sábado, 28 de fevereiro de 2009

Centenário do Poeta Patativa do Assaré


Começa amanhã em Assaré, no Cariri e se estende até o próximo dia 05 de Março, a festa dos 100 anos de Antonio José Gonçalves da Silva, o Patativa do Assaré, este poeta que é considerado a maior expressão da arte popular do Brasil. Autor de versos e rimas cantados por vários artistas em todo o Brasil, como o clássico "A triste partida", gravada por Luiz Gonzaga, em 1964.

Na SECULT/ Secretaria da Cultura do Estado do Ceará, se programa durante todo o ano corrente de 2009, um alentado calendário de eventos, grande parte dos mesmos organizada pelo Governo do Estado, para lembrar este acontecimento maior, que é a data de nascimento do poeta e sua extensa obra.

Na URCA/ Universidade Regional do Cariri, sob a batuta do Reitor Plácido Cidade Nuvens, está em gestação uma exposição sobre a vida, a obra e o significado cultural de sua poesia, para a Cultura Popular, a aberta em Julho próximo na ExpoCrato e depois fazer o circuito por alguns centro culturais, na região. E no Senado Federal tramita projeto de lei, propondo a instituição de 2009, como o Ano Nacional Patativa do Assaré.
Fotografia de José Leomar, publicada no Diário do Nordeste, em 28 de Fevereiro de 2009. Reprodução unicamente para divulgação. Direitos autorais reservados.

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Geopark Araripe será prioridade

A primeira ação do Projeto de Desenvolvimento Regional do Ceará - Cidades do Ceará/Cariri Central será a implantaçãoo da sede do Geopark. A informação é do secretário das Cidades, Joaquim Cartaxo, explicando que a licitação está concluída e só falta assinar um convênio com o Ministério da Integração Nacional.

Adianta que até junho saem os editais de licitação de outras obras. Entre elas destaca a recuperação ambiental da costa do seminário do Crato que vai melhorar as condições urbanas da cidade, o anel viário de Juazeiro do Norte. Dentro das ações voltadas para o desenvolvimento econômico cita a construção do Centro de Inovação Tecnológica para o setor de calçados que terá laboratórios para testes de produtos.

BIRD aprova empréstimo para o Ceará ²

"O Projeto Cidades do Ceará é uma importante parte da estratégia de Desenvolvimento Regional do Estado, que irá melhorar a qualidade de vida e perspectivas econômicas no Interior do Estado”, disse o governador Cid Gomes. Acrescentou que a parceria entre o Governo estadual e os governos municipais é essencial para levar os serviços públicos tão necessários a estas populações e descentralizar os benefícios do crescimento e do desenvolvimento para todo o Estado.

O diretor do Banco Mundial para o Brasil, Makhtar Diop, explica que o Ceará cresceu de modo desigual e não aproveitou importantes oportunidades de desenvolvimento nas áreas urbanas e rurais. “Este projeto ajudará o Estado a reativar esses potenciais incipientes”, afirmou.

Reportagem de Artumira Dutra no jornal O POVO, da data de hoje, 26 de fevereiro de 2009. Reprodução unicamente para divulgação. Dirietos autorais preservados.

BIRD aprova empréstimo para o Ceará

O BIRD/ Banco Internacional de Recursos para o Desenvolvimento, denominção oficial do Banco Mundial aprovou empréstimo de US$ 46 milhões para desenvolvimento regional e urbano do Cariri Central. Somada a contrapartida do Estado, o projeto totaliza US$ 66 milhões que serão aplicados no desenvolvimento da região.

O projeto aprovado apoiará a estratégia estadual de integração regional desenvolvendo ações de infra-estrutura para solucionar importantes deficiências, proteger e restaurar o meio ambiente, e aperfeiçoar os serviços públicos para residentes locais e o turismo. Essas medidas abrangerão a infraestrutura de transporte, um aterro sanitário regional, aprimoramento da drenagem em áreas ambientalmente degradadas, modernização dos centros urbanos, assim como dos espaços públicos utilizados por romeiros, saneamento ambiental e melhorias nos parques urbanos.

Também vai apoiar o desenvolvimento econômico local com base em agrupamentos setoriais para facilitar inicialmente o crescimento dos segmentos de turismo e de calçados, incluindo o estabelecimento do Geoparque Araripe em um importante conjunto de sítios paleontológicos.

Outros agrupamentos setoriais serão identificados para receber apoio em uma segunda etapa. Outra ação será o fortalecimento institucional e administrativo regional para melhorar a coordenação e a colaboração entre os municípios do Cariri Central e o Governo estadual nas seguintes áreas: elaboração de uma estratégia para o meio ambiente regional.

Reportagem de Artumira Dutra no jornal O POVO, da data de hoje, 26 de fevereiro de 2009. Reprodução unicamente para divulgação. Dirietos autorais preservados.

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Mestre de Cultura e Penitente Joaquim Mulato morre aos 89 anos

O Mestre da Cultura e penitente Joaquim Mulato morreu, aos 89 anos, atropelado em Barbalha. O acidente aconteceu na estrada Barbalha-Arajara. O Mestre da Cultura ficou internado até a segunda-feira, 23, no Hospital São Vicente, quando faleceu. O enterro ocorreu na terça-feira, 24.

O penitente Joaquim Mulato de Sousa foi transformado em Mestre da Cultura em 2004. Joaquim Mulato de Sousa, natural de Barbalha, quando era “rapazim”, cerca de 12 anos, ouviu, numa noite de lua clara, vozes que cantavam o “ABC do Divino”. Ele achou bonito e perguntou à madrinha quem eram. A resposta foi de que se tratavam dos penitentes. Quando seu pai morreu, ele, com dezesseis anos, pediu licença ao decurião José Francisco da Silva, o Mestre Biro, para fazer parte da Ordem. Quando o velho já não estava mais sabendo cantar os bendidos, Joaquim assumiu o comando do grupo, que liderava até hoje.

Diagnóstico do Geopark Araripe

O Comite Multidisciplinar do Geopark Araripe da URCA/ Universidade Regional do Cariri elaborou documento orientador para realização do Diagnóstico do Entorno dos Geotopos do Geopark Araripe, objetivando a realização de levantamentos, informações e dados relativos aos 9 geotopos componentes do Geopark com vistas a subsidiar a elaboração dos projetos de infraestrutura física e instrumentação legal de proteção destas áreas.

terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

Instituto Chico Mendes despejado em BSB

O DF/TV - Sistema Globo - dá conta de que o Instituto Chico Mendes deverá deixar as salas que aluga em um prédio no setor Sudoeste, em Brasília. Aquele mesmo, do aluguel de quase R$ 6 milhões anuais. A Justiça embargou o local, que não poderia ter sido erguido ou usado para fins comerciais.

