Os Caretas mantêm viva a tradição das comemorações profanas e festivas, relacionada com a malhação do Judas, no fim da Semana Santa. No sábado passado, conhecido popularmente por sábado magro, que antecede o de Aleluia, o grupo do Recreio e Morada Nova trouxe alegria para as ruas da cidade. Os brincantes dançavam em ritmo animado, com ginga própria e percussão do forró sertanejo. Conseguiram chamar a atenção dos moradores da cidade.
Os Caretas, como o próprio nome sugere, são mascarados e não se identificam. Em grupo, eles cercam os transeuntes e impõem a doação de dinheiro ou de algum alimento. Batem nas portas das casas e para as crianças são motivo de medo e corre-corre. Há grupos mais carentes, oriundos da periferia da cidade, que saem apenas com o objetivo de pedir esmolas para o desjejum, no Sábado de Aleluia. Não fazem, portanto, a brincadeira do sítio, o cercado de proteção dos alimentos.
Quando os grupos não têm condições de manter um trio de tocadores — sanfona, zabumba e triângulo —, utilizam alternativas de recursos modernos, como o uso de um gravador portátil. Com muito barulho e urros, eles saem dançando pelas ruas da cidade, ao ritmo do tradicional forró. Preservando ou não a característica regional, os brincantes contribuem para que a tradição folclórica permaneça viva.
Da mesma reportagem da Jornalista Elizangela Santos, para o Caderno Regional do Diário do Nordeste. Vale a pena conferir.
quinta-feira, 9 de abril de 2009
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