quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Açude Patu: casarões serão preservados

Uma cartilha educativa sobre a história e a importância dos casarões da barragem; uma emenda orçamentária popul.ar ao plano municipal de 2011 e a ocupação dos prédios restaurados. Estas foram algumas das estratégias iniciais definidas pelo Fórum Popular do Patrimônio Cultural e Ambiental de Senador Pompeu para restauração e preservação do sítio histórico do Açude Patu, neste Município do Sertão Central. Segundo o advogado Valdecy Alves, um dos articuladores do Fórum, a ideia é cada entidade participante do Movimento Popular assumir uma das salas do Casarão da Inspetoria, o primeiro a ser restaurado. Ele cita como exemplo os parceiros: Centro de Defesa, Instituto Casarão, IHC e Associação da Barragem. O Museu Igreja também poderá ser criado em um dos ambientes da velha edificação. Dessa forma será possível mantê-lo conservado. Arquitetos e estudiosos serão convidados a participar da restauração.

Na proposta, os recursos devem ser bancados pelo Município. A sociedade decidiu fazer a emenda popular na lei orçamentária, a ser aprovada este ano para 2011. De acordo com o advogado, há uma ação popular em curso na 15ª Vara da Justiça Federal, em Limoeiro do Norte. A medida pretende obrigar o Município e o Dnocs a preservarem os casarões. "Se a omissão do Poder Público continuar, a sociedade restaurará um a um através de mutirões. O novo cruzeiro do cemitério é um exemplo. Foi erguido através da participação de muitas mãos", completou o magistrado.

"Para manter o Casarão da Inspetoria as entidades parceiras se revezarão. Abrirão suas portas em dias diferentes. Todavia, para concretizá-la ainda há um longo caminho a ser percorrido", ressalta o cineasta e produtor cultural Fram Paulo da Silva, outro membro do Fórum. O primeiro passo será a elaboração do projeto, o levantamento dos custos. Caso o Município não disponibilize recursos para as obras, a alternativa será recorrer aos editais públicos, conforme acrescentou.

Mas somente patrimônios tombados podem contar com a captação de investimentos das Secretarias de Cultura, do Estado e Federal. De acordo com o cineasta, desde os anos 80 o processo se arrasta na Câmara de Vereadores de Senador Pompeu. "Um vereador pediu vistas e desde então o assunto não foi mais discutido por lá".

Fonte: Caderno Regional/ Diário do Nordeste

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