Como foi rejeitada na Comissão de Meio Ambiente da Câmara, em novembro passado, uma emenda parlamentar que possibilitaria investimentos de R$ 28 milhões em uma sede própria para o órgão e outras estruturas, fica a pergunta: agora, para onde irá o Instituto Chico Mendes? Reprodução de notícia do EcoJornal https://www.oeco.com.br/

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

Protocolo de Kyoto incentiva novas tecnologias

O Protocolo de Kyoto está gerando um benefício extra: os países que o assinaram aumentaram o ritmo de desenvolvimento de tecnologias mitigadoras do efeito estufa. Publicado em dezembro, um trabalho feito por pesquisadores do Centro de Economia Industrial (Cerna) da França e Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) esmiuçou todas as patentes tecnologicas amigas do clima entre 1978 e 2003.

Embora o acompanhamento de patentes não abarque toda a criação ou transferência de tecnologia, elas são um forte indicador desses fluxos. O resultado mostra que, após Kyoto, países signatários, como Japão e Alemanha, aceleraram as inovações na área, enquanto os que não aderiram, caso dos Estados Unidos e Austrália*, não exibiram diferença. Do lado dos emergentes, China, Coréia e Rússia surpreenderam com uma ótima performance. Os resultados do Brasil foram discretos.

O estudo abarcou patentes em 13 áreas relacionadas ao clima, sete classificadas em energia renovável (hidroelétrica, eólica, solar, biomassa, reaproveitamento de lixo, geotérmica e oceânica), além de destruição de metano, cimento ecológico, conservação de energia em edifícios, iluminação eficiente, injeção eletrônica e captura de carbono. No total, foram 273 mil patentes relacionadas a clima (cerca de 1% de todas as patentes) registradas em 76 países. As áreas que tiveram maior aceleração após Kyoto foram iluminação, lixo, eólica, biomassa e metano.

Três países concentram dois terços das inovações na área climática, medidas por patentes registradas. Disparado na frente vem o Japão, seguido por Estados Unidos e Alemanha. Sozinho, o Japão é líder em 12 dos 13 setores estudados e produz quatro vezes mais patentes, gerando 40,8% do total, contra 12,8% dos Estados Unidos e 12,7% da Alemanha. O quarto, quinto e sexto lugares pertencem à China, Coréia e Rússia com, respectivamente, 5,6%, 4,6% e 4,2% dos registros. O Brasil está em décimo, com apenas 1,1%. Perder para a gigantesca China ou para a vigorosa Coréia, vá lá. Mas levar uma goleada de um país conturbado como a Rússia deveria ser motivo para reflexão.

Reportagem do Jornalista Eduardo Perugier para o EcoJornal https://www.oeco.com.br/ Reprodução unicamente para divulgação. Diretos autorais reservados.

domingo, 22 de fevereiro de 2009

Alemanha usa o vento para gerar energia


Com a construção de parques eólicos em alto-mar, o país quer perder o estigma de ser um dos maiores poluidores do mundo. Matéria de revista Isto É, desta semana. Vale a pena conferir.

Campeã mundial na emissão de poluentes, a Alemanha arcou durante décadas com o status de vilã do meio ambiente por causa de sua indústria automobilística que manda para o ar anualmente cerca de 860 milhões de toneladas de dióxido de carbono. Agora o país caminha para reverter essa imagem com ambiciosos projetos de fontes renováveis de energia. Um deles se chama Alpha Ventus Wind Park e envolve a implantação de 12 turbinas eólicas no Mar do Norte, a 45 quilômetros da costa.


"Esse é o primeiro dos seis projetos que iremos desenvolver até o final deste ano", diz o ministro dos Transportes, Obras e Planejamento Urbano, Wolfgang Tiefensee. "Nossa meta é a construção de 30 parques nos mares Báltico e do Norte, com C duas mil turbinas até 2020." Atualmente a energia eólica na Alemanha, somada a outras fontes "limpas" como, por exemplo, a solar, representa 15% do consumo energético do país. O objetivo é aumentar esse índice para 25% nos próximos 11 anos.
Os bons ventos da fonte eólica farão com que a Alemanha dependa menos de outros países nesse terreno. Hoje ela ainda importa energia da Polônia (23%), da África do Sul (22%) e da Rússia (20%). No setor de gás natural, a sua produção atende 20% da demanda interna para geração de eletricidade e o restante tem de ser importado da Rússia, Noruega e Holanda. A matriz de energia alemã é composta basicamente de usinas termelétricas de fontes não renováveis: carvão mineral (50%), urânio enriquecido (26%) e gás natural (11%). A geração anual de força está na casa dos 650 terawatts. A título de comparação, com maior território e população, a produção brasileira é menor, em torno de 400 terawatts por ano.

Dados estatísticos europeus apontam a Alemanha como a maior reserva de carvão da União Europeia e uma das principais produtoras e consumidoras desse combustível em todo o mundo. Para substituir parte dessa energia "suja" de carvão pela energia "limpa" dos ventos, as turbinas terão de girar como nunca.
Elas estão sendo implantadas e projetadas para uma altura de 143 metros, isso em pleno oceano, com investimento individual na casa de 1 bilhão de euros (cerca de R$ 3 bilhões). Segundo o governo alemão, cada 12 turbinas construídas abastecerão 60 mil casas e, quando o projeto todo estiver funcionando, os 25 mil megawatts gerados pelo sistema eólico manterão, por exemplo, 130 milhões de televisores funcionando ao mesmo tempo.
Apesar de as intenções estarem de bem com a natureza, o Alpha Ventus Wind Park encontrou duas fortes barreiras. Uma delas veio do Ministério do Meio Ambiente, que exigiu detalhes da construção para que ela fosse rigorosamente monitorada. Superada essa fase, teve-se de enfrentar a dificuldade de transporte e instalação de pesados equipamentos eólicos. "Para levantar turbinas em meio ao oceano foram necessários incansáveis vaivéns de helicópteros e centenas de engenheiros que para apertar um único parafuso precisavam de guindastes", diz o ministro Tiefensee. ,

O Geopark Araripe



O GEOPARK ARARIPE que está em consolidação na porção cearense da Bacia do Araripe, um dos principais sítios do Período Cretáceo da Terra. A região é especial pelos achados geológicos e paleontológicos inéditos desde os primeiros anos do Século XIX, com registros entre 110 e 70 milhões de anos, em excepcional estado de preservação e diversidade.

No Araripe está mais de um terço de todos os registros de pterossauros descritos no mundo, mais de 20 ordens diferentes de insetos e única notação da interação inseto-planta. Há similares destas mesmas espécies na África, indício de quando os continentes foram um só, na época do continente primaz Gondwanna.

