sendo trabalhados na região, a exemplo das audiências públicas para andamento das obras, a exemplo da Encosta do Seminário, além das desapropriações que devem ser feitas em algumas dessas obras, como a Encosta do Seminário. Os técnicos do Banco Mundial chegaram a visitar o local, onde vão ser retiradas da área de risco da encosta cerca de 60 famílias. Segundo a especialista do Banco Mundial nas áreas social e ambiental, Soraya Melgaço, dentro de todo esse processo de reassentamento involuntário, quem tem acesso à terra, deve continuar da mesma forma ou até melhor depois dele efetivado. "Ninguém pode ficar pior do que estava após o projeto. Temos que garantir, no mínimo, uma situação igual ou anterior", afirma.
O Secretário das Cidades, Joaquim Cartaxo, disse que esse trabalho foi iniciado em 2007, e agora passa por uma reconceituação do projeto, além de vivenciar um momento de debate com o Banco Mundial, e seguir uma linha de procedimentos que devem ser tomados. "Estamos no Cariri para discutir os projetos de forma específica", diz.
O Gerente do Projeto pelo Banco Mundial, Sameh Wahba, destaca o desenvolvimento social e econômico da região, por meio dos projetos. A parceria para as obras voltadas para arranjos produtivos locais, infraestrutura, turismo e capacitação e fortalecimento institucional, poderão chegar a R$ 120 milhões. O gerente afirma que os projetos envolvem métodos inovadores e critérios para a participação do Banco Mundial, como o alinhamento à Lei de Responsabilidade Fiscal, sem endividamento dos parceiros. Serão iniciadas as licitações das obras e o Banco e governo acompanhando a execução dos projetos.
Fonte: Jornalista Elizangela Santos/ Diário do Nordeste/ Colaboradora do Blog do Crato
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