quinta-feira, 29 de março de 2012
Árvores seriam solução para calor em Fortaleza
Aula inaugural do curso de Pós-Graduação em Paisagismo da Unifor refletiu sobre questões socioambientais
O desenvolvimento de grandes áreas verdes em Fortaleza é importante porque contribui para evitar a formação de ilhas de calor. A opinião foi proferida, ontem, pelo professor, arquiteto e urbanista da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e doutor em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade de São Paulo (USP), Caio Boucinhas. A constatação vai ao encontro da campanha promovida pelo Grupo Edson Queiroz "Plante uma árvore, semeie esta ideia", que tem como finalidade a arborização da Capital.
"Apesar de Fortaleza ter brisas, é uma cidade muito quente, e uma grande arborização seria fundamental para evitar isso", afirmou o professor, durante a aula inaugural da segunda turma da Pós-Graduação em Paisagismo da Universidade de Fortaleza (Unifor). Boucinhas ministrou a palestra "A cidade na natureza, a natureza na cidade: harmonia possível e necessária".
Ainda sobre a importância do desenvolvimento de áreas arbóreas em uma cidade, o professor afirma que diversos são os benefícios para a questão ambiental. Segundo ele, a arborização é fundamental, pois tira os poluentes do ar, melhorando assim sua qualidade, possibilita uma melhor infiltração da água da chuva, além de deixar a cidade muito mais bonita e agradável.
O professor alerta para o limite que as nossas cidades devem ter em termo de crescimento urbanístico, e cita, como exemplo, São Paulo, que, segundo ele, se trata de uma mancha urbana de 19 milhões de habitantes, e que enfrenta uma tragédia socioambiental. "Fortaleza precisa procurar a solução para ser uma cidade compacta, mas ambientalmente correta, justa e bonita", afirma o especialista.
Entre as principais causas de deterioração das condições ambientais em uma cidade, Boucinhas afirma que estão o desconhecimento sobre as questões ambientais e a ocupação desordenada, que causa sérios danos ao ambiente. Ainda segundo ele, a sociedade civil, em todas as suas formas de organização, desde a pessoa mais carente até a organização das indústrias, tem um papel importante, que é o de exigir transformações em prol de um ambiente mais saudável.
A palestra foi aberta ao público e refletiu sobre os desafios para o urbanismo no século XXI, as megalópoles, as questões socioambientais e os desafios da legislação ambiental.
Fonte: Diário do Nordeste Online
Árvores seriam solução para calor em Fortaleza
Aula inaugural do curso de Pós-Graduação em Paisagismo da Unifor refletiu sobre questões socioambientais
O desenvolvimento de grandes áreas verdes em Fortaleza é importante porque contribui para evitar a formação de ilhas de calor. A opinião foi proferida, ontem, pelo professor, arquiteto e urbanista da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e doutor em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade de São Paulo (USP), Caio Boucinhas. A constatação vai ao encontro da campanha promovida pelo Grupo Edson Queiroz "Plante uma árvore, semeie esta ideia", que tem como finalidade a arborização da Capital.
"Apesar de Fortaleza ter brisas, é uma cidade muito quente, e uma grande arborização seria fundamental para evitar isso", afirmou o professor, durante a aula inaugural da segunda turma da Pós-Graduação em Paisagismo da Universidade de Fortaleza (Unifor). Boucinhas ministrou a palestra "A cidade na natureza, a natureza na cidade: harmonia possível e necessária".
Ainda sobre a importância do desenvolvimento de áreas arbóreas em uma cidade, o professor afirma que diversos são os benefícios para a questão ambiental. Segundo ele, a arborização é fundamental, pois tira os poluentes do ar, melhorando assim sua qualidade, possibilita uma melhor infiltração da água da chuva, além de deixar a cidade muito mais bonita e agradável.
O professor alerta para o limite que as nossas cidades devem ter em termo de crescimento urbanístico, e cita, como exemplo, São Paulo, que, segundo ele, se trata de uma mancha urbana de 19 milhões de habitantes, e que enfrenta uma tragédia socioambiental. "Fortaleza precisa procurar a solução para ser uma cidade compacta, mas ambientalmente correta, justa e bonita", afirma o especialista.
Entre as principais causas de deterioração das condições ambientais em uma cidade, Boucinhas afirma que estão o desconhecimento sobre as questões ambientais e a ocupação desordenada, que causa sérios danos ao ambiente. Ainda segundo ele, a sociedade civil, em todas as suas formas de organização, desde a pessoa mais carente até a organização das indústrias, tem um papel importante, que é o de exigir transformações em prol de um ambiente mais saudável.
A palestra foi aberta ao público e refletiu sobre os desafios para o urbanismo no século XXI, as megalópoles, as questões socioambientais e os desafios da legislação ambiental.
Fonte: Diário do Nordeste Online
terça-feira, 27 de março de 2012
Estudantes do Timor Leste no Ceará, na UNILAB
Cheios de esperança, jovens do Timor-Leste querem se capacitar no Brasil e auxiliar seu país na luta emancipatória
Chegaram ao Ceará mais estudantes do Timor-Leste que ingressam nos cursos superiores da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-brasileira (Unilab). A parceria com a Universidade Nacional de Timor-Lorosae possibilitou a vinda de mais 69 timorenses para o campus da Unilab em Redenção, na região do Maciço de Baturité. Em sua maioria jovens, todos trazem a esperança de aprender um ofício e levar o desenvolvimento para o país, localizado no continente asiático e que só há 10 anos consolidou processo de independência.
Agora, juntam-se a jovens brasileiros e de países africanos. A Unilab é uma instituição de ensino superior do governo brasileiro que objetiva firmar convênios de cooperação com os países lusófonos. Representa uma das primeiras grandes experiências brasileiras em intercâmbio cultural e educacional entre países de língua portuguesa.
Chegaram ao Ceará mais estudantes do Timor-Leste que ingressam nos cursos superiores da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-brasileira (Unilab). A parceria com a Universidade Nacional de Timor-Lorosae possibilitou a vinda de mais 69 timorenses para o campus da Unilab em Redenção, na região do Maciço de Baturité. Em sua maioria jovens, todos trazem a esperança de aprender um ofício e levar o desenvolvimento para o país, localizado no continente asiático e que só há 10 anos consolidou processo de independência.
Agora, juntam-se a jovens brasileiros e de países africanos. A Unilab é uma instituição de ensino superior do governo brasileiro que objetiva firmar convênios de cooperação com os países lusófonos. Representa uma das primeiras grandes experiências brasileiras em intercâmbio cultural e educacional entre países de língua portuguesa.
Justiça suspende licença para construção do Metro Sobral
A licença para a construção do metrô do Município de Sobral foi suspensa, nesta segunda-feira, 26. A obra deve ser paralisada em 24 horas, sob pena de multa diária de R$ 50 mil. A decisão foi tomada pelo juiz Hyldon Masters Cavalcante.
O Ministério Público do Ceará entrou com ação civil contra a Companhia Cearense de Transportes Metropolitanos (Metrofor), o Estado do Ceará e o Município de Sobral, alegando que a construção degradaria o meio ambiente e violaria o Plano Diretor da cidade. O MP ainda sustentou que a obra estaria sendo realizada sem planejamento urbano e estudo ambiental.
As partes foram notificadas, mas somente o Município de Sobral se manifestou. A Prefeitura alegou não ser diretamente responsável pela construção, reservando-se à função de fiscalizar o Plano Diretor.
Ainda segundo o Município, a obra recebeu parecer técnico da Autarquia Municipal do Meio ambiente, afirmando que a diretriz geral do desenvolvimento urbano não é violada.
Metrofor
Em conversa com O POVO Online, a assessoria do Metrofor disse ainda não ter sido notificada pela Justiça. A empresa vai aguardar para ter conhecimento do teor da decisão e deverá recorrer reapresentando todos os estudos técnicos e ambientais exigidos para a obra.
