segunda-feira, 4 de julho de 2011

Assistência técnica é ineficiente nos Municípios

Nos moldes atuais, a assistência técnica rural no Ceará é ineficiente e não funciona a contento. A avaliação é unânime de secretários de Agricultura da região Centro-Sul. Os próprios funcionários e dirigentes da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Ceará (Ematerce) reconhecem a fragilidade em decorrência da descontinuidade do trabalho dos técnicos no campo.

A principal crítica é contra o modelo de trabalho dos técnicos agrícolas. Criado em 2004, pelo Governo do Estado, o Programa Agente Rural prevê seleção e contratação dos agentes por meio de bolsas, com duração de três anos, sem direito a renovação, pela Fundação Cearense de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico (Funcap).

Quando os profissionais adquirem experiência prática, após treinamento e capacitação dada pela Ematerce, conhecimento e vínculo de relação de trabalho com os produtores, conclui-se o tempo de serviço e precisam ser dispensados. O ciclo recomeça com novos agentes e essa realidade deixa os agricultores insatisfeitos e o programa sofre descrédito. "Considero essa modalidade desumana", disse o coordenador da Ematerce, na região Centro-Sul, Joaquim Virgulino Neto. "Quando os técnicos aprendem o trabalho têm de sair e a descontinuidade contribui para a falta de qualidade adequada da assistência técnica". No próximo mês de agosto, o escritório da Ematerce, na região Centro-Sul, que atende a 14 Municípios, perderá 24 agentes rurais de um total de 62, porque o período de três anos de contratação será concluído. O Instituto Agropolos na região, há três meses, perdeu dois técnicos de nível superior, agrônomos, que atendiam nas áreas de fruticultura e olericultura.

Fonte: Caderno Regional do Diário do Nordeste

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