quinta-feira, 23 de julho de 2009

Resort ou Eólica?

Executivos das redes hoteleiras TAJ Hotels Resorts and Palaces e Jumeirah Hotels and Resorts, ambas da Ásia, e da Banyam Tree, dos Emirados Árabes, estiveram há algumas semanas no Ceará. Trazendo na bagagem a boa vontade de investir nas praias cearenses para além dos limites da Região Metropolitana de Fortaleza e na companhia de investidores cotistas de fundos de investimento, eles conheceram — de helicóptero e de automóvel — algumas áreas da costa cearense propícias para a implantação de resorts.

A idéia deles era — e continua sendo, mas em outros estados nordestinos — a de construir equipamentos hoteleiros com 130 a 150 bangalôs de alto luxo, bem na beira do mar. Tudo ia bem até que eles se depararam — no litoral de Aracati — com os gigantescos cataventos dos parques de energia eólica.

Surpreenderam-se e quase morreram de susto quando lhes disseram que esses parques estão sendo disseminados por todo o litoral do Estado. Aí, eles tomaram o rumo de Pernambuco e da Bahia. Na despedia, os indonésios e os árabes argumentaram que turistas de resort de alto padrão não querem a vizinhança de parques eólicos, que, na sua opinião, agridem a paisagem do lugar. Instalou-se o debate: são compatíveis e podem conviver na mesma área geográfica as políticas de desenvolvimento turístico e as de geração de energia eólica, produzida pela força dos ventos praianos?

Fonte Coluna Egídio Serpa. Jornal Diário do Nordeste.

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