A proposta pretende a preservação dos locais principais, transformados em sítios de visitação e pesquisa compondo uma rede de 9 parques ou Geotopes, com registros documentais considerados imprescindíveis à compreensão da origem, evolução e atual estrutura da Terra e da vida. Localizados nos municípios de Santana do Cariri, Nova Olinda, Crato, Juazeiro do Norte, Barbalha e Missão Velha Todos os locais são representativos de estratos geológicos e tem formações fossilíferas.

A origem da proposição se deu a partir elaboração do "Application Dossierfor Nomination Araripe Geopark, State of Ceará, Brazil", resultado do Convenio de Cooperação Universität Hamburg / URCA/ DAAD, sob a coordenação do Prof. Dr. Gero Hillmer, Curador do Instituto e Museu de Paleontologia da Universität Hamburg e colaboração de outros professores da própria URCA - Prof. Dr. André Herzog Cardoso e Prof. Dr. Alexandre Magno Feitosa Sales e colaboradores de outras universidades - Prof. José Sales Costa Filho/ UFC, encaminhada à verificação da UNESCO, objetivando o reconhecimento de todas estas situações relevantes, no início de 2006.

O documento continha uma ampla documentação científica sobre o Araripe, análise territorial de mais de 60 situações relevantes e informações sobre o potencial de desenvolvimento sustentável da região sob os aspectos da Educação, Cultura, Turismo, Preservação do Meio Ambiente e Desenvolvimento Social e Econômico, o que levou a sua aprovação na 2nd UNESCO Conference on Geoparks, em Belfast, Irlanda, em Setembro/ 2006.

Na trajetória de consolidação do GEOPARK ARARIPE, por exigência e orientação da UNESCO foram compostos os seguintes trabalhos complementares:

  • Araripe Basin Action Regional Plan- Plano de Ordenamento e Estruturação do Geopark Araripe
  • Caderno de Identidade Visual e Sinalização
  • Projetos de Apropriação Urbanística e Paisagística dos Geotopes
  • Plano de Gestão/ Período 2006/ 2009
  • Projeto de Reforma e Ampliação do Museu de Paleontologia URCA
  • Projeto de Reforma e Instalação do Escritório Sede/ Crato
  • Ações de consolidação dos Geotopes Santana e outros
  • Termos de Referencia para Instrução de Tombamento do Geotopes do Geopark Araripe
  • Montagens dos sites http://www.geoparkararipe.org/ e http://geoparkararipe.blogspot.com/
  • Exposição Araripe/ Centro Cultural Araripe/ Crato
  • Exposições URCA/ Geopark Araripe e Fósseis de Santana do Cariri, no Market Place, em Osnabrück, na Alemanha
  • Exposições URCA/ Geopark Araripe e Fósseis de Santana do Cariri, na ExpoCrato 2008
  • Exposições URCA/ Geopark Araripe e Fósseis de Santana do Cariri, no Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura, em Fortaleza
  • Publicações sobre o Geopark Araripe e Fósseis de Santana do Cariri
  • Cartilha Geopark Araripe

Reflorestando à moda nativa

Uma proposta que deu certo do Eng. André Rivola para o Vale do Paraíba e a Floresta Brasil, sua Organização da Sociedade Civil de Interesse Público, com apoio do Programa Petrobrás Ambiental.

André Rivola, de tanto cavoucar seminários e palestras sobre recuperação de terrenos, acabou se convertendo ao apostolado de Ernst Götsch, o suíço que salvou da desertificação 500 hectares na Bahia, trocando as técnicas de replantio convencionais pelas fórmulas secretas da mata nativa, em sua excepcional experiencia da fazenda Fugidos da Terra Seca.

Götsch encontrou, ao chegar, 23 cursos d’água. Três eram permanentes. Só um continuava potável. “Agora tem 23 rios permanentes e potáveis na propriedade”, diz Rívola. O segredo é reconstituir na agricultura o “caos aparente” da natureza, onde as plantas menos competem do que cooperam umas com as outras.

Em outras palavras, misturando mudas de árvores diferentes e uma infantaria de espécies pioneiras, como mamona ou araçá, introduz-se no carrascal estéril dos morros esgotados o que Rívola chama de “moita sucessional”, uma espécie de floresta em maquete. Elas são plantadas em pequenas ilhas, com um metro de diâmetro, na mais perfeita desordem. E deixadas ao relento para cuidar de si mesmas.

Ele está convencido de que nem o capinzal mais agressivo penetra nessas ilhas, depois que elas vingam. Com o tempo, as árvores pioneiras crescem, sombreiam o solo e, aí, até a braquiária, com toda sua fama de indestrutível, começa a perder espaço para a mata que rebrota. Sozinhas, essas ilhas, espalhadas pelo campo a sete metros umas das outras, aos poucos se juntam.

“Está vendo?” Com essas palavras, afasta o capim desgrenhado, que mal deixa ver o fundo da trilha, e aponta ipês, gapuruvus, orelhas de macaco e imbaúbas. Parecem saudáveis e, sobretudo, convincentes. Algumas árvores até despontam com os primeiros talos por cima do capim. Estão lá há seis meses, sem capina nem rega. Ele calcula que, feito assim, o reflorestamento fique vinte vezes mais barato que o convencional. “Se os proprietários descobrirem que reflorestar pode ser tão fácil, vão tomar gosto pela coisa como eu tomei”, conclui Rívola. Como ele queria demonstrar.

Reportagem de Marcos Sá Correia, para o Ecojornal,http://www.oeco.com.br/. Reproduzida unicamente para divulgação. Direitos autorais preservados.

sábado, 21 de fevereiro de 2009

Fotógrafo Jackson Bantim


Melão brabo encontrado no sopé da Chapada do Araripe. Fotografia de Jackson Bantim, um dos melhores profissionais da região da Chapada e do Cariri. Direitos autorais preservados.

Rapadura Cultural

O Programa Rapadura Cultural vai fazer uma homenagem ao poeta Patativa do Assaré (foto), no próximo dia 14, durante uma festa na Praça Siqueira Campos, em Crato. Patativa do Assaré completaria 100 anos, no dia 5 de março. O Rapadura Cultural também está em ritmo de comemoração, pois em maio completa 10 anos de atividades, tendo a frente o professor Jorge Carvalho. Da Coluna CARIRI elaborada pelo Jornalista Tasso Araújo, publicada no jornal O POVO.

Delegação chinesa chega para visitar o Geopark Araripe

Delegação chinesa do Geopark Mount Taishuan, chega ao Ceará, para visitar o Geopar Araripe, no Sul do Estado do Ceará. A delegação será ciceroneada pelo Superintendente do Geopark, Professor João de Aquino Limaverde.

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Prefeitos do Ceará discutem Saneamento Básico

A Funasa passa a apoiar os municípios brasileiros, introduzindo modernos conceitos de participação social na elaboração dos Planos Municipais de Saneamento Básico e na Implantação de Consórcios Públicos, por meio de suporte técnico e financeiro. 40 Prefeitos do Ceará reuniram-se em Morada Nova, em Seminário para discutir o assunto.

