segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Riscos de enchentes no interior do Ceará


Todos os municípios do Estado do Ceará mais afetados com enchente em 2009 continuam despreparados para a quadra invernosa e as enxurradas que virão com a temporada de chuvas deste ano de 2010.


A situação pode não ser ainda de alarme, mas é de preocupação para milhares de pessoas que moram nas áreas de risco no Interior do Ceará, onde as chuvas de pré-estação já se pronunciam com o céu frequentemente nublado e as primeiras precipitações. Passado menos de um ano do início da trágica enchente de 2009 no Estado, os municípios mais afetados continuam igualmente despreparados para as enxurradas. A estação chuvosa terá início com os rios já cheios. As áreas de risco continuam povoadas, e não houve novos serviços de drenagem para amenizar alagamentos nas principais vias.


Com a chegada das chuvas, aumentam as preocupações nas áreas de riscos do Crato. A principal preocupação é o canal do Rio Granjeiro. Todos os anos, o problema se repete.O canal transborda e as ruas das proximidades são inundadas. Sem nenhuma providência, o canal que passa ao lado da Prefeitura, é destruído gradativamente. A cada enchente, desce um pedaço de concreto. Uma chuva acima de 50 milímetros é suficiente para provocar estragos, comoreclamam os moradores da Avenida José Alves de Figueiredo, advertindoque ocanal pode transbordar e inundar as casas, como aconteceu no anopassado.


Este ano, o risco é maior porque o canal apresenta erosões em vários pontos. O Prefeito Samuel Araripe apresentacomo solução a construção de barragens no pé da serra do Araripe, de onde descem as águas. O projeto, que faz parte do Plano de Desenvolvimento Urbano da Cidade, segundo o prefeito, foi entregue ao Governo do Estado. Até o momento, não foram liberados os recursos suficientes para execução doprojeto.
O canal é também uma fonte de forte poluição. Parte dos dejetos da cidade é despejada dentro dele, provocando mau cheiro e doenças infecciosas. O mesmo problema se repete na Rua Tristão Gonçalves, conhecida por Rua da“Vala”. Os estabelecimentos comerciais são inundados porque a vala não suporta o volume de água quem desce do sopéda serra.

Outro ponto vulnerável é a encosta do morro do Seminário ocupado por casas em situação de risco de deslizamento.Oprojeto de saneamento e urbanização da encosta foi incluído no Programa de Desenvolvimento Urbano Regional, inserido no “Projeto Cidades do Ceará” e patrocinado pela Secretaria das Cidades e Banco Mundial

Fonte: Diário do Nordeste.

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