Visitar a história é se dizer movido de orgulho ou decepção, mas sempre curiosidade. E pelas bandas da internacional Canoa Quebrada, mais conhecida que o próprio nome do Município, há quem se faça curioso, orgulhoso e pouco rogado ao pequeno legado dado na lembrança ao filho mais ilustre do litoral cearense. Nasceu lá Francisco José do Nascimento, o "Dragão do Mar", o mulato líder dos jangadeiros que disse "neste porto não embarcam mais escravos". Dito e feito. Iluminou-se ali o símbolo de luta abolicionista e de redenção que marcou a história do Ceará, que tanto se orgulha de ter sido a primeira província a abolir a escravidão negra. Em Aracati se comemorou os 172 anos de seu nascimento. Dragão do Mar é um nome pomposo que poucos sabem que a certidão é Francisco José do Nascimento, ou "Chico" - filho de Matilde com seu Manoel, ambos vivedores no Fortim, vizinho a Aracati e onde o rio Jaguaribe deságua no mar. Virou "Chico de Matilde", que perdeu o pai foi cedo, e a humilde mãe entregou-o para ser menino de favores na casa do Juiz de Direito de Aracati. Não durou muito a pegá-lo de volta e levá-lo para Fortaleza. "Na Capital, ganhou o caminho comum aos negros e iletrados: o porto", diz Tácito Forte, vereador de Aracati que debruçou-se em pesquisas sobre o conterrâneo e discursou emocionado na comemoração dos 172 anos do abolicionista, resumindo a história para os povos do mar de Canoa Quebrada, como quem alerta para um passado do qual todo canoense deve se orgulhar. Mas só se orgulha quem conhece. E enquanto a Rua Dragão do Mar, principal de Canoa Quebrada, ficar mais lembrada por "Broadway", em alusão à rua mais famosa de Nova York, nos Estados Unidos, que não tem nada a ver com a história, o "Dragão" será peça secundária. No final dessa rua, que algum estrangeiro quis colonizar em significado (e conseguiu!), passa pouco percebida (e à noite está sem iluminação) uma homenagem a Chico de Matilde: um semi-busto (só tem a cabeça), numa reprodução de jangada para lembrar que ali nasceu, em 15 de abril de 1839. Dragão do Mar saiu de Aracati tinha apenas 8 anos, mas o psicanalista Sigmund Freud (1835-1930) entendedor do que a infância representa para o ser humano, cobriria de razão em, hoje, os cidadãos de Aracati se mobilizarem orgulhosos para relembrar o conterrâneo, libertário que, "menino véi" (como se diz de "moleque"), andou e fez "mandados" para os homens de posse ali pela "Rua Grande", a Rua Coronel Alexanzito, patrimônio histórico e onde se situa o Museu Jaguaribano. Francisco José do Nascimento era mulato, não era escravo, mas conhecia a penúria dos negros nos porões, mas também nas ruas, na vida. Prodigioso, era afoito tanto para mergulhar no mar quanto ser partícipe, como único não-branco, em associações de elite no Ceará. Mas o mais nobre era a causa na Associação Cearense Libertadora. Em 27 de janeiro de 1881, aos 42 anos de idade, deflagrou uma greve com os jangadeiros que trabalhavam no Porto do Ceará e faziam o desembarque dos escravos dos navios negreiros. "Neste porto não embarcam mais escravos". O rebuliço também contou com José Napoleão, o "príncipe da liberdade", negro liberto depois de comprar o seu indulto. A revolta ganhou repercussão, ainda teve a pressão da polícia que queria porque queria desembarcar os negros. Dragão do Mar e os outros seguravam a chama da libertação, que explodia por outros cantos do Brasil. O fato é que, em 25 de março de 1884, o Estado do Ceará ordenava a lei que abolia a escravatura, quatro anos antes da Lei Áurea assinada pela Princesa Isabel, libertando os negros no Brasil. E o cearense de Canoa Quebrada era ovacionado na chegada ao Rio de Janeiro. Ia no vapor Espírito Santo, o mesmo que ele e os jangadeiros impediram de desembarcar no Ceará. Tirou do porão sua bagagem: a jangada "Liberdade". Jogou-se ao mar e "jangadeou" até pisar no solo do Rio de Janeiro, onde recebeu, do povo, o título de Dragão do Mar.
sábado, 30 de abril de 2011
Dragão do Mar é lembrado em Aracati
Visitar a história é se dizer movido de orgulho ou decepção, mas sempre curiosidade. E pelas bandas da internacional Canoa Quebrada, mais conhecida que o próprio nome do Município, há quem se faça curioso, orgulhoso e pouco rogado ao pequeno legado dado na lembrança ao filho mais ilustre do litoral cearense. Nasceu lá Francisco José do Nascimento, o "Dragão do Mar", o mulato líder dos jangadeiros que disse "neste porto não embarcam mais escravos". Dito e feito. Iluminou-se ali o símbolo de luta abolicionista e de redenção que marcou a história do Ceará, que tanto se orgulha de ter sido a primeira província a abolir a escravidão negra. Em Aracati se comemorou os 172 anos de seu nascimento. Dragão do Mar é um nome pomposo que poucos sabem que a certidão é Francisco José do Nascimento, ou "Chico" - filho de Matilde com seu Manoel, ambos vivedores no Fortim, vizinho a Aracati e onde o rio Jaguaribe deságua no mar. Virou "Chico de Matilde", que perdeu o pai foi cedo, e a humilde mãe entregou-o para ser menino de favores na casa do Juiz de Direito de Aracati. Não durou muito a pegá-lo de volta e levá-lo para Fortaleza. "Na Capital, ganhou o caminho comum aos negros e iletrados: o porto", diz Tácito Forte, vereador de Aracati que debruçou-se em pesquisas sobre o conterrâneo e discursou emocionado na comemoração dos 172 anos do abolicionista, resumindo a história para os povos do mar de Canoa Quebrada, como quem alerta para um passado do qual todo canoense deve se orgulhar. Mas só se orgulha quem conhece. E enquanto a Rua Dragão do Mar, principal de Canoa Quebrada, ficar mais lembrada por "Broadway", em alusão à rua mais famosa de Nova York, nos Estados Unidos, que não tem nada a ver com a história, o "Dragão" será peça secundária. No final dessa rua, que algum estrangeiro quis colonizar em significado (e conseguiu!), passa pouco percebida (e à noite está sem iluminação) uma homenagem a Chico de Matilde: um semi-busto (só tem a cabeça), numa reprodução de jangada para lembrar que ali nasceu, em 15 de abril de 1839. Dragão do Mar saiu de Aracati tinha apenas 8 anos, mas o psicanalista Sigmund Freud (1835-1930) entendedor do que a infância representa para o ser humano, cobriria de razão em, hoje, os cidadãos de Aracati se mobilizarem orgulhosos para relembrar o conterrâneo, libertário que, "menino véi" (como se diz de "moleque"), andou e fez "mandados" para os homens de posse ali pela "Rua Grande", a Rua Coronel Alexanzito, patrimônio histórico e onde se situa o Museu Jaguaribano. Francisco José do Nascimento era mulato, não era escravo, mas conhecia a penúria dos negros nos porões, mas também nas ruas, na vida. Prodigioso, era afoito tanto para mergulhar no mar quanto ser partícipe, como único não-branco, em associações de elite no Ceará. Mas o mais nobre era a causa na Associação Cearense Libertadora. Em 27 de janeiro de 1881, aos 42 anos de idade, deflagrou uma greve com os jangadeiros que trabalhavam no Porto do Ceará e faziam o desembarque dos escravos dos navios negreiros. "Neste porto não embarcam mais escravos". O rebuliço também contou com José Napoleão, o "príncipe da liberdade", negro liberto depois de comprar o seu indulto. A revolta ganhou repercussão, ainda teve a pressão da polícia que queria porque queria desembarcar os negros. Dragão do Mar e os outros seguravam a chama da libertação, que explodia por outros cantos do Brasil. O fato é que, em 25 de março de 1884, o Estado do Ceará ordenava a lei que abolia a escravatura, quatro anos antes da Lei Áurea assinada pela Princesa Isabel, libertando os negros no Brasil. E o cearense de Canoa Quebrada era ovacionado na chegada ao Rio de Janeiro. Ia no vapor Espírito Santo, o mesmo que ele e os jangadeiros impediram de desembarcar no Ceará. Tirou do porão sua bagagem: a jangada "Liberdade". Jogou-se ao mar e "jangadeou" até pisar no solo do Rio de Janeiro, onde recebeu, do povo, o título de Dragão do Mar.
