quinta-feira, 30 de agosto de 2007

As pesquisas do Prof.David M. Martill

Em 1993, o Professor/ Paleontólogo David M.Martill, da School of Earth & Environmental Sciences/ University of Portsmouth, Inglaterra publicou um dos seus mais estudos de maior relevancia: “The Crato Fossil Beds of Brazil: Window into na Ancient World” como resultado de pesquisas de fósseis na Bacia do Araripe, que descreve a fauna e a flora da Formação Crato, da Bacia do Araripe.

4 comentários:

Anônimo disse...

Leia esse texto http://www.estado.com.br/editorias/2006/07/16/ger-1.93.7.20060716.2.1.xml e parem de endeusar esse ladrão de fósseis safado do Martill!!!

Anônimo disse...

Leiam o texto abaixo e parem de endeusar esse safado ladrão de fósseis do Martill!!!

A chapada dos fósseis roubados

Retirados por moradores de Araripe, no Nordeste, são vendidos por atravessadores a museus no exterior

Cristina Amorim

É segunda-feira, nem 11 horas. O centro de Santana do Cariri (CE) está lotado. Na lateral do Museu de Paleontologia, três rapazes abordam a reportagem do Estado. "Quer comprar fóssil? Eu tenho", fala baixo Paulinho da Anita, como o rapaz alto e magro é conhecido na cidade. Seu colega, Edmar, dá a ficha: uma piaba inteira por R$ 20, retirada ali mesmo, perto da cidade.

Edmar e Paulo sabem identificar a pedra que tem um fóssil dentro: os nódulos amarelados, formados pelo acúmulo do calcário em volta dos restos do animal, são os premiados, pois preservam o espécime em três dimensões.

A negociação a céu aberto é corriqueira com turistas. Geralmente são ofertados peixes e insetos, os dois grupos mais comuns na Bacia Sedimentar do Araripe, entre os Estados de Ceará, Pernambuco e Piauí.

O lugar, com 11 mil quilômetros quadrados, conta uma história de 110 milhões de anos. Na época, o Araripe era uma laguna povoada por muitos peixes, insetos e répteis variados, de dinossauros a pterossauros. Tal preservação e abundância são vistas em poucos lugares do planeta.

Ossos de dinossauro e pterossauros são mais difíceis de se encontrar, mas não impossíveis. Merecem um preço especial: "Vendi um osso uma vez por R$ 800 prum atravessador. Acho que ele vendeu por R$ 19 mil. Se eu não vendo para ele, ou tento vender direto, me denuncia para a polícia", diz Edmar. "É melhor mesmo vender para um atravessador. Ele sabe para quem passar."

As ruas estão lotadas. Paulo diz ter um tubarão. Um policial militar aparece na esquina.

"Vocês pegam o carro e descem a rua." Lá Edmar tira um pacote da cintura. É um Cladocyclus envolto em papel alumínio. Paulo se aproxima com uma peça de quase 1 metro nos braços embrulhada em um saco de náilon. "Tubarão" é como os locais chamam o Vinctifer, peixe predador que vivia ali no período Cretáceo. Pede R$ 100, menos de R$ 1 para cada milhão de anos do bicho.

Ele recoloca a peça no pacote e esconde no batente duma casa. Alguns segundos depois, três policiais militares aparecem. Todos são levados para a delegacia e, horas depois, encaminhados para a sede da Polícia Federal em Juazeiro do Norte (CE).

A comercialização de fósseis é crime federal. Ao contrário do que pode parecer à primeira vista, a ação daquela segunda-feira estava longe de coibir o tráfico - Paulinho da Anita fugiu e Edmar foi liberado quando comprovou ser portador de uma deficiência física, sem que um inquérito fosse instaurado.

O vendedor é parte da fatia mais simples da população, a única que se preocupa com a coação policial. Ela forma o elo frágil de uma cadeia de contrabandistas que faz a alegria do mercado internacional de fósseis. "Caçadores de pedra", atravessadores, vendedores e compradores mantêm a retirada indiscriminada.

PROPRIEDADE INTELECTUAL
Em Nova Olinda (CE), cidade vizinha à Santana do Cariri, a reportagem flagrou o paleontólogo David Martill, da Universidade de Portsmouth, na Inglaterra, em busca de fósseis para comprar. É quase uma atividade extracurricular à pesquisa geológica que conduz na região com um grupo de estudantes. "Seus fósseis estão aí, doutor. Quer dar uma olhada agora?", diz o vendedor.

O paleontólogo sabe que a prática é proibida no País, crime previsto na Constituição como espoliação do patrimônio da União. Contudo, a legislação permite interpretações diferentes e a pena, de seis meses a três anos de prisão, é leve e dificilmente aplicada com rigor. "Ocorre a condenação, a prisão, não", diz a procuradora federal Ládia Albuquerque.

No ano passado, uma decisão judicial beneficiou a artesã Urânia Gusmão Corradini em São Paulo e abriu um precedente em benefício do comércio. Apesar da acusação de venda de fósseis, o juiz Márcio Rached Millani concluiu que o material não pertencia ao patrimônio nacional. O texto com a decisão foi distribuído e exposto em casas do Araripe.

O Brasil também segue uma convenção da Unesco que proíbe a importação e exportação de bens culturais e históricos, entre eles os paleontológicos. Tanto a Grã-Bretanha de Martill quanto os principais destinos das peças retiradas do Araripe - Alemanha, Japão e Estados Unidos - não ratificaram o tratado.

Museus e colecionadores compram as peças por milhares de dólares e fazem ouvidos moucos aos pedidos das nações roubadas para que não incentivem o comércio ilegal. "Para os cientistas, não importa de onde vem o material. Eles têm o objetivo de saber a verdade científica da peça, não como ela chegou ao museu", diz Martill. O que tem menor valor científico cai em sites especializados.

Martill espera que haja a descriminação da venda, até para servir como fonte de renda para a população local, para os Paulinhos e Edmares empobrecidos e dependentes da lavoura e da retirada de calcário. A nata (plantas, peixes, insetos não descritos, tartarugas e crocodilomorfos e ossos de dinossauros e pterossauros) seria dividida pela comunidade paleontológica internacional. Na prática, a equipe com mais dinheiro e melhores contatos ganharia.

Para ele, os paleontólogos brasileiros não têm capacidade intelectual e financeira de estudar a diversidade do Araripe de forma apropriada. "Há uma curva ascendente de qualidade no Brasil, mas a única razão para que se saiba alguma coisa sobre a história da bacia é a venda (para estrangeiros)." Martill publica artigos científicos baseados em fósseis brasileiros com certa freqüência.

O paleontólogo Ismar de Souza Carvalho, da Universidade Federal do Rio de Janeiro, lembra que há dezenas de teses só de mestrado produzidas no Brasil tendo o Araripe como tema. "Martill é um expoente de um grupo de instituições que fazem o saque cultural", afirma. Segundo ele, a preocupação não é científica mas econômica. "O fóssil serve para captar recursos em réplicas, direitos de reprodução da imagem, laboratórios e projetos pessoais."

Fonte:
http://www.estado.com.br/editorias/2006/07/16/ger-1.93.7.20060716.2.1.xml

Anônimo disse...

Para reforçar a reportagem, as palavras do próprio David M. Martill:
http://www.geolsoc.org.uk/gsl/geoscientist/features/page10692.html

Jurandir Barbosa disse...

Esse bandido ladrão de fósseis. Que o nosso governo tenha descencia em buscar punições para esse ladrão, bandido.

perfil dele na rede: https://www.facebook.com/santana.fossil?fref=ts
email desse ladrão: david.martill@port.ac.uk