sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Ceará registra 349 focos de queimadas

As queimadas no Estado têm sido motivo de grande preocupação para a população, neste período do ano. A prática ainda é comum em várias regiões do Ceará e pode trazer problemas para o solo e aos motoristas que utilizam as rodovias próximas a estas áreas. Para se ter uma ideia, segundo dados do Instituto de Pesquisas Espaciais (Inpe), de janeiro até agosto deste ano, foram registrados no Estado 349 focos de queimadas.Os números acompanham a realidade nacional, registrando sucessivos recordes de incêndios florestais no Brasil. Segundo o Inpe, até agosto havia 28.608 focos de queimadas espalhados pelo Brasil.

Por isso, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) no Ceará está formando brigadas de incêndio para reforçar o trabalho do Corpo de Bombeiros. De acordo com o coordenador de Fiscalização do Ibama no Ceará, Rolfran Castro Ribeiro, 60 brigadistas estão sendo treinados para atuar no Interior e na Capital. Ainda segundo ele, os municípios que apresentam um maior número de queimadas são Acopiara no Centro-Sul e Mombaça, Frecheirinha e Quixadá no Sertão Central e Crato, na região do Cariri.

Conforme Roberto Cabral Borges, coordenador nacional de Operações do Ibama, Mato grosso, Goiás, Rondônia e Pará, são os Estados que apresentam um clima mais seco e, por isso, um maior risco de queimadas. Segundo ele, apesar do Ceará não apresentar uma situação crítica, a quantidade de focos de queimadas é preocupante.Segundo Rolfran cada município tem uma responsável que pertence aos Conselhos Municipais para informar os focos de incêndio da região. Para ele, as queimadas e os incêndios florestais começam a se intensificar nos meses de setembro e outubro, pois os agricultores ao preparar a terra para plantar acabam esquecendo que o clima seco intensifica as chamas o que acaba gerando incêndios.

Para se ter uma ideia da situação dos crimes ambientais no Estado, segundo Fabio Bandeira, coordenador de Fiscalização do Ibama na região Centro-Sul e Inhamuns, composta por 26 municípios, somente este mês, foram realizadas nove autuações, em mais de mil hectares, nos municípios de Cariús, Orós, Iguatu e Aiuaba.

Bandeira disse que, na maioria das vezes, o proprietário das terras se torna vítima, pois os principais responsáveis pelo surgimento das queimadas no Interior são os caçadores. Ele explica que os mesmos fazem fogueiras para se proteger do frio e de mosquitos.

Fonte: Regional/ Diario do Nordeste

Um comentário:

AC Capitão Carbono disse...

O Código Florestal Brasileiro (lei n. 4771 de 05/03/1965) reformado pela Política Nacional de Meio Ambiente PNMA (lei. n. 6938 de 25/05/1981) resa " As florestas nativas passam a ser um bem jurídico ambiental, tem valor intrínseco próprio e independente de suas utilidades " .
Mais adiante os dec. ns. 3440 de 20/05/2000 institui o Plano Nacional de Florestas PNF, aponta um déficit de 200.000 ha por ano de florestas comerciais e dá preferência ás pequenas e médias propriedades para o plantio (porisso o faremos de maneira seccionada) e o dec. de n. 6874 de 05/07/2009 (veja que é muito recente), regulamenta o Fundo Nacional de Desenvolvimento Florestal FNDF apontando para o plantio incentivado e destina 300.000,00 por ano através de algumas fontes que incluem as do B.B. .
É muito importante a análise da lei n. 10711 de 05/08/2003 que instituiu o RENASEM, registro Nacional de Sementes e Mudas (coisa raríssima no nordeste) em seu art. segundo inciso IV " os viveiros são órgãos certificadores de sementes e mudas mediante controle de qualidade em todas as etapas do ciclo, inclusive do conhecimento da origem genética e o controle de gerações. Sem isto não é possível obter créditos de carbono e é o motivo pelo qual há a grande oportunidade para quem traduz (esta matéria extensa e chata) para a linguagem simples dos camponeses e camponesas os stake holder´s ou agentes da transformação ora em curso.
Finalmente devemos lembrar da lei 9605/98 que trata dos crimes ambientais e que é o pesadelo atual no norte e nordeste.
Para os empresários e o novo empresariado, os Timber´s (compradores de florestas) que lideram fundos de investimentos internacionais e " family business" , segundo o banco Merryl Linch, apenas 80 destes administradores possuem 60.000.000.000 de dólares para aplicar em florestas pelo mundo. E ainda deixam a captura do carbono para nós.

O curso Sustentabilidade Simbiótica (" inteligense managemment of the earth resouser´s") através do qual se " traduz" , leis ambientais e das florestas, a captura de carbono e sua transformação em " creditos" de carbono segundo protocolo de Kioto, as maravilhas da biociência, a biodinâmica da terra tudo isso por sí só ciências muito complicadas, para a simplicidade dos homens e mulheres do campo. Soma-se a isso a ciência administrativa com sua engenharia contábil e financeira muito prescisa, aplicada originalmente para bancos e só em sonho aplicadas á área rural, cotando com camponeses e camponesas atuando como os verdadeiros agentes da transformação (" stake holder´s"). Nunca se trouxe ao campo a economia aplicada no mercado financeiro e é isso que faz meu sistema ser diferente. Primeiro ensinamos ás prefeituras e criamos cooperativas nas comunidades depois, arrendamos ou compramos terras, principalmente degradadas, mas com águas e próximas aos rios das bacias (ênfase na bacia do prata ao sul bacia amazônica ao norte, onde há uma carência de 60.000.000 de árvores naturais em cada uma, mais um déficit de árvores exóticas para a indústria com um mesmo n. previsto para 5 anos (e a madeira se valoriza 39% a.a).
Tendo lógica e bom senso, o Sistema SantaFé de Agroflorestas trará o conceito de moeda " valor recebido" (as mudas plantadas, com seguro e monitoradas por satélite) contra o " valor legal" da moeda, que afinal é uma assinatura de um presidente.
Pergunto qual é o melhor negócio?
Chamo atenção pra a grande oportunidade no Ceará para repormos as florestas queimadas.

ojardineiro.co@hotmail.com tel. sul 36227581 cel. SP. 013 07097599