sexta-feira, 29 de abril de 2011
Saneamento básico: tudo é difícil
quinta-feira, 28 de abril de 2011
IAB promove palestra sobre Inventário Ambiental de Fortaleza
Realizado durante 18 meses entre 2002 e 2003, o inventário é um levantamento da situação dos recursos hídricos, da orla marítima e de ocupações urbanas que interferem na conservação dos espaços naturais de Fortaleza. O estudo foi contratado pela Prefeitura de Fortaleza à Associação Técnico Científica Paulo de Frontin (Astef), vinculada aos professores do Centro de Tecnologia da Universidade Federal do Ceará.
A proposta do inventário surgiu no âmbito dos trabalhos de revisão da legislação urbanística de Fortaleza, que ficaram conhecidos como projeto LegFor. Para realização do inventário, foi formada uma equipe multidisciplinar composta por arquitetos e urbanistas, geógrafos, engenheiros florestais, biólogos, físicos, sociólogos e outros profissionais. Os levantamentos realizados resultaram em um diagnóstico da situação e em recomendações para programas de preservação e qualificação ambiental.
Segundo Sales, o inventário trouxe subsídios para a formulação do anteprojeto do Código do Meio Ambiente de Fortaleza, que deveria ser levado à discussão na Câmara Municipal. Infelizmente, segundo ele, a matéria foi retirada de pauta por motivos até hoje desconhecidos.
"O estudo do meio ambiente é imprescindível para o desenvolvimento de políticas públicas de preservação dos espaços naturais e muito mais quando estes estão inseridos em grandes concentrações urbanas, como o caso de Fortaleza, uma cidade consolidada sobre uma frágil planície de dunas litorâneas entrecortadas de pequenos cursos d'água e lagoas. (...) Não tem sentido o esquecimento involuntário destes resultados", declara Sales.
terça-feira, 26 de abril de 2011
Caatinga: 45% desta vegetação já foi devastada
Apesar de os dados mais recentes sobre a situação da Caatinga só ficarem prontos em maio, Izabella Teixeira adiantou que mais de 45% desta vegetação já foi devastada. "Por esta razão é importante que a população saiba a importância de se preservar e de se criar mecanismos inovadores para também gerar renda, contribuindo ainda para a inclusão social".
Na ocasião, o deputado estadual Dedé Teixeira lembrou a necessidade da aprovação das PECs 115/95 e 504/10, que tornam o Cerrado e a Caatinga patrimônios nacionais.
A ministra informou que tem como prioridade a aprovação de projetos permanentes para a captação de recursos. "Para o financiamento de ações, estamos privilegiando o desenvolvimento de projetos que desencadeiem resultados abrangentes". Izabella Teixeira comentou que o Ministério irá busca investimentos e uma nova visão de gestão para áreas urbanas, como o Parque do Cocó, minimizando conflitos. Sobre o novo código florestal, afirmou que a postura do governo é divergente. Dizendo-se otimista, ela comentou que o tratado vai assegurar uma prática legal de agricultura. "Temos que diferenciar o pequeno do grande agricultor, já que aquele desmatou irregularmente. Vamos apresentar novas alternativas".
domingo, 24 de abril de 2011
O valor do trabalho dos morcegos
Os serviços prestados pelos morcegos à agricultura nos Estados Unidos valem bilhões de dólares, segundo um estudo publicado na edição do último dia 01 de abril da revista científica Science. A conta, que pode variar de US$ 3,7 bilhões a US$ 53 bilhões por ano (aproximadamente entre R$ 6 bilhões e R$ 88 bilhões), inclui os custos de combate a insetos, consumidos por morcegos, em importantes áreas produtoras agrícolas americanas, como os campos de algodão do Texas.
Esta é a conta que os Estados Unidos poderão ter de pagar se não tomarem medidas para proteger morcegos, que hoje sofrem duas ameaças sérias no país: a síndrome do nariz branco, provocada pelo fungo Geomyces destructans, que afeta o comportamento e o desenvolvimento de quirópteros durante a hibernação em cavernas, e os campos de geração de energia eólica . Os campos de produção de energia movidos por vem misteriosamente exercem uma atração mortal para os morcegos, que os cientistas ainda não compreenderam. Segundo o estudo, até 2020, entre 33 mil e 110 mil morcegos vão morrer por ano em choques com turbinas só nas montanhas do Meio-Atlântico.
Para calcular o valor do trabalho dos morcegos, os pesquisadores consideraram estimativas publicadas anteriormente que indicavam que a eliminação de pragas por morcegos no centro-sul do Texas podem variar de US$ 12 a US$ 173 por acre de algodão e extrapolaram os dados para outras regiões dos Estados Unidos.
E o preço do trabalho noturno destes mamíferos pode ser ainda maior, pois a estimativa deixa de lado custos adicionais com a resistência desenvolvida pelos insetos a agrotóxicos ou produtos transgênicos.Ficou de fora também desta conta a proteção que os morcegos prestam às florestas, com a eliminação de insetos que predam a vegetação. Ou seja, os morcegos não vieram apresentar a conta, mas não levá-los em consideração, e protegê-los, pode custar muito.
sábado, 23 de abril de 2011
Procissão do Senhor morto reúne 8 mil fiéis no Centro do Crato
Em ato de respeito à simbologia do ´Senhor morto´, cerca de oito mil fiéis participaram, na tarde de ontem, de procissão pelas ruas do entorno da Catedral, no Centro. A caminhada aconteceu em seguida à celebração, presidida pelo arcebispo de Fortaleza, dom José Antonio Tosi.
sexta-feira, 22 de abril de 2011
Comunidade preserva tradição
Segundo o líder dos Caretas, o vigia Gilsonir Alves Magalhães, foi um tio quem começou a cultuar o rito folclórico nas terras onde nasceu. O hábito chegou à comunidade no início da década de 90. De lá para cá algumas mudanças ocorreram.
As máscaras, antes confeccionadas com couros de animais, principalmente de cabra, foram substituídas por tecido. O curtume está praticamente extinto na região, daí a necessidade da mudança. Mesmo assim um dos caretas utiliza os trajes característicos, para relembrar as origens. No mais, a brincadeira permanece a mesma.
