Patrocinada pelo imperador Dom Pedro II, a Comissão tinha uma meta ambiciosa: ao colher informações sobre fauna, flora, minerais, geografia, além dos usos e costumes, a ideia da Comissão era promover a integração regional do País e a promoção de uma identidade nacional, além de buscar potenciais recursos naturais que pudessem ser explorados, como metais preciosos.
A Comissão Científica era dividida em cinco seções, cada uma chefiada por um associado do IHGB: seção Botânica, comandada pelo botânico Francisco Freire Alemão (presidente da Comissão); seção Geológica e Mineralógica, com o físico Guilherme Schüch de Capanema; seção Zoológica, com o naturalista Manoel Ferreira Lagos; seção Astronômica e Geográfica, chefiada pelo matemático Giacomo Raja Gabaglia; e a seção Etnográfica e de Narrativa de Viagem, a cargo do romancista e historiador Antônio Gonçalves Dias. Acompanhava a viagem o tenente da Marinha, José dos Reis Carvalho. Discípulo do pintor francês Jean Baptiste Debret, era o desenhista oficial da expedição, tendo produzido desenhos e aquarelas (fotos) da natureza e da arquitetura da província.
Somente os preparativos para a expedição duraram três anos. Gonçalves Dias e Raja Gabaglia viajaram à Europa para adquirir equipamentos para a viagem, como material de acampamento, medicamentos, equipamentos de precisão, microscópios e até câmeras fotográficas. A Comissão foi a primeira no Brasil a fazer registros fotográficos, mas que se perderam no naufrágio do Iate Palpite. Foi adquirida uma biblioteca de cerca de mil volumes inéditos no País para servir de pesquisa aos "científicos", como eram chamados os membros da Comissão imperial.
Fonte Caderno Regional do Diário do Nordeste
domingo, 16 de agosto de 2009
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