Fonte: O POVO Online
O Ministério Público do Ceará entrou com ação civil contra a Companhia Cearense de Transportes Metropolitanos (Metrofor), o Estado do Ceará e o Município de Sobral, alegando que a construção degradaria o meio ambiente e violaria o Plano Diretor da cidade. O MP ainda sustentou que a obra estaria sendo realizada sem planejamento urbano e estudo ambiental.
As partes foram notificadas, mas somente o Município de Sobral se manifestou. A Prefeitura alegou não ser diretamente responsável pela construção, reservando-se à função de fiscalizar o Plano Diretor.
Ainda segundo o Município, a obra recebeu parecer técnico da Autarquia Municipal do Meio ambiente, afirmando que a diretriz geral do desenvolvimento urbano não é violada.
Metrofor
Em conversa com O POVO Online, a assessoria do Metrofor disse ainda não ter sido notificada pela Justiça. A empresa vai aguardar para ter conhecimento do teor da decisão e deverá recorrer reapresentando todos os estudos técnicos e ambientais exigidos para a obra.
Fonte: O POVO Online
domingo, 25 de março de 2012
Sobre o IPLAMFOR
Teve o dedo do Presidente da Câmara Municipal Acrísio Sena na aprovação do anteprojeto de lei do IPLANFOR/ Instituto de Planejamento de Fortaleza que dormia mofado nas gavetas do Paço Municipal. Acrísio o fez andar na interinidade com Prefeito de Fortaleza, no ano passado e, agora na Camara Municipal que o aprovou após quase duas décadas de cansativa espera......mas dificilmente o mesmo vai ser sancionado pela Prefeita Luizianne Lins..........quem esperar por isso...pode esperar deitado numa na rede........(Deu na Coluna do Alan Neto, mas o comentário final é meu mesmo).....
sábado, 24 de março de 2012
Padre Cícero, o "inventor de Juazeiro
De vila a metrópole, Juazeiro do Norte acompanha história de um dos seus maiores empreendedores
A cidade amanhece em festa. O dia é de feriado para festejar o "Padim" . Hoje, comemora-se os 168 anos de nascimento do Padre Cícero Romão Batista. Às 5 horas, uma salva de fogos anuncia a data, e uma multidão se reúne de frente à capela do Socorro, para participar da missa de aniversário celebrada pelo bispo diocesano, dom Fernando Panico. Os fiéis seguem a tradição de acender velas e depositar flores em uma estátua na Praça do Socorro, durante o dia. No fim da tarde, mais uma manifestação de fé que sai da Sociedade Padre Cícero, no Centro, em direção à praça do Socorro. Uma reverência do romeiro que tem crescido nos últimos anos, segundo a Secretaria de Turismo e Romaria da cidade.
Identidade
Segundo o secretário, José Carlos dos Santos, o Padre Cícero é o grande responsável de transformar uma vila em metrópole, em 100 anos de existência. O sacerdote foi o primeiro prefeito da cidade e até hoje exerce influência, no seu contexto de desenvolvimento. Para José Carlos, as romarias são exemplo disso, por preservarem a identidade de Juazeiro do Norte, hoje o segundo maior centro de peregrinação do Brasil e o primeiro do Nordeste.
Há 30 anos, foi iniciada a Semana Padre Cícero. Organizada pela Secretaria, a programação passa a ter um caráter popular. "E não queremos interferir nessa característica, porque é uma forma de gratidão do povo de Juazeiro", diz o secretário. Isso porque as realizações, a exemplo do bolo do Padre Cícero e a seresta realizados na noite de ontem, com os parabéns cantado pela comunidade, acontece com iniciativa popular. E essa colaboração ocorre até mesmo com os romeiros de outros Estados.
Um grupo de 40 pessoas, por exemplo, veio da cidade de Palmares, em Alagoas, e tem lugar cativo entre os participantes do aniversário. Todos os anos, os romeiros trazem um bolo para comemorar a data de aniversário. Desde o fim de semana que eles se encontram na cidade.
As comemorações terminam somente amanhã, com a Corrida Padre Cícero, saindo da Praça da Sé, no Crato, até o Centro de Juazeiro do Norte. São quase dois mil participantes no percurso, de vários Estados brasileiros.
A semana também contou com lançamentos de obras, a exemplo do livro do poeta Pedro Bandeira, lançado na quinta-feira, no Memorial Padre Cícero, com o título "O Poeta Pedro Bandeira Mostra Juazeiro ao Mundo", organizado pelo escritor Franco Barbosa. O V Fórum Padre Cícero, encerrado ontem, levantou um dos principais temas que marca a relação entre Padre Cícero, Juazeiro e o desenvolvimento da cidade, voltado para a fé e trabalho.
Crescimento
O secretário destaca a visão multidimensional do Padre Cícero, dentro desse processo de progresso e desenvolvimento que se apresenta hoje na cidade. "Ele é o grande responsável pelo desenvolvimento econômico, social e cultural", diz. Acrescenta, ainda, que os fatores que levaram a cidade ao crescimento estão relacionados a capacidade do sacerdote de potencializar nas pessoas o trabalho, a partir de suas vocações. E isso, segundo ele, aconteceu durante os momentos que sucederam, principalmente o milagre, em 1889, em que levas de pessoas chegavam à cidade, atraídas pela mística da fé que Juazeiro tomava.
Padre Cícero morreu aos 90 anos, no dia 20 de julho, que hoje é uma data tradicional no calendário da cidade. Esse dia chega a atrair mais romeiros, e tem uma característica diferenciada, já que envolve a participação maior de fiéis de outros Estados. "Hoje é uma data de reconhecimento maior do próprio morador da cidade, que vai fazer o seus agradecimentos", afirma.
O Padre Cícero, em virtude da sua capacidade de atrair pessoas para Juazeiro, segundo José Carlos, se tornou, além de uma liderança, um ícone. Ele destaca o processo das romarias, crescente na cidade. "Hoje mesmo temos romeiros na cidade e essa visitação é contínua", diz. A vinda dos fiéis para a cidade tem consequências diretas no processo de desenvolvimento da região.
O presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Juazeiro, Michel Araújo, afirma que as grandes romarias influenciam o comércio de forma considerável. Mesmo movimentando o setor informal amplamente, segundo Araújo, o dinheiro fica dentro da cidade e circula.
"Podemos falar do Padre Cícero, primeiro como grande idealizador da cidade", diz ele. O dirigente lojista ressalta a proximidade do próprio empreendedor da cidade com o "Padim". É comum se ver nas lojas da cidade imagens do sacerdote.
Michel Araújo, mesmo enfatizando a importância do religioso, como influenciador do processo de desenvolvimento econômico, destaca as romarias e sua relevância na religiosidade do povo nordestino. E vai mais além, quando destaca esse papel influente do sacerdote no contexto regional.
Daniel Walker afirma que, em vida, o Padre Cícero já comemorava em sua residência o aniversário, com grande participação popular. Após a sua morte, as pessoas continuaram comemorando. Para o historiador, as romarias têm um número maior de pessoas, por ser outra forma de expressão, que se caracteriza pela saudade. No dia da missa de aniversário, há a presença de romeiros. São mais funcionários públicos, aposentados, já que a grande maioria dos devotos são das áreas rurais nordestinas.
Ele recorda de sua infância, a prática de soltar balões na noite de aniversário, abolida por conta dos riscos de incêndio. O show pirotécnico continua. O bolo gigante, coordenado por Mãe Cicinha, e feito de forma coletiva, é cortado no dia 23. Uma festa que acontece no bairro Socorro, nas proximidades da Capela, acompanhada da seresta.