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Açudes armazenam 68,8% da capacidade


Mesmo praticamente sem recarga de águas este ano, até agora, os reservatórios do Ceará guardam uma capacidade considerada “tranqüila” em relação ao ano passado, segundo a Companhia de Gerenciamento de Recursos Hídricos (Cogerh). Mas comparado ao mesmo período de 2008, quando foram registradas fortes chuvas de janeiro para fevereiro, as Bacia Metropolitana e do Curu possuem os menores índices de reserva hídrica para este ano, com uma vazão bem menor que no ano passado. Técnicos da Cogerh negam que haja preocupação com abastecimento de água para a Região Metropolitana de Fortaleza.


Na primeira semana de fevereiro de 2008, a vazão de águas para os açudes seguia um ritmo que previa cheia de reservatórios em poucos meses. De fato, dois meses depois havia 55 açudes sangrando no Ceará. Neste ano, as 11 bacias hidrográficas do Estado registraram, até ontem, volume de 68,8% da capacidade total, que é de 17,8 bilhões de metros cúbicos nos 130 açudes monitorados pela Cogerh. Enquanto o Açude Trapiá III, em Coreaú, é o único que está sangrando, o reservatório Farias de Sousa, em Nova Russas, opera com o limite mínimo da capacidade.


Reportagem Diário do Nordeste. Texto/ Foto por Melquiades Junior. Direitos autorais preservados.

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Avança o PDM CRATO


Com a entrega do Relatório Preliminar do PEU CRATO/ Plano de Estruturação Urbana do Crato - Distrito Sede à Prefeitura Municipal do Crato, representada pela SEINFRA CRATO, mais uma nova etapa da formatação do Plano Diretor Municpal é cumprida.

Vários pontos são destacados nesta nova proposição:


  • Substituição do conceito e nomenclatura de UV/ Unidade de Vizinhança em relação aos bairros do Crato;

  • Reinclusão do conceito de corredor de comércio, serviços e indústria, destacando-se a Av. Tomás Osterne e CE 292/ Av. Padre Cícero;

  • Definição de prioridades ao Sistema Viário Principal, que envolvem um novo conjunto de avenidas de ligação ou via troncais, tais como extensão da Av. José Marrocos, via Parque de Exposições, Eixo Regional de Integração Sul, Ligação CE 292 ao Eixo Regional de Integração Sul e outras;

  • Localização de novos distritos industriais do Crato.

domingo, 15 de fevereiro de 2009

Amazonia versus boas intenções

“Amazônia 20º andar” é mais uma história do jornalista Guilherme Fiúza sobre gente que todo mundo acha que conhece, até aprender, em livros que parecem de ficção, que suas vidas não cabem no cotidiano de um repórter.

Fiuza já virou pelo avesso a típica figura do traficante carioca, tirando-o do tiroteio nas favelas para um apartamento da Zona Sul em “Meu nome não é Johnny”. Agora, recruta nas melhores famílias da cidade os empresários João Augusto Fortes e Beatriz Saldanha para estrelar uma saga acreana nos seringais do Juruá, entre índios sedutores, viagens de canoa ou ayahuasca, pajés taumatúrgicos, intervenções miraculosas de São Raimundo Nonato em execuções sumárias e antropólogos que parecem formados na escola de Indiana Jones.

Parece mentira. Mas o fato é que João Augusto e Beatriz puseram de pé, nos anos 1990, um projeto visionário de salvar a floresta pela exportação de couro vegetal – uma liga artesanal de pano rústico com látex que, industrializada numa reserva extrativista com quase um milhão de hectares, saiu dos ombros de seringueiros no coração da selva para as vitrines da casa Hermès ao redor do mundo. Destinava-se a provar que a floresta é, em si, um grande negócio.

Enquanto deu certo, o produto foi parar em bolsas Hermès de quase dois mil euros. Quando deu errado, os artigos da linha Amazonia desbotaram nas mãos de consumidores japoneses e a firma cancelou abruptamente os pedidos, em 2002, temendo que o produto manchasse a reputação marca.

E os dois visionários do couro vegetal faliram no Rio de Janeiro. Beatriz Saldanha, a Bia da butique Cores Vivas em Ipanema, descobriu um dia, na boca do caixa, que não tinha mais sequer sua conta bancária. João Augusto, diretor da João Fortes Engenharia, que seu pai transformara num império da construção civil no Rio de Janeiro, foi morar numa casa de vila operária no bairro do Jardim Botânico. Mas isso é um resumo bruto das aventuras que eles viveram e, em parte, continuam vivendo.

Para chegar ao couro vegetal – ora como sócios, ora cada um por sua conta – eles entraram de cabeça nas grandes utopias que animaram o Brasil na década de 1980, com o país recém-saído do regime militar. Marcharam contra o desmatamento da Amazônia ao lado de Chico Mendes no calçadão do Leblon. Arrebanharam a multidão que abraçou a Lagoa Rodrigo de Freitas, uma inesquecível coreografia da força popular que deveria levar, mas não levou, o candidato Fernando Gabeira ao governo do estado. E trouxeram o Dalai Lama para a Eco-92. Foi há pouco tempo. Mas o Brasil daquela época parecia séculos mais jovem que o de hoje.

Tudo isso cabe na parte do livro que termina antes da página 30. A aventura propriamente dita vem depois, quando a dupla mergulha fundo na Amazônia, como personagens de um romance de Joseph Conrad procurando seus próprios limites nos confins da África. No caminho, percorrem fronteiras que parecem ficar muito além do Brasil – onde o Brasil, na prática, vai “mais ou menos até ali na Praia do Mu”, como esclarece, lá pelas tantas, o cacique Txai Macedo.No fim, onde o país aparece ao vivo e sem cores de urucum, o livro revela o jornalista, por trás do roteirista de cinema.

Aí se entende que os índios Yawananuá, por obra e graça do cacique Biraci, entregaram a um concorrente as encomendas pagas por Bia e João Augusto. Que o presidente do BNDES prometeu dar toda força ao projeto numa hora em que o banco já estava pronto para executar sua dívida. Ou que um marqueteiro promoveu o lançamento suntuoso do couro vegetal numa feira de Milão para vender, ao todo, seis peças. Em outras palavras, por que a realidade não deixa as boas intenções frutificarem na floresta amazônica.

