Vinte anos depois da morte de Luiz Gonzaga, o som de sua sanfona está cada vez mais presente nas salas de reboco das casas do sertão e nos mais diversos auditórios e palanques, enchendo de emoção e lirismo platéias de todas as categorias sociais. Em Exu (Pernambuco), sua terra natal, a programação comemorativa aos 20 anos da morte do Rei do Baião foi aberta, ontem, com uma "roda de sanfona", debaixo de um pé de juazeiro, no Parque Asa Branca.
Em Juazeiro do Norte, sanfoneiros do Crato, Juazeiro do Norte e Barbalha homenagearam o velho "Lua" com uma retreta de sanfonas em torno de seu busto, na Praça do Memorial. Com forma também de homenagem e resgate da memória de Gonzagão, o poder público quer tombar Parque Asa Branca como Patrimônio Imaterial.
O forró pé-de-serra, introduzido no Brasil pelo Luiz Gonzaga na década de 40, conquista o mercado, concorrendo com outros ritmos brasileiros e estrangeiros. "O baião, coco, rojão, quadrilha, xaxado e xote caracterizam o forró e tem cheiro de carne de bode assada", comparou o velho Gonzagão, acrescentando que é uma música com a cara do Nordeste, que canta, ri, chora e "faz pouco" do seu secular sofrimento.
Densa reportagem de Antonio Vicelmo para o Caderno Regional do Diário do Nordeste. Vale a pena conferir.
Nenhum comentário:
Postar um comentário