Semana
168 anos de nascimento do Padre Cícero são comemorados em Juazeiro do Nordeste desde o último domingo. Festa prossegue até amanhã no Município
Fonte: Caderno Regional/ Diário do Nordeste Online/ Reportagem Elizangela Santos
terça-feira, 20 de março de 2012
Acquario do Ceará: de quanto será o custeio?
Com o título “Acquário promete um novo milagre dos peixes”, eis artigo do publicitário e poeta Ricardo Alcântara. Ele megulha também na polêmica em torno da construção do Acquario do Ceará, projeto do governo estadual que está orçado em R$ 250 milhões. Ele discorda daqueles que apontam na tese de que o Acquario vai revitalizar a Praia de Iracema. Confira:
Assim como o Dragão do Mar não poderia mesmo, por si só, revitalizar uma área deprimida do centro, tão pouco o Acquário do Ceará poderá fazê-lo com a praia de Iracema. A complexidade urbana não reage a truques de mágica.
O projeto tem méritos, sim, mas outros. O equipamento teria, por exemplo, potencial para estender o período de estadia dos turistas na cidade, uma contribuição para consolidar Fortaleza como destino privilegiado.
Não seriam apenas mais diárias em hotéis e mais comandas nos restaurantes. Os benefícios são extensivos também ao pequeno empreendedor, como taxistas, artesãos e até vendedores ambulantes.
Mas, na ponta do lápis, haveria, basicamente, retorno privado para investimento público. Daí, as restrições frequentes ao projeto: não seria, diante de outras carências, uma prioridade do interesse comum.
Outro aspecto do projeto alcança as fronteiras da megalomania: seria o terceiro maior aquário do mundo. Isso, numa cidade de gente muito pobre e situada nas bordas menos atrativas do circuito turístico mundial.
No Rio de Janeiro, paisagem urbana referencial da América latina, outro será construído pela metade do preço e todo com recursos privados. Mas esse nem é o único aspecto frágil do desenho financeiro do Acquário.
Até o dia de hoje, o governo não veio a público dar resposta consistente a uma questão, nem tem sido suficientemente questionado por quem caberia verificá-la – a Assembleia Legislativa, bunker da capatazia chapa branca.
Refiro-me aos recursos de custeio. A pergunta é: quanto custará por dia aos cofres públicos – o meu, o seu, o nosso suado real – manter aberto um equipamento só justificado pelos retornos que daria ao interesse privado?
É pueril o que tem sido dito sobre o assunto. Fala-se vagamente em “parcerias” que ainda seriam buscadas com “patrocinadores privados” e, acreditem, créditos mensais de uma dívida da Petrobrás com o Estado.
Da provável parceria, envolvendo empresas que agregariam valor às suas marcas numa associação com o equipamento, declino da oportunidade de contestar. É cascata demais para merecer o esforço dos meus neurônios.
Quanto ao que nos deve a Petrobrás, seria dinheiro demais para sangrar à última veia com despesas de custeio de um equipamento que atenderia a necessidades de terceira ordem – fosse uma universidade, eu ficaria calado.
Ademais, não é possível ignorar que a dívida da Petrobrás será liquidada em algum ponto do futuro. Com muita boa vontade, mas muita boa vontade mesmo, pode-se chama a isso de empurrar o problema com a barriga.
Agora, o governo começa a construir o Acquário sem informar aos que pagarão a conta – você é um deles – nenhum estudo sobre a curva estimada de retorno do investimento inicial, nem sobre os recursos de custeio.
Não digo que tais estudos não existam. Digo apenas que, pelos argumentos levantados, o secretário de Turismo os ignora. E digo que, se existem, não recebemos nós, os financiadores do projeto, a atenção de conhecê-lo.
Resta-nos, então, aguardar por uma exceção bíblica – quem sabe, um novo milagre da multiplicação dos peixes. É pândego, mas não percam o sono: o governo não negará a quem paga a conta o direito de aplaudir.
* Ricardo Alcântara/ Publicitário e poeta.
Assim como o Dragão do Mar não poderia mesmo, por si só, revitalizar uma área deprimida do centro, tão pouco o Acquário do Ceará poderá fazê-lo com a praia de Iracema. A complexidade urbana não reage a truques de mágica.
O projeto tem méritos, sim, mas outros. O equipamento teria, por exemplo, potencial para estender o período de estadia dos turistas na cidade, uma contribuição para consolidar Fortaleza como destino privilegiado.
Não seriam apenas mais diárias em hotéis e mais comandas nos restaurantes. Os benefícios são extensivos também ao pequeno empreendedor, como taxistas, artesãos e até vendedores ambulantes.
Mas, na ponta do lápis, haveria, basicamente, retorno privado para investimento público. Daí, as restrições frequentes ao projeto: não seria, diante de outras carências, uma prioridade do interesse comum.
Outro aspecto do projeto alcança as fronteiras da megalomania: seria o terceiro maior aquário do mundo. Isso, numa cidade de gente muito pobre e situada nas bordas menos atrativas do circuito turístico mundial.
No Rio de Janeiro, paisagem urbana referencial da América latina, outro será construído pela metade do preço e todo com recursos privados. Mas esse nem é o único aspecto frágil do desenho financeiro do Acquário.
Até o dia de hoje, o governo não veio a público dar resposta consistente a uma questão, nem tem sido suficientemente questionado por quem caberia verificá-la – a Assembleia Legislativa, bunker da capatazia chapa branca.
Refiro-me aos recursos de custeio. A pergunta é: quanto custará por dia aos cofres públicos – o meu, o seu, o nosso suado real – manter aberto um equipamento só justificado pelos retornos que daria ao interesse privado?
É pueril o que tem sido dito sobre o assunto. Fala-se vagamente em “parcerias” que ainda seriam buscadas com “patrocinadores privados” e, acreditem, créditos mensais de uma dívida da Petrobrás com o Estado.
Da provável parceria, envolvendo empresas que agregariam valor às suas marcas numa associação com o equipamento, declino da oportunidade de contestar. É cascata demais para merecer o esforço dos meus neurônios.
Quanto ao que nos deve a Petrobrás, seria dinheiro demais para sangrar à última veia com despesas de custeio de um equipamento que atenderia a necessidades de terceira ordem – fosse uma universidade, eu ficaria calado.
Ademais, não é possível ignorar que a dívida da Petrobrás será liquidada em algum ponto do futuro. Com muita boa vontade, mas muita boa vontade mesmo, pode-se chama a isso de empurrar o problema com a barriga.
Agora, o governo começa a construir o Acquário sem informar aos que pagarão a conta – você é um deles – nenhum estudo sobre a curva estimada de retorno do investimento inicial, nem sobre os recursos de custeio.
Não digo que tais estudos não existam. Digo apenas que, pelos argumentos levantados, o secretário de Turismo os ignora. E digo que, se existem, não recebemos nós, os financiadores do projeto, a atenção de conhecê-lo.
Resta-nos, então, aguardar por uma exceção bíblica – quem sabe, um novo milagre da multiplicação dos peixes. É pândego, mas não percam o sono: o governo não negará a quem paga a conta o direito de aplaudir.
* Ricardo Alcântara/ Publicitário e poeta.
segunda-feira, 19 de março de 2012
US$ 70 milhões/ ano para um jardim de arte
Empresário brasileiro, magnata da mineração Bernardo Paz, gasta US$ 70 milhões ao ano para ter um jardim de arte emprega mais de mil pessoas no projeto que mantém no interior de Minas Gerais e que, diz ele, vai durar mil anos. Não é de admirar que Bernardo Paz seja conhecido como o "Imperador do Inhotim". Cerca de mil funcionários, incluindo curadores, botânicos que fervilham em torno de Inhotim, o complexo de arte contemporânea de Paz, situado nas montanhas do sudeste do Brasil, no Estado de Minas Gerais. Peregrinos que viajam por todo o mundo em busca de arte absorvem obras surpreendentes, como "Sonic Pavilion" ("Pavilhão Sônico"), de Doug Aitken, que utiliza microfones de alta sensibilidade colocados em um buraco de 192 metros para captar o murmúrio grave das profundezas do interior da Terra.