Reportagem de Marcos Sá Correa, no ecojornal O ECO https://www.oeco.com.br. Reprodução unicamente para divulgação

Coluna CARIRI do Jornal O Povo

Parece que a Coluna CARIRI do Jornal O POVO, feita pelo jornalista Tasso Araújo, deixou mesmo de circular aos domingos. Sua última versão se deu em 07/ 02/ 2009. E nem mais uma simples nota sobre a mesma. Com a palavra os editores do jornal.

sábado, 14 de fevereiro de 2009

Um modelo para o Vale do Cariús


O modelo de reconstrução do contexto ambiental e proteção das margens do Rio Teles Pires, em Carlinda, no Mato Grosso é um exemplo que poderia ser adotado, de imediato, nem todo o Vale do Cariús, na Bacia Sedimentar do Araripe, no Sul do Estado do Ceará, desde Santana do Cariri passando por Nova Olinda e seguimento natural do mesmo.

No Vale do Cariús, a predação ambiental, que já tem mais de três séculos, resultou na extinção de toda a vegetação ciliar de suas margens e no assoreamento, em todo o seu trajeto. No roteiro de consolidação do Geopark Araripe este poderia ser um dos mais importantes capítulos a ser coordenado pela URCA/ Universidade Regional do Cariri.
Imagem do Vale do Cariús, em Santana do Cariri, com a Igreja Matriz ao fundo. Arquivo de Imagens Ibi Tupi. Fotografia de José Sales/ Janeiro 2009. Direitos autorais reservados.

A reconstrução ambiental de Carlinda


A história do Município de Carlinda, no Norte do Mato Grosso, é recente. Embora leve o nome da esposa do capitão Antônio Lourenço Teles Pires, que ajudou a levantar o Rio Paranatinga (atual Teles Pires) no século XIX, a região só foi efetivamente ocupada em 1981. Na época, o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) criou ali um assentamento de 89 mil hectares. Com isso, a cidade estava formada, embora só tenha recebido o status oficial em 1994.


Quase três décadas após a chegada do governo, o que se vê são desmatamentos e nascentes assoreadas.Há seis anos trabalhando em Carlinda, o Instituto Ouro Verde (IOV) conhece seus problemas ambientais de cor. “Sempre pensamos nossos projetos de acordo com as necessidades e demandas da população”, explica Alexandre de Azevedo, presidente da entidade. Foi assim que, em 2006, surgiu a idéia de criar um programa para recuperar as nascentes do município, responsáveis por formar tributários importantes do Teles Pires, um dos principais rios do estado. “As pessoas diziam que faltava água em suas propriedades. Identificamos que isso acontecia em virtude dos berços d’água descobertos. Daí, eles secavam”, conta Renato Farias, diretor da Fundação Ecológica Cristalino (FEC), parceira na empreitada.


Depois do pedido, encaminhado pelos moradores, as duas organizações não-governamentais partiram em busca de apoios e patrocínios. Em pouco tempo, fecharam uma parceria com a Fauna e Flora Internacional, organização sem fins lucrativos sediada na Inglaterra que apóia projetos em vários cantos do mundo. A partir deste momento, novas reuniões foram agendadas com a comunidade, que já deixara de ser assentamento para se transformar em um conjunto de pequenas propriedades rurais, para definir estratégias de ação.


A história da degradação de Carlinda se confunde com a chegada do Incra e o início da transformação da área em um grande assentamento rural. Segundo Renato Farias, a prática de utilização do solo se resumia à troca de floresta pelo corte raso. Todos conhecem as conseqüências deste processo de degradação: o solo empobrece, secam os rios e o lençol freático e, com eles, toda a sorte de animais e vegetação disponíveis.


Situado na região da Amazônia Legal, o município deveria proteger 80% de sua área, originalmente tomada por florestas nativas. “Mas nenhuma das 26 propriedades em que trabalhamos mantêm a reserva legal do tamanho que determina a lei”, diz Alexandre, da Ouro Verde. Segundo ele, existe um projeto piloto para recuperação das mesmas, mas ainda é muito pequeno. “Estamos elaborando uma estrutura de agrofloresta, já que os donos dos terrenos querem ver os resultados rapidamente. Portanto, vamos plantar frutíferas ao lado de outras espécies nativas, que possuem um crescimento mais lento”, finaliza.È mesmo necessário.


O Teles Pires, por exemplo, não tem sequer a sua mata ciliar intocada, incluída no Código Florestal Brasileiro como Área de Preservação Permanente. Mas nada tira a animação dos mentores do projeto. Segundo Renato Silva, da Cristalino, o fluxo de água já aumentou nas propriedades cercadas, algo possível graças ao crescimento de árvores, que retêm a água da chuva e devolvem a umidade ideal ao solo. Hoje, já voltaram espécies da fauna como maritacas e garças, e da flora, como cachimbeiro, paineiras e patas-de-vaca.


Excelente reportagem de Felipe para o Jornal O ECO https://www.oeco.com.br/reportagens/ Reproduzida parcialmente para divulgação. Direitos autorais reservados.

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

Começou o inverno na Chapada do Araripe e Vale do Cariri

O inverno já começou "de vez"em toda a Chapada do Araripe e Vale do Cariri. Chove na região desde a semana passada. O verde, em todos os seus tons, já voltou a ser a cor predominante em toda a paisagem. A neblina encobre a linha da serra até o meio da manhã.

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Semi Árido: multiplicar ações

idéia, explica o professor do Departamento de Geografia da Universidade Federal do Ceará (UFC), José Bozarchhiello da Silva, tanto é fazer com que todos conheçam o que já está sendo feito com resultados positivos, como multiplicar essas ações. O que se pretende, acrescenta ele, é colocar em prática o ver, o julgar e o agir. A partir do conhecimento da realidade, discutir a situação, planejar metas e implantá-las.Neste sentido, todas as discussões, lembra Bozarchiello, estarão focadas em cinco eixos, como, por exemplo, a necessidade de investimentos em educação e no desenvolvimento quanto à vida e ao meio ambiente, e a divulgação e multiplicação das experiências bem sucedidas de convivência com o semi-árido no Ceará. Além delas, há ainda a promoção da ética na política, desenvolvendo nas pessoas a consciência crítica sobre a administração dos recursos para a região e o estímulo à conversão pastoral das comunidades eclesiais.

Para o evento estão sendo esperadas 360 pessoas das dioceses, Organizações Não-Governamentais e poder público. Conforme dom Benedito, a expectativa é que o seminário, a exemplo dos outros dois já realizados na Capital do Estado sobre o homem e a seca do Nordeste, renda bons frutos. Foi a partir desses encontros que começou-se a acreditar na possibilidade da convivência com o semi-árido.Em 1982, as discussões no I Seminário sobre o Homem e a Seca no Nordeste deixaram claro que a vida na região é viável, só faltando a decisão política para combater as dinâmicas da pobreza. Já em 1998, com o segundo seminário sobre o mesmo tema, já não se pensava prioritariamente em combater a seca, mas conviver com as características climáticas da região semi-árida.Segundo dom Benedito, o seminário vem sendo construído há cerca de um ano e uma das certezas a que se chegou é que há muitas ações e movimentos nessa discussão, mas falta organização para efetivar as propostas.