Para evitar mais mudanças e manter a tradição, a Associação Comunitária de Engenheiro José Lopes, com o apoio do Instituto Casarão, desenvolve um projeto com crianças de adolescentes daquela localidade. Para Fram Paulo da Silva, produtor cultural e articulador do Instituto Casarão, crianças e adolescentes reinventam, criam e recriam a cada ano os caretas.
Imprudência e buracos deixam viagem mais perigosa
quinta-feira, 21 de abril de 2011
Copa 2014: Ministro das Cidades afirma que obras estão em atraso
Ministro das Cidades, Mario Negromonte, disse nesta quarta-feira (20) que seis das 12 cidades brasileiras que irão sediar a Copa do Mundo de 2014 estão com obras necessárias ao campeonato atrasadas. “Nossa parte [da União] é mobilidade urbana e vamos ter que ter a responsabilidade de levar o torcedor até a catacra. São 12 capitais sedes da Copa. Boa parte está com problema. Eu diria meia dúzia”, disse, durante cerimônia de formatura de novos diplomatas, no Itamaraty.
Negromonte admitiu ainda que será preciso aumentar o ritmo de trabalho para concluir todas as obras que viabilizarão o mundial. “Nós estamos monitorando essas obras, mas muitas têm problemas jurídicos, ambientais, problemas de licitação. Tem gargalos que estamos desobstruindo. Depois que iniciar essas obras, vamos ter que trabalhar de manhã, de tarde e de noite para avançarmos”, afirmou.
Segundo o ministro, a “única certeza” do governo é a de que a Copa tem data certa para ser realizada. “Existe uma preocupação de que não vai trazer prejuízo para o andamento das obras. A única certeza que temos é que a data da Copa não pode ser adiada”.
Ele defendeu a flexibilização das regras de licitação para acelerar a concretização dos projetos necessários ao campeonato. “Temos que diminuir esses gargalos e simplificar normativas, procedimentos e a burocracia para que possamos avançar”, disse. Negromonte negou que desburocratizar o processo de licitação possa encarecer obras e facilitar irregularidades.
“Pode-se simplificar sem perder de vista a lisura e o padrão de seriedade e de ética. Queremos a obra pronta sem passar por cima das leis. O Ministério Público, o Tribunal de Contas da União e a Controladoria-Geral da União vão fiscalizar”, defendeu.
Um estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), divulgado na semana passada, apontou que ao menos 9 dos 13 aeroportos brasileiros que estão em obras para a Copa de 2014 não devem estar prontos a tempo de receber o evento.”
Fonte: Portal G1
quarta-feira, 20 de abril de 2011
Atlas de espécies ameaçadas nos Parques Nacionais
Quase metade das espécies de animais sob risco de serem extintos no Brasil ainda não encontra abrigo em áreas protegidas do governo federal, segundo informações do Atlas da Fauna Brasileira. A publicação traz o cruzamento de informações de 618 espécies brasileiras ameaçadas e de 310 unidades de conservação federais. Além de dados gerais, a publicação (que pode também ser encontrada na internet) traz a lista de espécies ameaçadas encontradas em cada uma das UCs federais.
De acordo com o texto de introdução do próprio Atlas, a iniciativa nasceu da necessidade de conhecer a eficiência do Sistema Nacional de Unidades de Conservação (Snuc) na proteção de espécies da fauna brasileira ameaçadas. As informações foram compiladas de fontes dispersas e armazenadas em formatos distintos, como documentos oficiais, literatura científica, coleções biológicas e documentos das próprias unidades de conservação.
O resultado demonstra que as reservas federais abrigam 313 espécies em extinção. A maior parte destas espécies é formada por aves. Mas a recordista de registros em reservas (em 59 unidades) é a onça-pintada (Panthera onca)Os dados indicam também que estados onde as florestas ainda estão mais preservadas, como na Amazônia, o número de espécies ameaçadas é menor. Unidades localizadas na Mata Atlântica são também aquelas que protegem o maior número de espécies ameaçadas.
A Reserva Biológica de Sooterama, no Espírito Santo, se destaca por abrigar 33 espécies sob ameaça. Na outra ponta está a Área de Relevante Interesse Ecológico Pontal dos Latinos e Pontal do Santiago, nos Pampas do Rio Grande do Sul, onde podem ser vistas franciscanas ou toninhas (Pontoporia blainvillei), que também pode ser encontradas em outras regiões, dos sul do país até o Rio de Janeiro.
As UCs federais de proteção integral, como estações ecológicas ou reservas biológicas, têm um papel mais importante na preservação das espécies ameaçadas do que as de uso sustentável. Em 84,7% das unidades de proteção integral, existe registro de espécies da fauna brasileira ameaça de extinção. Animais ameaçados foram registrados em 47,4% das das unidades de uso sustentável.
terça-feira, 19 de abril de 2011
A COPA 2014 sem licitações
segunda-feira, 18 de abril de 2011
Arquiteto desafia Joaquim Cartaxo para um debate público sobre a Gestão Luizianne Lins
O vice-presidente do Instituto dos Arquitetos do Ceará (IAB), José Sales, fez um comentário instigante no post do Blog relacionado ao artigo do também arquiteto e ex-presidente regional do PT, Joaquim Cartaxo. Ele questiona a tese de Cartaxo de que a gestão Luizianne Lins é alvo dos conservadores de Fortaleza. José Sales, inclusive, desafia Cartaxo para que, num debate aberto e com imprensa, mostre as realizações concretas da prefeita. Confira:
Caro Joaquim Cartaxo,
Nomear toda critica como conservadora é uma atitude injusta e simplista. E de uma administração que ignora quaisquer parâmetros e/ou referências do que venha a ser gerir uma cidade como a nossa, de mais de 2,5 milhões de habitantes, e de alta complexidade. Tudo num quadro onde absolutamente nada se referencia a um sistema de planejamento e gestão contemporâneo, onde a visão de futuro é o olhar do momento, como se atitudes midiáticas baseadas unicamente na propaganda conseguissem convalidar soluções miraculosas às nossas urgentes demandas urbanas.
Parece-me que muito mais conservador mesmo é esta postura de não conseguir realizar uma autocrítica proativa e corrigir os rumos de uma gestão, aparentemente errática, no tempo que resta de mandato. Ou estamos todos equivocados com o “não realiza”.
E os exemplos “quase realizados” estão aí à verificação de todos nós, moradores desta cidade: consolidar um simples jardim com mais de 800 dias de atraso é um absurdo em qualquer roteiro de trabalho. Não conseguir viabilizar um plano de trabalho imaginado há 16 anos atrás e garantido por um financiamento internacional, como o Programa BIDFOR, renomeado de TRANSFOR, é pagar várias vezes os serviços da dívida do empréstimo internacional que diluem as vantagens do mesmo.
Implantar um hospital sem prazos precisos de realização é acrescer valores de custo incalculáveis e inimagináveis a uma obra de alta complexidade. Realizar projetos incompletos ou com erros de concepção e corrigí-los durante sua consolidação, é uma atitude não recomendável nem para os iniciantes das profissões ligadas às engenharias e arquitetura.
Não dar seguimento continuado a uma obra de urbanização de alcance social inequívoco como o Projeto Costa Oeste, hoje “Vila do Mar”, simplesmente a renomeando, é simplório demais para o gosto de todos os moradores daquela região da cidade.