Fonte: Simon Romero, The New York Times
sábado, 17 de março de 2012
Mais um protesto contra o Acquario do Ceará
O Movimento “Quem dera ser um peixe” realiza, a partir das 15 horas deste sábado, protesto contra o projeto Acquario do Ceará.O ato ocorrerá na Praia de Iracema, altura da ponte metálica. Para o grupo, aquário só de peixinho mesmo. Esses ambientalistas avaliam que o gasto – R$ 250 milhões poderia ter outra prioridade.
Fonte: Blog do Eliomar de Lima
Fonte: Blog do Eliomar de Lima
sexta-feira, 16 de março de 2012
Morre em SP, o Prof. Aziz Ab'Saber
Morreu na manhã desta sexta-feira (16) Aziz Nacib Ab’Saber, um dos mais respeitados geógrafos do País. Ab’Saber tinha 87 anos era presidente de honra da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) e professor emérito da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo (USP).
Nascido em São Luís do Paraitinga, em 1924, Ab'Saber desenvolveu centenas de pesquisas e tratados nas áreas de ecologia, biologia evolutiva, fitogeografia, geologia, arqueologia e geografia. Foi presidente da SBPC de 1993 a 1995 e desenvolveu trabalhos no Instituto de Estudos Avançados da Universidade de São Paulo (IEA/USP) até ontem.
Aos 87 anos, continuava atuante nas questões da Ciência do país era combativo em relação ao novo Código Florestal, chegando a defender a criação do Código da Biodiversidade para contemplar a preservação das espécies animais e vegetais.
Fonte: Portal IG
Nascido em São Luís do Paraitinga, em 1924, Ab'Saber desenvolveu centenas de pesquisas e tratados nas áreas de ecologia, biologia evolutiva, fitogeografia, geologia, arqueologia e geografia. Foi presidente da SBPC de 1993 a 1995 e desenvolveu trabalhos no Instituto de Estudos Avançados da Universidade de São Paulo (IEA/USP) até ontem.
Aos 87 anos, continuava atuante nas questões da Ciência do país era combativo em relação ao novo Código Florestal, chegando a defender a criação do Código da Biodiversidade para contemplar a preservação das espécies animais e vegetais.
Fonte: Portal IG
quarta-feira, 14 de março de 2012
Tatu-bola será mascote da Copa 2014
O tatu-bola será o mascote da Copa de 2014. A notícia da escolha do animal, feita pela Fifa, deixou surpresa a Associação Caatinga, ONG cearense que lançou a campanha no início de fevereiro. O anúncio oficial será em outubro, em evento organizado pelo COL, comitê organizador do mundial.
Dedicada à causa ambiental há 13 anos, a entidade entregou, no fim daquele mês, um dossiê aos representantes do Ministério do Esporte. O tatu-bola ganhou simpatia imediata da Fifa. A ONG já trabalha os desdobramentos da escolha, que levará o "animalzinho que vira bola" para o centro das atenções.
A espécie, ameaçada de extinção, disputava com outros símbolos, como a onça pintada, a arara, o jacaré e o Saci Pererê. Natural da caatinga e do cerrado, o animal só existe no Brasil.
"É a possibilidade real de, pela primeira vez, a Copa do Mundo deixar um legado ambiental, não só para o tatu-bola, mas para todas as espécies ameaçadas de extinção na caatinga e no cerrado", frisa o biólogo Rodrigo Castro, secretário executivo da Associação Caatinga.
A expectativa é de que, com a visibilidade que a espécie terá com o mundial, haja a transferência de recursos para projetos e investimentos na valorização, conservação e uso sustentável do bioma caatinga, em sua totalidade. Rodrigo Castro informa que, se nada for feito, o tatu-bola pode ser extinto em dez anos.
Campanha
A Associação lançou o tatu-bola (Tolypeutes tricinctus) como mascote por ser um animal que só existe no Brasil e que tem a habilidade de curvar-se sobre si mesmo para se proteger quando ameaçado, ficando no formato de uma bola.
"Durante o mês de fevereiro, após a campanha ser lançada virtualmente, tivemos muitas adesões. A ideia se projetou de forma rápida pela internet, nos sites e redes sociais. É um exemplo de como uma ideia se espalhou com uma capilaridade incontrolável. A escolha, então, foi uma emoção incrível", diz Castro.
Segundo ele, a escolha do tatu-bola como mascote da Copa vai aliar a paixão brasileira pelo futebol à preocupação com o meio ambiente. Ele acredita que a espécie também exalta e divulga para o mundo algumas das qualidades do povo brasileiro, como a criatividade, a irreverência e o senso de humor.
Apesar de a escolha já ter sido feita, a Fifa ainda precisa registrar o desenho do tatu-bola no OHMI, instituição que trata de patentes na Europa. A Fifa e outras marcas internacionais costumam registrar logos oficiais e desenhos na organização.
Os desenhos e um vídeo com a mascote em movimento já foram produzidos por uma agência de publicidade contratada pela Fifa. O verde será a cor predominante do tatu-bola.
O animal mede cerca de 50 centímetros, tem hábito noturno e alimenta-se de cupins, formigas, cascas e raízes de plantas, além de frutas. Essa espécie não escava buracos, mas aproveita tocas abandonadas feitas por outros tatus. As fêmeas produzem, por ninhada, um ou dois filhotes. A caça é a principal ameaça à sobrevivência da espécie.
Fonte: Caderno Regional/ Diário do Nordeste/ Reportagem de Silvana Claudino
Dedicada à causa ambiental há 13 anos, a entidade entregou, no fim daquele mês, um dossiê aos representantes do Ministério do Esporte. O tatu-bola ganhou simpatia imediata da Fifa. A ONG já trabalha os desdobramentos da escolha, que levará o "animalzinho que vira bola" para o centro das atenções.
A espécie, ameaçada de extinção, disputava com outros símbolos, como a onça pintada, a arara, o jacaré e o Saci Pererê. Natural da caatinga e do cerrado, o animal só existe no Brasil.
"É a possibilidade real de, pela primeira vez, a Copa do Mundo deixar um legado ambiental, não só para o tatu-bola, mas para todas as espécies ameaçadas de extinção na caatinga e no cerrado", frisa o biólogo Rodrigo Castro, secretário executivo da Associação Caatinga.
A expectativa é de que, com a visibilidade que a espécie terá com o mundial, haja a transferência de recursos para projetos e investimentos na valorização, conservação e uso sustentável do bioma caatinga, em sua totalidade. Rodrigo Castro informa que, se nada for feito, o tatu-bola pode ser extinto em dez anos.
Campanha
A Associação lançou o tatu-bola (Tolypeutes tricinctus) como mascote por ser um animal que só existe no Brasil e que tem a habilidade de curvar-se sobre si mesmo para se proteger quando ameaçado, ficando no formato de uma bola.
"Durante o mês de fevereiro, após a campanha ser lançada virtualmente, tivemos muitas adesões. A ideia se projetou de forma rápida pela internet, nos sites e redes sociais. É um exemplo de como uma ideia se espalhou com uma capilaridade incontrolável. A escolha, então, foi uma emoção incrível", diz Castro.
Segundo ele, a escolha do tatu-bola como mascote da Copa vai aliar a paixão brasileira pelo futebol à preocupação com o meio ambiente. Ele acredita que a espécie também exalta e divulga para o mundo algumas das qualidades do povo brasileiro, como a criatividade, a irreverência e o senso de humor.
Apesar de a escolha já ter sido feita, a Fifa ainda precisa registrar o desenho do tatu-bola no OHMI, instituição que trata de patentes na Europa. A Fifa e outras marcas internacionais costumam registrar logos oficiais e desenhos na organização.