Matéria da Jornalista Erilene Firmino para o jornal Diário do Nordeste de hoje, 12 de fevereiro de 2009. Reprodução unicamente para divulgação. Direitos autorais preservados.

Semi Árido: Seminário discute sustentabilidade

É possível viver bem no semi-árido. Experiências bem sucedidas neste sentido são tema de debate hoje. Um convívio saudável com o semi-árido, onde as opções de uma vida digna para os moradores casem com as características da região e com a preservação do meio ambiente. É esse o principal objetivo do seminário: “A Vida Sustentável no Semi-Árido Cearense”, que começa hoje no Banco do Nordeste do Brasil (BNB) do Passaré, e termina no próximo sábado, dia 14.

A promoção é da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Regional Nordeste I, e pretende discutir as possibilidades de uma convivência positiva dos cearenses com o semi-árido, observando as peculiaridades climáticas, para a superação das dificuldades, como as questões da terra, do acesso à água, da redução da pobreza. A intenção, explica o bispo emérito de Itapipoca e coordenador da Comissão Episcopal para o Semi-árido - CNBB - Regional Nordeste 1, dom Benedito Francisco de Albuquerque, é procurar soluções por meio da construção de políticas públicas para o desenvolvimento sustentável. E ao mesmo tempo, explica ele, encontrar mecanismos que garantam a execução das idéias surgidas no Seminário.

Neste sentido, estão sendo traçadas parcerias com a sociedade civil e o Governo do Estado para avaliar as experiências exitosas e conhecer os projetos de cada setor para tornar a vida do cearense, principalmente do Interior, menos árida. Na programação, inclusive, a titular da Secretaria de Planejamento e Gestão (Seplag), Silvana Parente, falará sobre o Projeto de Desenvolvimento para o Ceará, e serão apresentadas práticas bem sucedidas como, por exemplo, as cisternas de placas e as barragens subterrâneas.

Matéria da Jornalista Erilene Firmino para o jornal Diário do Nordeste de hoje, 12 de fevereiro de 2009. Reprodução unicamente para divulgação. Direitos autorais preservados.

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Shopping Cariri patrocinará Exposição sobre o Meio Ambiente na Chapada do Araripe

A Exposição do Shopping Cariri enfocará aspectos diversos da Chapada do Araripe, com enfase para o meio ambiente, paisagem, paleontologia, história, tradições, artes e ofícios e, religiosidade. A mesma está prevista para Junho/ 2009.

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

A falta de definições legais na área de litígio


Esquecimento, desprezo, abandono. Existe uma região, entre os Estados do Ceará e do Piauí, onde a população não tem identidade e convive com todos esses sentimentos. Há piauienses que querem ser cearenses. E a vontade inversa também. Alguns nem sabem dizer onde estão. Perdidos nas imprecisas divisas entre territórios vizinhos, moradores de, pelo menos, 150 distritos e comunidades localizados próximo às serras Grande e da Ibiapaba sofrem as conseqüências de viverem na área de litígio do Ceará com o Piauí, também conhecida pelos sugestivos nomes de “Cerapió” e “Piocerá”.

A questão é secular e parece não ter solução próxima. Conforme estimativa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o problema afeta, pelo menos, 8 mil pessoas apenas entre as recenseadas para o Ceará. A área abrange cerca de 321 mil hectares, conforme projeção do Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará (Ipece).

A área demarcada em registros oficiais do IBGE e dos dois Estados envolve 13 municípios cearenses — Granja, Viçosa do Ceará, Tianguá, Ubajara, Ibiapina, São Benedito, Carnaubal, Guaraciaba do Norte, Croatá, Ipueiras, Poranga, Ipaporanga e Crateús — e sete piauienses — Luís Correia, Cocal, Cocal dos Alves, São João da Fronteira, Domingos Mourão, Pedro II e Buriti dos Montes.

À parte a cartografia, também há contestação de divisas nos municípios de Parambu e Novo Oriente, no Ceará, e São Miguel do Tapuio, Assunção do Piauí, Pimenteiras e Pio IX, no Estado vizinho. Conforme o chefe da unidade estadual do IBGE, Francisco José Moreira Lopes, o problema persiste pela falta de uma legislação federal que defina as divisas entre Estados.Por conta disso, o Instituto se baseia no Atlas de 1940 do Conselho Nacional de Geografia para demarcar os territórios.

“O problema é que, como é uma área entre Estados, senão houver uma lei federal, continua valendo a de 40”, explica Francisco Lopes.Para que os municípios não sejam prejudicados, o IBGE faz uma divisão igualitária das divisas, respeitando modificações pós-40. Tanto que para fins censitários, o Instituto não reconhece o litígio, visto que todos os moradores são contados para um outro Estado.

Reportagem de Italo Joathan e fotografais de Patrícia Araújo para o Caderno Regional do Diário do Nordeste, de 08 de fevereiro de 2008. Reprodução unicamente para divulgação. Direitos autorais preservados.

Abandono marca áreas de litígio entre o Piauí e o Ceará

As áreas de litígio entre o Ceará e Piauí resumem uma contradição: enquanto os governos dos dois Estados negociam, há mais de um século, a propriedade geográfica de cerca de 150 comunidades em municípios como Viçosa do Ceará, Crateús e Poranga — do lado cearense — e Cocal, Pedro II e Buriti dos Montes — na parte do Piauí — milhares de famílias residentes nas localidades dessas divisas parecem viver em terras de ninguém. Amargam uma infinidade de problemas socioeconômicos marcados pela falta de serviços essenciais como água, esgoto, saúde, educação, transporte e estradas trafegáveis.

Muitas das localidades, na estação das chuvas, ficam literalmente ilhadas, isoladas sem qualquer forma de comunicação. O Diário do Nordeste percorreu 1.684km dessas áreas de litígio e apresenta, neste Caderno Especial, do jornal Diário do Nordeste, de 08 de fevereiro de 2009, como vivem os esquecidos por governos que fazem questão de serem donos das terras, mas sem garantirem qualidade de vida para a população.

Reproduzido neste blogspot unicamente para divulgação.

domingo, 8 de fevereiro de 2009

No Araripe, Exposição sobre o Meio Ambiente


O Shopping Cariri patrocinará exposção sobre o Meio Ambiente na Chapada do Araripe, que está sendo concebida pela equipe da Ibi Tupi Projetos e Consultoria e Fotografo Daniel Roman, com apoio de Prática Eventos, Kalanga Eventos, Cúpula A&A e Briba Design. A mesma será aberta na Semana do Meio Ambiente, em Junho.
Cachoeira do Lameiro, no bairro de mesma designação, no Crato. Arquivo de Imagens Ibi Tupi. Fotografia Daniel Roman. Direitos autorais reservados.