Cordialmente, participo deste debate sem quaisquer atitudes conservadoras.
domingo, 17 de abril de 2011
Dia Nacional da Caatinga ²
No interior do Estado do Ceará, professores e alunos se debruçam sobre o tema desse imenso bioma. É assim sempre que se aproxima o dia 28 de abril. A data é comemorada desde 2003, por decreto presidencial, ensejando homenagem ao ecólogo e professor João Vasconcelos Sobrinho, pioneiro nos estudos sobre o bioma. A Associação Ambiental Francy Nunes, em parceria com Associação Asa Branca, Ministério da Cultura e Governo do Ceará, lançou concurso de fotografia propondo "um novo olhar sobre o bioma Caatinga". As fotos vencedoras em 2010 foram olhares da vegetação no entorno da Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) em General Sampaio. São três fotógrafas: Fernanda Salviano Santos (1ºlugar), Maria Nilce da Silva (2º) e Priscila Thaiana Alves de Oliveira (3º lugar).
Dia Nacional da Caatinga ganha comemoração
"Nessa vida eu só preciso/de um sorriso pra florar/ Terra seca desse meu peito/ Dê um jeito de arrancar. Ca cá ta vento vento/ Catavento (...) Roda roda catavento traz o tempo de cantar". A canção "Catavento", de Oswald Barroso e Eugênio Leandro, jorra lirismo de um bioma cujo patrimônio biológico não é encontrado em outra parte do mundo além do Nordeste brasileiro: a Caatinga. Esse ´mundão´ do qual se olhando no horizonte é imenso verde na estação chuvosa e esbranquiçado nos meses secos. Longe de ser região pobre, compõe o cartão-postal biológico em nove Estados, de rica fauna e flora e cheia de cataventos conectados com o subterrâneo. Já iniciaram comemorações pelo Dia Nacional da Caatinga, em 28 de abril. Uma vegetação singular, de uma fauna igualmente ímpar, que atravessa Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Bahia e o norte de Minas Gerais. Eis a Caatinga, um bioma essencialmente brasileiro. A palavra vem do Tupi, significa ´mata branca´. Tem uma imensa flora, com mais de mil espécies de plantas aqui encontradas, e centenas de espécies de aves e de mamíferos, e outras tantas dezenas de anfíbios e répteis.
sexta-feira, 15 de abril de 2011
Romário discutirá a COPA 2014, em Fortaleza
O Deputado federal Romário, ex-craque de futebol, integra grupo de parlamentares da Comissão e Turismo e Desporto da Câmara que, a partir das 9 horas da próxima segunda-feira, estará debatendo, em audiência pública, na Assembleia Legislativa, projetos ligados à Copa 2014.
Ele é um dos convidados do deputado federal André Figueiredo, membro da comissão, e deve desembarcar nesta noite de domingo na Capital cearense.
O objetivo da audiência pública, conform André Figueiredo, é discutir o andamento das obras e cobrar celeridade. O grupo ainda fará uma visita técnica ao Estádio Castelão, que passa por reforma. O governador em exercício Domingos Filho oferecerá almoço para os parlamentares no Palácio da Abolição.
Fonte: Blog do Eliomar de Lima
URCA ELEITORAL
A URCA/ Universidade Regional do Cariri vive período de eleição para reitor. A consulta ocorrerá no dia 27 de maio e as chapas devem se inscrever até segunda-feira próxima. A primeira chapa já inscrita tem á frente a vice-reitora Otonite Cortez.
Fonte: Vertical/ O POVO Online
quinta-feira, 14 de abril de 2011
terça-feira, 12 de abril de 2011
Destruindo as opiniões técnicas
Fonte: Coluna Egidio Serpa/ Diário do Nordeste
segunda-feira, 11 de abril de 2011
A sede do Geopark Araripe tem qualidade duvidosa
Prefeito do Crato apresenta Plano de Saneamento Básico
Fortaleza nasceu do Forte Schoonemborck/ 1649
”Fortaleza desenvolveu-se a partir do forte Schoonemborck, construído em 1649 pelos holandeses no litoral cearense. Poucos anos adiante, em 1654, o forte foi conquistado pelos colonizadores portugueses e passou a ser chamado de fortaleza Nossa Senhora de Assunção, dando origem ao nome da cidade. (http://www.colorfotos.com.br/fortal/f-princip.htm)
Assim sendo, é bom deixar claro alguns pontos da conquista luso-holandesa: a partir da construção do Forte de São Tiago, na foz do Rio Ceará (começo do século XVII), iniciou-se a ocupação das terras da futura cidade (e, por consequência do Estado), não significando ainda o início de sua construção. Esse processo teve seguimento com a edificação do Forte de São Sebastião.
A futura construção, noutro ponto do território, do Forte Schoonemborck (1649), rebatizado pelos portugueses com o nome de Fortaleza de Nossa Senhora da Assunção, aí sim, daria início ao florescimento da cidade de Fortaleza, na margem esquerda do Riacho Pajeú.
Na nossa modesta opinião, deveria ser contada daí a idade da capital do Estado do Ceará. É bom lembrar ainda que o território cearense teve sua ocupação ampliada e iniciada pelo interior, através da criação de animais e, depois, da produção da algodão. De 1649 para cá, já se vão 362 anos.
Porém, o que julgamos mais relevante neste momento não é a discussão de uma ou outra data, mas o levantamento dos problemas da cidade, para a tentativa de intervenção do Estado e da sociedade, e sua consequente elucidação.
Como a História é feita de versões múltiplas, pode haver historiadores que discordam de uma outra versão. No entanto, cremos, que todos concordam num ponto: Fortaleza precisa ser melhor tratada!
João Teles de Aguiar,
Graduado do História pela UECE
Especialista em Docência.
domingo, 10 de abril de 2011
Sucessão em vista na URCA
sábado, 9 de abril de 2011
Proposta do Sítio Fundão incompleta
Ele citou a audiência pública realizada pelo promotor de Justiça, Pedro Luiz de Lima, no dia 11 de novembro de 2010 para discutir a aplicação das verbas de compensação ambiental destinadas à construção de equipamentos no Sítio Fundão.
O projeto original previa a reforma estrutural do parque, construção de um prédio para a Companhia de Polícia Militar Ambiental (CPMA), um estábulo para os cavalos da Companhia, uma casa para a gerência do parque, a sede da Semace Cariri, um galpão-garagem para máquinas e veículos, um auditório multiuso e um prédio para alojamentos. Segundo o presidente do Conselho de Políticas e Gestão do Meio Ambiente, Paulo Henrique Lustosa, será elaborado outro projeto.
Centro de Convenções do Cariri sem data de inauguração
Apesar de quase concluídas, as obras do novo Centro de Convenções do Cariri estão paralisadas há mais de dois meses. O mato está tomando de conta da área. O único funcionário que apareceu no local disse à reportagem que não tinha nenhuma informação sobre a conclusão da obra. O gerente regional do DER, Luiz Salviano, informou que a primeira parte do contratado foi cumprida. Agora, será aberta outra licitação para o acabamento e compra de equipamentos. Mas não há data para inauguração.
O equipamento teve sua construção iniciada em julho de 2009. De acordo com divulgação inicial, o Centro de Convenções deveria ser concluído em maio de 2010, mas, por conta de questões burocráticas em relação à empresa que ficaria responsável pela execução, houve atraso no começo dos serviços. A inauguração foi transferida para julho e depois para setembro do ano passado.