Os desenhos e um vídeo com a mascote em movimento já foram produzidos por uma agência de publicidade contratada pela Fifa. O verde será a cor predominante do tatu-bola.
O animal mede cerca de 50 centímetros, tem hábito noturno e alimenta-se de cupins, formigas, cascas e raízes de plantas, além de frutas. Essa espécie não escava buracos, mas aproveita tocas abandonadas feitas por outros tatus. As fêmeas produzem, por ninhada, um ou dois filhotes. A caça é a principal ameaça à sobrevivência da espécie.
Fonte: Caderno Regional/ Diário do Nordeste/ Reportagem de Silvana Claudino
domingo, 11 de março de 2012
Oscar Arias/ Costa Rica, na Cúpula das Américas
Palavras do Presidente Oscar Arias, da Costa Rica, na Cúpula das Américas em Trinidad e Tobago, 18 de abril de 2009:
"Tenho a impressão de que cada vez que os países caribenhos e latino-americanos se reúnem com o presidente dos Estados Unidos da América, é para pedir-lhe coisas ou para reclamar coisas.
Quase sempre, é para culpar os Estados Unidos de nossos males passados, presentes e futuros. Não creio que isso seja de todo justo.
Não podemos esquecer que a América Latina teve universidades antes de que os Estados Unidos criassem Harvard e William & Mary, que são as primeiras universidades desse país.
Não podemos esquecer que nesse continente, como no mundo inteiro, pelo menos até 1750 todos os americanos eram mais ou menos iguais: todos eram pobres.
Ao aparecer a Revolução Industrial na Inglaterra, outros países sobem nesse vagão:
Alemanha, França, Estados Unidos, Canadá, Austrália, Nova Zelândia e aqui a Revolução Industrial passou pela América Latina como um cometa, e não nos demos conta.
Certamente perdemos a oportunidade.
Há também uma diferença muito grande.
Lendo a história da América Latina, comparada com a história dos Estados Unidos, compreende-se que a América Latina não teve um John Winthrop espanhol, nem português, que viesse com a Bíblia em sua mão disposto a construir uma Cidade sobre uma Colina, uma cidade que brilhasse, como foi a pretensão dos peregrinos que chegaram aos Estados Unidos.
Faz 50 anos, o México era mais rico que Portugal. Em 1950, um país como o Brasil tinha uma renda per capita mais elevada que o da Coreia do Sul. Faz 60 anos, Honduras tinha mais riqueza per capita que Cingapura, e hoje Cingapura em questão de 35 a 40 anos é um país com $40.000 de renda anual por habitante.
Bem, algo nós fizemos mal, os latino-americanos.
Que fizemos errado?
Nem posso enumerar todas as coisas que fizemos mal. Para começar, temos uma escolaridade de 7 anos - essa é a escolaridade média da América Latina, e não é o caso da maioria dos países asiáticos.
Certamente não é o caso de países como Estados Unidos e Canadá, com a melhor educação do mundo, similar à dos europeus. De cada 10 estudantes que ingressam no nível secundário na América Latina, em alguns países, só um termina esse nível secundário.
Há países que têm uma mortalidade infantil de 50 crianças por cada 1.000, quando a média nos países asiáticos mais avançados é de 8, 9 ou 10.
Nós temos países onde a carga tributária é de 12% do produto interno bruto e não é responsabilidade de ninguém, exceto nossa, que não cobremos dinheiro das pessoas mais ricas dos nossos países.
Ninguém tem a culpa disso, a não ser nós mesmos. Em 1950, cada cidadão norte-americano era quatro vezes mais rico que um cidadão latino-americano.
Hoje em dia, um cidadão norte-americano é 10, 15 ou 20 vezes mais rico que um latino-americano. Isso não é culpa dos Estados Unidos, é culpa nossa.
No meu pronunciamento desta manhã, me referi a um fato que para mim é grotesco e que somente demonstra que o sistema de valores do século XX, que parece ser o que estamos pondo em prática também no século XXI, é um sistema de valores equivocado.
Porque não pode ser que o mundo rico dedique 100.000 milhões de dólares para aliviar a pobreza dos 80% da população do mundo "num planeta que tem 2,5 bilhões de seres humanos com uma renda de $2 por dia" e que gaste 13 vezes mais ($1.300.000.000.000) em armas e soldados.
Como disse esta manhã, não pode ser que a América Latina gaste $50 bilhões em armas e soldados.
Eu me pergunto: quem é o nosso inimigo?
Nosso inimigo, presidente Correa, desta desigualdade que o senhor aponta, com muita razão, é a falta de educação; é o analfabetismo; é que não gastamos na saúde de nosso povo; gastamos em funcionários públicos. Que não criamos a infra-estrutura necessária, os caminhos, as estradas, os portos, os aeroportos; que não estamos dedicando os recursos necessários para deter a degradação do meio ambiente; é da desigualdade que temos que nos envergonhar, realmente; é produto, entre muitas outras coisas, certamente, de que não estamos educando nossos filhos e nossas filhas.
Vá alguém a uma universidade latino-americana e parece, no entanto, que estamos nos sessenta, setenta ou oitenta.
Parece que nos esquecemos de que em 9 de novembro de 1989 aconteceu algo de muito importante, ao cair o Muro de Berlim, e que o mundo mudou.
Temos que aceitar que este é um mundo diferente, e nisso francamente penso que os acadêmicos, que toda gente pensante, que todos os economistas, que todos os historiadores, quase concordam que o século XXI é um século dos asiáticos não dos latino-americanos.
E eu, lamentavelmente, concordo com eles. Porque, enquanto nós continuamos discutindo sobre ideologias, continuamos discutindo sobre todos os "ismos" (qual é o melhor? capitalismo, socialismo, comunismo, liberalismo, neoliberalismo, social-cristianismo...), os asiáticos encontraram um "ismo" muito realista para o século XXI e o final do século XX, que é o *pragmatismo*.
Para só citar um exemplo, recordemos que, quando Deng Xiaoping visitou Cingapura e a Coréia do Sul, depois de ter-se dado conta de que seus próprios vizinhos estavam enriquecendo de uma maneira muito acelerada, regressou a Pequim e disse aos velhos camaradas maoístas que o haviam acompanhado na Grande Marcha:
"Bem, a verdade, queridos camaradas, é que a mim não importa se o gato é branco ou negro; só o que me interessa é que cace ratos".
E se Mao estivesse vivo, teria morrido de novo quando disse que "a verdade é que enriquecer é glorioso".
E enquanto os chineses fazem isso, e desde 1979 até hoje crescem a 11%, 12% ou 13%, e tiraram 300 milhões de habitantes da pobreza, nós continuamos discutindo sobre ideologias que devíamos ter enterrado há muito tempo atrás.
A boa notícia é que isso Deng Xiaoping o conseguiu quando tinha 74 anos.
Olhando em volta, queridos presidentes, não vejo ninguém que esteja perto dos 74 anos.
Por isso só lhes peço que não esperemos completá-los para fazer as mudanças que temos que fazer.
Muchas gracias."
Indios vendem direitos sobre terras da Amazonia
Por US$ 120 milhões, índios da etnia mundurucu venderam a uma empresa estrangeira direitos sobre uma área com 16 vezes o tamanho da cidade de São Paulo em plena floresta amazônica, no município de Jacareacanga (PA). O negócio garante à empresa “benefícios” sobre a biodiversidade, além de acesso irrestrito ao território indígena.
No contrato, ao qual o Agencia Estado teve acesso, os índios se comprometem a não plantar ou extrair madeira das terras nos 30 anos de duração do acordo. Qualquer intervenção no território depende de aval prévio da Celestial Green Ventures, empresa irlandesa que se apresenta como líder no mercado mundial de créditos de carbono.