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Fósseis de Santana do Cariri na TV União

Os fósseis de Santana do Cariri e as medidas para sua proteção e preservação estarão em debate hoje na TV UNIÃO http://redunião.com.br/ no programa NA REDE, às 11hs, desta quinta feira, com a presença do Professor Plácido Cidade Nuvens/Reitor URCA, do Professor João de Aquino Limaverde/ Superintendente do Projeto Geopark e do Professor/ Arquiteto José Sales, autor do Projeto de Reforma e Ampliação do Museu de Paleontologia de Santana do Cariri.

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

O Capitalismo e os quatro patetas

O Fórum Social Mundial terminou da melhor maneira possível. Tudo muito equatorial, integrado à mata, e nenhuma deliberação. Veja que espetáculo: os organizadores do encontro decidiram por não concluir coisa alguma depois de centenas de Tendas Temáticas que trataram de mais de dois mil assuntos. Nenhuma palavra formal nem sobre as alternativas à crise financeira global, ainda que o tom de todas as reuniões, celebrações e plenárias fosse o de que do lamaçal do Acampamento da Juventude em Belém surgiria a era do pós-neoliberalismo.

Bravateiro, o pessoal entre instrutivas palestras, lançou um No Pasaran! aos abutres capitalistas, enquanto os quatro patetas – Hugo Chávez, Evo Morales, Rafael Correa e Fernando Lugo – decretaram o próprio fim da economia de mercado e a exatidão histórica dos princípios fundamentais do socialismo bolivariano. O presidente Lula deve agradecer muito ao João Pedro Stédile por não tê-lo convidado para o encontro dos “líderes latino-americanos” no Fórum paralelo do MST. Foi poupado de participar de Karaokê coletivo em homenagem a Che Guevara.

O presidente não precisava mesmo fazer muito discurso para agradar o eleitorado revolucionário dos cinco continentes, pois entrou com o principal e literalmente, com a participação minoritária de Chávez, comprou o Fórum. Nestes tempos de crise, investiu algo próximo de R$ 85 milhões para que os mais de cem mil participantes protestassem de forma sustentável sob a orientação de ONGs já regiamente abastecidas com recursos do Orçamento da União. O pouco que o presidente falou foi o suficiente para granjear simpatia ao bombardear o Consenso de Washington.

Um despautério agradável para ninar os festivos participantes. O presidente pode até não gostar da Lei de Responsabilidade Fiscal, entender que é possível administrar em desrespeito à qualidade de gestão e imaginar que o normal é o Estado ser um gastador desbragado. Agora teve que admitir, até por ser o patrono do encontro, que o Brasil deve a prosperidade dos últimos anos ao pouco do que se praticou de boa-governança. Se não tivéssemos seguido o que determinou o FMI certamente não teríamos nos livrado sequer da inflação e poderíamos estar entre os bolivarianos, com a democracia comprometida.

Se há fórmula válida para administrar a crise ela está contida em tudo o que o Presidente Lula condena: ajuste fiscal, contenção de gasto e gestão de resultados. Isso vale para administradores e administrados. Empresas e trabalhadores. O presidente sabe tudo de marola e por isso deve ser interpretado literalmente ao contrário durante a crise. Se ele recomenda gastar, é hora de apertar mais o cinto. Se ele disser que você deve comprar uma geladeira, nem passe na porta da loja. O capitalismo não acabou como querem os quatro patetas, apenas passará a ser praticado com mais responsabilidade, coisa que o lulismo tem verdadeiro asco.

Demóstenes Torres é procurador de Justiça e senador (DEM-GO)
Deu no Blog do Noblat http://oglobo.globo.com/pais/noblat/. Reprodução unicamente para divulgação. Direitos autorais preservados.

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Belém: Fórum Mundial Social chega do fim sem conclusões

O Fórum Social Mundial chegou ao fim neste domingo, após seis dias de discussões e manifestações que, segundo os participantes, mostraram haver uma alternativa ao abalado sistema capitalista global.

O evento levou cerca de 100 mil ativistas a Belém, desde antigos militantes comunistas protestando contra o "imperialismo" dos EUA até ambientalistas e socialistas moderados. Agendado para coincidir com o Fórum Econômico Mundial de Davos, na Suíça, o evento deste ano recebeu um número recorde de chefes de governo, motivados para exibir suas credenciais de esquerda na esteira da crise financeira global.

"As pessoas veem o capitalismo como incapaz de se manter firme, e existe a esperança de que não consiga", disse Shannon Bell, professor de política da Universidade de York, em Toronto, que compareceu a encontros sobre "eco-socialismo" no Fórum.

O governo do Presidente Luiz Inácio Lula da Silva mais de 50 milhões de dólares no evento e trouxe uma dúzia de ministros de primeiro escalão. Quatro outros presidentes sul-americanos -- de Venezeual, Bolívia, Equador e Paraguai - também compareceram e foram recebidos como heróis. Em vez de tomar decisões vinculantes, o principal papel do Fórum é criar uma grande rede de contatos e a oportunidade de discussões entre os ativistas. A crise global foi um tema comum, e para muitos ela evidenciou que o capitalismo de livre mercado está em seus últimos passos.

"O lado financeiro do mundo nunca foi a parte que realmente o movimentou. O mundo é movido pelas pessoas", disse Luis Fabiano Celestrino, de 35 anos, um auto-declarado "idealista" e membro do grupo vegetariano Revolução da Colher. "O Fórum Social Mundial mostra o que as pessoas estão pensando sobre o problema mais básico, e só ouvir propostas para resolvê-lo já vale a pena", acrescentou.

domingo, 1 de fevereiro de 2009

O PRU CRATO

O PRU CRATO/ Plano de Requalificação Urbana do Crato foi elaborado em 2005, quando da primeira gestão do Prefeito Samuel Araripe e é o mesmo de autoria e coordenação do Professor/ Arquiteto José Sales. São 26 projetos estruturantes que irão mudar a sede urbana do Crato.

Novos projetos estruturantes para o Crato

ANOTE: NOVAS OBRAS PARA O CRATO

"O Prefeito do Crato, Samuel Araripe, anunciou a aprovação de projetos de licitação para dar segmento a obras que serão desenvolvidas no município. Entre elas, está a construção de Encosta do Seminário, projeto de mais de R$ 10 milhões que irá dar uma nova cara a cidade, do ponto de vista paisagístico, além resolver o problema de uma área considerada de risco no município. Além dessas obras, também passaram os projetos de licitação para a construção do Centro de Convenções do Cariri, que será modelo em todo o Estado, com áreas para feiras e exposições, auditórios para mais de 3 mil pessoas. Os projetos fazem parte do Plano de Requalificação Urbana, que vêm dar uma nova feição ao Crato".