O Centro de Negócios e Convenções do Cariri é uma obra de grandes dimensões. O total de área construída chegará a 2,4 mil metros quadrados e o prédio contará com quatro pavimentos (subsolo, térreo, primeiro e segundo andar). Com equipamentos modernos, serão construídos na edificação um auditório principal, com 417 lugares, e mais três auditórios complementares de 144 lugares cada. Do lado de fora do prédio, um espelho d´água de 922 metros quadrados também será construído. A comodidade para os usuários do Centro de Negócios também será sentida por aqueles que necessitam de acessos especiais. Todos os blocos, pavimentos, palcos e banheiros contarão com rampas para o uso de cadeirantes.
O local deverá contemplar diversas atividades culturais e sociais, atraindo para a região seminários, cursos profissionalizantes, exposições, feiras, teatro, entre outros eventos. Estão sendo construídos espaços cobertos e ao ar livre para exposições, bem como jardins paisagísticos dotados de espelhos d´água. Com a construção do Centro de Convenções do Cariri, serão beneficiadas as cidades de Abaiara, Altaneira, Antonina do Norte, Araripe, Assaré, Aurora, Barbalha, Barro, Brejo Santo, Campos Sales, Caririaçu, Crato, Farias Brito, Granjeiro, Jardim, Jati, Juazeiro do Norte, Mauriti, Milagres, Missão Velha, Nova Olinda, Penaforte, Porteiras, Potengi, Saboeiro, Salitre e Santana do Cariri.
Crato espera pela retomada de obras estaduais
A ordem de serviço para iniciar a construção do Ginásio Poliesportivo da Urca foi assinada em setembro do ano passado, com prazo de 300 dias para ser concluída. A empresa Captora Engenharia Ltda., vencedora do processo de licitação, cercou a área e instalou o canteiro de obras. Mas ficou só nisso.
O empreendimento, avaliado em R$ 3,8 milhões, nunca foi iniciado. O gerente regional do DER, Luiz Salviano, esclareceu que a empresa que venceu a licitação não teve condições de executar o projeto. Foram convocadas as segunda e terceira colocadas na licitação, que também não demonstraram interesse em dar continuidade às obras. Neste caso, segundo Salviano, será aberto um novo processo de licitação.
O equipamento será construído no campus do Pimenta, no espaço que era utilizado como estacionamento da Expocrato, onde, há 30 anos, o então prefeito, Pedro Felício Cavalcanti, iniciou a construção de um Ginásio Esportivo que agora está coberto pelo mato.
Na ocasião da assinatura da ordem de serviço para a construção do ginásio, o reitor da Urca, Plácido Cidade Nuvens, destacou a conquista como um passo firme na consolidação da Universidade, além de um sonho acalentado pelos universitários. Nesta mesma área, dois empreendimentos do Governo do Estado estão concluídos, mas sem data para inauguração: a sede do Geopark Araripe e a Residência Universitária.
Outro empreendimento que entrou na relação de obras inacabadas foi a Escola Profissionalizante do Crato, localizada em frente à Faculdade de Direito, à margem da ferrovia por onde passa o Metrô do Cariri. A obra ficou nas fundações. Os cerca de 80 operários que trabalhavam no local foram dispensados. No canteiro de obras, ninguém fala sobre o assunto.
Desinformação
A Construtora MFP, de acordo com o gerente do DER, não cumpriu o cronograma programado. A informação é que somente a direção da construtora, que tem filial em Fortaleza, pode dar informações sobre a obra da Escola Profissionalizante do Crato. O projeto está orçado em cerca de R$7 milhões. Salviano esclarece que, a exemplo do Ginásio Poliesportivo, será aberto um outro processo de licitação.
As escolas profissionalizantes deverão funcionar em período integral, no primeiro horário ofertando matérias do Ensino Médio, e no segundo, darão formação técnica nas áreas de tecnologia, humanas e saúde, variando a partir da necessidade de cada Município. Mas cada unidade segue o mesmo padrão: 12 salas padrões, salas de direção, centro de multi-meios, laboratório de ciências, laboratório de informática, quadra coberta e áreas comuns.
A reportagem tentou, sem sucesso, entrar em contato, durante toda a manhã de ontem, tanto com a construtora Captor Engenharia, responsável pela construção do Ginásio Poliesportivo, quanto com a Construtora MFP, que é responsável pela execução d a Escola Profissionalizante. Os dois telefones não completaram a ligação.
sexta-feira, 8 de abril de 2011
Viagem ao Seringal Novo Encanto
Turismo ecológico de primeira grandeza. Assim é a expedição organizada pela Associação Novo Encanto de Desenvolvimento Ecológico (Anede) em sua reserva na Floresta Amazônica, a 142km de Rio Branco, capital do Acre.
quinta-feira, 7 de abril de 2011
quarta-feira, 6 de abril de 2011
Cidades globais desafiam sustentabilidade
Do mito da cidade ideal e sociedade perfeita - ideais perseguidos desde Platão, passando pelas utopias urbanas da era moderna até chegar às cidades globais. Assim pode ser contada a história da cidade, que surge com a civilização, como espaço marcado pelo encontro e trocas materiais e simbólicas.
Entre utopia e realidade, as cidades sempre constituíram espaços das diferenças. Surgidas, inicialmente, para proteger e demarcar espaços, hoje, se espalham em aglomerados urbanos cada vez mais densos, violentos e sem qualidade de vida.
Depois de ver proposto até mesmo o seu fim, a cidade teima em continuar sobrevivendo e desafiando planos urbanísticos e tentativas de ordenação, principalmente quando se vê concretizada a profecia da tendência à urbanização da população do Planeta. Os anos 1990 trouxeram um ingrediente a mais na já conturbada história da cidade: a sustentabilidade.
Como dar um freio a essas metrópoles e megalópoles que se esparramam mundo afora de forma desordenada? Com a palavra o professor da Universidade de São Paulo (USP), Ladislau Dowbor, que prefere trazer o assunto para o contexto brasileiro. "De forma geral as cidades no Brasil não são planejadas. O que não quer dizer que não sejam orientadas de certa forma, mas que a orientação obedece a interesses de incorporadoras, imobiliárias, empreiteiras, montadoras de automóveis - empresas que financiam pesadamente as campanhas eleitorais, e fazem aprovar as obras que lhes interessa, com sobrefaturamento que assegura a eleição seguinte", critica.
O resultado são núcleos nobres, com muito asfalto e infraestruturas, enquanto o grosso da população está em condições escandalosas. "A cidade desigual gera outras deformações, como os preços exorbitantes do solo em regiões nobres, o que força os pobres a morarem em regiões distantes e consolida a divisão espacial entre pobres e ricos, centro e periferia".
Debate
Ladislau Dowbor ministra palestra sobre "Cidades Sustentáveis", nesta sexta-feira, às 18 horas, no auditório da Associação dos Docentes da Universidade Federal do Ceará (Adufc). Ele fala sobre aspectos sociais e econômicos que estão incluídos no conceito de cidades sustentáveis, e admite: "Uma cidade é um adensamento muito grande de pessoas, vivendo em espaços reduzidos. Não organizar o convívio é ruim para todos".
"Para as empreiteiras, interessam grandes obras, viadutos, canalizações, mas não um parque, um espaço de lazer", argumenta. "Inaugurar obras grandiosas rende votos, mas o sistema de saneamento básico, e em particular o sistema de esgotos, não se inaugura com tanta pompa", completa.
