quinta-feira, 21 de outubro de 2010

MP cobra providência contra abandono do Sítio Fundão

Um incêndio registrado, esta semana, no Sítio Fundo, que foi comprado pelo Governo do Estado, no valor de R$ 1,2 milhão, para ser transformado em Parque Estadual, reacendeu a polêmica em torno do "abandono" do que deveria ser a maior reserva ecológica da região. O promotor de Justiça, Pedro Luiz Campelo, convocou uma audiência pública, que será realizada no dia 11 de novembro, para, de acordo com o representante do Ministério Público, instruir uma futura Ação Civil Pública por omissão do poder público em relação ao meio ambiente do Município do Crato, em especial, a degradação do Sítio Fundão. Ainda hoje, a gerência regional da Semace vai se encontrar com o promotor, em Fortaleza, coma finalidade de repassar todas as informações sobre o Parque.

Um dos ex-proprietários do Sítio, Ed Alencar, adverte que a madeira vem sendo retirada. Parte do arame da cerca, construída pelo Governo do Estado, foi roubada. O engenho de pau, puxado a boi, única lembrança regional do Brasil colonial, está se acabando. Não resiste mais ao próximo inverno. A água, que enchia as barragens construídas pelos escravos, foi desviada, o rio secou. Em função das denúncias, segundo Ed, a água voltou a correr no rio que corta o Sítio.

Estas denúncias, conforme ele, foram levadas ao conhecimento da Comissão Nacional do Meio Ambiente, com sede em Brasília, que cobrou providências do Ibama e da Semace. A Semace respondeu que a denúncia não procede. Porém, somente a casa de taipa de primeiro andar, de acordo com a Semace, está deteriorada.

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