domingo, 16 de dezembro de 2007

Os pontos principais do "mapa do caminho" do encontro de Bali

O ponto mais polêmico foi a inclusão de uma referência às recomendações do IPCC, o painel de cientistas da ONU, que sugere uma faixa de redução entre 25% a 40% nas emissões até 2020. Ambientalistas e pesquisadores que acompanhavam as negociações consideram importante a inclusão das cifras para balizar as discussões nos próximos anos.

Para agradar aos EUA, o IPCC entrou no documento final, mas como uma nota de rodapé. "É irônico que o grupo de cientistas que acabou de ganhar o prêmio Nobel da Paz mereça apenas uma nota no pé da página", disse o holandês Hans Verolme, diretor do programa de mudanças climáticas da WWF.

O Brasil foi um dos países decisivos para o desenlace das negociações. "O país deu uma contribuição importante quando assumiu compromissos para gerar objetivos mensuráveis, transparentes e verificáveis para reduzir suas emissões", disse Paulo Adário, coordenador da campanha do Greenpeace na Amazônia. Ele foi um dos observadores que acompanhavamtodas as reuniões dos diplomatas nas salas de negociações.

Quais são os pontos fundamentais do "mapa do caminho" que sai de Bali?

1. Emissões de gases poluentesO documento reconhece que será preciso fazer "cortes profundos" para evitar uma interferência perigosa das atividades humanas no clima. O documento se refere ao relatório final do IPCC, como queriam os países do G77 e a União Européia. Mas, conforme desejavam os EUA e o Canadá, não estabelece metas para serem negociadas nos próximos anos.

2. Responsabilidades diferentesOs negociadores devem considerar reduções nas emissões dos países desenvolvidos. Já as nações emergentes deverão considerar algumas medidas para controlar o crescimento de suas emissões. Para isso, o texto estabelece que os países ricos vão discutir mecanismos para transferir tecnologias limpas para as nações em desenvolvimento.

3. Mitigação dos impactos do aquecimento global. O texto menciona que as negociações agora vão definir fundos para financiar o esforço dos países mais pobres para se adaptar aos efeitos de um planeta com um clima irreconhecível. São projetos como construção de barreiras para conter a elevação do nível do mar oupesquisas para adaptar os cultivos à novas condições de chuvas.

4. Redução do desmatamentoOs negociadores, de agora em diante, deverão considerar programas de"incentivos positivos" para reduzir o desmatamento em países em desenvolvimento.

Deu no http://www.blogdoplaneta.globolog.com.br/

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