Luxo e atraso
O resultado é o convívio de luxo e atraso. Cita o exemplo de São Paulo, que ostenta uma ponte vistosa sobre o Rio Pinheiros, que não permite passagem de pedestres ou ciclistas, por se tratar de região nobre. Mas, nos apartamentos frente ao rio, vendidos a R$14 milhões, é preciso ter janelas fechadas e o ar-condicionado sempre ligado, pois o rio é um esgoto malcheiroso.
Outro elemento importante é a garantia da coleta seletiva dos resíduos sólidos: "Eu reciclo na minha casa, faço compostagem, separo tudo o que pode ser reutilizado em embalagem separada, os catadores agradecem, não precisam abrir sacos de lixo para procurar latinhas". Mas enquanto a cidade não organizar um sistema efetivo de reciclagem, reutilização, diferenciação de destino final e assim por diante, eu me sinto um pouco como metido a verde".
Muitas cidades são cobertas de painéis solares de aquecimento de água. "Eco economiza-se radicalmente na conta da eletricidade". A água captada dos telhados por sua vez alimenta a horta, lava o carro.
Patrimônio dilapidado
Embora tenha sido beneficiada por inúmeros planos diretores, a evolução urbana da Capital não seguiu suas diretrizes, subestimando a relevância do elemento verde como fator de preservação do clima, das condições de habitabilidade e de embelezamento. Com isso, a qualidade de vida do residente caiu drasticamente.
A maioria das 60 lagoas situadas no espaço físico da cidade foi aterrada, suas várzeas desordenadamente ocupadas e o asfalto impermeabilizou o solo, de tal modo a comprometer o lençol freático. Os loteamentos nem sempre cumpriram as disposições de destinação de áreas verdes para tornar o ambiente habitável.
O melhor exemplo das distorções situa-se na parte de maior volume de edificação da cidade: a Aldeota. No traçado oficial do bairro, compreendendo as Ruas João Cordeiro e Frei Mansueto, Padre Valdevino e Avenida Dom Luís, só há espaço para a Praça Portugal. A expansão acelerada dessa região negligenciou as reservas destinadas aos equipamentos públicos. A cidade se tornou uma armação de concreto.
A comprovação do descaso para com o meio ambiente está documentado no estudo "Fortaleza em números", editado pela própria Prefeitura. Nele está explicitada a área global de 786 hectares destinados a praças, áreas verdes, áreas livres e parques. Aponta o levantamento que, desse total, 335 hectares, ou seja, 42%, estão invadidos. A gestão municipal foi diligente em 240 hectares (30%), ocupando-os de forma racional. Além desses, 31 hectares foram destinados a entidades públicas e 46 hectares ocupados com usos diversos.
A dilapidação do patrimônio público chegou ao ponto da apropriação irregular de áreas nobres, promovida por terceiros, mediante a instalação de postos de gasolina, restaurantes, lanchonetes e até de outras atividades ilegítimas. Ocorrem também desvios como a utilização do polo de lazer construído no entorno da Lagoa de Parangaba como vitrine de comercialização de veículos, com uma feira semanal.
A Organização Mundial da Saúde recomenda a oferta de 12 m ² de área verde por habitante para o equilíbrio entre o oxigênio e o gás carbono. Fortaleza só oferta 4m² por habitante. A eliminação do verde se transformou em hábito, e a recuperação do meio ambiente continua uma meta ignorada. Ressalta-se a necessidade, não só de parar essa escalada destrutiva, como de se começar a executar o Plano de Arborização, que teima em não sair dos gabinetes burocráticos.
segunda-feira, 4 de abril de 2011
CEART: Design com tradição
Da matéria-prima, elas entendem como ninguém, sem falar no domínio de técnicas herdadas de mães e avós. O que faltava a muitas artesãs habilidosas do nosso Estado era juntar os conhecimentos da tradição com as inovações do mundo do design. Dessa união, nasceram artigos de crochê com combinações de cores diferentes; utensílios domésticos e de decoração com aplicações de labirinto e, ainda, luminárias, caixas e almofadas em tecido pintado à mão inspiradas nos vitrais do Theatro José de Alencar. Com os ensinamentos de um profissional da área de design e apoio da Ceart, as artesãs se sentiram livres para dar novas formas e texturas a personagens e objetos do cotidiano. Coleções Por meio de capacitações realizadas no ano de 2010, mulheres-artífices de todo o Ceará puderam reinventar seus ofícios. Esse artesanato de cara nova compõe a coleção 2011 da Ceart, em exposição na loja da instituição, na Capital. Como explica a gerente de comercialização do órgão, Fátima Regina Guimarães, a decisão de criar um formato diferente (a exposição) para exibir os produtos, é uma maneira de dar mais visibilidade ao trabalho de 44 entidades de artesãos. As peças foram produzidas durante cursos ministrados nas oito macrorregiões do Estado, como parte das ações da Secretaria do Trabalho e Desenvolvimento Social (STDS). O trabalho foi executado com base na vocação de cada município e da matéria-prima disponível na região. "Os grupos estão muito interessados nessa proposta com o design. Ela desperta o interesse pelo novo, pelo diferente. Os produtos passam a ter uma nova roupagem, mas não deixam de ser artesanais", observa Fátima Regina. Os designers que participaram da capacitação tinham o papel de estimular a criação de produtos que se adequassem à realidade dos artesãos e despertasse o interesse do consumidor. Ao todo, foram elaborados 250 itens com diferentes materiais e técnicas: tecido, fibras naturais, cerâmica, macramé, fuxico, areia colorida, entre outros. Eles permanece em exposição até o próximo dia 21. Depois, continuarão na loja para comércio, podendo ser adquiridas ainda por encomendas diretamente com as artesãs.
domingo, 3 de abril de 2011
Fortaleza perdeu 90% de cobertura vegetal nativa em 35 anos
Quem mora em Fortaleza sente na pele o que é viver numa cidade cheia de problemas ambientais. As agressões tanto à natureza quanto aos moradores da cidade parecem não ter fim - e nem alternativas. Na verdade, as soluções existem, apontam especialistas. E todas começam no mesmo lugar: numa mudança na forma de encarar os problemas por parte do Poder Público. Fato que está longe de acontecer. Promessas existem, mas ficam no vazio do plano das ideias, nada mais.
Sem um plano de arborização, aponta a arquiteta Mariana Reynaldo, a cidade tem perdido gradativamente os espaços verdes. As vias estão cada dia mais desnudas devido o corte de árvores de forma indiscriminada ou a queda de algumas espécies. "Isso sem falar de verdadeiros absurdos contra o meio ambiente como a destruição das raízes para a construção de canteiros ou a passagem de tubulação", aponta ela.
O fato denunciado pela arquiteta foi constatado pela reportagem do Diário do Nordeste. Em plena Avenida Jovita Feitosa, numa obra do Programa de Transporte Urbano de Fortaleza (Transfor), operários cortaram as raízes de árvores para fazer o canteiro central. A direção do Programa não se pronunciou até o fechamento dessa edição.
A questão, aponta o engenheiro agrônomo Pedro Henrique Albuquerque, é que Fortaleza se transformou numa cidade de concreto. Na média, o município possui menos de quatro metros quadrados de área verde por habitante, quando a Organização Mundial de Saúde (OMS) define um mínimo de 12 m²/hab para uma boa qualidade de vida. A cidade de Maringá (Paraná), considerada referência nacional em meio ambiente sustentável, possui 13,6 m2 de área verde por habitante.