Sem regras claras, esse mercado compensa emissões de gases de efeito estufa por grandes empresas poluidoras, sobretudo na Europa, além de negociar as cotações desses créditos. Na Amazônia, vem provocando assédio a comunidades indígenas e a proliferação de contratos nebulosos semelhantes ao fechado com os mundurucus.
A Fundação Nacional do Índio (Funai) registra mais de 30 contratos nas mesmas bases.
Só a Celestial Green afirmou ter fechado outros 16 projetos no Brasil, que somam 200 mil quilômetros quadrados. Isso é mais de duas vezes a área de Portugal ou quase o tamanho do Estado de São Paulo. A terra dos mundurucus representa pouco mais de 10% do total contratado pela empresa.
“Os índios assinam contratos muitas vezes sem saber o que estão assinando. Ficam sem poder cortar uma árvore e acabam abrindo caminho para a biopirataria”, disse Márcio Meira. “Temos de evitar que oportunidades para avançarmos na valorização da biodiversidade disfarcem ações de biopirataria”, reagiu a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira.
O principal executivo da Celestial Green, Ciaran Kelly, afirma que todos os contratos da empresa com comunidades indígenas passam por um “rigoroso processo de consentimento livre, prévio e informado”, segundo normas internacionais.
Fonte: Agência Estado
No contrato, ao qual o Agencia Estado teve acesso, os índios se comprometem a não plantar ou extrair madeira das terras nos 30 anos de duração do acordo. Qualquer intervenção no território depende de aval prévio da Celestial Green Ventures, empresa irlandesa que se apresenta como líder no mercado mundial de créditos de carbono.
Sem regras claras, esse mercado compensa emissões de gases de efeito estufa por grandes empresas poluidoras, sobretudo na Europa, além de negociar as cotações desses créditos. Na Amazônia, vem provocando assédio a comunidades indígenas e a proliferação de contratos nebulosos semelhantes ao fechado com os mundurucus.
A Fundação Nacional do Índio (Funai) registra mais de 30 contratos nas mesmas bases.
Só a Celestial Green afirmou ter fechado outros 16 projetos no Brasil, que somam 200 mil quilômetros quadrados. Isso é mais de duas vezes a área de Portugal ou quase o tamanho do Estado de São Paulo. A terra dos mundurucus representa pouco mais de 10% do total contratado pela empresa.
“Os índios assinam contratos muitas vezes sem saber o que estão assinando. Ficam sem poder cortar uma árvore e acabam abrindo caminho para a biopirataria”, disse Márcio Meira. “Temos de evitar que oportunidades para avançarmos na valorização da biodiversidade disfarcem ações de biopirataria”, reagiu a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira.
O principal executivo da Celestial Green, Ciaran Kelly, afirma que todos os contratos da empresa com comunidades indígenas passam por um “rigoroso processo de consentimento livre, prévio e informado”, segundo normas internacionais.
Fonte: Agência Estado
sábado, 10 de março de 2012
Cocó: um dos acessos ao parque será fechado
Um dos acessos às trilhas do Parque do Cocó será bloqueado por um portão. A entrada da Trilha das Azeitonas, que fica na continuação da rua Engenheiro Reginaldo Rangel, até o fim do mês passará a ser fechada parcialmente. O portão vai ficar aberto somente das 6 horas ao meio-dia, quando o vai-e-vem de pessoas é mais intenso. A intenção é que, depois de um período ainda não definido, o bloqueio seja total. A decisão é do Conselho de Políticas Públicas e Meio Ambiente (Conpam), órgão que, desde o ano passado, gerencia o parque.
Conforme o secretário executivo do Conpam, Iraguassu Teixeira Filho, a trilha deve ser fechada para reforçar a segurança e preservar o mangue, já que a área é classificada como uma unidade de proteção integral. A ideia é deixar o parque com apenas duas entradas: pela avenida Padre Antônio Tomás e pela avenida Sebastião de Abreu. A Trilha das Azeitonas, esclareceu ele, não será interditada. O acesso poderá ser feito pela entrada da Padre Antônio Tomás, onde o caminho tem o nome de Trilha da Lagoa. Além da mudança, o parque vai receber reforço de vigilância armada particular.
Mesmo não apresentando incidência de casos de violência, segundo informações do major Marcus Costa, comandante da Companhia de Polícia Militar Ambiental (CPMA), o espaço vai ter vigilância fixa no Centro de Referência Ambiental. E vigilância volante no entorno. Segundo Teixeira, essa última servirá para proteger os limites do parque. “Teremos uma visão maior do que está acontecendo. Quando algum carro invadir as grades, quando houver alguma ocupação, um incêndio”.
A prioridade, conforme Iraguassu, é ser uma segurança “patrimonial”. Vai complementar o trabalho da CPMA. Além do Parque do Cocó, a iniciativa estará presente em outras seis Unidades de Conservação (UCs) do Estado. Ao todo, o Ceará tem 23. O contrato já foi assinado e deve ser publicado no Diário Oficial do Estado nos próximos dias. O secretário executivo do Conpam não soube informar o valor investido no reforço. A segurança deve começar a ser implementada na próxima semana e uma licitação para contratar câmeras de segurança também está sendo preparada.
Fonte: O POVO Online
Conforme o secretário executivo do Conpam, Iraguassu Teixeira Filho, a trilha deve ser fechada para reforçar a segurança e preservar o mangue, já que a área é classificada como uma unidade de proteção integral. A ideia é deixar o parque com apenas duas entradas: pela avenida Padre Antônio Tomás e pela avenida Sebastião de Abreu. A Trilha das Azeitonas, esclareceu ele, não será interditada. O acesso poderá ser feito pela entrada da Padre Antônio Tomás, onde o caminho tem o nome de Trilha da Lagoa. Além da mudança, o parque vai receber reforço de vigilância armada particular.
Mesmo não apresentando incidência de casos de violência, segundo informações do major Marcus Costa, comandante da Companhia de Polícia Militar Ambiental (CPMA), o espaço vai ter vigilância fixa no Centro de Referência Ambiental. E vigilância volante no entorno. Segundo Teixeira, essa última servirá para proteger os limites do parque. “Teremos uma visão maior do que está acontecendo. Quando algum carro invadir as grades, quando houver alguma ocupação, um incêndio”.
A prioridade, conforme Iraguassu, é ser uma segurança “patrimonial”. Vai complementar o trabalho da CPMA. Além do Parque do Cocó, a iniciativa estará presente em outras seis Unidades de Conservação (UCs) do Estado. Ao todo, o Ceará tem 23. O contrato já foi assinado e deve ser publicado no Diário Oficial do Estado nos próximos dias. O secretário executivo do Conpam não soube informar o valor investido no reforço. A segurança deve começar a ser implementada na próxima semana e uma licitação para contratar câmeras de segurança também está sendo preparada.
Fonte: O POVO Online
quarta-feira, 7 de março de 2012
Obras do PAC 2 paradas no Estado do Ceará ²
Energia
Na área de energia, são destacadas as usinas termelétricas Maracanaú e Pecém II, que estão licitadas; e Porto do Pecém 1 e 2 e José de Alencar, que se encontram em execução. Com relação à energia eólica, existe uma usina em construção e 36 em fase de preparação para obras, no Ceará.
Metrofor
Mesmo com suas obras arrastando-se desde o governo de Fernando Henrique Cardoso, para a equipe de Dilma Rousseff, as obras da Linha Sul do Metrô de Fortaleza estão em ritmo adequado, posto que foram incluídas no rol de projetos do PAC2 recentemente. Apesar de o governo do Estado prometer a realização da operação de testes em toda a linha até o fim do ano, o relatório do Programa destaca que a conclusão das obras só ocorrerá em março do ano que vem, até quando serão empreendidos mais R$ 241,6 milhões.
