quarta-feira, 1 de abril de 2009

BIRD supervisiona o Projeto Mata Branca

Missão do BIRD/ Banco Mundial está no Ceará esta semana para supervisionar as atividades do Projeto Mato Branca, implantado desde o ano passado pelo cCONPAM/ Conselho de Política e Gestão do Meio Ambiente. Em Fortaleza desde a última segunda-feira, o grupo segue para a cidade de Tauá hoje, a fim de conferir as experiências-piloto já desenvolvidas no Sertão dos Inhamuns pelo projeto.

O BIRD financia as atividades do Mata Branca com o aporte de US$ 5 milhões, já liberados para o Estado do Ceará.Conforme explica o Economista André Aquino, o banco avalia, semestralmente, os resultados do projeto, ao passo que discute o que será feito nos seis meses seguintes. Pela impressão obtida até agora, o economista destaca que toda a parte de estruturação do projeto está completa, permitindo que três subprojetos a serem executados por entidades comunitárias estejam em vias de começar.

Outros 15 subprojetos, segundo ele, já foram aprovados e estão em processo de análise pelo BIRD.Outro ponto destacado pelo representante internacional foi a contratação da UFC/ Universidade Federal do Ceará para realizar a avaliação estratégica do bioma Caatinga. Previsto para ser concluído no início de 2010, o estudo traçará um diagnóstico das políticas públicas atuais e proporá outras.

Segundo Aquino, o resultado principal esperado pelo Bird com o projeto é a preservação da biodiversidade do bioma. “A Caatinga é um bem público global. Perder isso é uma perda para a humanidade”, afirmou. O economista ressaltou a existência de espécies e relações biológicas peculiares do bioma nordestino e o potencial do projeto para reduzir a pobreza no Ceará. “Grande parte da pobreza rural está ligada ao processo de desertificação”, disse.As atividades-piloto do Mata Branca estão sendo desenvolvidas nos municípios de Tauá, Crateús, Independência, Parambu e Quiterianópolis.

Segundo a Presidente do CONPAM, Tereza Farias, já foi montada a infraestrutura do projeto, que inclui a instalação de escritórios, a aquisição de veículos e a alocação de técnicos, além da estrutura de monitoramento ambiental por satélite em parceria com a FUNCEME/ Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos. A partir de abril, segundo ela, começará o repasse das verbas para as entidades habilitadas.

Reportagem de Ícaro Joathan para o Diario do Nordeste. Vale a pena conferir.

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