Sítio mistura histórias de suor, devoção e patriarcalismo. Mas o legado maior é a edificação singular
Os homens do sertão foram capazes de muita coisa por água. Até hoje o são. Mas no início do século passado um enorme e isolado sítio no Município de Quixeré abrigou uma singular história de suor e lágrimas. Como quem constrói com as próprias mãos o seu pequeno reino, um homem manteve a família em regime de semi escravidão e juntos fundaram uma pequena vila toda feita de pedra.
Numa vida orquestrada ao som de marteladas, enormes blocos de pedras foram se emoldurando. Uma gruta deu origem a uma cacimba para extração de água. Um templo foi erguido para evocar o divino. E a chuva. Escondida entre as vegetações da Caatinga, a Fazenda Mato Alto misturou água, sangue, suor e segredos. Hoje considerado um trabalho de engenharia e empreendedorismo, a história da família que viveu e moveu pedra sobre pedra ainda é ecoada pelo último dos seus sobreviventes.
Fonte: Regional/ Diário do Nordeste Online
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