Água
O balanço da segunda fase do PAC destaca ainda a conclusão do trecho IV do Eixão das Águas, que foi inaugurado em novembro do ano passado. O canal possui extensão de 33,9 quilômetros e passa por municípios como Cascavel, Pacajus, Horizonte, Itaitinga e Pacatuba, levando água do açude Pacajus ao Açude Gavião.
A quinta e última parte do projeto segue em execução e terá 55,1 quilômetros, saindo do Gavião e rumando ao Pecém, abastecendo empreendimentos como a Companhia Siderúrgica de Pecém (CSP), Refinaria Premium II e demais empresas do Complexo Industrial e Portuário do Pecém (Cipp).
De acordo com o governo federal, o projeto está com 84% das obras concluidas e a entrega está prevista para junho deste ano, sendo que até abril, a execução deverá chegar a 94%. No total, o Eixão, que vai do Castanhão a São Gonçalo do Amarante, terá 255 quilômetros, e tem seu cronograma considerado em ritmo adequado.
No ano passado, foram finalizadas a Barragem Missi e o Riacho da Serra. A Barragem Fronteiras, no Sertão dos Inhamuns, ainda está em ação preparatória para o início dos trabalhos, que foi atrasado em virtude de imbróglios relacionados às desapropriações. A Barragem Figueiredo, em Alto Santo, está em execução, mas se arrasta desde 2008. Obras de irrigação inseridas no PAC2 também foram citadas, como a primeira e segunda fases do Baixo Acaraú, Araras Norte e Tabuleiros de Russas
Esgotamento Sanitário
A implantação e ampliação do sistema de esgotamento sanitário de Fortaleza para atender as bacias dos rios Siqueira e Cocó, ampliando a cobertura de coleta e tratamento de 52% para 63%, também está sendo vista com atenção pelo governo. A obra é tocada pela Cagece e deverá beneficar cerca de 150 mil famílias.
Conforme o relatório, a morosidade na aprovação de projetos e na conclusão de aditivos contratuais, entre outras ações preparatórias, atrasaram o projeto.
Até abril, o governo espera que os 30% executados evoluam para 34%.
Na área de energia, são destacadas as usinas termelétricas Maracanaú e Pecém II, que estão licitadas; e Porto do Pecém 1 e 2 e José de Alencar, que se encontram em execução. Com relação à energia eólica, existe uma usina em construção e 36 em fase de preparação para obras, no Ceará.
Metrofor
Mesmo com suas obras arrastando-se desde o governo de Fernando Henrique Cardoso, para a equipe de Dilma Rousseff, as obras da Linha Sul do Metrô de Fortaleza estão em ritmo adequado, posto que foram incluídas no rol de projetos do PAC2 recentemente. Apesar de o governo do Estado prometer a realização da operação de testes em toda a linha até o fim do ano, o relatório do Programa destaca que a conclusão das obras só ocorrerá em março do ano que vem, até quando serão empreendidos mais R$ 241,6 milhões.
Água
O balanço da segunda fase do PAC destaca ainda a conclusão do trecho IV do Eixão das Águas, que foi inaugurado em novembro do ano passado. O canal possui extensão de 33,9 quilômetros e passa por municípios como Cascavel, Pacajus, Horizonte, Itaitinga e Pacatuba, levando água do açude Pacajus ao Açude Gavião.
A quinta e última parte do projeto segue em execução e terá 55,1 quilômetros, saindo do Gavião e rumando ao Pecém, abastecendo empreendimentos como a Companhia Siderúrgica de Pecém (CSP), Refinaria Premium II e demais empresas do Complexo Industrial e Portuário do Pecém (Cipp).
De acordo com o governo federal, o projeto está com 84% das obras concluidas e a entrega está prevista para junho deste ano, sendo que até abril, a execução deverá chegar a 94%. No total, o Eixão, que vai do Castanhão a São Gonçalo do Amarante, terá 255 quilômetros, e tem seu cronograma considerado em ritmo adequado.
No ano passado, foram finalizadas a Barragem Missi e o Riacho da Serra. A Barragem Fronteiras, no Sertão dos Inhamuns, ainda está em ação preparatória para o início dos trabalhos, que foi atrasado em virtude de imbróglios relacionados às desapropriações. A Barragem Figueiredo, em Alto Santo, está em execução, mas se arrasta desde 2008. Obras de irrigação inseridas no PAC2 também foram citadas, como a primeira e segunda fases do Baixo Acaraú, Araras Norte e Tabuleiros de Russas
Esgotamento Sanitário
A implantação e ampliação do sistema de esgotamento sanitário de Fortaleza para atender as bacias dos rios Siqueira e Cocó, ampliando a cobertura de coleta e tratamento de 52% para 63%, também está sendo vista com atenção pelo governo. A obra é tocada pela Cagece e deverá beneficar cerca de 150 mil famílias.
Conforme o relatório, a morosidade na aprovação de projetos e na conclusão de aditivos contratuais, entre outras ações preparatórias, atrasaram o projeto.
Até abril, o governo espera que os 30% executados evoluam para 34%.
Obras do PAC 2 paradas no Estado do Ceará
O primeiro ano da segunda fase do Programa de Aceleração do crescimento (PAC2) foi marcado pela morosidade em alguns de seus principais projetos. Obras como a Refinaria Premium II, a Transposição do Rio São Francisco e a Bacia do Maranguapinho apresentaram pouco avanço nesse período.
Estas duas últimas, inclusive, estão recebendo atenção especial do governo federal para que acelerem mais. Os detalhes sobre os projetos tocados pelo governo federal, em parceria ou não, foram detalhados no balanço do Programa, realizado nesta quarta-feira, em Brasília.
Refinaria parada
A refinaria da Petrobras, por exemplo, praticamente não é detalhada no relatório, e suas obras nem chegaram a ser classificadas. O balanço apenas afirma que a Licença Prévia para o empreendimento foi concedida pela Semace em maio, e a autorização para cercamento do terreno e supressão vegetal da área foi emitida no fim de 2011. Em contrapartida, a Premium I, no Maranhão, começa a dar sinais de avanço e tem cronograma considerado adequado.
Transposição e Maranguapinho geram alerta
O governo federal destacou que os trabalhos de integração do Rio São Francisco também merecem atenção para que possam ser acelerados. A preocupação com relação ao projeto já tinha sido evidenciado no início de fevereiro, quando a presidente Dilma Rousseff veio ao Ceará para dar início à retomada das obras, emperradas por conta das licitações.
Outro projeto que se encontra nesse estado de alerta é a Bacia do Maranguapinho, que urbanizará a área e removerá as moradias localizadas em áreas de risco de alagamento, com a construção de 6.543 unidades habitacionais, além de dragagem do rio e edificação de barragem de contenção de cheias.
Conforme o governo, o descompasso entre o reassentamento e a urbanização das margens do rio restringiu os trabalhos, que devem ser concluídos apenas em março de 2014. A expectativa é de que 24,2 mil famílias sejam beneficiadas.
A Vila do Mar, projeto tocado em parceria com a Prefeitura de Fortaleza, deverá ser finalizado até o fim deste ano e é considerado em ritmo adequado. Cerca de 4,4 mil famílias serão favorecidas com o reassentamento de famílias que vivem em áreas de risco e a urbanização da área.
Infraestrutura
A Ferrovia Transnordestina esta em ritmo "adequado", mas o trecho que sairá de Missão Velha (CE) em direção ao Pecém pouco avançou no ano passado. Até o momento, somente 4% da infraestrutura foi realizada. Já o intervalo que vai de Missão Velha a Salgueiro, em Pernambuco, está com quase a totalidade de sua infraesturutra e das obras arquitetônicas, como pontes e túneis, finalizadas, restando ainda 34% da superestrutura. Este trecho deve ser terminado ainda neste mês.
