domingo, 5 de junho de 2011

Lixo que não é lixo vira riqueza para o País

Preservação do meio ambiente, inserção social, geração de riquezas. Estes são os principais benefícios encontrados em duas soluções simples e eficientes: a coleta seletiva e a reciclagem de materiais reaproveitáveis. No Brasil, a primeira experiência do gênero aconteceu na cidade de Niterói (RJ), em 1985. Entre as capitais, Curitiba foi a pioneira, implantando, com sucesso, o Programa Lixo que não é lixo, em 1989.

De acordo com a jornalista e doutora em Meio Ambiente e Desenvolvimento pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), Myrian Del Vecchio de Lima, a ideia politicamente correta acabou sensibilizando a população, fazendo com que a iniciativa desse resultado.

E tão importante quanto a ideia de seleção do lixo e reciclagem é a de conscientizar a população para evitar o consumo exagerado dos produtos. “Um detalhe que constatei é o de que não existem campanhas para orientar as pessoas para frear o consumo e, principalmente, aumentar a vida útil de aparelhos eletrônicos, em especial celulares e computadores, que são substituídos com muita velocidade, gerando o que se chama de lixo eletrônico. Isso está se tornando um problema ambiental sério, pois possuem componentes tóxicos, como chumbo e cádmio. Por isso, que não dá para dispensá-los como lixo comum, até porque tem muita coisa ali que é reciclável”, alerta a pesquisadora.

Assim como o lixo eletrônico, a doutora avisa que outros materiais tóxicos para a natureza podem ser reaproveitados. “Um bom exemplo disso é o óleo de cozinha. Se ele for reciclado, pode se transformar em produtos de limpeza, como sabão. Do contrário, se ele for descartado sem cuidado, vai entupir tubulações e, se cair na rede pluvial, contaminará a água. Pilhas, baterias e lâmpadas fluorescentes, que contém metais pesados, também podem ser reciclados. A exceção fica por conta do lixo hospitalar, que necessita de uma série de cuidados, coleta diferenciada e vai para aterros especiais, e lixo do banheiro, pois o papel higiênico, fralda e absorvente íntimo estão bem contaminadas”, salienta.

Fonte: www.parana-online.com.br/editoria/cidades/news

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