quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Quem explica o "apagão" de energia

Após apagão que deixou às escuras diversos estados, a ONS informou que por volta das 23h45 da noite desta terça-feira a energia transmitida a partir de Itaipu voltou a "entrar" no sistema elétrico brasileiro.

O Estado de Minas Gerais, por exemplo, já recebe energia normalmente e, segundo o Ministério de Minas e Energia, o Estado não é mais afetado pelo apagão. São Bernardo do Campo, Piracicaba, São José dos Campos e parte da Baixada Santista já tiveram restabelecido o fornecimento de energia elétrica. Na cidade de São Paulo, alguns bairros já tiveram a luz restabelecida, como na região da Paulista, nos bairros de Pinheiros, Higienópolis, Santa Cecília, estação Barra Funda do metrô, Vila Mariana e na zona norte da cidade, conforme apurou a reportagem do iG. No Rio de Janeiro, a situação foi normalizada em poucos bairros, como em Copacabana.

O Presidente de Itaipu, Jorge Samek, afirmou ter 99% de certeza de que um vendaval tenha sido a causa do apagão que atingiu, por volta das 22h20, Estados como São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Espírito Santo e derrubou as linhas de transmissão que partem da usina de Itaipu. "Em Foz do Iguaçu hoje tivemos chuvas que derrubaram árvores de 40, 50 anos, como quem tira guarda-sol na praia". Itaipu é responsável por 20% da carga de energia do País e por isso é difícil compensar o corte no abastecimento com energia de outras usinas.

Comentário da postagem: Há anos que os espcialistas do setor vem alertando sobre o aumento do consumo de energia elétrica versus a diminuição relativa dos investimentos em geração de energia, considerando que o crescimento do país está intrisecamente vinculado ao suprimento de energia.

No Governo Fernando Henrique alguns "apagões"levaram a realização de um novo plano de suprimento de energia elétrica, que na atual gestão vem sendo colocado em "banho maria", já que nenhuma fonte geradora foi instalada desde então: nenhuma nova hidrelétrica foi consolidada, os parques eólicos estão aí para ser ainda regulamentados, as termoelétricas estão aquém do programado, o programa de energia nuclear continua suspenso e os recursos à pesquisa em fontes alternativas é aplicado a conta gotas.

Aplica-se mais em marketing e propaganda do que em qualquer outra coisa. E conversa do Ministério das Minas e Energia, nos dias de hoje, se refere-se unicamente à regulamentação do Pré Sal, que de fato é o desenvolvimento de única fonte, derivada de combustíveis fósseis e que só existirá a partir de sua exploração plena a partir de 2024.

Tirem os senhores e senhoras suas conclusões.

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