Plano
A Secretaria de Meio Ambiente e Controle Urbano (Semam) promete implantar um Plano de Arborização para "logo". Promessa contestada pela bióloga Joana Marinho. "Faz tempo que ouço falar sobre isso e entra ano e sai ano e fica por aí mesmo".
Para moradores do entorno de avenidas como a Carapinima, como a estudante Érica Araújo, não dá mais para esperar tanto tempo. "Aqui é um verdadeiro deserto do Saara sem um pé de árvore". Pelo visto, a situação tende a perdurar. A Empresa Municipal de Limpeza e Urbanização (Emlurb) já avisou que ali, devido ao Metrô de Fortaleza, tudo ficará como está: só asfalto.
Informação essa que não surpreende especialistas como o engenheiro agrônomo Antonio Tavares, professor da Universidade Federal de Parnaíba. De acordo com ele, "parece que estamos andando na contramão da história". Como a cidade não foi planejada levando em conta a arborização urbana, aponta, existem poucos espaços disponíveis para receber árvores.
Além disso, a vegetação urbana de Fortaleza é tão irrisória que pouco pode contribuir para a melhoria do ambiente térmico da cidade. Para o professor Tavares, em seu blog "Árvores do Tavares", o problema ambiental mais grave de Fortaleza consiste tanto na falta de vegetação, quanto no manejo inadequado das poucas árvores que restam, que consiste em podas abusivas. Os canteiros criaram um problema adicional. Eles são excessivamente estreitos e impermeabilizados. As raízes precisam de oxigênio e água para se desenvolverem. O aumento da impermeabilização aumenta também os riscos de enchentes.
O vereador João Alfredo, calcula que o nosso déficit seja de três mil hectares de área verde. "Além de não termos uma política de preservação nem de arborização, muitas vezes, se autoriza, como no caso do bosque da Aldeota, a supressão de todas as árvores do terreno para empreendimentos imobiliários", aponta o parlamentar.
Nos últimos seis anos, apenas duas unidades de conservação foram criadas em Fortaleza: uma pela Prefeitura, na Sabiaguaba, outra pela Câmara, nas Dunas do Cocó, por autoria nossa. "Em suma, falta à cidade uma política pública ambiental". Segundo ele, a tendência mundial consiste em adotar modelos de planejamento e gestão urbana que seguem premissas ecológicas. "A cidade não é mais considerada como uma antítese da natureza e sim parte dela", assevera.
Sensação térmica tem razão de ser
A ocupação desordenada do solo, a ausência de arborização, a retirada da cobertura vegetal de maneira extensiva têm reflexos no clima e consequências diretas na qualidade de vida. O alerta da engenheira agrônoma, Célia Regina do Amaral, é compartilhada pelo meteorologista José Maria Brabo, da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme).
Segundo Brabo, a amplitude térmica da cidade - a diferença entre as temperaturas máximas e mínimas - vem diminuindo gradativamente. Atualmente na quadra chuvosa, explica ele, a temperatura de Fortaleza fica entre 27º a 28º. A partir de julho, já em tempo seco, o termômetro mede entre 29º e 30º.
Segundo ele, as variáveis que atuam para a sensação térmica mais quente ou fria são a umidade relativa do ar e os ventos. Quanto maior a umidade, maior o calor. Os ventos são responsáveis por atenuar esse quentura toda e eles estão sendo "barrados" tanto pela verticalização quanto pela impermeabilização do solo.
Onde existe muito asfalto e pouca arborização o desconforto térmico piora. Isso procede cientificamente, explica Brabo. É exatamente em decorrência da diminuição dos ventos e sua velocidade. Ele lembra que há uns sete anos a brisa vinha do oceano a uma velocidade média de 12 km por hora. Hoje, devido aos prédios, asfalto e falta de árvores, consegue chegar a 10km por hora. Indignada com a situação, a engenheira agrônoma Célia Regina aponta que os gestores de Fortaleza parecem ignorar que toda tomada de decisão urbana resulta em impactos ambientais para a cidade, e uma delas é o aumento sensação térmica.
Emlurb
O responsável pela poda das árvores da Empresa de Limpeza de Limpeza e Urbanização (Emlurb), Franzé Sidrão, reconhece que é preciso fazer mais do para salvar as áreas verdes. Por mês, a empresa corta, em média, 80 árvores em risco e promove a poda de 1.500.
A poda também é alvo de questionamentos. Sidrião rebate a crítica afirmando que todo o corte é realizado depois que um laudo é feito por técnicos do Distrito Ambiental de cada Regional. E diz que para cada árvore cortada, duas devem ser plantadas na cidade.
Este inventário foi realizado durante os 18 meses, entre 2002/2003, após contratado pela Prefeitura Municipal de Fortaleza, através da SEMAM/ Secretaria do Meio Ambiente e Controle Urbano à ASTEF/ Associação Técnico Científica Paulo de Frontin, vinculada aos professores do Centro de Tecnologia da UFC/ Universidade Federal do Ceará.
A sugestão para sua realização se deu no âmbito dos trabalhos de revisão da Legislação Urbanística de Fortaleza, entre 2002/2003, do que usualmente se denominou por PROJETO LEGFOR. Sua concepção, assim como a coordenação de sua realização foi do Professor/Arquiteto José Sales Costa Filho, do Departamento de Arquitetura e Urbanismo do Centro de Tecnologia/ UFC/ Universidade Federal do Ceará.
Uma equipe multidisciplinar, composta de arquitetos, geografo, engenheiros florestais, biológos, físico, socióloga e outros profissionais, realizou os levantamentos de informação e documentação de resultados, assim convalidou um diagnóstico da situação e as recomendações para programas de proteção, preservação e qualificação ambiental a ser em futuro realizados pela Prefeitura Municipal de Fortaleza, como componentes de qualquer plano de governo.
sábado, 2 de abril de 2011
Planejamento metropolitano
A ideia básica do planejamento metropolitano é muito simples e muito sensata: aglomerados de vários municípios compartilham problemas importantes e não se pode resolvê-los adequadamente sem um mínimo de articulação.
Alguns desses problemas são identificáveis facilmente. O transporte coletivo é um deles. Na Grande São Paulo, atravessada pelo Rio Tietê, não há como pensar em soluções para as enchentes sem levar em conta as condições de vazão em vários municípios. Questões ambientais também se sobrepõem às divisas dos municípios. Se um governo municipal permite a ocupação abusiva de áreas próximas a represas, por exemplo, os efeitos da contaminação das águas afetam os moradores de outras cidades. É fácil multiplicar os exemplos.
O governo estadual pode cuidar de vários problemas de interesse de grupos de municípios, mas as melhores soluções, em muitas circunstâncias, dependem da cooperação entre o governo do Estado e as administrações municipais. No caso da chamada Macrometrópole Paulista, formada pelas áreas metropolitanas de São Paulo, de Campinas e da Baixada Santista, a importância desse tipo de articulação é evidente. A região é formada por 153 cidades e, de acordo com estimativa do governo paulista, concentra 72% da população e 80% do Produto Interno Bruto (PIB) do Estado - cerca de 27% do PIB do País.
