Numa única sala, manifestações da arte popular nordestina. A proposta é do Museu de Arte da Universidade Federal do Ceará (Mauc) e reúne um acervo que ultrapassa 800 peças. A exposição foi aberta ontem e vai se transformar em sala permanente de Cultura Popular. Segundo o diretor do Museu, Pedro Eimar, a coleta teve início três anos antes da inauguração do Mauc, há mais de 50 anos.
“A princípio, tivemos apoio de Floriano Teixeira e Lívio Xavier, já nos anos 60 contamos com Heloísa Juaçaba, sempre regidos por Martins Filho”, revela.O conjunto de imagens compreende estampas xilográficas impressas a partir de matrizes pertencentes às coleções do Museu de xilogravura, com destaque para artistas de Juazeiro do Norte, e obras da escultura popular em cerâmica, notadamente da região de Caruaru (PE), e madeira, como é o caso de Chico Santeiro e Mestre Noza.
Segundo Eimar, o conjunto de imagens se caracteriza pela ligação com a questão da identidade nacional, advinda principalmente desde o movimento modernista. “É uma exposição importante no contexto do século XXI em que cada vez a contemporaneidade vem sendo questionada”, ressalta.Na xilogravura, o acervo compreende pioneiros da arte até os mais recentes, como José Lourenço. Além dele, o público poderá conferir Mestre Noza, Waldêredo, Damásio Paula, Antônio Batista, Lino e Stênio Diniz. O diretor do Museu destaca o apoio de nomes como os do professor e pesquisador Gilmar de Carvalho, através da doação de estampas e matrizes de xilogravuras e também de cerâmica popular.
Ao todo, a exposição apresenta 400 imagens de xilogravura, reimpressas para a ocasião da reabertura. Já as esculturas em madeira e cerâmica ultrapassam 300 obras e trazem a criação de mestres nordestinos como Chico Santeiro, Mestre Vitalino, José Caboclo, Manuel Eudócio e Maria do Barro Cru.
Reportagem do Jornal Diário do Nordeste. Vale a pena conferir.
quarta-feira, 20 de maio de 2009
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