Publicado pela Coluna Cariri do Jornalista Tarso Araújo, no jornal O POVO, deste domingo, 01 de fevereiro de 2009. Reprodução unicamente para divulgação. Direitos autorias preservados.

Os grandes projetos do Ceará foram pensados há 40 anos ³

A análise dos especialistas deixa clara a questão. Para o Professor Pedro Jorge, Coordenador do Núcleo de Economia e Estatística da FIEC/ Federação das Indústrias do Ceará, a falta de parceria foi o maior problema para a siderúrgica, enquanto a refinaria não saiu por falta de força política. "Na verdade, não depende só do Governo do Estado. Eu lembro que no Governo Tasso, a parceria com uma empresa alemã chegou a ser anunciada, foi lançado todo um plano de trabalho, mas não se concretizou", afirmou, sobre a siderúrgica, completando: "para a refinaria foi força política mesmo que faltou".

Quando questionado isto, Cláudio Ferreira Lima disse: "tem que se considerar o ambiente de negócios que, uma parte é do Governo, outra parte é da iniciativa privada. É uma série de fatores", alega, no mesmo sentido. Sidrião completa as justificativas com o fato de as regiões Sul e Sudeste do País serem as mais beneficiadas com os investimentos de grande porte. "A obra do rodoanel, em São Paulo, custou mais do que o projeto da transposição e da transnordestina juntos, para se ter uma idéia".

Hoje, no governo Cid Gomes, a avaliação de que os projetos serão iniciados continua. O diretor da ADECE/ Agência de Desenvolvimento Econômico do Ceará, Eduardo Diogo, destaca, sobre a siderúrgica, que as condições para o início da obra estarão prontas até 2010. "As condições para que a usina seja instalada estarão prontas até o ano que vem com regularização de terreno até a terraplanagem do local. É a conclusão da fase inicial", informa, garantindo que agora os investimentos sairão do papel.Avaliação semelhante faz com relação à refinaria de petróleo, às ZPEs e à usina de exploração de urânio de Itataia. "A Petrobras pretende investir R$ 52 bilhões na refinaria. É um plano sustentável e nós entendemos que foi acertada a decisão de as empresas manterem os investimentos".

Matéria do jornal o Diário do Nordeste, data de hoje. Reproduzida unicamente para divulgação. Direitos autorais preservados.

Os grandes projetos do Ceará foram pensados há 40 anos²

No entanto, que hoje a possibilidade de concretização é bem maior porque certas dificuldades de antes, não existem mais hoje. Para a exploração de Itataia, quando começou a se pensar, tinha que ter um grande porto e outra forma de escoamento. Hoje, o Pecém e a Transnordestina resolveram isto, são os exemplos que incluem a integração das bacias hidrográficas e a transposição de águas do Rio São Francisco, como forma de suprir as demandas de água destes investimentos maiores.

O passo inicial, foi a construção do complexo portuário do Pecém, idéia também defendida por Cláudio Ferreira Lima, ex-secretário de Planejamento do governo Tasso Jereissati. O segundo governo de Tasso, do qual participou, elaborou um plano que incluía a construção do complexo portuário do Pecém. "Houve a elaboração de um plano para longo prazo, com a criação de um complexo industrial portuário que pudesse aglutinar em torno de si estes grandes projetos".

A siderúrgica, apesar de já ter sido alardeada no governo Tasso, teve impulso maior na gestão Ciro Gomes, em 1992, quando o governo tentou iniciar os contatos e planejar um local para o investimento. "No início, pensou no Mucuripe e até em Sobral, para viabilizar o empreendimento, mas isso não foi possível", explica Cláudio Ferreira Lima.

José Sidrião chama atenção para o fato de não haver muitas modificações nos projetos ao longo do tempo. ´Não vejo mudanças substanciais em relação àquelas primeiras propostas. Houve avanços, mas sempre dentro da mesma lógica´, enfatiza. Mas as explicações para os atrasos também são sempre as mesmas: o problema das parcerias, a força política e o cenário econômico.

Matéria do jornal o Diário do Nordeste, de hoje. Reprodução unicamente para divulgação. Direitos autorais preservados.

Os grandes projetos do Ceará foram pensados há 40 anos

Os grandes projetos de investimentos para o Ceará, alardeados pelos governos estaduais, e aguardados com expectativa pela população cearense, foram gestados há muito tempo. Alguns, como é o caso da refinaria de petróleo e da siderúrgica, pensados ainda no governo Virgílio Távora, na década de 60. Quarenta anos depois, o Ceará ainda tem essas obras como uma meta a ser atingida, com sucessivas recusas e adiamentos, ou seja, sem efetivação prática. O discurso desenvolvimentista, no entanto, continua o mesmo de tempos atrás.

A gestação de grandes projetos foi feita no primeiro governo Virgílio Távora quando, de forma pioneira no Nordeste, foi elaborado um plano de gestão, que previa refinaria e siderúrgica em uma visão de se gerar dois grandes pólos industriais: um petroquímico e outro metalmecânico, impulsionados pela refinaria e pela siderúrgica, respectivamente.

Pouco depois, na década de 70, no governo César Cals, a exploração da jazida de Itataia começou a ser pensada e, por último, no fim da década de 80, as Zonas de Processamentos de Exportações (ZPEs). Até mesmo a usina de Itataia, que já teve licitação realizada e os convênios fechados pelo governo Cid para a sua exploração, e também os demais megainvestimentos, pensados há vários governos, permanecem da mesma forma: na intenção de prioridade, mas ainda longe de uma efetivação.

No governo Virgílio Távora começou a gestação da refinaria. Foi instalado, lá no Porto do Mucuripe, uma unidade da Petrobras. O sentimento era de evoluir aquilo para uma refinaria, mas não prosperou´, informou o ex-secretário de planejamento do governo Tasso Jereissati, Cláudio Ferreira Lima, explicitando a primeira tentativa frustrada de trazer a refinaria da Petrobras para solo cearense, décadas atrás.Tasso Jereissati, Ciro Gomes, Lúcio Alcântara e Cid Gomes, em 23 anos de governo mantiveram a intenção e o discurso de que os projetos seriam realizados, mas até o fim do mandato de Cid Gomes, em 2010, os investimentos não estarão concretizados, ainda. A previsão é feita pelo superintendente do Escritório Técnico de Estudos Econômicos do Nordeste (Etene), José Sidrião Alencar. Segundo ele, projetos como a refinaria e a siderúrgica ainda terão pelo menos dez anos pela frente para começarem a beneficiar a população cearense, caso sejam efetivados.

Reportagem de hoje, 01 de fevereiro de 2009, do jornal o DIARIO DO NORDESTE. Reprodução unicamente para divulgação. Direitos autorais preservados.