O Estado de São Paulo já dispõe de pelo menos um órgão com experiência nesse tipo de trabalho, a Empresa Paulista de Planejamento Metropolitano (Emplasa). Essa companhia foi fundada há 35 anos e sua primeira grande missão foi planejar um zoneamento industrial para a Grande São Paulo. Foram levados em conta, na elaboração do plano, fatores como a distribuição populacional, as condições de transporte e o impacto ambiental dos vários tipos de atividade produtiva.
A grande ambição era reordenar o crescimento econômico da área metropolitana sem deixar em segundo plano a qualidade de vida dos trabalhadores e, de modo geral, de uma enorme população. As propostas esboçadas pelos técnicos foram divulgadas e abertas à discussão. Oprojeto finalmente enviado à Assembleia Legislativa foi tratado com respeito e com interesse e aperfeiçoamentos foram propostos. Mas a tentativa morreu aí. O mandato de Paulo Egydio terminou, Paulo Maluf assumiu o governo e o projeto foi enterrado. Se contrariava interesses de grupos industriais, a ameaça foi simplesmente eliminada.
Esse primeiro esforço poderia ter sido o início de um grande plano de reordenação espacial da economia paulista. Essa possibilidade foi discutida por técnicos envolvidos em planejamento regional. Também essa ambição foi abandonada. Algum reordenamento ocorreu, nas décadas seguintes, mas não com base num planejamento estadual.
O Estado interferiu muito limitadamente nos planos de localização de indústrias. As decisões foram geralmente influenciadas por outros fatores, como as vantagens oferecidas pelos governos dos municípios, o custo e a qualidade da mão de obra e - naturalmente - a tentativa de evitar os crescentes problemas das grandes cidades. Parte dos novos investimentos ocorreu não no interior de São Paulo, mas em outros Estados, como consequência da guerra fiscal. Os atuais administradores do Estado deveriam refletir sobre essa história e sobre as boas oportunidades perdidas.
Fonte: O Estado de São Paulo 01/04/2011
Regularização na Serra das Confusões está em fase final
O processo de regularização fundiária na área do Parque Nacional Serra das Confusões encontra-se em sua fase final. Atualmente, quatro equipes do Instituto de Terras do Piauí (Interpi) estão no local para datação das terras instaladas nas áreas alcançadas pela expansão do Parque, procedimento fundamental para que possa ser iniciado o pagamento das indenizações.
De acordo com o presidente do Interpi, Tadeu Maia, em no máximo 30 dias o levantamento deve ser concluído e repassado para a União, a fim de que seja calculado o valor da indenização. “Essas terras que farão parte da ampliação do Parque pertencem, em parte, ao Governo do Estado, daí a necessidade desse levantamento, para que a União, quando de posse dos novos territórios, proceda o pagamento das verbas indenizatórias equivalente ao total de terras transferidas”, esclarece.
O decreto que determina a ampliação da área de preservação ambiental foi assinado pelo então presidente Lula, no último dia 30 de dezembro, e estabelece que as áreas incluídas dentro do plano de expansão passam para a administração do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), que é um órgão federal. Com o acréscimo de 299 mil hectares, o Parque Serra das Confusões, situado na região do município polo de Bom Jesus, englobando outros onze municípios piauienses, torna-se o maior parque de preservação do bioma da Caatinga no Brasil, com uma área total de 823 mil hectares.
“Além da preservação da biodiversidade, com a delimitação exata da nova área ambiental pertencente à União, o Estado fica livre para explorar as áreas remanescentes. Inclusive, concomitantemente com o levantamento das áreas, as equipes estão realizando uma avaliação de produtividade, principalmente voltada para a cultura de grãos”, afirma Tadeu Maia.
Corte do pau da bandeira poderá ser embargado
Monteiro afirma que nem mesmo o projeto de reflorestamento da área de onde é retirada a madeira foi feito. Ele argumenta que, por ocasião do corte da árvore, que servirá de mastro para a bandeira de Santo Antônio, dezenas de pessoas acompanham o ritual, o que tem causado um impacto ambiental significativo na área. O ambientalista do ICM-Bio sugere que, ao invés de uma planta nativa, seja utilizado um eucalipto, a exemplo do que ocorreu com a festa de São José, em Missão Velha.
Os carregadores do pau não querem nem ouvir falar na troca da árvore. Eles argumentam que tem de ser uma espécie vegetal do sopé da serra para cumprir a tradição de mais de 100 anos, conforme reforça o "capitão do pau", Rildo Teles. Novamente, ele foi escolhido para a função, e será reconduzido ao comando dos carregadores.
O secretário de Cultura e Turismo de Barbalha, Dorivan Amaro, garante que a Prefeitura está promovendo o plantio de mudas no sopé da Serra do Araripe. Ainda hoje ele vai levar a advertência do ICM-Bio ao conhecimento do prefeito de Barbalha, José Leite, para que sejam tomadas as providências. O tema da festa este ano será inspirado na Campanha da Fraternidade 2011: "Com Santo Antônio, vocacionados e convidados a defender a vida no planeta".
O corte do pau da bandeira está marcado para o dia 13 de maio, quando os católicos comemoram a aparição de Nossa Senhora de Fátima aos três pastorinhos, na cidade portuguesa..
sexta-feira, 1 de abril de 2011
Nova linha aérea para o Cariri
A única que se encontra com data definida para iniciar os voos do Estado de São Paulo é a Azul. Antes prevista para começar a operar em 2014, a empresa inicia as atividades em 15 de junho, pelo centenário do Município. Caso as três empresas passem a atuar este ano, o número de usuários deve duplicar em dois anos, passando a 500 mil passageiros por ano.
Os voos diários, de Juazeiro do Norte - Campinas - Juazeiro do Norte, serão promocionais, no valor de R$ 159,00, de 15 a 30 de junho. Os valores estão sujeitos à disponibilidade de assentos. As reservas já começaram a ser feitas desde segunda e se estenderão até 8 de abril.
As outras duas empresas estão buscando atuar de forma sigilosa quanto às datas de início de operação. Até o meio do ano, o aeroporto passa a contar com três empresas: Gol, Avianca e Azul Linhas Aéreas. Serão três voos diários para São Paulo, já que as outras duas empresas já realizam voos para São Paulo, incluindo rotas por Fortaleza, Salvador e Recife.
Ontem técnicos da Azul estiveram em Juazeiro para conhecer a realidade local. Eles se reuniram com a gerência do aeroporto. As duas empresas, segundo o vice-prefeito de Juazeiro do Norte, também já enviaram técnicos para a região. Ele tomou a iniciativa ano passado de contatar essas empresas. A mudança de período de atuação da Azul aconteceu por conta de um pedido seu, já que este ano Juazeiro completa 100 anos.
Os técnicos e engenheiros das empresas observaram áreas que, futuramente, poderão ser a do check-in, vendas de passagens, cargas e de manutenção. O pessoal da TAM e da Azul participaram de diversas reuniões no Cariri. No caso da primeira ainda não há previsão para início das operações.
A capacidade atual do aeroporto é de, em média, 250 mil passageiros. Há alguns anos, os entreves burocráticos têm sido o principal motivo para a Infraero assumir a administração do equipamento. São mais de três décadas de defasagem. A novidade é uma nova licitação para construir módulos operacionais. Há mais de um mês o Ministério Público Federal entrou com uma ação contra a Infraero para a agilização na reforma do aeroporto. Nesse caso, a Infraero deverá responder em juízo, caso a Justiça determine as novas reformas de imediato.