sábado, 7 de março de 2009

Centenário de Maria Bonita


Violência, sexualidade, trabalho, política, saúde e etnia. Estes serão os eixos temáticos a serem desenvolvidos amanhã, Dia Internacional da Mulher, pelo Conselho Municipal da Mulher Cratense, dentro da “Primeira Conferência de Formação em Gênero e Feminismo”, que será realizada no Parque de Exposições do Crato. A data também marca o centenário de nascimento de Maria Bonita, a companheira de Virgulino Ferreira da Silva, o famoso Lampião.


No Crato, a população feminina deverá marcar presença na programação que oferece uma passeata contra as demissões e reduções dos salários. Outro assunto a ser levantado pelo Conselho é uma campanha em favor da doação de medula. A plenária final será realizada no bar da “Casa de Artes Olhar”, na Praça da Sé, com uma atividade cultural.Além destes temas, será prestada homenagem à cangaceira Maria Bonita, na passagem do seu centenário de nascimento.


Ela nasceu no dia 8 de março de 1909. “Vamos falar da importância de uma mulher que rompeu todas as barreiras de preconceitos e entrou para a história do País”, justifica a professora Verônica Neuma Carvalho, coordenadora do movimento feminino.Maria Bonita foi responsável por introduzir vários costumes no meio dos homens do Cangaço, já que a presença de mulheres no movimento era proibida até a entrada dela no grupo, segundo o escritor Magérbio Lucena, autor do livro “Lampião e o Estado Maior do Cangaço”. “Ela foi um dos maiores expoentes da cultura nordestina”, atesta o pesquisador.


A cangaceira está sendo também homenageada pela Universidade do Estado da Bahia (Uneb), no I Seminário Internacional sobre o Centenário de Maria Bonita: a rainha do cangaço, promovido pela instituição, em parceria com a Prefeitura de Paulo Afonso e a Secretaria Municipal de Turismo.
Imagem do Arquivo Aba Film. Reportagem do caderno Regional do Diario do Nordeste do Jornalista Antonio Vicelmo. Reproduzida unicamente para divulgação. Direitos autorais preservados.

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