Poluição do rio Poty está sendo tratada com a implementação de um plano de ações ambientais elaborado pelo Condema e prefeitura. Há um ano, o rio atingiu um alto grau de poluição causado por empresas, currais e pocilgas próximas ao leito. Matéria do Jornal O POVO, de autoria da Jornalista Rita Faheina.
Retirada de cercas, limpeza do capim e da sujeira no leito do rio Poty. As ações estão sendo contínuas desde que, há um ano, a empresa Brasil Ecodiesel foi multada pela Superintendência Estadual do meio Ambiente (Semace) por causa da poluição no curso do rio que atravessa o Ceará e segue até o Piauí.
Não só a empresa contribuiu para sujar as águas do Poty, mas também outras fontes como os currais, pocilgas, abatedouros de frangos que despejavam água suja e dejetos. Um plano de ações ambientais, estabelecendo diretrizes, foi elaborado e está sendo implementado pelo Município e pelo Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente (Condema), segundo Sâmia Alves, do gabinete da Prefeitura de Crateús. A gerente do Núcleo de Monitoramento Ambiental da Semace, Magda Kokay informa que os parâmetros da poluição diminuíram, "mas não é uma coisa de curto prazo". A própria empresa, lembra, contratou pessoal e a Semace deu orientações e acompanha os trabalhos.
O Ministério Público Estadual da Comarca de Crateús também solicitou à prefeitura a relação dos currais, pocilgas e abatedouros de frangos que ficavam próximos ou na Área de Proteção Permanente (APP) para serem retirados. Cobrou ainda mais rigor no monitoramento dos postos de gasolina, lava-jatos e deu um prazo para o tratamento do rio. Em abril deste ano, o rio Poty foi responsável pela inundação da cidade de Crateús. Com as fortes chuvas, o rio encheu e deixou a sede e distritos debaixo d´água. Também causou prejuízos em localidades do Piauí. "Com o grande volume de água se juntam toda espécie de dejetos num primeiro momento, mas depois ocorre uma lavagem do rio e causa uma maior diluição", diz Magda Kokay.
Na época da cheia do rio, a sujeira que águas carregaram para as localidades foram responsáveis pelo surgimento de doenças de pele, febres e diarréias. De acordo com Sâmia Alves, uma primeira limpeza foi realizada para eliminar os dejetos e o trabalho continua sendo feito em todo o curso do Poty na cidade.
terça-feira, 29 de julho de 2008
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