Com relação às obras portuárias no Ceará incluídas no PAC 2, o relatório destaca o Terminal de Passageiros do Porto do Mucuripe, e a dragagem do terminal, que segue em execução desde 2010. O Estado está à espera ainda da ordem de serviço para a primeira fase de ampliação e reforma do Aeroporto Internacional Pinto Martins.
Fonte: Diário do Nordeste Online
Estas duas últimas, inclusive, estão recebendo atenção especial do governo federal para que acelerem mais. Os detalhes sobre os projetos tocados pelo governo federal, em parceria ou não, foram detalhados no balanço do Programa, realizado nesta quarta-feira, em Brasília.
Refinaria parada
A refinaria da Petrobras, por exemplo, praticamente não é detalhada no relatório, e suas obras nem chegaram a ser classificadas. O balanço apenas afirma que a Licença Prévia para o empreendimento foi concedida pela Semace em maio, e a autorização para cercamento do terreno e supressão vegetal da área foi emitida no fim de 2011. Em contrapartida, a Premium I, no Maranhão, começa a dar sinais de avanço e tem cronograma considerado adequado.
Transposição e Maranguapinho geram alerta
O governo federal destacou que os trabalhos de integração do Rio São Francisco também merecem atenção para que possam ser acelerados. A preocupação com relação ao projeto já tinha sido evidenciado no início de fevereiro, quando a presidente Dilma Rousseff veio ao Ceará para dar início à retomada das obras, emperradas por conta das licitações.
Outro projeto que se encontra nesse estado de alerta é a Bacia do Maranguapinho, que urbanizará a área e removerá as moradias localizadas em áreas de risco de alagamento, com a construção de 6.543 unidades habitacionais, além de dragagem do rio e edificação de barragem de contenção de cheias.
Conforme o governo, o descompasso entre o reassentamento e a urbanização das margens do rio restringiu os trabalhos, que devem ser concluídos apenas em março de 2014. A expectativa é de que 24,2 mil famílias sejam beneficiadas.
A Vila do Mar, projeto tocado em parceria com a Prefeitura de Fortaleza, deverá ser finalizado até o fim deste ano e é considerado em ritmo adequado. Cerca de 4,4 mil famílias serão favorecidas com o reassentamento de famílias que vivem em áreas de risco e a urbanização da área.
Infraestrutura
A Ferrovia Transnordestina esta em ritmo "adequado", mas o trecho que sairá de Missão Velha (CE) em direção ao Pecém pouco avançou no ano passado. Até o momento, somente 4% da infraestrutura foi realizada. Já o intervalo que vai de Missão Velha a Salgueiro, em Pernambuco, está com quase a totalidade de sua infraesturutra e das obras arquitetônicas, como pontes e túneis, finalizadas, restando ainda 34% da superestrutura. Este trecho deve ser terminado ainda neste mês.
Com relação às obras portuárias no Ceará incluídas no PAC 2, o relatório destaca o Terminal de Passageiros do Porto do Mucuripe, e a dragagem do terminal, que segue em execução desde 2010. O Estado está à espera ainda da ordem de serviço para a primeira fase de ampliação e reforma do Aeroporto Internacional Pinto Martins.
Fonte: Diário do Nordeste Online
domingo, 4 de março de 2012
Produção de flores conquista mercados
A Zona Norte Cearense se destaca pela produção de rosas e frutas na Serra da Ibiapaba e no Baixo Acaraú. Demonstrando forte potencial, as flores conquistam cada vez mais espaço no mercado. O Estado produz bem rosas, gérbera, áster, helicônia, antúrio, crisântemo e uma infinidade de plantas ornamentais para exportação.
De janeiro a dezembro de 2010, foram comercializadas 23,5 mil toneladas de flores de corte e vaso, no Ceará. Já em 2011, esse número subiu para mais de 47 mil toneladas. O principal motivo apontado para esse crescimento foi o acréscimo de ponto de vendas.
A participação da floricultura cearense saltou de US$ 825 mil, em 1996, para US$ 3,2 milhões, em 2010, com um pico de US$ 4,9 milhões, em 2007. O Ceará é responsável por 11,4% do valor arrecadado pela produção brasileira de flores para exportação.
Hoje, o Estado possui cinco territórios com potencial para produção de flores: Território Ibiapaba, Território Metropolitano José de Alencar, Território Baturité, Território Cariri e Território Vales do Curu/Aracatiaçu.
Um diagnóstico elaborado pelo Instituto Agropolos do Ceará revela que o Estado possui papel de destaque no que se refere à produção de flores em escala nacional, tanto as de clima temperado quanto as de clima tropical. A expansão do setor tem levado algumas empresas a investir fortemente na produção de rosas no Estado.
Supermercados
Uma delas, a Rosas Reijers, que atua na cidade de São Benedito, produz em torno 100 mil hastes por dia, entre rosas, gipsofilas, alstroeméria, lisianthus, rainha margaridas e gérberas. A empresa tem procurado investir em supermercados - que se apresentam como uma opção rentável para os produtores. De acordo com a Câmara Setorial de Flores e Plantas Ornamentais do Ceará, 70% das rosas produzidas em todo o mundo são vendidas em supermercados.
"O supermercado é um local onde centenas de pessoas passam todos os dias e, por isso, desejamos levar mais uma opção de compra, seja para presentear ou decorar a casa. Queremos criar na população um novo hábito", explica o sócio-diretor da Rosas Reijers, o produtor Roberto Reijers.
As vendas em supermercados representam hoje 20% do faturamento da empresa e as expectativas de crescimento econômico, tanto empresarial quanto regional, são grandes. "A iniciativa poderá dar acesso a um leque maior de opções de flores à região, além do que, esperamos que decoradores, floriculturas, pessoas que trabalhem com cestas de café da manhã, restaurantes, buffets, entre outros, possam ter um melhor acesso aos nossos produtos, que sempre chegarão frescos e bonitos", diz.
Com duas fazendas em atividade (Itapeva, em Minas Gerais e São Benedito, no Ceará), a Rosas Reijers é considerada a maior produtora de rosas do País. São mais de 30 anos de atuação, com mais de 50 tipos de rosas - em diversas cores, formas, perfumes, tamanhos.
Ao todo, a empresa conta com 45 hectares de área produtiva que abastecem todo o território nacional, incluindo exportação para a Holanda. As rosas são cultivadas em sistema de substrato e, na safra alta, são colhidos ao dia aproximadamente 170 mil botões. O Grupo Reijers possui ainda outras fazendas nas cidades de Ubajara (CE), Andradas (MG) e Holambra (SP).
Fonte: Caderno Regional/ Diário do Nordeste Online
Cultivo de maçã ganha espaço no semiárido
O Ceará comemora a primeira safra de maçã. O que parecia impossível virou realidade. A maçã está sendo cultivada de forma significativa no semiárido nordestino, com destaque para a produção de Tianguá, Aracati e Limoeiro do Norte. A cultura da macieira apresentou bons resultados já no primeiro ano de produção, 2011, e sinaliza com mais sucesso para a safra 2012 com maçãs de excelente qualidade em tamanho e sabor. Inicialmente, irão atender ao mercado regional, mas a expectativa para o futuro é de exportação.
A constatação foi ressaltada durante o Dia de Campo sobre a Cultura da Macieira no Ceará, realizado na Fazenda Sem Fronteiras, em Tianguá, no mês passado. O Dia de Campo faz parte do Projeto de Culturas de Clima Temperado, que objetiva avaliar o desempenho agronômico de culturas como macieira, pereira e caquizeiro no Estado.
A experiência está acontecendo em oito fazendas localizadas nos perímetros irrigados do Ceará. O pesquisador da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Paulo Roberto Coelho Lopes, é um dos entusiastas do projeto, que começou em 2007, em Petrolina (PE) e Juazeiro (BA), chegou ao Ceará em 2009 e pretende, neste ano ir ao Rio Grande do Norte.
Fonte: Caderno Regional/ Diário do Nordeste Online
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